PESCADORES DE VILA PRAIA DE ÂNCORA ACEITAM SOLUÇÃO APRESENTADA PELO PROF. ANTÓNIO TRIGO TEIXEIRA DO INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO – CRÓNICA DE CARLOS SAMPAIO

Associação de Pescadores de Vila Praia de Âncora e a comunidade piscatória defende e aceitou a 𝗦𝗢𝗟𝗨𝗖̧𝗔̃𝗢 - 𝗔. 𝗔𝗡𝗧𝗘𝗣𝗢𝗥𝗧O apresentado pelo Prof. António Trigo Teixeira do IST/FUNDEC.

𝗘𝘀𝘁𝘂𝗱𝗼 𝗱𝗲 𝗥𝗲𝗰𝗼𝗻𝗳𝗶𝗴𝘂𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗱𝗼 𝗟𝗮𝘆𝗼𝘂𝘁 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗮́𝗿𝗶𝗼 𝗱𝗼 𝗣𝗼𝗿𝘁𝗶𝗻𝗵𝗼 𝗱𝗲 𝗩𝗶𝗹𝗮 𝗣𝗿𝗮𝗶𝗮 𝗱𝗲 𝗔̂𝗻𝗰𝗼𝗿𝗮.

𝗘𝘀𝘁𝘂𝗱𝗼 𝗿𝗲𝗮𝗹𝗶𝘇𝗮𝗱𝗼 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗮 𝗗𝗚𝗥𝗠 em 𝗗𝗲𝘇𝗲𝗺𝗯𝗿𝗼 𝗱𝗲 𝟮𝟬𝟮𝟮

Relatório CERIS27/2022

Relatório FUNDEC: 23/2022

O estudo foi desenvolvido pelo Prof António Trigo Teixeira do IST/FUNDEC com a colaboração da Engª Silvia di Bona. A FUNDEC quer deixar registada a 𝗰𝗼𝗹𝗮𝗯𝗼𝗿𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗾𝘂𝗲 𝗿𝗲𝗰𝗲𝗯𝗲𝘂 𝗱𝗮 𝗽𝗮𝗿𝘁𝗲 𝗱𝗮 𝗗𝗚𝗥𝗠 no fornecimento de elementos indispensáveis à sua

realização, nomeadamente elementos de estudos anteriores e desenhos de

implantação das obras.𝗔̀ 𝗔𝗣𝗔 – 𝗔𝗴𝗲̂𝗻𝗰𝗶𝗮 𝗣𝗼𝗿𝘁𝘂𝗴𝘂𝗲𝘀𝗮 𝗱𝗼 𝗔𝗺𝗯𝗶𝗲𝗻𝘁𝗲, quer agradecer a cedência de dados de batimetria adquiridos no âmbito do Programa Cosmos. 𝗔̀ 𝗗𝗚𝗧

– 𝗗𝗶𝗿𝗲𝗰𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗚𝗲𝗿𝗮𝗹 𝗱𝗼 𝗧𝗲𝗿𝗿𝗶𝘁𝗼́𝗿𝗶𝗼 agradece-se a cedência de dados batimétricos do Lidar costeiro.

O presente Estudo de Reconfiguração do Layout Portuário do Portinho de Vila Praia de Âncora é apresentado à Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos - DGRM e foi 𝗲𝗹𝗮𝗯𝗼𝗿𝗮𝗱𝗼 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝗙𝗨𝗡𝗗𝗘𝗖 - 𝗔𝘀𝘀𝗼𝗰𝗶𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗽𝗮𝗿𝗮 𝗮 𝗙𝗼𝗿𝗺𝗮𝗰̧𝗮̃𝗼 𝗲 𝗼 𝗗𝗲𝘀𝗲𝗻𝘃𝗼𝗹𝘃𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 𝗲𝗺 𝗘𝗻𝗴𝗲𝗻𝗵𝗮𝗿𝗶𝗮 𝗖𝗶𝘃𝗶𝗹 𝗲 𝗔𝗿𝗾𝘂𝗶𝘁𝗲𝗰𝘁𝘂𝗿𝗮. Com efeito, desde a conclusão das obras exteriores de abrigo do Portinho de Vila Praia de Âncora, em 2003, que a tendência tem sido para o assoreamento geral do porto, o que causa grandes dificuldades à exploração portuária. Estão em causa: os custos das operações de dragagem, a operacionalidade do porto e a segurança da navegação. Nesta conformidade, entendeu-se que seria necessária a realização de um estudo que equacionasse a reconfiguração do layout portuário, isto na sequência do comportamento que tem sido observado, estudo esse que agora se

apresenta.

Alternativas de Intervenção para melhoria da Acessibilidade ao Porto de Pesca de Vila Praia de Âncora. LNEC Novembro 2006.

Segundo os autores do estudo; “(…) foi motivado pelo facto do Porto de pesca de Vila Praia de Âncora apresentar difícil acessibilidade causada pelo assoreamento da sua entrada, e teve como objectivo a proposta e análise de soluções para resolução deste

problema”. Este estudo inclui ainda um relatório complementar com caracterização da agitação marítima ocorrida entre Outubro de 2001 e Abril de 2006. Da análise efectuada, o estudo recomenda que se avance em três fases, (dado ter excluído à

partida “uma alteração acentuada dos molhes para deslocamento da entrada do porto para maiores profundidades”). 1ª Fase compreende a realização de nova dragagem na entrada do porto e zona exterior adjacente; 2ª fase considera a monitorização da dragagem e análise da viabilidade de resolução do problema com dragagens periódicas; 3ª Fase considera a construção de uma obra fixa de contenção das areias, caso o recurso exclusivo a dragagens se mostrar inviável para a resolução do problema. Segundo os autores, a obra poderia ter as seguintes características:

“comprimento de cerca de 250m, enraizamento no ponto de inflexão do molhe sul e orientação aproximada SSW”,

Ou seja, logo em 2006, e apenas três anos decorridos após a construção das obras de abrigo portuário, a questão do assoreamento constituía já uma grande preocupação, tendo por isso os autores do estudo equacionado várias alternativas para resolução

do problema, entre as quais se contava a construção de uma obra de contenção de areias que pudesse resolver o problema.

A nova solução e aceite pelos pescadores quer profissionais e desportivos de VP Âncora

𝗦𝗢𝗟𝗨𝗖̧𝗔̃𝗢 - 𝗔. 𝗔𝗡𝗧𝗘𝗣𝗢𝗥𝗧𝗢.

Nesta solução, que se designará por Solução – A, preconiza-se a criação de um anteporto adjacente à bacia portuária existente. Para o efeito, será necessário construir duas obras de abrigo na parte norte, que serão do tipo quebra-mar de taludes, proceder ao fechamento da boca do porto existente e seccionar o molhe

norte existente. O acesso ao porto passará a fazer-se pelo anteporto, acedendo-sedepois à bacia portuária através da abertura que foi criada no molhe. Nesta solução aceitam-se níveis de agitação elevados no anteporto em situações de temporal, pois se espera que grande parte da dissipação de energia aí ocorra. A boca e geometria das obras está desenhada por forma a permitir a transposição (ainda que parcial) do transporte sólido litoral dirigido para sul.