O FOLCLORE E A MENTALIDADE MINIFUNDISTA
Primeiro foi a criação artificial da província do Douro Litoral subtraindo-a à vetusta Comarca de Entre-Douro-e-Minho, caraterizada pelas mesmas afinidades históricas e geo-etnográficas em relação ao Minho, uma das “obras” implementadas pelo Estado Novo que na realidade jamais teve aplicação prática.
Depois ergueram muros entre os distritos de Braga e Viana do Castelo – herança da monarquia constitucional ao jeito da administração napoleónica – passando a classificá-los respetivamente de Alto e Baixo Minho.
Não satisfeitos com a visão estreita do nosso património, eis que retalharam mais ainda em pequenas courelas como a Ribeira Lima, o Alto Lima, o Alto Minho Interior, as Terras da Nóbrega, o Alto Douro e o Baixo Douro Litoral, e agora… até o Alto Ribatejo!
Isto é, quem não tem mais para inventar faz colheres de pau!
Desde o rio Minho ao rio Douro, o Minho é todo ele uma região única com a mesma identidade cultural e a diversidade que sempre carateriza uma região de terra para terra. Dispensa a prosápia dos “pedreiros” que mais não sabem dos que erguer muros à entrada das cortes do gado!