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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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MUNICÍPIO DE PONTE DE LIMA COBRA CONSUMO DE ÁGUA PERTENCENTE AO BALDIO NA CABRAÇÃO

A água de consumo doméstico na Cabração é proveniente nas nascentes existentes na área de baldio ou seja, propriedade comunitária das gentes locais. A sua prospeção e distribuição para as habitações começou a ser feita sobretudo a partir da década de 80 do século passado, incluindo a construção de depósitos. Os trabalhos efetuados foram pagos com os rendimentos provenientes do baldio ou seja, sem qualquer investimento por parte da Câmara Municipal de Ponte de Lima.

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Entretanto, há alguns anos, o município decidiu construir a sua própria rede a partir das nascentes existentes no baldio e colocar contadores para registar e cobrar o consumo doméstico de água.

No mês passado, em consequência dos incêndios florestais ali registados, registou-se um elevado consumo de água uma vez que a população recorreu a todos os meios para combater o fogo que ameaçou a localidade ao ponto de destruir várias habitações. Não obstante as circunstâncias no qual o consumo foi feito, os serviços camarários insistem em cobrar aquilo que não lhes pertence ou seja, a água das nascentes locais empregue no combate ao sinistro!

Um grupo de moradores da União de Freguesias de Cabração e Moreira do Lima solicitou à Câmara Municipal que “fosse levado em consideração o elevado consumo de água” derivado do combate aos incêndios feito pela população local. Mas, o pedido dos habitantes foi indeferido a pretexto de que “a República obriga em caso de extrema necessidade a participação de terceiros”. Resta saber se, o incêndio florestal que atingiu várias habitações na Cabração não constitui um “caso de extrema necessidade” e ainda, com que legitimidade o município de Ponte de Lima cobra aquilo que não lhe pertence?