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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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GUSTAVE EIFFEL – O ENGENHEIRO FRANCÊS A QUEM DEVEMOS A CONSTRUÇÃO DA PONTE RODO-FERROVIÁRIA DE VIANA DO CASTELO – FALECEU HÁ 101 ANOS

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Passam hoje precisamente 101 anos sobre a data do falecimento do engenheiro Gustave Eiffel, autor de diversas obras de arte na nossa região como a ponte sobre o rio Âncora no concelho de Caminha e a ponte rodo-ferroviária sobre o rio Lima em Viana do Castelo.

Em virtude de se tratar de uma construção e ferro e ainda devendo-se ao facto do engenheiro Gustave Eiffel ter vivido em Barcelos, também é frequente atribuir-se-lhe a autoria da ponte de Fão, no concelho de Esposende. Porém, esta constituiu um projeto de Abel Maria da Mota, fabricada em Lisboa e construída sob a orientação de um engenheiro francês de nome Reynaud.

Gustave Eiffel viveu em Barcelinhos, entre 1875 e 1877, e deixou várias obras no país, de Viana a Olhão, passando por Barcelos, Esposende, Alijó e, entre outros concelhos, o Porto, onde a sua firma concebeu e construiu a Ponte Maria Pia, que em 1876 permitiu a ligação ferroviária entre o Porto e Vila Nova de Gaia. A travessia que ficou nas bocas do mundo por ostentar o maior arco em ferro até então construído, foi projectada por um dos melhores engenheiros da sua firma, Théophile Seyrig. Que pouco tempo depois estava a trabalhar por conta própria e a disputar mercado ao próprio Eiffel.

Eiffel fez-se acompanhar da sua secretária – Victorinne Roblot – que morreu em Barcelinhos no dia 3 de abril de 1877, onde foi sepultada. Após a sua morte, Eiffel abandonou Portugal, limitando-se a fazer chegar até aqui as suas diretrizes de trabalho, seguidas pela “(…) legião dos seus auxiliares e cooperadores, que soubera preparar com afectuosa autoridade, fazendo de cada um amigo”.

Fonte: Wikipédia

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CAMINHA: PONTE DO RIO ÂNCORA TRAÇADA POR GUSTAVE EIFFEL ENCONTRA-SE ATUALMENTE NA SUCATA EM PÓVOA DE LANHOSO!

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A Ponte do Rio Âncora, uma das pontes portuguesas traçadas por Gustave Eiffel, foi inaugurada em 1 de Julho de 1878. Virou monte de sucata em Póvoa de Lanhoso.

Fonte: Arquivo Municipal do Porto / Reprodução de foto de Emílio Biel

Para: Assembleia da República - Presidente da Assembleia da República.

Ex mo Sr. Presidente da Assembleia da República e Senhores Deputados: Vimos pela presente petição solicitar a todos vós, e ao Governo em particular, para que interceda junto da autarquia da Póvoa de Lanhoso - Distrito de Braga, para que esta restitua a Ponte ferroviária Eiffel, que realizava a primitiva travessia do rio Âncora, em Caminha, à autarquia de Âncora.

Após a substituição dessa infraestrutura no final dos anos 80, por uma mais capaz de responder aos novos paradigmas de carga e velocidade na ferrovia - Linha do Minho - a Ponte Eiffel do Âncora foi doada pela CP - Comboios de Portugal - à autarquia da Póvoa de Lanhoso, para realizar a travessia rodoviária de um rio, nunca tendo sido adaptada ao mesmo, tendo a autarquia construído uma em betão armado.

Após todo este tempo, sem que a Ponte Eiffel fosse condignamente utilizada, decidiu a autarquia da Póvoa de Lanhoso colocar a mesma num espaço de uma empresa de iluminação - a DAEL - em Covelas.

Actualmente essa importantíssima obra de arte dos tempos áureos da nossa ferrovia padece de uma constante degradação, tendendo a desaparecer. Gostaríamos que a Direcção Geral do Património Cultural, com o apoio da Assembleia da República, encontrasse uma solução digna para esse património industrial desenhado pela mão de um dos mais brilhantes génios do ferro: Alexandre Gustave Eiffel.

A autarquia de Âncora, tentou há uns anos a esta parte reaver a infraestrutura, que apesar de tudo se encontra retida por questões burocráticas. Assim, solicitamos ajuda no sentido de a restituir ao seu local primitivo, e dentro do possível converter o que resta num memorial da nossa história ferroviária e do génio que a criou.

A Ponte Eiffel do Âncora pertence ao Alto Minho, às suas gentes - é identidade.

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