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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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FOLCLORISMO EM BRUXELAS A LEMBRAR AS FEIRAS NOVAS – CRÓNICA DE TITO DE MORAIS

Confrarias na Grand Place de Bruxelas.jpg

Mais um dia em Bruxelas, mais uma vivência de tradições flamengas, belgas, europeias. Fomos participar no – Folcloríssimo – o festival de grupos folclóricos de Bruxelas, onde a gastronomia e a animação se cruzam, as cervejas harmonizam com doces e salgados, as danças dia fóra até noitecer!...

Foi uma espécie de arraial minhoto, ao gosto das Feiras Novas ou do S. João, frente ao palácio gótico sede do município de Bruxelas capital, cujo Presidente    Philippe Close e vereadora da Cultura e Turismo, Delphine Houba, nos foram apresentados no decorrer da festividade, e com troca de endereços para futuros intercâmbios Luso – Límio – Belgas! Pelo palco, subiam, desciam, actuavam grupos de danças, rusgas e tocatas, descantes populares.

Mas, uma grande Festa, um encontro de amigos, de confrades e de confrarias, aqui várias. Enumeramos algumas presenças: a Ordem de Gambrinus (cerveja da capital), com seu Presidente Bernard Buse e esposa, Ingrid, sempre com elevada simpatia; a de Meyboom, dos gigantones e da árvore lendária que está desde 1308 é celebrada, assevera-nos o autarca! É o festejar duma vitória de Bruxelas sobre a cidade de Lovaina, diz a tradição, e tudo começara por um imposto na cerveja, no remoto ano de 1213… E, da sua importância, credo ou lenda, narrações escritas e verbais, de tudo a UNESCO reconheceu em 2008, atribuindo a classificação de Património Imaterial da Humanidade, transmite-me Brauns Sylvette, tesoureiro de Os Companheiros de S. Laurent, a Ordem ou Confraria responsável pela festança, onde o desfile de gigantones faz lembrar as Feiras Novas, claro aqui recente a sua introdução via Espanha, melhor a Galiza.. pois estamos ainda nas vésperas dos duzentos anos da romaria, fundada a 5 de Maio de 1826, ou da Senhora da Agonia, surgidas em 1763. E, por Bruxelas, na Flandres, já existiam, séculos antes, tais figuras “humanas” de tamanho invulgar, salientemos. Mais instituições que preservam as tradições, amigos, confrades e comadres á nossa volta e do Chef Domingos Gomes de Viana do Castelo que me acompanhou: a nossa Confraria dos Vinhos de Portugal na Bélgica, com sua Grã-Mestre Cecília Vidigal Tesoureira Filipa Pedro, mais dirigentes como Domingos Ferreira e Maria Mendes e Victor Gomes; a do Manneken Piis, ícone da cidade com sua estatueta bem próximo da Grand Place; outras das bolachas, de outras cervejas… a Academia do Bacalhau de Bruxelas…

Tivemos de nos apressar, com o tempo (a tornar-se longo) para despedidas e abraços; de sebenta de propostas de eventos e de sugestões na agenda, esta já a transpôr o presente ano, e a enformar meses de 2025. O voo aprazava-se, havia que correr, quase voar por terra para o aeroporto!!! Mais umas horas na capital europeia, tarde cultural, e companhia de bons amigos, de bons gastrónomos e de bons companheiros. Até ???

Tesoureira em revista aos gigantones.jpg