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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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FESTA DA "PONTE DA MISARELA | 5 JULHO

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A aldeia de Sidrós, freguesia de Ferral, concelho de Montalegre, celebra no primeiro sábado de julho mais uma festa da "Ponte da Misarela". Nesta edição o espetáculo intitulado “Família na Misarela: Ritos de Vida” é uma criação sensorial e simbólica que entrelaça mitos, memórias e histórias verídicas de gerações marcadas por rituais de fé, fertilidade e resistência. Um cartaz cultural - apoiado pelo Município de Montalegre - que promete voltar a reunir centenas de curiosos num dos locais mais encantadores do nosso território.

TERÁ A PONTE DA MISARELA SIDO OBRA DO DIABO?

Quem de Vieira do Minho pretendesse atravessar o rio Rabagão com destino a Montalegre teria o fazer pela ponta da Misarela que, segundo uma velha crença, era obra do diabo.

Reza a lenda que, em terras de Além Douro, vivia um homem que tendo cometido vários crimes, a justiça perseguia sem contudo ser bem-sucedida. Profundo conhecedor dos esconderijos da serra, ele sempre escapava. Certa altura, porém, vendo-se seguido de perto, embrenhou-se no sertão e, transviado, achou-se de repente à borda de uma ribeira torrencial, em sítio alpestre e medonho, pelo alcantilado dos penedos e pelo fragor das águas que ali se despenhavam em furiosa catadupa.

Apelou o malvado para o Anjo-Mau e tanto foi invocá-lo que o Diabo lhe apareceu. “Faz-me transpor o abismo e dou-te a minha alma”, disse-lhe. O Diabo aceitou o pacto e lançou uma ponte sobre a torrente. O réprobo passou e seguiu sem olhar para trás como lhe fora exigido mas, pouco depois, sentiu grande estrépito, como de muitas pedras que se derrocavam, e ninguém mais ouviu falar da improvisada ponte.

Os anos volveram e, enfim, chegou a hora do passamento. Moribundo e arrependido, confessou ao sacerdote o seu pacto. Este foi ao sítio da ponte e tratou igual pacto com o Diabo. A ponte reapareceu e o sacerdote passou, mas tirando rápido um ramo de alecrim, molhou-o na caldeirinha que levava oculta, três vezes aspergiu, fazendo o sinal da cruz e pronunciando as palavras sacramentais dos exorcismos. O mesmo foi fazê-lo que sumir-se o Demónio, deixando o ar cheio de um vapor acre e espesso, de pez e resina, de envolta com cheiro sufocante de enxofre, ficando de pé a ponte.

Fonte: Wikipédia

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