FALECEU O INSIGNE OCEANÓGRAFO MÁRIO RUIVO
O Prof. Doutor Mário Ruivo foi um insigne cientista dedicado ao estudo e defesa dos oceanos e ao lançamento das temáticas ambientais no nosso país. De seu nome completo Mário João de Oliveira Ruivo, nasceu em Campo Maior em 1927 e faleceu hoje em Lisboa.
É longa a sua carreira nomeadamente como investigador científico. Na década de 1940, foi dirigente da Direcção Universitária de Lisboa, do MUD Juvenil, tendo sido preso em 1947 devido ao seu envolvimento político.
Em 1950, formou-se em Biologia pela Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e especializou-se em Oceanografia Biológica e gestão dos recursos vivos na Universidade Paris-Sorbonne.
Entre 1974 e 1979, dirigiu a Divisão de >Recursos Aquáticos e do Ambiente do Departamento de Pescas da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. Foi ministro dos Negócios Estrangeiros no V Governo Provisório e Secretário de Estado das Pescas nos II, III e IV governos provisórios. Entre 1975 e 1979, foi também Director-geral dos Recursos Aquáticos e do Ambiente do Ministério da Agricultura e Pescas.
Entre os numerosos cargos que exerceu, foi ainda Chefe da Delegação Portuguesa à Conferência das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (1974-78); Ppresidente do Comité para a Comissão Oceanográfica Intergovernamental da UNESCO (1980-88), membro do Conselho Consultivo da Junta Nacional de Investigação Científica e Tecnológica - SFCT (1986-95) e presidente da Comissão de Avaliação e Controle Independente - Projecto COMBO, MEPAT (1996-97). Foi também coordenador da Comissão Mundial Independente para os Oceanos (1995-98) e membro da Comissão Estratégica dos Oceanos, bem como conselheiro científico da Expo’98. Foi também presidente da Comissão Oceanográfica Intersectorial do Ministério da Educação e Ciência, Presidente do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável e Presidente do Fórum Permanente para os Assuntos do Mar.