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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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ESCRITOR E POETA DELFIM GUIMARÃES NASCEU HÁ 150 ANOS – EFEMÉRIDE ASSINALA-SE EM 2022!

Delfim Guimarães foi o poeta de Ponte de Lima e da Amadora

Assinala-se em breve a passagem dos 150 anos sobre o nascimento do escritor e poeta Delfim Guimarães. O seu nome está ligado à cidade do Porto onde nasceu em 4 de Agosto de 1872.

Delfim Guimaraes (2)

A Lisboa onde trabalhou e fundou a editora “Guimarães, Libânio e Cª” que viria mais tarde a adoptar a denominação de Guimarães Editores. A Ponte de Lima à qual dedicou grande parte dos seus versos e também alguns dos seus romances, para além da sua enorme ligação familiar do qual foi inclusive Administrador do Concelho. E ainda à cidade da Amadora onde viveu e deixou importante obra cívica da qual salientamos a criação da Liga dos Melhoramentos da Amadora, responsável pela instituição da Escola Alexandre Herculano.

O nome de Delfim Guimarães encontra-se consagrado na toponímia de Lisboa, de Ponte de Lima e também da cidade da Amadora onde, aliás, dá o nome ao jardim que constitui a sua sala de visitas e aí tem erigido um busto. Apenas o Porto, cidade onde nasceu, não lhe prestou até ao momento a devida homenagem. A efeméride que este ano se assinala constitui uma excelente oportunidade para conhecer a vida e a obra deste escritor.

Delfim Guimaraes

“Delfim Guimarães. O Poeta da Amadora” é o título da melhor biografia até ao momento produzida acerca da vida e obra do poeta e escritor Delfim Guimarães. Da autoria de Lopes Vieira, o livro é uma edição da Câmara Municipal da Amadora, publicado em 1989 e encontra-se actualmente esgotado. A passagem dos 150 anos sobre a data do seu nascimento justificaria seguramente uma segunda edição desta obra.

Neste livro, o autor traça de uma forma admirável o perfil do escritor Delfim Guimarães, acrescentando à sua biografia a sua obra literária e a sua intervenção cívica, não apenas no domínio profissional como ainda como cidadão interventivo na sua época que deixou uma obra cujos frutos continuam a ser colhidos pelas actuais gerações. Referimo-nos principalmente à sua acção política e cívica naquela localidade que viria a ser o actual Concelho da Amadora, nomeadamente através da criação da Liga de Melhoramentos que, entre outras iniciativas, foi responsável pela fundação das Escolas Alexandre Herculano.

Lopes Vieira convida-nos a uma digressão através da obra literária do escritor Delfim Guimarães, apresentando-nos muitos dos seus poemas, grande parte dos quais dedicados ao Ponte de Lima, facto que por si só justificaria o seu reconhecimento como “O Poeta de Ponte de Lima” – se foi na Amadora que ele viveu grande parte da sua vida e pelo seu progresso social se bateu, não restam dúvidas de que foi a Ponte de Lima que dedicou os seus versos!

Rua Delfim de Brito Guimarães

Poeta 1872 - 1933

Freguesia(s): Campolide

Início do Arruamento: Rua Basílio Teles

Fim do Arruamento: Rua José Malhoa

Data de Deliberação Camarária: 08/02/1995

Data do Edital: 17/02/1995

Data do Edital do Governo Civil:

Data do Edital do Governo Civil:

Designação(ões) Anterior(es): Troço da Rua A à Avenida José Malhoa, compreendido entre a Rua Basílio Teles e a Avenida José Malhoa.

Historial: “Aos vinte e três dias do mês de Setembro de mil novecentos e noventa e quatro pelas dezasseis horas, numa das salas dos Paços do Concelho, reuniu a Comissão Municipal de Toponímia (...) Seguiu-se a leitura de uma carta da casa do Concelho de Ponte Lima, solicitando que o nome do poeta Delfim Guimarães, seja atribuído a uma rua de Campolide, situada nas imediações da sede da referida Instituição.

A Comissão emitiu parecer favorável, designando para o efeito o troço da Rua A à Avenida José Malhoa, compreendido entre a Rua Basílio Teles e a Avenida José Malhoa que, assim, passará a denominar-se: Rua Delfim De Brito Guimarães/Poeta/1872 – 1933”.

Delfim de Brito Guimarães nasceu no Porto em 4 de Agosto de 1872 e faleceu na Amadora, em 6 de Julho de 1933. De filiação republicana e maçónica, estudioso das Letras Portuguesas, cavaleiro apaixonado pela Menina e Moça de Bernardim Ribeiro, em querelas com Teófilo Braga ou em franca e admirativa correspondência com D. Carolina Michaëlis de Vasconcelos, conforme transcreveu no seu «Arquivo Literário». A sua paixão romântica pela política (União Republicana), levou-o às polémicas sobre as cores e os símbolos da bandeira nacional. Em 1889, veio para Lisboa e com apenas dezanove anos começou a trabalhar como guarda-livros no Século, onde passou a administrador. Ali permaneceu por dez anos mas foi obrigado

a retirar-se, pois a Administração não via com bons olhos a sua actividade literária. Fundou e consolidou uma importante Casa Editora – a Guimarães Editores, que ainda hoje existe na Rua da Misericórdia. Através desta editora, trouxe ao nosso conhecimento, autores estrangeiros notáveis em cuidadas traduções. Poeta, novelista, crítico, erudito, dramaturgo, investigador literário, Delfim de Brito Guimarães prestou valiosos serviços às letras portuguesas. Iniciou a sua carreira de escritor em 1893 com Alma Dorida, um livro de poemas escritos em prosa, dedicado à sua mãe. Nesse mesmo ano escreveu também Lisboa Negra, versos que dedicou à Capital, revelando a sua difícil adaptação a esta cidade. Confidências, um novo livro de poemas, é publicado em 1894 e, no ano seguinte, sai um livro de «orações», em verso, intitulado Evangelho. Em 1902, escreve uma comédia denominada Juramento Sagrado e neste mesmo ano, escreve um poema inspirado em ambientes medievais e de cariz romântico, chamado A Virgem do Castelo. No ano em que abre a Livraria, em 1903, publicou Outonais, obra em poesia dedicada ao amor e, em 1916, durante a Grande Guerra, por publicou uma colectânea de poemas de diversas métricas e estilos, intitulada A Alma Portuguesa. Deixou um património editorial inestimável, quer pelo fundo editorial acumulado, quer pelos serviços que prestou à cultura portuguesa.

IN / Fonte: http://www.cm-lisboa.pt/

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A imagem mostra os descendentes do escritor Delfim Guimarães por ocasião da atribuição do seu nome a uma artéria de Lisboa.

Delfim Guimarães nasceu em Santo Ildefonso, no Porto e viveu grande parte da sua vida na Amadora, nos arredores de Lisboa, onde teve grande intervenção cívica e política. Porém, as suas raízes familiares encontram-se em Ponte de Lima, terra em relação à qual consagrou muitos dos seus poemas.

Em Lisboa fundou em 1899 a editora “Guimarães, Libânio e Cª”, actualmente conhecida como Guimarães Editores.

Na Amadora onde viveu e veio a falecer, em 6 de Julho de 1933, foi o grande impulsionador da Liga dos Melhoramentos da Amadora e das escolas Alexandre Herculano. Esta cidade consagrou-lhe um jardim em pleno centro, atribuindo-lhe o seu nome e aí descerrando o busto cuja imagem junto se reproduz. Autêntica sala de visitas da Amadora onde se realizam os principais eventos culturais, o Parque Delfim Guimarães foi inaugurado em 1937 pelo então Presidente da República, General Óscar Carmona.

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Delfim de Brito Monteiro Guimarães (Porto, 4 de Agosto de 1872 - Amadora, 6 de Julho de 1933) foi um poeta, ensaísta, bibliófilo e tradutor português.

Trabalhou na área comercial onde desempenhou funções de contabilista e de administrador de diversas empresas, mas ficou conhecido pela sua produção literária, nomeadamente poesia, ensaio, conto, teatro e história, tendo sido fundador da editora «Guimarães, Libânio e C.ª» em 1899, atualmente conhecida como Guimarães Editores.

Tem colaboração em publicações periódicas, como é o caso das revistas Branco e Negro (1896-1898), Ave Azul (1899-1900), A Sátira (1911), Atlântida (1915-1920) e na Revista de turismo iniciada em 1916.

Foi iniciado na Maçonaria na Loja O Futuro, em Lisboa, com o nome simbólico de Bakunine.

A 17 de maio de 1919, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.

Fonte: Wikipédia

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Exemplar com dedicatória oferecido ao jornalista Rocha Martins, aqui tratado por “ilustre camarada”, em 5 de Abril de 1921.

“Á Memória de Herculano” é o título de um poema de cariz patriótico da autoria do escritor e poeta Delfim Guimarães, publicado em 1910, por ocasião da “celebração do centenário do nascimento do egrégio historiador português” ocorrida em 28 de março daquele ano, e editado pela Livraria Editora Guimarães & Cª, editora fundada pelo próprio autor.

Com vasta obra literária, o escritor Delfim Guimarães nasceu no Porto em 4 de agosto de 1872, encontrando-se também ligado a Ponte de Lima, terra à qual dedicou a maioria dos seus versos e ainda á cidade da Amadora onde viveu e veio a falecer em 6 de julho de 1933.

O livro cuja imagem reproduz foi pelo autor oferecido a Henrique Marques, na dedicatória tratado como “bom amigo e camarada”.

“Asas de Portugal” é o título de um poema de cariz patriótico da autoria do escritor e poeta Delfim Guimarães, publicado em 1922, por ocasião da primeira travessia aérea do Atlântico Sul levada a cabo por Gago Coutinho e Sacadura Cabral, no contexto das comemorações do primeiro centenário da independência do Brasil.

O poema foi escrito na Amadora, terra com grandes tradições aeronáuticas, e editado pela Livraria Editora Guimarães & Cª, editora fundada pelo próprio autor.

Com vasta obra literária, o escritor Delfim Guimarães nasceu no Porto em 4 de agosto de 1872, encontrando-se também ligado a Ponte de Lima, terra à qual dedicou a maioria dos seus versos e ainda á cidade da Amadora onde viveu e veio a falecer em 6 de julho de 1933.

O livro cuja imagem reproduz foi pelo autor oferecido à Redação do jornal Diário de Notícias.

O Parque Delfim Guimarães situa-se no centro da Amadora, na zona mais antiga da cidade, entre a Avenida Elias Garcia e a linha de caminho de ferro que, desde finais do século XIX, contribuiu decisivamente para a expansão do primitivo aglomerado urbano designado como Porcalhota.

Correspondendo ao mais antigo e emblemático espaço verde do concelho, construído na década de 30 do século XX, por iniciativa da então estrutura municipal sediada em Oeiras foi primeiro apelidado de Jardim-Parque da Amadora, ocupando os terrenos agrícolas situados nas imediações do bairro Santos Mattos, primeiro conjunto habitacional da cidade.

O espaço integrado no Parque organiza-se a partir de uma pérgola central, dotada de fonte e bancos em redor. A partir deste espaço definem-se caminhos sinuosos, pontuados por canteiros de roseiras e herbáceas. O jardim possui, igualmente, alguns elementos importantes para a história local como o busto do poeta Delfim Guimarães que deu o nome ao espaço e que se encontra implantado numa rotunda intermédia assim como algumas lápides comemorativas de efemérides locais.

Inicialmente o parque integrou um tradicional espaço com areia balouços e escorregas, conjunto que, depois de ter sido reformulado, se transformou num moderno parque infantil obedecendo às novas normas de segurança. Igualmente numa intervenção mais recente foi criada uma "zona de estadia formal", dotada de bancos e cadeiras.

História

O Parque Delfim Guimarães deve o seu nome ao poeta que viveu e faleceu na cidade (1872-1933) tendo contribuído para esta iniciativa o tenente Cândido Pinheiro, vereador da Câmara de Oeiras, residente na então freguesia da Amadora. O conjunto ajardinado foi inaugurado a 27 de Junho de 1937, na presença do Presidente da República, General Óscar Carmona, escassos dias depois de a Amadora ter sido elevada à categoria de vila. Em 1997 o jardim foi sujeito a obras de reconversão a cargo da Arquiteta Paisagista Patrícia França, tendo estas sido parcialmente concluídas em 2002. Em 2015 o espaço foi novamente objeto de uma intervenção, apostando-se desta vez numa poda algo radical das árvores existentes, intervenção esta com impactos negativos no valor paisagístico do conjunto, tendo sido reduzidas as áreas de sombra e a bela mancha verde que caraterizava o local. De notar que este é um dos poucos espaços verdes existentes na zona central da cidade tão intensamente urbanizada, algo que hoje se sabe ser indispensável para a melhoria da qualidade de vida da população.

Paulo Fernandes/IPPAR/2007. Atualizada por Maria Ramalho/DGPC/2015.

Fonte: http://www.patrimoniocultural.gov.pt/

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