ELEIÇÕES LEGISLATIVAS: PARA QUE QUER O MINHO ELEGER DEPUTADOS SEM QUALQUER LIGAÇÃO À REGIÃO?
À semelhança do que se verifica noutras regiões do país, vários partidos têm vindo a anunciar candidaturas de políticos extranhos à região do Minho pelos respetivos círculos eleitorais, menorizando os seus próprios militantes a nível regional. É a política no pior sentido.
De acordo com o Artigo 152º, alínea 2 (Representação política) da Constituição Portuguesa, “Os Deputados representam todo o país e não os círculos por que são eleitos.”. Assim sendo, não faz sentido a manutenção de círculos eleitorais distritais, até porque frequentemente os candidatos indicados pelos partidos políticos para encabeçar as respetivas listas não possuem qualquer ligação aos círculos pelo qual concorre. A estes, os eleitores costumam designá-los por páraquedistas…
A manutenção dos círculos eleitorais a nível distrital apenas serve para distorcer o sentido de voto através da soma dos “restos” dos votos pelas coligações pré-eleitorais por vezes com “partidos” fictícios” que nunca se submeteram ao escrutínio popular. E, ao que tudo indica, ninguém está interessado em reformar o sistema democrático de forma a contrariar o aumento da abstenção.
Em qualquer dos casos, para que quererá o Minho eleger deputados sem qualquer ligação à região, como se não tivesse gente capaz em todas as áres políticas? Talvez existam excepções que confirmam a regra…