DIÁRIO DO MINHO REVIVE HISTÓRIA DO SOLAR DOS CASTROS EM VILA NOVA DE CERVEIRA
Este domingo, ao folhear o Suplemento Património do jornal regional Diário do Minho vai deparar-se com um trabalho exaustivo dedicado a um dos mais imponentes edifícios de Vila Nova de Cerveira, o Solar dos Castros, classificado como Imóvel de Interesse Público.
Dando continuidade a um trabalho que tem evidenciado, desde junho 2013, os vários aspetos do património edificado e arqueológico do concelho de Cerveira, o jornalista José Carlos Ferreira, viaja até ao século XVIII para conhecer aquele edifício que acolhe nos dias de hoje a Biblioteca Municipal.
As suas caraterísticas permitem inscrever este solar no conjunto de edificações setecentistas do Norte do país, que se pautam por um desenvolvimento em comprimento, estável, e sem inovações em termos planimétricos, concentrando-se a animação ao nível da fachada, aberta por vãos simétricos. O alçado divide-se em dois pisos, alterando portas e janelas no primeiro, que se unem, através da moldura, às janelas de sacada no segundo, estas rematadas por cimalha saliente. É precisamente o ritmo destes vãos que confere dinamismo ao alçado, convergindo ao centro, no brasão que, em lugar de destaque, interrompe a linha do telhado, evidenciando assim os símbolos nobiliárquicos dos proprietários do solar, como imagem de prestígio e poder.
No exterior, e apesar das dimensões, o jardim não deixa de representar a importância do espaço e a sua articulação com o edifício habitacional, numa tentativa não monumental de "subordinar a natureza a um plano de conjunto a partir da casa" (AZEVEDO, 1969, p. 75).
A recolha de informação é da responsabilidade do jornal, que conta com a colaboração da Divisão Cultural da Câmara Municipal, para além de pessoas e instituições ligadas ao património em causa em cada suplemento.