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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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DIA DA MÃE: DAS ORIGENS PAGÃS AO CULTO CRISTÃO

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Perde-se nos confins dos tempos a tradição de festejar o Dia da Mãe, tal como actualmente o designamos.

Tais celebrações têm a sua origem em ancestrais ritos pagãos destinados a celebrar a fertilidade, associados ao advento da Primavera e, consequentemente, à perpectuação do ininterrupto ciclo de renascimento da vida após a morte. Através do rito, o Homem celebra a acção criadora dos deuses e assegura a sua continuidade como se de um acto de magia se tratasse.

Acredita-se que já na Grécia antiga, a chegada da Primavera era festejada em honra de Rhea, a Mãe dos Deuses. Segundo a Enciclopédia Britânica, “A adoração formal da mãe, com cerimônias para Cibele ou Rhea, a Grande Mãe dos Deuses, era realizada nos idos de março, em toda a Ásia Menor.”.

Ao longo dos séculos, tais celebrações foram-se transformando à medida em que surgiam novas crenças e, sobretudo, novas religiões se edificaram sobre os escombros das antigas. E, quase sempre, entrecruzando-se com sucessos históricos associados às nações onde tais celebrações eram praticadas.

Em Portugal, o Dia da Mãe foi até muito recentemente celebrado no dia 8 de Dezembro, Dia da Imaculada Conceição, coroada rainha de Portugal e festejada como sua padroeira, a quem devemos a bênção da Restauração da Independência de Portugal face ao jugo espanhol.

Actualmente o Dia da Mãe é comemorado no primeiro domingo de Maio – seguindo a tradição da celebração de Santa Maria por parte da Igreja Católica – a que não é alheia a forma como em 13 de Maio se apresentou aos portugueses na Cova da Iria sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.