Saltar para: Post [1], Pesquisa e Arquivos [2]

BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

CORDEIRO À MODA DE MONÇÃO JUNTA MINHOTOS À VOLTA DA MESA

459319791_913071917513046_1080734246660805618_n.jpg

5, 6, 12 e 13 de Outubro

O Mês do Cordeiro à Moda de Monção volta a encher os restaurantes do concelho com apreciadores de uma das maravilhas da culinária nacional. Um prato festivo, uma receita exclusiva deste território, para um mês de celebração animado, com uma oferta cultural complementar que tornará o evento ainda mais apetecível.

Dois fins de semana repletos de atividade, numa tenda instalada em plena Praça Deu-la-Deu, que incluem degustação do prato, venda de vinhos espumantes dos produto.

Cordeiro 03.JPG

Uma confeção feita com carinho e sabedoria

Mata-se o cordeiro e pendura-se na adega. Enquanto quente (depois de limpo), lava-se muito bem com água e sal, deixando-o assim para o dia seguinte. Logo de manhã, dá-se um banho com o seguinte molho: uma porção de vinagre, sal q.b., pimenta q.b., alho bem socado q.b., salsa bem picada, cebola bem picada....

“Os habitantes do burgo, que não possuíam rebanhos, dirigiam-se às feiras para comprar o animal. E, como em todas as feiras, havia de tudo, bons e maus. A verdade é que os produtores de gado, quando os levavam para a feira queriam vendê-los pelo melhor preço e, para que parecessem gordos, punham-lhes sal na forragem, o que os obrigava a beber muita água.

A confeção deste prato em alguidar levado ao forno de lenha não só recupera o saber dos nossos antepassados como lhe adiciona um pouco de arte, carinho e profissionalismo das atuais cozinheiras. O nome artístico, digamos assim, reflete bem o caráter afável e bem-disposto dos monçanenses.

E PORQUÊ O NOME “FODA À MONÇÃO”?

Reza a história que:

“Os habitantes do burgo, que não possuíam rebanhos, dirigiam-se às feiras para comprar o animal. E, como em todas as feiras, havia de tudo, bons e maus. A verdade é que os produtores de gado, quando os levavam para a feira queriam vendê-los pelo melhor preço e, para que parecessem gordos, punham-lhes sal na forragem, o que os obrigava a beber muita água.

Na feira, apareciam com uma barriga cheia de água e pesados, parecendo realmente gordos. Os incautos que não sabiam da manha compravam aqueles autênticos “sacos de água” e, quando se apercebiam do logro, exclamavam à boa maneira do Minho: “que grande foda!”

O termo tanto se vulgarizou que o prato passou a designar-se, localmente, por Foda à Moda de Monção. De tal modo que é frequente, pelas alturas festivas (Páscoa, Corpo de Deus, Senhora das Dores e Natal ou Fim de Ano) ouvir as mulheres: “Ó Maria, já meteste a foda?”

Um prato com nome ousado e sabor autêntico.

Cordeiro 01.jpg

Cordeiro 02.jpg