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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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CIENTISTA ARCUENSE PADRE HIMALAYA VIVEU NA AMADORA NO PALÁCIO/QUINTA DOS CONDES DA LOUSÃ

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Localizado na freguesia das Águas Livres, o imóvel dominou em tempos um vasto território, na então aldeia da Damaia ou A-da-Maia, encontrando-se atualmente rodeado por uma urbanização dos anos 60.

A construção do edifício data do Século XVIII, tendo o corpo central da fachada norte sido restaurado no Século XIX. Trata-se de uma casa de campo típica da região lisboeta, com reboco cor-de-rosa e pilastras de pedra que possuía uma capela particular cujo orago era a Nossa Senhora da Conceição.

Do seu conjunto destacam-se os múltiplos telhados que compõem o edifício e os conjuntos de painéis de azulejos.

Da sua história, sabe-se que em 1813 a quinta era habitada apenas pelos caseiros e que, na primeira década do Século XX, viveu lá o Padre Himalaya, famoso pelas suas invenções.

Em 2003, a Câmara Municipal da Amadora adquiriu o imóvel, com o objetivo de assegurar a sua preservação.

A Quinta dos Condes da Lousã foi classificada como Imóvel de Interesse Público, pela publicação em Diário da República de 24 de dezembro de 2012.

Fonte: https://www.cm-amadora.pt/

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A Presidência do Conselho de Ministros - Gabinete do Secretário de Estado da Cultura, através da Portaria n.º 740-AS/2012 publicada em Diário da República n.º 248/2012, 1º Suplemento, Série II de 2012-12-24, Classifica como monumento de interesse público a Casa da antiga Quinta Grande, também denominada Quinta dos Condes da Lousã, na Rua Carvalho Araújo, 13, Damaia, freguesia da Damaia, concelho da Amadora, distrito de Lisboa.

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Manuel António Gomes – vulgo Padre Himalaia – nasceu em 9 de Dezembro de 186º em Cendufe no concelho de Arcos de Valdevez

Aos 15 anos foi para o Seminário de Braga (Colégio Espiritano), onde adquiriu o gosto pelo experimentalismo e pela intervenção técnica, graças aos métodos de ensino inovadores ali praticados.

Durante o seminário modificou o seu nome de batismo, acrescentando-lhe Himalaya, devido à alcunha que um colega lhe dera por ser de elevada estatura.

É ordenado padre em 1891.

Em 1900 iniciou em Paris as suas experiências com o protótipo de um forno solar, batizado “Pyrheliophero”, que, traduzido à letra, significa “eu trago o fogo do Sol”.

Em 1904, o aparelho foi apresentado na Exposição Universal em Saint Louis, nos EUA, e premiado com o “Grand Prize da Lousiana Purchase Exposition”.

Ainda nos EUA, fabrica a “Pólvora Sem Fumo” ou Himalayte, pólvora que resiste a grandes choques e temperaturas sem risco de explosão.

Regressa a Lisboa em 1906, onde continuou a desenvolver a sua faceta de inventor e investigador. Durante alguns anos dedicou-se, filantropicamente, à prática da naturopatia junto das populações carenciadas na Damaia e Amadora. O seu interesse pela constituição de um laboratório levou-o a tentar vender, em 1925, a quinta que tinha na Damaia, onde viveu alguns anos antes de partir para a Argentina.

Voltou da Argentina em 1932, doente. Alguns meses depois, a 21 de dezembro de 1933, morria, com 65 anos, em Viana do Castelo.

Fonte: Câmara Municipal da Amadora

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