CDS/PP DEFENDE NOVA TRAVESSIA SOBRE O RIO AVE
Os candidatos do CDS PP estiveram esta segunda-feira em Ribeirão, no concelho de Vila Nova de Famalicão, onde voltaram a notar a necessidade de uma nova ligação rodoviária à Trofa e à Maia, distrito do Porto, mas mais que isso, a necessidade de uma ligação às principais vias de acesso ao aeroporto, autoestradas e porto de Leixões.
Esta região representa uma das regiões do País mais industrializada, e sede de empresas de vocação exportadora, de que é exemplo a Continental, da indústria de pneus, e que recentemente investiu cerca de 100 milhões de euros numa nova unidade de produção em Lousado. Mas este é apenas um dos exemplos das mais de 130 empresas instaladas nesta região e que são base empregadora de milhares de pessoas.
É de há muito conhecido o problema desta região, nomeadamente com as deficientes vias de acesso e da necessidade de uma nova travessia do Rio Ave, com vias rodoviárias que permitam a estas empresas rapidamente escoar mercadorias, mas na verdade o problema mantém-se e está longe de resolução.
“O transito é caótico, os acessos maus e o problema persiste. O município de Famalicão realizou obras pontuais, mas é evidente a necessidade de um nó rodoviário e uma nova travessia para minorar o problema” começou por salientar Durval Tiago Ferreira, famalicense e número dois dos candidatos a deputados nas listas do CDS PP.
É necessária é a construção de uma nova travessia sobre o Rio Ave, que sirva de alternativa à actual e que, manifestamente, já não é suficiente ao trânsito que nela circula diariamente, com congestionamento sistemático na ligação à Trofa e à Maia. Ao longo dos últimos anos sucederam-se as promessas por parte do governo socialista, em concreto, em 2017, o então Ministro do Planeamento e Infraestruturas anunciou publicamente que “A zona da travessia da Variante à EN14 sobre o Rio Ave encontra-se a aguardar a definição da solução técnica definitiva para a localização da nova ponte, estando previsto o lançamento de um estudo hidrológico aprofundado, na sequência de reuniões que foram desenvolvidas com a Administração da Região Hidrográfica do Norte. A futura localização da travessia sobre o Rio Ave será determinante para o traçado dos troços a sul e a norte do Rio Ave, no qual se inclui a empreitada "Variante à EN14, entre o Interface Rodoferroviário da Trofa e Santana".
Depois disto, já em 2018, e à margem de uma visita às obras na Estrada Nacional (EN) 14, que liga o eixo Maia-Trofa-Famalicão, o mesmo responsável referiu haver “boas indicações” para a aprovação da nova travessia sobre o rio Ave, na Trofa, pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), salientando que seria previsível começar a obra em 2019. Nessa data o responsável afirmou que a expectativa seria que a APA ainda nesse ano apresenta-se uma solução sobre o atravessamento do Rio Ave para depois programar as próximas fazes do investimento.
A verdade é que passaram dois anos e não há avanços…
“O CDS/PP não pode aceitar que a APA demore mais de 2 anos a aprovar um estudo de impacte ambiental e se o mesmo não está concluído, tal facto deve-se tão só ao desinteresse do Governo na execução desta obra”.
Durval Tiago Ferreira acrescentou ainda que “Durante esta legislatura, nesta matéria – como noutras – o Governo do Partido Socialista mais não fez do que fazer uma gestão de expectativas e mera propaganda, criando a ilusão que a obra estava a ser preparada, mas, na realidade, e em concreto, nada fez para que a mesma fosse uma realidade”.
O famalicense deixou a garantia do empenhamento do CDS PP na resolução da questão. “Este projeto é crucial para o desenvolvimento da economia local e para a mobilidade neste espaço territorial, contribuindo para a captação de investimentos, para a fixação de empresas e, por essa via, para a coesão económica e social desta Região e ainda para o aproveitamento do maior terminal rodoferroviário da Península Ibérica, que representou um investimento privado superior a 35 milhões de euros e que estará concluído em 2020”.
Por isso, e em conclusão, a construção de uma nova ponte sobre o Rio Ave será uma prioridade num futuro Governo que tenha a participação do CDS/PP e será executada num horizonte temporal até 2023.