CASA DO MINHO EM LISBOA CELEBROU A PASCOELA
Escreveu o jornalista e escritor valenciano José Augusto Vieira, na revista “Branco e Negro” (Semanario Illustrado), nº.1 de 5 de Abril de 1896, o seguinte: “Pelos caminhos da aldeia o parocho revestido de sobrepeliz e estola vae acompanhado pelo mordomo da cruz, pelo caldeirinha de agua benta, pelo campainha, pelo creado encarregado de receber os folares. Partem sol nado.”
Em Lisboa, a Casa do Minho recriou mais uma vez a tradição da Pascoela que se realiza invariavelmente no Domingo seguinte à Páscoa dos cristãos. A escolha desta celebração prende-se com o facto da maioria dos minhotos radicados na região de Lisboa regressarem temporariamente às suas origens para celebrar a Páscoa nas suas aldeias, conjuntamente com a família, os vizinhos e amigos.
Assim, na localidade de Telheiras, os lisboetas foram surpreendidos com este costume bem minhoto.
Cerca de centena e meia de pessoas participaram na celebração dos senhores padre João Caniço e padre Jorge. À semelhança de anos anteriores, os minhotos percorreram as ruas de proximidade da Casa do Minho e, depois, dentro das suas instalações, cumpriram o ritual sem deixar de observar as devidas regras de proteção sanitária que são aliás recomendadas pela própria Igreja.
No final foi servido o tradicional verde de honra, com a animação das concertinas e até o padre João Caniço cantou a desgarrada.
O vice-presidente da Direção, Rodrigo Aguiar agradeceu a presença de todos, lembrando que “é fundamental vocês estarem aqui para a continuação do Regionalismo”.