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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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CANTINAS “SOPA DOS POBRES” FORAM UMA OBRA SOCIAL DO CAMINHENSE SIDÓNIO PAIS

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As cantinas vulgarmente designadas por “Sopa dos Pobres” ou “Sopas do Sidónio” constituíram uma obra social promovida pelo caminhense Sidónio Pais com vista a matar a fome à população empobrecida de Lisboa durante a Primeira Grande Guerra.

A escassez de alimentos associada às políticas de racionamento, o crescimento da população das maiores cidades à custa do despovoamento das zonas rurais de gentes, o analfabetismo reinante que rondava os 72 % e o açambarcamento e especulação dos bens de primeira necessidade agravaram as condições de vida da população.

O aumento da pobreza e miséria constituiu uma das principais preocupações do governo de Sidónio Pais que em 1918 veio a ser Presidente da República, tabelando os preços dos produtos para evitar a especulação e criando cantinas sociais para distribuir comida pelos mais necessitados. Em Lisboa, ainda subsiste na zona de Arroios uma dessas cantinas, recebendo diariamente centenas de pessoas que dela necessitam para sobreviver.

As refeições, na maioria das vezes, era apenas uma diária, constituída por sopa bastante condimentada, com grão, feijão, toucinho, acompanhada por um "naco de pão".

Foi curta a presidência de Sidónio Pais visto ter sido assassinado no mesmo ano, mas ficou na memória do povo – não houve jamais presidente da República tão adorado pelos portugueses – a quem Fernando Pessoa consagrou um dos seus poemas titulando-o de Presidente Rei!