BRAGA, FAMALICÃO, BARCELOS E GUIMARÃES APOSTAM NO DESENVOLVIMENTO DO QUADRILÁTERO URBANO
Ricardo Rio assume presidência da associação que integra agora a UM, a AIMinho e o Citeve. Quadrilátero Urbano cria novas ligações com território
Os Municípios de Braga, Famalicão, Barcelos e Guimarães formalizaram hoje, 29 de Janeiro, o Pacto para a Competitividade e Inovação 2015-2020 que marca o relançamento da associação Quadrilátero Urbano, criada em 2007.
Com este novo pacto de cooperação, os quatro Municípios assumem uma parceria mais sólida e sistemática, integrando agora agentes do território como a Universidade do Minho (UM), a Associação Industrial do Minho (AIMinho) e o Centro Tecnológico das Industrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE).
A associação, que passa a ser presidida por Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, transforma-se assim numa estrutura do território e não apenas dos Municípios. “Com a agregação dos centros de investigação, o tecido empresarial e os centros de conhecimento, o Quadrilátero Urbano poderá potenciar os recursos do território e encontrar novas formas de desenvolvimento não apenas para a Região, mas também para o país ”, referiu Ricardo Rio.
Na cerimónia realizada no Centro de Estudos Camilianos, em Famalicão, Ricardo Rio destacou a dimensão política deste processo pelo exemplo que os municípios dão ao país. “Deixamos de olhar para as nossas fronteiras e demonstramos a disponibilidade de querer trabalhar em conjunto em áreas muito concretas como a competitividade, a cultura, a mobilidade, a internacionalização, a eficiência energética e a sustentabilidade”, referiu o Edil, dando conta da vontade das partes em “desenvolver um projecto agregador e catalisador do potencial da Região”.
Ao Secretário de Estado das Autarquias Locais, Ricardo Rio lembrou que, mais do que a componente do financiamento, “é importante que, ao abrigo das alterações que estão a ser desenvolvidas ao nível da descentralização de competências, possam ser encontrados modelos que permitam que realidades como a do Quadrilátero, possam ter também o seu enquadramento do ponto de vista da partilha de serviços, de recursos e outras valências fundamentais para a gestão do território”.
O agora presidente do Quadrilátero Urbano salientou ainda as mais-valias da região, sublinhando que “somos um território com 600 mil habitantes, com empresas das que mais exportam no país, com instituições como a Universidade do Minho, a melhor posicionada nos rankings internacionais, e com capacidade que temos em transformar conhecimento em processos de inovação no tecido económico”.
A par da independência dos fundos comunitários e da agregação dos agentes do território, o novo pacto hoje assinado altera ainda o prazo de duração da associação, que estava associada ao último quadro comunitário de apoio, passando a ter uma duração indeterminada.
Recorde-se que ao longo do ano de 2015, os autarcas do Quadrilátero Urbano desenvolveram um conjunto de medidas tendentes ao fortalecimento do projecto. O Quadrilátero foi criado em 2007, no contexto de oportunidade criado pelo QREN, com o objectivo de investir nas tecnologias digitais, na mobilidade e na cultura.