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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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ALEXANDRE VIEIRA NA TOPONÍMIA DE LISBOA

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Alexandre Vieira em 1952 (Foto: Arquivo Histórico-Social do MOSCA da Universidade de Évora)

Nascido no dia 11 de Setembro de 1884, Alexandre Vieira cujo 130º aniversário hoje passa dá nome a uma artéria do Bairro 2 de Maio, na freguesia da Ajuda, desde o Edital municipal de 29/01/1979, com a legenda «Sindicalista e Historiador/1884 – 1973».

Este Edital fez nascer no Bairro 2 de Maio as Ruas Alexandre Vieira, César Nogueira e Pinto Quartin para designar o Impasse 2, o Impasse 1 e o Impasse 3, correspondendo assim a uma solicitação do cidadão António Perianes Palma dirigida à Secretaria de Estado da Comunicação Social, para que fossem consagrados na toponímia de Lisboa os nomes destes jornalistas.

O Bairro 2 de Maio foi conhecido como bairro da Fundação Salazar até ao dia 2 de maio de 1974, em que centenas de pessoas que moravam em barracas na freguesia da Ajuda ocuparam os prédios que estavam a ser construídos, tendo mesmo pedido ajuda a alunos do Instituto Superior Técnico para o efeito. Depois, deram ao bairro o nome desse dia e foram concluindo os prédios que a partir daí lhes deram casa.

Alexandre Vieira (Porto/11.09.1884 – 26.12.1973/Lisboa) que viveu a infância em Viana do Castelo e a adolescência em Caminha, começou a trabalhar em artes tipográficas aos 15 anos, compondo e imprimindo o Jornal de Caminha. Em 1906 veio radicar-se em Lisboa, como operário gráfico mas começou a afirmar-se também nos movimentos sindicalistas. Em 1908 fundou o diário sindicalista A Greve e dirigiu mais tarde O Sindicalista (1911-1915), bem como O Movimento Operário (1917) e, o então nascido A Batalha (1919). Alexandre Vieira foi também membro efetivo do conselho administrativo da extinta Universidade Popular e de várias instituições de carácter cooperativo e cultural.

São da sua autoria as obras Em volta da minha profissão: Subsídios para a história do movimento operário (1950), Como se corrigem provas tipográficas: Noções úteis para quem manda executar impressão às tipografias (1951), Figuras gradas do Movimento Social Português (1959), Delegacia a um Congresso Sindical (1960), Para a História do Sindicalismo em Portugal (1970).

Fonte: Câmara Municipal de Lisboa