A SAFRA DA PESCA DO INVERNO DE 2025 ESTÁ COMPROMETIDA NO PORTO DE MAR DE VILA PRAIA DE ÂNCORA – CRÓNICA DE CARLOS SAMPAIO
O plano plurianual de dragagens para os portos do norte 2024-2026, onde está incluído o porto de mar de Vila Praia de Âncora, ainda não avançou para concurso público.
A dragagem que estava garantida para 2024, no nosso porto de mar, não aconteceu e dificilmente será possível acontecer até finais dezembro de 2024.
Porto mar de VP Âncora é um dos portos de mar do país com mais dias de barra fechada o que leva os nossos pescadores fazerem poucas mares de faina.
Temos aqui dois grande problemas, primeiro a SEGURANÇA da barra ( a morte espreita na barra de Vila Praia de Âncora) e a segunda OPERACIONALIDADE.
Numa freguesia e concelho com graves problemas de empregabilidade e fixação das gentes no nosso concelho, este NÃO desassoreamento em 2024 vai por em questão a sobrevivência dos nossos armadores e suas tripulações.
Os armadores não conseguem fixar as suas tripulações quando está em causa a segurança da barra e o número reduzido de idas ao mar.
Este NÃO desassoreamento vai empobrecer mais ainda a comunidade piscatória já por si fragilizada.
Este NÃO desassoreamento mais uma vez põem também em causa TURISMO náutico recreio e desportivo embarcado. A média de um lúdico/turista embarcada no porto de mar de VP Âncora é entre 10 a 20 marés nos 365 dias.
Os pontões da náutica de recreio e desportivas estão em terra desde 2021 por não existir uma estratégia desassoreamento correta daquele local, na zona mais a sul ( área da rampa ISN) criou-se uma duna que está mais alta do que estrada da avenida, areia que deveria sair por terra e ser colocada na praia para garantirmos a vinda do Instituto Socorros Náufragos (ISN).
A minha pergunta é a seguinte, como não vai ser feito o desassoreamento em 2024, em 2025 vão retirar os inertes correspondentes a 2024 e 2025? Ou vai ser um plano de 2025 a 2027??? Se for assim já ficaram dentro porto de mar mais 50 mil metros cúbicos referentes a 2024.
A missão de um porto de abrigo é ter mais de 250 dias os barcos no espelho de água e conseguirem sair e entrar na barra mais de 200 mares para ser uma indústria sustentável e não de desespero e desenrasque.
Vila Praia de Âncora os barcos dos profissionais passam mais de 60% em terra os da desportiva embarcada passam 90% nas mesmas condições.
É isto que queremos para porto de mar do concelho de Caminha????
Fonte: Movimento Cívico pelo Porto de Mar Vila Praia de Âncora