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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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A PIROTECNIA PORTUGUESA NÃO DEVE SERVIR PARA DESVIAR AS ATENÇÕES DAS VERDADEIRAS CAUSAS DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS!

Remonta à Pré-História a invenção da pirotecnia, tendo o Homem passado a utilizar o fogo-de-artifício nos ritos destinados a afastar os maus espíritos. Com origem na Ásia e bastante difundido na China e na Índia, deve-se porém aos gregos e árabes a sua introdução na Europa.

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Entre nós, o fogo como elemento purificador associado ao solstício de Verão aparece sempre de forma fulcral associado às festas solsticiais ou são-joaninas na sua versão cristã. E, constituindo o Minho a região que maior apego revela pelas tradições mais genuínas, não admira que a arte e o espetáculo pirotécnico possuam aqui a maior e mais elevada expressão ao ponto do fogo que se produz no Minho constituir um dos mais prestigiados em todo o mundo.

O fogo-de-artifício deslumbra o minhoto ao ponto de não raras as vezes sacrificar a sua própria vida na produção dos mais arriscados artefactos porque para ele tudo é alegria, desde o árduo trabalho da lavoura até à forma como cozinha, a festa e a romaria, tudo deve ser vivido da forma mais alegre e exuberante.

A pirotecnia é também uma fonte de rendimento de muitas famílias e uma indústria de interesse na economia nacional. É certo que, tal como se verifica com muitas outras atividades, ela comporta os seus riscos que devem ser sempre acautelados, desde o seu manuseamento na fase de produção até à sua utilização nos espetáculos. Mas, em circunstância alguma, deve esta forma de arte ser prejudicada e muito menos culpabilizada pela maior parte dos incêndios florestais que ocorrem no país, a maioria das vezes em locais e circunstâncias onde nem sequer tiveram lugar espetáculos de exibição de fogo-de-artifício.

Sem prejuízo das medidas preventivas que devem ser tomadas relativamente ao uso de fogo-de-artifício nas festas e romarias, bem assim de outros espetáculos um pouco por todo o país e no estrangeiro, o Minho não pode – nem deve! – deixar que utilizem a pirotecnia como bode expiatório da atividade de pirómanos que atuam muito provavelmente a mando de interesses ocultos… procurem e condenem os verdadeiros criminosos!

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