Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

JORNALISTA ARTUR MACIEL – FIGURA CIMEIRA DO REGIONALISMO MINHOTO EM LISBOA EM MEADOS DO SÉCULO PASSADO – NASCEU HÁ 124 ANOS!

No próximo mês passam 124 anos sobre a data de nascimento do jornalista Artur Maciel, justamente considerado uma figura cimeira do regionalismo minhoto em Lisboa, personalidade ligada a Viana do Castelo cujo nome se encontra consagrado na sua toponímia.

Artur Santiago Maciel da Costa de seu nome completo foi um conceituado jornalista e escritor com vasta colaboração nos jornais “O Século da Noite”, “A Voz”, “Noite” e “Diário de Notícias”. Lisboeta de nascimento, ao Minho – região à qual lhe ligavam as raízes familiares – dedicou Artur Maciel toda a sua vida e empenho à causa regionalista, a ele devendo a Casa do Minho, em Lisboa, os seus períodos mais áureos. Artur Maciel nasceu em 21 de Fevereiro de 1900.

DSCF8349 (2)

No decorrer da sessão de 14 de Fevereiro de 1967, o deputado bracarense António Santos da Cunha não lhe poupou rasgados elogios, referindo-se-lhe nos seguintes termos: “A Casa do Minho, a que actualmente preside o distinto jornalista e escritor Artur Maciel, tem desenvolvido uma tarefa que quero disso tenho obrigação especial destacar.

Ainda há poucos dias me foi dado tomar parte numa reunião, a que assistiram pessoas do maior valor, que serviu não só para denunciar mais uma vez as delícias da cozinha minhota, como para que convivessem os naturais da região das mais variadas classes e fossem discutidos problemas de grande interesse para a mesma.

Será que a sua esforçada e dinâmica direcção pensa em organizar uma semana de estudos na capital, semana em que os mais candentes problemas regionais serão abordados por autoridades competentes nas diferentes matérias, o que será contributo apreciável para a resolução dos mesmos, e ainda, o que muito é de Ter em conta, poderosa alavanca para a mentalização dos responsáveis quanto á necessidade de esses problemas serem encarados de frente.”

O deputado António Maria Santos da Cunha era natural de Braga. Foi Secretário da Comissão Distrital da União Nacional, de Braga, em 1953, Vice-presidente daquele órgão em 1965 e Presidente da Comissão Concelhia de Braga da União nacional. Foi ainda Presidente das câmaras municipais de Braga e da Póvoa de Lanhoso, da Comissão Municipal de Turismo de Braga e Procurador à Câmara Corporativa na VI Legislatura.

SEC-AG-1117J.jpg

A fotografia data de 10 de Junho de 1935 e retra a chega ao Rossio do Conde Vladimiro D’Omerson, podendo ser identificados, a contar da esquerda, Artur Maciel, François Mauriac, Condessa d’Omerson, Madame Mauriac, Ferreira dos Santos, Guilherme Pereira de Carvalho, António Ferro, Conde Vladimiro d’Omerson e António Eça de Queirós. (Foto: ANTT)

Artur Santiago Maciel da Costa de seu nome completo foi um conceituado jornalista e escritor com vasta colaboração nos jornais “O Século da Noite”, “A Voz”, “Noite” e “Diário de Notícias”. Lisboeta de nascimento, ao Minho – região à qual lhe ligavam as raízes familiares – dedicou Artur Maciel toda a sua vida e empenho à causa regionalista, a ele devendo a Casa do Minho, em Lisboa, os seus períodos mais áureos. Artur Maciel nasceu em 21 de Fevereiro de 1900.

No decorrer da sessão de 14 de Fevereiro de 1967, o deputado bracarense António Santos da Cunha não lhe poupou rasgados elogios, referindo-se-lhe nos seguintes termos: “A Casa do Minho, a que actualmente preside o distinto jornalista e escritor Artur Maciel, tem desenvolvido uma tarefa que quero disso tenho obrigação especial destacar.

Ainda há poucos dias me foi dado tomar parte numa reunião, a que assistiram pessoas do maior valor, que serviu não só para denunciar mais uma vez as delícias da cozinha minhota, como para que convivessem os naturais da região das mais variadas classes e fossem discutidos problemas de grande interesse para a mesma.

Será que a sua esforçada e dinâmica direcção pensa em organizar uma semana de estudos na capital, semana em que os mais candentes problemas regionais serão abordados por autoridades competentes nas diferentes matérias, o que será contributo apreciável para a resolução dos mesmos, e ainda, o que muito é de Ter em conta, poderosa alavanca para a mentalização dos responsáveis quanto á necessidade de esses problemas serem encarados de frente.”

O deputado António Maria Santos da Cunha era natural de Braga. Foi Secretário da Comissão Distrital da União Nacional, de Braga, em 1953, Vice-presidente daquele órgão em 1965 e Presidente da Comissão Concelhia de Braga da União nacional. Foi ainda Presidente das câmaras municipais de Braga e da Póvoa de Lanhoso, da Comissão Municipal de Turismo de Braga e Procurador à Câmara Corporativa na VI Legislatura.

Artur Maciel deixou-nos vasta obra publicada de que destacamos “Uma noite nos jardins de Espanha – Una noche en los jardines de España (1977)”; “Viagem de cem anos (1855-1955, editado pela Câmara Municipal de Viana do Castelo (1958)”; “Angola Heróica. Bertrand (1963)”; “A colecção de pintura da Fundação Caloute Gulbenkian exposta no Museu de Arte Antiga”, edição do Museu de Arte Antiga (1961)”; “As artes ao serviço da nação: panorama e índice de uma época. Livraria Bertrand (1967)”; “Ritmo do bilros”, Porto, Companhia Portuguesa (19?2); “Um português nas espanhas : Galiza, Astúrias, Leão, Castelas, Catalunha e Andaluzia. Lisboa. Bertrand, (1965)”; “Condes e Senhores de Viana da Foz do Lima. Viana do Castelo. (1938)”; “Viana centro de turismo: itinerário de grandes pequenas coisas tradicionais, típicas e pitorescas (1938)”; “A mono-arquia do Prof. Doutor Marcelo Caetano. Lisboa. Liv. Bertrand (1952)”; “Ritmo de bilros : livro que contem vários casos e lendas da Beira-Lima / dado à estampa por Artur Maciel; com muitos desenhos do artista José Cyrne. Porto: Portugueza Editora. (1924)”.

O seu livro “Angola Heróica” que relata uma reportagem que fez durante 120 dias naquela frente de combate, nos primeiros anos do conflito, dedicou-o “em homenagem aos veteranos que no 1º de Maio de 1961 desembarcaram em Luanda”, prefaciando com as seguintes palavras: “... ao mais humilde e ignorado de todos esses soldados, brancos, mestiços e negros, que vi nas selvas do nosso Congo a defender Portugal - com a mesma fé, a mesma abnegação, o mesmo silencioso heroísmo de quantos dos nossos, através dos séculos, com a sua alma, o seu sangue e o seu esforço descobriram, criaram e engrandeceram Angola...”.

Para além da dinâmica que imprimiu à actividade da Casa do Minho, deixou verdadeiras pérolas literárias como sucede com os textos insertos nos cardápios dos almoços regionalistas ali realizados. A ele se deve, aliás, a divisa “Uma boa mesa para uma boa política regionalista”!

Em 1977, Artur Maciel ocupava o cargo de Presidente do Conselho Regional quando, no decorrer de uma assembleia geral que teve lugar em 18 de Dezembro desse ano, foi destituído do lugar que ocupava, através de uma votação maciça por procuração, prática que então ainda era autorizada. Seguramente movido pelo desgosto, veio momentos depois a falecer em casa.

Decorridas quase quatro décadas sobre a data do seu falecimento, Artur Maciel continua a constituir uma personalidade de referência do regionalismo minhoto na capital e, sobretudo, da Casa do Minho à qual prestou inestimáveis serviços!

Fonte: Wikipédia / Carlos Gomes

2848440_0

Artur Maciel deixou-nos vasta obra publicada de que destacamos “Uma noite nos jardins de Espanha – Una noche en los jardines de España (1977)”; “Viagem de cem anos (1855-1955, editado pela Câmara Municipal de Viana do Castelo (1958)”; “Angola Heróica. Bertrand (1963)”; “A colecção de pintura da Fundação Caloute Gulbenkian exposta no Museu de Arte Antiga”, edição do Museu de Arte Antiga (1961)”; “As artes ao serviço da nação: panorama e índice de uma época. Livraria Bertrand (1967)”; “Ritmo do bilros”, Porto, Companhia Portuguesa (19?2); “Um português nas espanhas : Galiza, Astúrias, Leão, Castelas, Catalunha e Andaluzia. Lisboa. Bertrand, (1965)”; “Condes e Senhores de Viana da Foz do Lima. Viana do Castelo. (1938)”; “Viana centro de turismo: itinerário de grandes pequenas coisas tradicionais, típicas e pitorescas (1938)”; “A mono-arquia do Prof. Doutor Marcelo Caetano. Lisboa. Liv. Bertrand (1952)”; “Ritmo de bilros : livro que contem vários casos e lendas da Beira-Lima / dado à estampa por Artur Maciel; com muitos desenhos do artista José Cyrne. Porto: Portugueza Editora. (1924)”.

img_220455495_1393767864_pbig

O seu livro “Angola Heróica” que relata uma reportagem que fez durante 120 dias naquela frente de combate, nos primeiros anos do conflito, dedicou-o “em homenagem aos veteranos que no 1º de Maio de 1961 desembarcaram em Luanda”, prefaciando com as seguintes palavras: “... ao mais humilde e ignorado de todos esses soldados, brancos, mestiços e negros, que vi nas selvas do nosso Congo a defender Portugal - com a mesma fé, a mesma abnegação, o mesmo silencioso heroísmo de quantos dos nossos, através dos séculos, com a sua alma, o seu sangue e o seu esforço descobriram, criaram e engrandeceram Angola...”.

img_0335-e1498235427196

Para além da dinâmica que imprimiu à actividade da Casa do Minho, deixou verdadeiras pérolas literárias como sucede com os textos insertos nos cardápios dos almoços regionalistas ali realizados. A ele se deve, aliás, a divisa “Uma boa mesa para uma boa política regionalista”!

Os anos que sucederam ao golpe militar do 25 de Abril de 1974 também se reflectiram no seio das casas regionais. As relações com as entidades públicas alteraram-se e a actividade na maioria dos casos foi esmorecendo. Com a mudança de regime, alguns sócios afastaram-se cautelosamente a fim de não serem conotados politicamente com a situação anterior. Por intercedência do Dr. Nuno Morais, um limiano que fora atleta olímpico, toureiro e professor de ginástica, teve lugar nas instalações da Casa do Minho então sitas na rua Víctor Cordon uma das primeiras reuniões das facções monárquicas que vieram a dar origem ao Partido Popular Monárquico, o que na altura causou algum sobressalto entre os dirigentes da colectividade.

Em 1977, Artur Maciel ocupava o cargo de Presidente do Conselho Regional quando, no decorrer de uma assembleia geral que teve lugar em 18 de Dezembro desse ano, foi destituído do lugar que ocupava, através de uma votação maciça por procuração, prática que então ainda era autorizada. Seguramente movido pelo desgosto, veio momentos depois a falecer em casa.

Decorridas quase quatro décadas sobre a data do seu falecimento, Artur Maciel continua a constituir uma personalidade de referência do regionalismo minhoto na capital e, sobretudo, da Casa do Minho à qual prestou inestimáveis serviços!

Como preito de homenagem, Viana do Castelo consagrou o seu nome na toponíma local, na Meadela, Santa Marta de Portuzelo e na própria cidade. Lisboa – cidade onde nasceu, trabalhou e faleceu – a sua memória ainda não foi lembrada condignamente.

amaciel

am1

Dedicatória com autógrafo de Artur Maciel. Fonte: http://kaligraphias.blogspot.pt/

digitaliza-o-33_5_orig

PT-AMAP-10-29-11-1-18_m0001_dissemination.jpg

PT-AMAP-10-29-11-1-18_m0002_dissemination.jpg

PT-AMAP-10-29-11-1-18_m0003_dissemination.jpg

Artur Maciel manteve assídua correspondência com o historiador vimaranense Alfredo Pimenta (Fonte: Arquivo Municipal Alfredo Pimenta)

Capturarcara (1).JPG

Ex-líbris de Artur Maciel

SÓCIOS E AMIGOS DA EX-CASA DO MINHO EM LOURENÇO MARQUES (MOÇAMBIQUE) CONFRATERNIZAM ESTE ANO EM AMARES

Os minhotos e amigos que fizeram parte da Casa do Minho de Lourenço Marques – atual cidade de Maputo – vão este ano reunir-se em Braga no próximo dia 27 de Abril para mais um convívio anual, desta feita em Amares. Trata-se do XXVI Convívio que assinala simultaneamente o 69º aniversário da fundação daquela instituição regionalista em terras moçambicanas, à época parte integrante de Portugal.

484396_10200262053808057_30167815_n

Casa do Minho em Lourenço Marques (Moçambique) foi fundada há 69 anos

Os antigos territórios ultramarinos portugueses foram também o destino de muitos minhotos que decidiram ali construir as suas vidas. Rumando diretamente a partir da metrópole ou fixando-se após o cumprimento do serviço militar naquelas paragens, Angola e Moçambique vieram a tornar-se a segunda terra para muitos dos nossos conterrâneos que assim trocavam a estreita courela pela desafogada machamba ou simplesmente empregavam-se na atividade comercial das progressivas cidades de Luanda e Lourenço Marques, atual Maputo.

Porém, a recordação do Minho distante não os abandonou e permaneceu sempre nos seus corações. E, a provar esse amor filial, criaram as suas próprias associações regionalistas a fim de manterem mais viva a sua portugalidade e as raízes minhotas. Em Lourenço Marques, fundaram a Casa do Minho em 1955, já lá vão 69 anos!

Durante duas décadas consecutivas, aquele foi o ponto de encontro das nossas gentes em terras moçambicanas. Ali se construíram novas amizades e conservavam as suas tradições. A constituição de um Rancho Folclórico no seio daquela associação foi um dos melhores exemplos do seu apego às origens. Até que a descolonização veio alterar o rumo das suas vidas e determinar a extinção da Casa do Minho.

Não obstante, muitos dos minhotos e amigos da Casa do Minho, que dela fizeram parte ou de alguma forma por lá passaram, não esquecem esses tempos saudosos e continuam a reunir-se todos os anos em alegre e amistosa confraternização, partilhando recordações e revivendo a terra que também amaram – Moçambique!

1525551_10200518721930132_592918424_n

PONTE DE LIMA: FREI FRANCISCO DE S. LUÍS (CARDEAL SARAIVA) NASCEU HÁ 258 ANOS!

Passam 258 anos sobre a data do nascimento de D. Frei Francisco de São Luís, vulgo Cardeal Saraiva, um dos principais vultos do liberalismo e um dos ícones maiores de Ponte de Lima e do Minho.

19212023_RT1tW.jpeg

Os restos mortais do Cardeal Saraiva repousam no Panteão dos Cardeal o Mosteiro de S. Vicente de Fora, em Lisboa, ao lado dos demais cardeais da Igreja Católica. Mesmo ao lado encontra-se o Panteão dos reis da Dinastia de Bragança.

9835114_5o4tD.jpeg

Frei Francisco de S. Luís, aliás Francisco Justiniano Saraiva, nasceu em Ponte de Lima em 26 de janeiro de 1766 e faleceu em Lisboa em 7 de maio de 1845. Aos catorze anos de idade, ingressou no Mosteiro de São Martinho de Tibães, da ordem beneditina, tendo daí saído anos mais tarde para o Mosteiro de Santo André de Rendufe e, posteriormente, para a Faculdade de Teologia da Universidade de Coimbra.

Filiado na Maçonaria da qual chegou a ser Grão-mestre, adoptou o nome Condorcet, tendo ainda integrado o Sinédrio que foi a organização responsável pela revolução portuense de 1820. Apesar dos seus ideais, não deixou de combater os invasores franceses pelos quais muitos liberais tomaram partido sem receio de que tal atitude configurasse um acto de traição.

Após a revolução, tornou-se um dos membros da Junta Provisional do Supremo Governo do Reino e, pelas Cortes Constituintes, nomeado membro do Conselho de Regência. Foi ainda Reitor da Universidade de Coimbra, deputado às Cortes e Presidente da Câmara dos Deputados.

9835206_ZZdde.jpeg

Em 1824, resignou ao episcopado e veio a ser desterrado para o Mosteiro da Serra de Ossa, de onde saiu após a chegada das tropas liberais a Lisboa em 1833. Foi feito Patriarca de Lisboa em 1840 e, em 1843, confirmado no título e pelo Papa Gregório XVI elevado ao cargo cardinalício.

9835207_41QTz.jpeg

Há cerca de três décadas, um grupo de naturais de Ponte de Lima radicados na região de Lisboa resolveu prestar-lhe simbólica homenagem com a realização de uma romagem ao seu túmulo, tendo a mesma contado com a presença do então Presidente da Câmara Municipal de Ponte de Lima, sr. Fernando Calheiros. Uma celebração que lamentavelmente não teve continuidade.

9835208_j8zlU.jpeg

CASA DO MINHO EM WINNIPEG (CANADÁ) FOI FUNDADA HÁ 50 ANOS – LIMIANO MANUEL RODRIGUES SOUSA FOI O PRINCIPAL IMPULSIONADOR!

277560684_399942355467686_890213970427222329_n.jpg

Nas últimas décadas, a comunidade portuguesa de Winnipeg consolidou-se como uma das mais organizadas, cultural e socialmente, na região. No entanto, nem sempre foi assim. Quando a Casa do Minho foi fundada, no longínquo ano de 1974, a comunidade já contava com cerca de vinte e cinco mil pessoas, mas era servida apenas por uma associação. Embora a intenção não tenha sido de rivalizar com a única organização existente na época, a Casa do Minho foi inevitavelmente formada por necessidade. O que aconteceu depois é um exemplo de perseverança, resiliência, compromisso e dedicação dos seus associados e amigos.

278187335_399942358801019_5817334031490030010_n.jpg

Manuel Rodrigues Sousa é um exemplo dessa devoção. Foi um dos fundadores da Casa do Minho e tornou-se uma figura respeitada na comunidade portuguesa de Winnipeg devido às suas décadas de dedicação abnegada como voluntário com funções e responsabilidades variadas. Ainda ativo no campo associativo, o seu legado transpôs gerações e inspirou outros jovens a seguir os seus passos. Um exemplo perfeito disso é o seu filho mais novo, Samuel Sousa, que tem estado no centro das atenções em muitas das iniciativas da organização e que agora é o seu novo presidente.

Nascido a 10 de novembro de 1943, em S. Martinho de Gandra, Ponte de Lima, Manuel Sousa trabalhou desde cedo como lavrador. Rapidamente desenvolveu uma afeição especial pelo folclore e juntou-se ao grupo da sua aldeia na tenra idade de 15 anos. Em 1964, alistou-se no exército e um ano depois viajou para a Guiné-Bissau para lutar numa guerra colonial desnecessária durante três longos anos. Voltou para a sua cidade natal em 1967, quatro dias após o falecimento do seu pai. Nesse mesmo ano, casou-se e começou a trabalhar como camionista para uma fornecedora de materiais de construção. Cinco anos depois, a 4 de junho de 1972, partiu para o Canadá num voo que pousou em Toronto, cidade onde planeava ficar e, mais tarde, juntar a sua família. No entanto, ele foi convencido por conhecidos a voar mais para o oeste, para Winnipeg, onde chegou dias depois. Eventualmente adquiriu estatuto de residente permanente no Canadá e, a 16 de abril de 1975, viajou a Portugal para trazer consigo a sua esposa e dois filhos, tornando Winnipeg o seu lar permanente.

Quando cheguei, a comunidade era grande. Há quem diga que naquela época tínhamos mais portugueses aqui do que agora porque a imigração estava aberta e tínhamos gente a chegar a toda a hora. […] Embora aqui tivéssemos muita gente, havia pouco envolvimento na comunidade”, disse Manuel Sousa em entrevista realizada via Zoom. “Em 1973, comecei a envolver-me. A Associação Portuguesa de Manitoba era a única associação na altura, mas eram poucas as pessoas que estavam envolvidas”, acrescentou.

Embora a participação da comunidade na vida associatiava não fosse proeminente, Manuel Sousa testemunhou a integração inaugural de um rancho português no Folklorama, um evento que exibe as diversas culturas e etnías de Winnipeg durante duas semanas repletas de interesse a cada agosto. "O Senhor José Vieira, natural de Oleiros (Ponte da Barca), formou o rancho, em 1967 ou 68, que fazia parte da Associação Portuguesa. Em 1973, o Sr. Vieira convidou-me para fazer parte do grupo”, recordou Manuel Sousa.

Foi aqui que Manuel Sousa se envolveu pela primeira vez no trabalho comunitário em Winnipeg, mas mal sabia ele que o rancho folclórico da Associação serviria de prelúdio para a formação da Casa do Minho. Aconteceu que, na época, o rancho não tinha equipamento para ampliar o som para que os irmãos Garcia e Luciano Matias, os acordeonistas que acompanhavam o rancho na altura, fossem devidamente ouvidos pelo público. Garcia Matias decidiu comprar um microfone e um conjunto de colunas e então propôs que, embora não cobrasse pelos ensaios, lhe pagassem 10 dólares por cada atuação. Os elementos do rancho concordaram prontamente mas o Sr. Vieira não conseguiu convencer a Direcção da Associação Portuguesa, que tinha dois administradores que se opunham veementemente à proposta. Disso resultou uma ruptura entre José Vieira e a Associação, que o levou a formar o seu próprio grupo denominado Casa do Minho Portuguese Folk Dances. Assim, a nova associação foi formada. José Vieira tornou-se o seu primeiro Presidente.

“Em 4 de maio de 1974, o Sr. Vieira registou o grupo no Folk Arts Council. Foi na garagem dele que fizemos os primeiros ensaios”, recordou Manuel Sousa. “Sou um dos fundadores, membro número 8. Não tínhamos membros pagantes e formamos o nossa próprio Executivo composta por voluntários. Demos-lhe o nome de Casa do Minho mas, na altura, pouquíssimos membros eram minhotos”, acrescentou.

Durante cerca de nove anos, o folclore manteve-se como a principal atividade da associação, mas o teatro, produzido pelos seus voluntários, e organizações de jantares para celebrar ocasiões especiais como a Páscoa e o Ano Novo também iam ganhando o seu espaço. “A nossa primeira peça [de teatro] foi em 1975. Depois começámos a comemorar o Carnaval, a Páscoa e o Ano Novo [numa época em que] esses jantares formais não eram organizados. Fomos nós que começámos. Alugávamos salões e os voluntários serviam”, disse Manuel Sousa. A primeira festa de Ano Novo foi realizada em 1976.

Embora a garagem de José Vieira se tenha tornado um local viável para os ensaios nos meses de verão, as coisas não pareciam tão promissoras quando o primeiro inverno chegou, obrigando o grupo a mudar-se para um local com aquecimento adequado. “O Bomba Club, na Sargent [Avenue] tinha uma cave espaçosa. Como o Sr. Vieira era cliente lá, eles concordaram em alugar o espaço para nós ensaiarmos. Pagávamos 20 ou 30 dólares por mês. Depois, alugámos uma casinha na Isabel [Street] onde ficamos até 1983. Depois, havia um senhor dono de uma padaria (Continental Bakery) que não usava o espaço do último andar. Alugámos por 100 dólares por mês”, lembrou Manuel Sousa.

É em 1983 que a Casa do Minho assiste a um crescimento significativo. Após nove anos de tentativas falhadas para participar do Folklorama de Winnipeg, a sua candidatura foi finalmente aprovada. Foi Manuel Sousa que ficou responsável por todo o processo, já que José Vieira se encontrava de férias em Portugal na altura. "O Senhor Vieira estava em Portugal e fomos chamados para uma reunião no Folk Arts Council. O meu inglês era fraco na altura e tive que trazer ajuda. Fizeram algumas perguntas e eu disse-lhes que representaríamos o norte de Portugal, de Valença a Coimbra. Disse-lhes também que os Açores e a Madeira não estavam bem representados [no folklorama] e que também os representaríamos. Eles disseram que considerariam a nossa participação e sugeriram que encontrássemos um salão para servir como nosso pavilhão. Sir John Franklin [Centro Comunitário] tinha um salão e uma cozinha separada. Lá, podíamos receber mais gente”, contou Manuel Sousa. Mais tarde, a cave da Imaculada Conceição, igreja católica portuguesa, tornou-se o local do pavilhão do Folklorama da Casa do Minho até que a organização adquiriu o seu edifício atual, em 1997.

CapturarCANAD.JPG

Fotos: Paulo Ferreira

PAREDES DE COURA: “O MENINO ESTÁ DE VOLTA” ENCERRA UM CICLO E TEM PREFÁCIO ASSINADO POR MÁRIO CLÁUDIO

Com este “O menino está de volta” fecha-se um ciclo. Permitam-me a vaidade tola, um ciclo fechado com chave de ouro ao contar com o prefácio de Mário Cláudio, nome incontornável da Grande Literatura Portuguesa dos nossos dias.

Tenho necessidade de escrever, para mim escrever é sentir que posso ir além do comezinho que é essa coisa de viver; de apenas viver cumprindo o que de mim se exige; é fazer o que não me é exigido por quaisquer regras ou ditames – é ser libertino à maneira que me apetece, é ser marginal, exactamente, é isso: marginal e desnudado. Por isso, a partir de hoje, abre-se um novo ciclo, um caminho que já trilho e que vai resultar no próximo livro.

Desculpem-me, sobretudo as minhas Amigas e os meus Amigos, é que gosto muito de viver, tanto quanto nunca me permitirei apenas sobreviver.

Beijos. (O MENINO ESTÁ DE VOLTA está disponível nas livrarias de Paredes de Coura, na Loja Rural local, na Redacção do Notícias de Coura, na Casa Courense em Lisboa ou através de encomenda postal que pode ser feita neste Facebook)

402202184_2074361176241351_6953238621382393486_n.jpg

PAREDES DE COURA: MANUEL TINOCO – A ALMA DO JORNAL REGIONALISTA “NOTÍCIAS DE COURA”

400859566_2072652213078914_3310472109849825415_n.jpg

  • Crónica de Manuel Tinoco

OS NOMES DOS 20 ANOS DO NOTÍCIAS DE COURA COMEÇAM HOJE OUTROS TANTOS…

Após trazer 165 mulheres e homens (penitencio-me diante daqueles que, certamente, terei deixado no olvido) a este cantinho, 165 fazedores de um quase-milagre que se chama Notícias de Coura e soma 20 anos e alguns meses; cerca de três meses em que, diariamente, homenageei a gente que faz do NC um caso raro de sucesso no panorama da imprensa de proximidade do nosso país e, concomitantemente, prantei por aqui episódios e factos que ajudarão a fazer a história do NC, após os 165 nomes, dizia, encerro hoje o ciclo com duas imagens.

Imagens de quem vos maça diariamente, imagens que assinalam exactamente vinte anos de diferença entre o jovem que, em 2003, meteu ombros a este projecto (foto de autor da pioneira “Coluna Prima”) e a deste assumido e feliz sexagenário a quem as rugas e a falta de cabelo não roubaram empenho nem determinação em continuar este projecto, que é, simultaneamente, um projecto dos cerca de oito mil leitores que, quinzenalmente, nos esperam e acarinham.

Tenho sido Necas Tuca, Manuel Mário Albuquerque, Manuel Aniceto Simões, Manuel Alves Barbosa, Manuel Pedro Nunes, Manuel Santa Marta, Manuel Sarrazim e Sequeira, Manuel de Jesus, Manuel da Costa, Manuel do Crasto, Manuel dos Santos da Cruz, Vaz de Sousa, Joana Sampaio, Eugénia Antas, tantos e tantos outros, dando sempre a cara às tempestades: quatro episódios de agressões físicas, dezenas deles de ameaças de agressão, danos avultados em bens próprios, já para não falar do insulto barato e do soez boato que almeja assassinar o carácter.

Mas o que é tudo isto diante das palavras de incentivo que guardo junto ao coração? Nada, seguramente nada. 20 anos de NC; uma vida inteira - vossa e minha, pois que bem o sei.

400972439_2072652186412250_198131333167665323_n.jpg

FAMÍLIA CERVEIRENSE VOLTOU A REUNIR-SE COM ENTUSIASMO EM LISBOA

Cerca de 350 cerveirenses participaram, este domingo, no 14º Aniversário da Casa Cerveirense em Lisboa. O Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira, Rui Teixeira, e o Presidente da Assembleia Municipal, Antonio Quintas, deslocaram-se à capital portuguesa para participar neste convívio da comunidade cerveirense, onde predomina a alegria e a saudade.

IMG_1089.jpeg

Atualmente dirigida por Beatriz Gameiro, a Casa Cerveirense em Lisboa tem como missão manter a solidariedade social entre os cerveirenses. Assim, anualmente, os ‘embaixadores’ cerveirenses em Lisboa organizam um encontro ‘familiar’, convidando os conterrâneos para uma festa de reencontros. Este ano, cerca de 80 cerveirenses residentes no concelho cumpriram, com entusiasmo, os cerca de 400 quilómetros que os separam dos amigos e antigos vizinhos, aproveitando o transporte disponibilizado pela Câmara Municipal.

A tradição voltou a cumprir-se, e a Quinta da Valenciana, em Fernão Ferro, propriedade de Luís Videira, um dos embaixadores cerveirenses, foi o ponto de encontro, acolhendo ainda vários representantes de outras casas regionais, nomeadamente da Casa do Minho, representada pelo seu Presidente, Paulo Duque, também um Cerveirense, e impulsionador deste encontro. A alegria e partilha de histórias e memórias marcou o convívio, fazendo jus às origens culturais alto-minhotas, com animação a cargo do Rancho Folclórico da Casa do Minho.

A comemoração do 14º aniversário terminou com o cantar dos parabéns e o corte do bolo, ficando já agendada nova reunião familiar para novembro de 2024.

PAREDES DE COURA: RECORDANDO MANUEL MENDES – UM REGIONALISTA COURENSE EM LISBOA

Manuel Mendes. O meu saudoso Amigo Manuel Mendes. A morte, cruel e matreira, levou-o cedo, ele que estava radicado em Lisboa desde cedo, mais um courense que mourejou na cidade grande desde catraio. Trabalhou nos CTT, nos TLP, era homem ligado aos sindicatos e aos valores de Abril. Nunca escreveu para o Notícias de Coura, todavia tão bem soube representar o Jornal na Grande Lisboa, angariando publicidade e cativando novos assinantes. Nome grande deste Jornal, sem quaisquer dúvidas, tal qual o foi igualmente da Casa Courense em Lisboa.

Manuel Tinoco

399577309_2068087336868735_2740489833523455978_n.jpg

BRASIL: CASA DO MINHO DO RIO DE JANEIRO A CAMINHO DO CENTENÁRIO

563041_343245025789952_1897852370_n

Fundada em 8 de Março de 1924 – prestes a assinalar o seu centenário – a Casa do Minho no Rio de Janeiro foi criada com o propósito de estabelecer solidariedade e prestar auxílio aos nossos compatriotas que, nos anos difíceis do começo do século XX, se viram desamparados pela sorte e à beira da miséria, muitos dos quais tiveram então de ser expatriados, a Casa do Minho viria a constituir-se num baluarte do regionalismo minhoto e da afirmação do patriotismo dos portugueses em terras de Vera Cruz, precisamente a que ostenta no seu próprio emblema.

399207_251944034920052_1187051154_n

Ultrapassadas as dificuldades iniciais com que os nossos conterrâneos se debateram para conseguirem uma vida mais digna, as gentes minhotas deram à Casa do Minho uma nova missão que consiste na preservação da sua identidade, mormente através das mais variadas manifestações culturais, tertúlias literárias, manifestações religiosas, divulgação do folclore e, sobretudo, da união e convívio familiar dos seus associados.

Desde a sua fundação, a Casa do Minho no Rio de Janeiro é obra de muitos homens e mulheres que ao longo de oitenta e oito anos de existência souberam erguer uma grandiosa instituição que dignifica a comunidade minhota radicada no Brasil e prestigia o nosso país.

Localizada na rua Cosme Velho, na zona sul do Rio de Janeiro, a Sede social da Casa do Minho dispõe para além das instalações propriamente ditas, de uma grande arborizada, parque de estacionamento e dois magníficos recintos desportivos.

De entre as suas principais finalidades, cumpre-nos destacar a promoção da fraternidade Luso-Brasileira; o desenvolvimento da prática de atividades desportivas, recreativas, culturais e sociais; a difusão do culto à Comunidade Lusíada; a luta pelos interesses do Minho tornando conhecidas sua história, belezas naturais, gastronomia e o seu folclore.

Fotos: Casa do Minho do Rio de Janeiro

A Casa do Minho do Rio de Janeiro foi constituída em 8 de março de 1924. Em 1967, adquiriu a velha moradia que vemos na foto acima, situada na Rua Cosme Velho, no Bairro das Laranjeiras, na zona sul do Rio de Janeiro. Procedeu à sua demolição para nesse local edificar a sua atual sede social.

ma_fundacao

Trinta anos após a criação da Casa do Minho, foi constituído no seu seio o Rancho Folclórico Maria da Fonte

capture10

A Casa do Minho preserva as nossas tradições junto das gerações mais jovens da nossa comunidade radicada no Brasil

salao_festa1

A imagem mostra um aspeto panorâmico do salão social da Casa do Minho

BRASIL: RANCHO FOLCLÓRICO MARIA DA FONTE DA CASA DO MINHO DO RIO DE JANEIRO COMEMORA 69 ANOS DE EXISTÊNCIA

O Rancho Folclórico Maria da Fonte da Casa do Minho do Rio de Janeiro foi fundado em 18 de Dezembro de 1954

O Rancho Folclórico Maria da Fonte é um dos três ranchos folclóricos da Casa do Minho no Rio de Janeiro. Os demais são o Rancho dos Veteranos e o Rancho Juvenil Benjamim Pires. Com 69 anos de existência, o Rancho Maria da Fonte constitui um autêntico porta-estandarte da Casa do Minho e das tradições minhotas em terras do Brasil e, não raras as vezes, além-fronteiras.

398663536_716645690497695_8442966959754791251_n.jpg

Para além da exibição dos trajes e das danças e cantares da nossa região, o Rancho Maria da Fonte reconstitui habitualmente interessantes quadros etnográficos como a desfolhada do milho, as vindimas e a espadelada do linho, espetáculos bastante concorridos pela comunidade minhota do Rio de Janeiro.

Acerca das origens do Rancho Folclórico Maria da Fonte, transcreve-se a sua própria descrição feita no site da Casa do Minho do Rio de Janeiro.

131992348_3487994271279137_4692594208071791275_o.j

“Antônio Pedreira, natural de Valença, era um vascaíno doente e assistia a todos os jogos do Vasco em São Januário. Após o jogo jantava, junto com as filhas e alguns amigos em seu restaurante situado na Praça da Bandeira. Era proprietário também de uma loja de artigos elétricos na Rua Frei Caneca onde também trabalhavam sua duas filhas solteiras, Elza e Nilza. A Olívia, sua terceira filha era casada e ajudava seu marido em um pequeno negócio na zona norte do Rio. Não freqüentava a Casa do Minho. O Sr. Antonio Pedreira além de todas as suas atividades idealizou organizar um grupo de danças portuguesas. Foi divulgada a idéia e os candidatos a dançarinos foram aparecendo, moças e rapazes. As filhas do Sr. Pedreira, Elza e Nilza, com a colaboração de Suely, vizinha da Casa do Minho na Rua Conselheiro Josino, confeccionaram os trajes para as moças e também o estandarte para o grupo. Ensaiando há algumas semanas teve sua primeira exibição no dia 18 de dezembro de 1954, considerada data da fundação, durante as festividades em homenagem ao Conselho de Valença.

O sucesso foi muito comentado até pela imprensa. Por sugestão de Sra. Odete, esposa do então tesoureiro e grande benemérito Alberto Gonçalves Igreja, foi o grupo batizado com o nome de Maria da Fonte, em homenagem à heroína minhota. Embora de relativo agrado, o Maria da Fonte não representava fielmente o Minho nem nas músicas nem nas danças, pois se limitava a imitar as marchas de Lisboa. Em 1960 o Sr. Domingos da Costa e Silva viajou a Portugal e em Viana do castelo encomendou os fatos genuínos da região para as moças.

Para os rapazes foram mandados confeccionar os trajes seguindo o modelo dos grupos folclóricos da região de Viana. Foi um novo sucesso a apresentação dos trajes exibidos pelo Maria da Fonte. Mas algumas coisas ainda estavam faltando.

Foi quando compareceram à Casa do Minho, Benjamim Pires e Fernanda Enes Salgueiro, o casal oriundo de Carreço, componentes que foram do grupo Folclórico daquela freguesia de Viana do castelo. A partir de então, sob a orientação de Benjamim Pires e sua esposa, Sra. Fernanda, o Rancho Maria da Fonte não parou de crescer.

A fama do Rancho espalhou-se por todo o território brasileiro, transpôs fronteiras e por três vezes foi a Portugal mostrar o que os emigrantes plantaram nesta terra brasileira. Foi recebido por autoridades brasileiras e portuguesas e já representou Portugal em diversas solenidades.

Este Rancho era composto em quase sua totalidade por portugueses. Existia um casal, ele brasileiro, Odir, e ela espanhola, Josefina. Hoje, é composto por portugueses, brasileiros, filhos de portugueses que mantém a cultura daquela linda região mais viva do que nunca.

Gravou três discos com músicas do seu repertório. Atualmente seus trajes, suas danças e seus cantares são exclusivamente da região do Minho. O Rancho Folclórico Maria da Fonte da Casa do Minho é o mais fiel representante do folclore minhoto no Brasil”.

Fotos: Casa do Minho do Rio de Janeiro

capture6

traje_domingar

185083_244231215691334_291850037_n

CASA DO DISTRITO DO PORTO – UMA CISÃO NA CASA DO MINHO – AGRADECEU AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA, GENERAL ÓSCAR CARMONA, A VISITA QUE EFETUOU ÀS SUAS INSTALAÇÕES EM 1945

mpr_apoc_cx082_doc027_001 (2).tif

Carta do Secretário-geral da Casa do Distrito do Porto José de Meireles para o Presidente da República Portuguesa General Óscar Carmona, informando o envio do quadro intitulado "Porta da Batalha", oferta do pintor Manuel Gouveia Portuense e agradecendo a visita à primeira exposição realizada na Casa do Distrito do Porto." Datada de 30 de Março de 1945.

Fonte: Museu da Presidência da República

MINHOTOS EVOCARAM EM LISBOA O CAMINHENSE SIDÓNIO PAIS POR OCASIÃO DAS COMEMORAÇÕES DO CENTENÁRIO DO SEU NASCIMENTO

mpr_apsp_cx020_doc047_001 (3).tif

Recorte de imprensa do jornal "Diário de Notícias" informando acerca do encerramento das comemorações do centenário do nascimento do ex-Presidente da República, Sidónio Pais.

mpr_apsp_cx020_doc046_001 (4).tif

mpr_apsp_cx020_doc046_002 (1).tif

Cópia do discurso proferido pelo Capitão Sidónio Pais, filho do homenageado, no encerramento das comemorações do nascimento do ex-Presidente da República, Sidónio Pais, na Casa do Minho, em Lisboa.

Fonte: Museu da Presidência da República