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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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FILIGRANA CERTIFICADA DA PÓVOA DE LANHOSO COM PALCO EXCLUSIVO NA OURIVESARIA MAIS EMBLEMÁTICA DE LISBOA – A JOALHARIA DO CARMO

No dia 27 de Outubro, o Presidente da Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Frederico Castro, assinou em Lisboa, na Joalharia do Carmo, um protocolo de cooperação para a promoção e divulgação da Filigrana de Portugal Certificada. Este protocolo, assinado com a empresa Valor do Tempo, que é detentora desta joalharia antiquíssima e emblemática de Lisboa, envolve também o Município de Gondomar e a A.Certifica, empresa responsável pela certificação da Filigrana da Póvoa de Lanhoso.

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No evento, além do Presidente, do Vereador responsável pelo Turismo e Eventos, Ricardo Alves e do deputado povoense na Assembleia da República, Gilberto Anjos, estiveram presentes os artesãos e ourives da Póvoa de Lanhoso, para testemunhar a assinatura deste protocolo que os coloca em destaque e ao seu trabalho - a filigrana, num espaço que lhes é exclusivamente dedicado, pois só será comercializada filigrana certificada.

Sendo opção desta joalharia comercializar exclusivamente filigrana certificada, a oferta ao público será de 100% de peças que exibam uma punção e uma etiqueta de certificação que comprovam a sua singularidade e autenticidade.

A associação desta Ourivesaria, uma “Loja com História”, que conta já com quase 100 anos de existência e mantém intacta a sua fachada e características originais, à nossa filigrana, é a parceria perfeita para levar ainda mais longe o produto mais identitário da Póvoa de Lanhoso. Acresce ainda a mais-valia da sua localização, pois sediada na zona mais central da cidade de Lisboa é dos espaços pedonais mais movimentados e de maior afluência turística, tornando-se uma janela para o mundo.

Para a Póvoa de Lanhoso, a Filigrana, secular arte de trabalhar o ouro, sendo um recurso endógeno de excelência é um legado a manter vivo, preservando todas as suas particularidades, que deverá ser transmitido às gerações vindouras.

Pretende-se com esta parceria dar um sopro encorajador aos ourives e artesãos povoenses, estimulando a sua produção e criatividade, com base no potencial que a filigrana teve, tem e sempre terá para a economia e cultura do concelho da Póvoa de Lanhoso.

O QUE SIGNIFICAM AS TRÊS LIBRAS QUE A JOVEM MINHOTA EXIBE AO PEITO?

Quase toda a gente já ouviu falar nos “três vinténs” – moeda que foi mandada cunhar pelo rei D. Pedro II – e que passou a ser utilizada para identificar a moça enquanto solteira, exibindo-a ao pescoço, um uso que foi com o tempo dando origem a expressões jocosas. Os três vinténs era uma pequena moeda de prata que valia 60 reis, que neste caso servia de amuleto e significava pureza e virgindade. Era feito um furo por onde se introduzia um cordão para a moeda ficar apensa.

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Com o tempo, este costume foi sendo substituído pelo anel de aliança, neste caso para identificar uma situação de compromisso já assumida ou seja, o casamento. Em qualquer dos casos, prevenia situações desagradáveis que, um atrevimento por desconhecimento poderia redundar numa situação de pancadaria entre famílias.

No Minho, a moça casadoira exibia 3 libras do lado esquerdo do peito – o lado do coração. Está bem de ver que, sendo moça jovem e solteira – à época o casamento entre pessoas idosas não era bem-visto pela sociedade e dava origem a frequentes assuadas – trajava o seu melhor fato domingueiro, em regra de cores vivas e alegres.

Sucede que assistimos com certa frequência grupos folclóricos nos quais velhas matriarcas trajam com as cores mais garridas como se de moçoilas tratassem e, para cúmulo do ridículo, chegam a exibir as 3 libras – por vezes até mesmo 6 libras, 3 de cada lado do peito! Alguém porventura sabe o seu significado?

Foto: Traje à Vianesa – Viana do Castelo (Caderno de Especificações para a Certificação)

VIANA DO CASTELO: MORDOMAS DA ROMARIA DE NOSSA SENHORA D’AGONIA VÃO DESFILAR COM CENTENAS DE QUILOS EM PEÇAS DE OURO

Oitocentas mordomas vão exibir 94 milhões de euros em ouro no desfile da Romaria d’Agonia

As oitocentas mordomas que este ano se preveem desfilar pelas ruas de Viana do Castelo num dos números emblemáticos da Romaria d’Agonia, vão carregar mais de 94 milhões de euros em centenas de quilos de peças de ouro.

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A estimativa feita à agência Lusa por Vítor Coutinho, proprietário de uma das mais antigas ourivesarias de Viana do Castelo, com base no número de inscrições que a VianaFestas fixou para o desfile deste ano, a quantidade de peças usadas por cada mulher e, o preço de hoje, da grama do ouro.

A entidade promotora das festas da capital do Alto Minho, prevendo um aumento de interessadas no desfile, depois de dois anos de ausência daquele número que todos os anos atrai milhares de pessoas à cidade, estabeleceu um limite de participação a 800 mordomas no desfile que vai decorrer no dia 18 de agosto.

“Para este ano prevemos muita vontade de participação no desfile da mordomia, tal como em todos os momentos da festa. Prevemos atingir ou ultrapassar o número de mordomas da edição de 2019, contudo estamos conscientes que, para ser possível a organização do desfile pelas ruas da cidade, teremos que limitar a participação a um número máximo de 800 mordomas”, disse hoje à Lusa Ana Sofia Araújo, responsável pela organização daquele número.

Ana Sofia Araújo explicou que a decisão da Comissão de Festas “relaciona-se com toda a logística organizadora do desfile e pensando também em quem o vem ver”.

“Queremos a participação das freguesias com todo o colorido do seu trajar. Queremos mostrar a alegria da festividade e, claro, a chieira natural das mulheres de Viana”, sublinhou.

A estimativa do ourives Vítor Coutinho do valor total do ouro que as 800 mordomas vão usar foi calculado com base no preço, de hoje, da grama do ouro, 47 euros, e nos 2,5 quilogramas, em média, que cada uma das mulheres transporta naquela que é considerada a maior montra de trajes e ouro ao ar livre do país.

Em 2013, à Lusa, o ourives Manuel Freitas, um dos maiores especialistas no ouro tradicional de Viana do Castelo, entretanto falecido, estimou que cada mordoma transporta, em média, entre um e 2,5 quilogramas.

“Com base nessa estimativa do doutor Manuel Freitas, e no número previsto de mulheres que vão desfilar, estamos a falar de mais de 94 milhões de euros em ouro. É um valor indicativo, porque depende do preço da grama de ouro, em agosto e porque há mordomas que usam mais e, outras, menos peças. No entanto, estamos a falar de muito ouro e de muito dinheiro”, sublinhou Vítor Coutinho.

O proprietário da ourivesaria Venâncio Sousa, fundada em 1872 pelos trisavós realçou que o preço do ouro tem subido “exponencialmente”.

“Já tinha aumentado antes do início da guerra na Ucrânia, e depois do início da guerra subiu imenso. Em média subiu cerca de cinco a seis euros por cada grama de ouro. Em quilogramas é muito dinheiro. E agora com o bloqueio ao ouro russo, então é que o preço vai disparar”, explicou o ourives.

Em 2019, de acordo com dados avançados pela VianaFestas, participaram no desfile 619 mordomas de Portugal, França, Luxemburgo, Brasil, Andorra, Reino Unido e até da República Checa.

O prazo para as inscrições no Desfile da Mordomia da Romaria d’Agonia de 2022, começa no dia 15 de julho e prolonga-se por duas semanas.

As interessadas podem inscrever-se através de uma plataforma ‘online’.

O desfile, que se realiza desde 1968, estabelece os 14 anos como idade mínima de participação, a ausência de maquilhagem ou unhas pintadas ou de gel, a obrigatoriedade de uso de peças de ourivesaria tradicional portuguesa e de trajes tradicionais de Viana do Castelo, como os trajes de Festa da Ribeira, à Vianesa, de Cerimónia/Lavradeira Rica ou Traje de Mordoma.

O desfile da mordomia é o momento em que os diferentes trajes das freguesias de Viana se encontram e mostram, de uma só vez, à cidade.

Trata-se de uma tradição cada vez mais enraizada entre as jovens e mulheres de Viana do Castelo e que junta várias gerações, num quadro único das festas.

Desde 2014, também as mulheres da ribeira de Viana do Castelo, com os seus trajes de varina, participam neste desfile colorido pelos vermelhos, verdes e amarelos dos típicos e garridos trajes das diferentes freguesias.

Não faltam também os fatos de noiva mais sóbrios, de cor preta. Neste número algumas das mulheres chegam a carregar, dezenas de quilos de ouro, reunindo as peças de famílias e amigos num único peito, simbolizando a “chieira” (termo minhoto que significa orgulho) e outrora o poder financeiro das famílias.

Fonte: https://ominho.pt/

CONFEITARIA EM PALMELA ADOÇA A TRADIÇÃO VIANENSE

A Confeitaria S.Julião está localizada em Palmela e a sua filosofia baseia-se numa forte aposta na qualidade, inovação e promoção da doçaria regional. Uma das suas especialidades é a fogaça de Palmela em forma de coração de Viana. Mas, o coração de Viana – obra-prima da nossa ourivesaria tradicional – adquire outras formas graças à arte dos mestres confeiteiros palmelenses que lhes conferem um paladar doce e único.

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Fogaça de Palmela em forma de coração de Viana

CORAÇÃO DE VIANA BRILHA NAS MARCHAS POPULARES DOS BAIRROS DE LISBOA

A filigrana minhota desfilou a avenida da Liberdade, em Lisboa. Marchas de bairros alfacinhas como Campo de Ourique, Alfama, Ajuda, Madragoa, Alto do Pina apresentaram na sua exibição o tradicional coração da ourivesaria de Viana do Castelo sob as mais variadas formas ou seja, nos fatos, arcos, em arrecadas, exibidas ao peito e até na coreografia.

Fotos: Pedro Tim

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VIANA DO CASTELO: SECRETÁRIA DE ESTADO DO TURISMO AFIRMA QUE RENOVAÇÃO DA SALA DO OURO DO MUSEU DO TRAJE É HOMENAGEM AO "TRADICIONAL E AUTÊNTICO"

A Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, visitou o Museu do Traje de Viana do Castelo para conhecer a renovada Sala do Ouro e para assistir à apresentação do catálogo “Viana do Castelo e a Tradicional Ourivesaria Portuguesa”, da autoria de Rosa Maria Mota, agora disponível em português ou inglês.

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Para o Presidente da Câmara Municipal, “esta Sala do Ouro sofreu uma importante remodelação para acrescentar ainda mais valor às peças que guarda”. José Maria Costa indica que “Viana do Castelo é a montra do ouro português e é provavelmente responsável pela venda de boa parte do ouro tradicional português graças à beleza das nossas mordomas e ao trabalho que a Comissão de Festas tem feito na divulgação e internacionalização da Romaria d’Agonia”.

A Secretária de Estado do Turismo indicou que o Museu do Traje se apresenta como “um testemunho vivo e uma demonstração do muito orgulho por todos aqueles que desenvolvem funções em torno da autenticidade”. Rita Marques explicou que “aquilo que é único, tradicional e autêntico é sempre uma mais-valia para o turismo”.

“Viana do Castelo abriu o cofre que é a Sala do Ouro abrindo o coração, revelando as suas riquezas e valorizando a sua autenticidade”, assegurou.

Já a autora do livro e do catálogo, Rosa Mota, refere que a Sala do Ouro “faz a ligação entre a cultura e o turismo porque quando o visitante vê algo, também aprende, sendo esta uma forma de disseminação do conhecimento que valoriza a relação entre a ourivesaria popular e Viana do Castelo”.

O comissário da candidatura de Viana do Castelo a Capital Europeia da Cultura 2027, Gonçalo Vasconcelos e Sousa, realça que “um dos eixos fundamentais da candidatura é a sua identidade e o Traje e o Ouro, que são duas realidades desta mesma identidade”. O comissário frisa que apesar de serem duas realidades dissociáveis, “se unem num casamento perfeito”.

Na renovada Sala do Ouro podem ser encontradas as peças que mais marcam a cidade, como os Colares de Contas, o Coração de Viana, o Cordão e a Cruz de Resplendor. Também os Colares de Gramalheira podem ser vistos, bem como as Borboletas, os Relicários, as Libras e Medalhas, assim como os brincos mais típicos de Viana do Castelo. O cofre guarda ainda peças do século XX e ourivesaria masculina. A exposição compreende peças da Fundação Eduardo Freitas, que resulta de uma doação de Manuel Freitas a Viana do Castelo.

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MUSEU DO TRAJE DE VIANA DO CASTELO VÊ APROVADA CANDIDATURA AO ProMuseus 2021 DO MINISTÉRIO DA CULTURA

O Museu do Traje viu aprovada a candidatura ao concurso ProMuseus 2021 promovido pelo Ministério da Cultura. A candidatura agora aprovada diz respeito à Exposição do Ouro – Ourivesaria Popular no Norte de Portugal e a sua vivência em Viana do Castelo.

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O programa ProMuseus selecionou este ano 59 projetos das 101 candidaturas a concurso, a apoiar com 1,8 milhões de euros, e terá continuidade em 2022.  O concurso promovido pela Direção-Geral de Património Cultural foi criado com o objetivo de incentivar a qualificação dos museus portugueses, contribuir para a preservação do património cultural e melhorar a prestação do serviço público.

Recorde-se que a renovada Sala do Ouro no Museu do Traje de Viana do Castelo reabriu no final do passado mês de agosto. No espaço, o visitante pode encontrar informações sobre os instrumentos antigos utilizados na produção de ourivesaria. No cofre podem ser encontradas as peças que mais marcam a cidade, como os Colares de Contas, o Coração de Viana, o Cordão e a Cruz de Resplendor. 

Também os Colares de Gramalheira podem ser vistos, bem como as Borboletas, os Relicários, as Libras e Medalhas, assim como os brincos mais típicos de Viana do Castelo. O cofre guarda ainda peças do século XX e ourivesaria masculina. A exposição compreende peças da Fundação Eduardo Freitas, que resulta de uma doação de Manuel Freitas a Viana do Castelo. A Câmara Municipal lançou também o catálogo “Viana do Castelo e a Tradicional Ourivesaria Portuguesa”, da autoria de Rosa Maria Mota.

VIANA DO CASTELO: REABRIU RENOVADA SALA DO OURO NO MUSEU DO TRAJE

Reabriu a renovada Sala do Ouro no Museu do Traje de Viana do Castelo. No espaço, que foi requalificado e abriu agora portas com uma nova imagem, o visitante poderá encontrar informações sobre os instrumentos antigos utilizados na produção de ourivesaria. No cofre podem ser encontradas as peças que mais marcam a cidade, como os Colares de Contas, o Coração de Viana, o Cordão e a Cruz de Resplendor.

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Também os Colares de Gramalheira podem ser vistos, bem como as Borboletas, os Relicários, as Libras e Medalhas, assim como os brincos mais típicos de Viana do Castelo. O cofre guarda ainda peças do século XX e ourivesaria masculina. A exposição compreende peças da Fundação Eduardo Freitas, que resulta de uma doação de Manuel Freitas a Viana do Castelo. A Câmara Municipal lançou também o catálogo “Viana do Castelo e a Tradicional Ourivesaria Portuguesa”, da autoria de Rosa Maria Mota.

O Presidente da Câmara, José Maria Costa, defendeu que “os museus precisam de se reformular e atualizar com novos modelos expositivos” para renovar a atratividade junto dos visitantes. O edil frisou que “Viana é a montra do ouro”, destacando a importância desta reformulação da Sala do Ouro e o lançamento da nova publicação.

Já a Vereadora com o pelouro do Património e Equipamentos Culturais, Carlota Borges, assegurou que esta remodelação veio valorizar a doação de Manuel Freitas ao Município e que o catálogo sobre o ouro visa ser, para os visitantes, uma “recordação sobre a história da ourivesaria em Viana do Castelo”.

Já a curadora da exposição e autora da publicação, Rosa Maria Mota, indicou, durante a apresentação do catálogo, que “o ouro popular é extremamente importante para a cidade”. “O traje constitui o pano de fundo sobre o qual o ouro brilha”, vaticinou a responsável.

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VIANA DO CASTELO EDITA LIVRO SOBRE OURIVESARIA TRADICIONAL

Câmara Municipal edita livro sobre “A Ourivesaria Popular no Norte de Portugal e a sua vivência em Viana do Castelo” de Rosa Maria dos Santos Mota.

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A Câmara Municipal de Viana do Castelo apresentou ontem, no Teatro Municipal Sá de Miranda, a edição “A Ourivesaria Popular no Norte de Portugal e a sua vivência em Viana do Castelo da autoria de Rosa Maria dos Santos Mota. A edição, apresentada por Gonçalo de Vasconcelos e Sousa, professor catedrático da Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa.

A edição, classificada pelo Presidente da Câmara Municipal como uma “viagem bem organizada e sistematizada pelas histórias, pelas oficinas, pelos dotes e pelas heranças”, integra diversos capítulos dedicados ao ouro, designadamente o “ouro popular e o ouro de Viana”, “Das oficinas às arcas de família”, “Vivências associadas ao ouro popular” ou “Quando, em Viana, o Ouro sai à rua”.

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PINTOR LEOPOLDO BATTISTINI RETRATOU A MULHER MINHOTA

O quadro pertence ao pintor Pedro Charters d’Azevedo a quem desde já agradecemos a amabilidade da cedência da imagem para reproduzirmos no BLOGUE DO MINHO. Produzida algures nos começos do século XX - Leopoldo Battistini veio para Portugal em 1905 – trata-se de uma obra magnífica e praticamente desconhecida uma vez que integra desde sempre a colecção particular da família do seu proprietário.

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Para além do lado artístico, o quadro possui elevado interesse do ponto de vista etnográfico, nomeadamente no que respeita ao traje e à ourivesaria em uso à época, de que se salienta uma curiosa peça que será muito provavelmente uma bolota em ouro pendente das orelhas da moça.

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Leopoldo Battistini retratado por Carlos Reis.

 

“Artista italiano, nasceu em Jesi, Ancona, em 1865, e morreu em Lisboa, no ano de 1936. Aos vinte e três anos veio para Portugal, contratado pelo Governo português, para exercer a função de professor de desenho e pintura na Escola Industrial de Brotero, em Coimbra.

Por volta de 1903, transitou para a Escola Marquês de Pombal, em Lisboa. Esta transferência estará relacionada com a visita do rei D. Carlos ao seu atelier, pois o monarca, também ele pintor, interessava-se muito pelo trabalho a pastel do mestre.

Na Escola Industrial Marquês de Pombal trabalhou até ser aposentado, vinte e sete anos após o seu ingresso.

A Leopoldo Battistini se deve a renovação, em Portugal, da indústria artística da cerâmica, tendo saído da sua “Fábrica de Cerâmica Constância” – em Lisboa – verdadeiras obras-primas, bem como trabalhos de restauro de azulejo que atingiram um elevado grau de perfeição.

Em reconhecimento das suas excepcionais qualidades de artista foi homenageado com a Ordem de Santiago em 1902; com a comenda da Coroa de Itália em 1908; com a comenda Stella al Merito del Lavoro All’Estero em 1923; e com a Ordem Portuguesa de Mérito Industrial em 1935.

O Museu Municipal de Lisboa possui uma esplêndida colecção dos trabalhos do artista.”

Fonte: http://193.137.22.223/pt/patrimonio-educativo/repositorio-digital-da-historia-da-educacao/

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Leopoldo Battistini (1865 – 1936)