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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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“BOM DIA CERÂMICA!” NO MUNICÍPIO DE BARCELOS

O Município de Barcelos participa no próximo sábado, dia 21, no evento “Bom Dia Cerâmica!”, iniciativa que se realiza, em simultâneo, em diversas vilas e cidades europeias, no sentido de promover e divulgar o património cultural e histórico cerâmico nas suas múltiplas vertentes.

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Sob o mote “partilha entre culturas”, o Museu de Olaria, do Município de Barcelos, preparou diversas atividades, entre as quais se destaca a cozedura de louça em barro, em forno/soenga, entre as 9h e as 12h, junto à Casa da Azenha.

Recorde-se que, desde o dia 9, está a decorrer, no Museu de Olaria, a residência artística “Caminhos do Barro entre culturas” com a participação de duas oleiras tarrafalenses, pelo que serão as peças produzidas nessa residência artística a irem ao referido forno/soenga.

Sublinhe-se que a soenga é o processo mais antigo e simples de cozedura da cerâmica, utilizado desde há milhares de anos, pelo que esta atividade possibilitará que se viaje no tempo e se recrie a cozedura do barro, através das técnicas utilizadas há milhares de anos.

Encontro Internacional “Caminhos do Barro Entre Culturas”

Ainda no dia 21, mas da parte da tarde, com início às 15h00, o Museu de Olaria acolhe o Encontro Internacional “Caminhos do Barro Entre Culturas”, uma conferência que vai contar com intervenções de diversas personalidades ligadas às artes do barro. O programa encerra às 20h00, com o tirar das cinzas “abertura do forno/soenga”.

A participação na atividade é gratuita, mas as inscrições são limitadas e obrigatórias para o email: museuolaria@cm-barcelos.pt.

Recorde-se que o Município de Barcelos é um dos 18 fundadores da Associação Portuguesa de Cidades e Vilas Cerâmicas, entidade cuja missão é a da preservação, promoção, defesa e valorização do património cultural associado à atividade cerâmica.

BARCELOS: PINTORA E CERAMISTA MINA GALLOS EXPÕE FIGURADO NA TORRE MEDIEVAL

Já abriu ao público, na Torre Medieval de Barcelos, a exposição “O mundo colorido de Mina Gallos”. A mostra apresenta uma vasta coleção de peças que se diferenciam pela cor e alegria, criatividade e imaginação. As peças ostentam a etiqueta de Figurado de Barcelos certificado, conferindo-lhe uma mais-valia que garante a qualidade e autenticidade.

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Felismina Silva é uma artesã de grande capacidade artística e criativa que engrandece a comunidade artesanal de Barcelos, confirmando assim, mais uma vez, que Barcelos é um concelho criativo e com um sentido artístico singular, justificando a distinção de “Cidade Criativa da UNESCO” e “Capital do Artesanato” em Portugal.

Natural da freguesia de Tamel S. Veríssimo, Felismina Faria da Silva decidiu por opção própria, após terminar o 5.º ano de escolaridade, com apenas 11 anos de idade,  ir trabalhar numa empresa cerâmica, a Galante, cerâmica que se dedicava à produção de figurado de molde. Nesta empresa, teve como funções o fabrico de peças e, posteriormente, a pintura. Mais tarde, ainda na juventude, muda-se para a Cerâmica Magrou, onde desenvolve atividades semelhantes às que desenvolvia anteriormente.

Aos 17 anos, a convite de Francisco da Costa Pinto (atual marido), foi trabalhar para uma empresa de porcelanas, a primeira a instalar-se no concelho de Barcelos. Faz carreira nesta empresa.

Em 2015, após o falecimento da mãe, a sua vida sofre uma reviravolta. Felismina, como forma de vencer a perda da mãe, decide pela primeira vez pintar um Galo de Barcelos e publica-o nas redes sociais. Este galo recolhe muita simpatia e gera encomendas. Este momento serviu de motivação para assumir uma identidade própria e um caminho no artesanato barcelense.

Felismina, habituada à delicadeza e à perfeição das porcelanas, considerava o figurado tradicional demasiado tosco para o seu gosto, mas depressa se apaixonou pelo ofício, tão enraizado no território e na identidade das gentes de Barcelos. A artesã compreendeu que o valor do artesanato não se cinge apenas ao resultado final, mas também às “estórias” e sentimentos de quem criou as peças. É uma arte com forte componente simbólica.

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BARCELOS: EXPOSIÇÃO “O MUNDO COLORIDO DE MINA GALLOS” NA TORRE MEDIEVAL

Abre ao público, sábado, (23 de abril), pelas 11h00, na Torre Medieval de Barcelos, a exposição “O mundo colorido de Mina Gallos”. A mostra apresenta uma vasta coleção de peças que se diferenciam pela cor e alegria, criatividade e imaginação. As peças ostentam a etiqueta de Figurado de Barcelos certificado, conferindo-lhe uma mais-valia que garante a qualidade e autenticidade.

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Felismina Silva é uma artesã de grande capacidade artística e criativa que engrandece a comunidade artesanal de Barcelos, confirmando assim, mais uma vez, que Barcelos é um concelho criativo e com um sentido artístico singular, justificando a distinção de “Cidade Criativa da UNESCO” e “Capital do Artesanato” em Portugal.

Natural da freguesia de Tamel S. Veríssimo, Felismina Faria da Silva decidiu por opção própria, após terminar o 5.º ano de escolaridade, com apenas 11 anos de idade,  ir trabalhar numa empresa cerâmica, a Galante, cerâmica que se dedicava à produção de figurado de molde. Nesta empresa, teve como funções o fabrico de peças e, posteriormente, a pintura. Mais tarde, ainda na juventude, muda-se para a Cerâmica Magrou, onde desenvolve atividades semelhantes às que desenvolvia anteriormente.

Aos 17 anos, a convite de Francisco da Costa Pinto (atual marido), foi trabalhar para uma empresa de porcelanas, a primeira a instalar-se no concelho de Barcelos. Faz carreira nesta empresa.

Em 2015, após o falecimento da mãe, a sua vida sofre uma reviravolta. Felismina, como forma de vencer a perda da mãe, decide pela primeira vez pintar um Galo de Barcelos e publica-o nas redes sociais. Este galo recolhe muita simpatia e gera encomendas. Este momento serviu de motivação para assumir uma identidade própria e um caminho no artesanato barcelense.

Felismina, habituada à delicadeza e à perfeição das porcelanas, considerava o figurado tradicional demasiado tosco para o seu gosto, mas depressa se apaixonou pelo ofício, tão enraizado no território e na identidade das gentes de Barcelos. A artesã compreendeu que o valor do artesanato não se cinge apenas ao resultado final, mas também às “estórias” e sentimentos de quem criou as peças. É uma arte com forte componente simbólica.

BARCELOS: MUSEU DE OLARIA MOSTRA ARTE DOS MESTRES DO BARRO NEGRO JOSÉ MARIA E JOAQUIM ALVELOS

Sala da Capela, de 14 de abril a 18 de junho

O Museu de Olaria do Município de Barcelos vai dar a conhecer a arte dos mestres do barro negro, José Maria e Joaquim Alvelos, numa exposição que vai estar patente na Sala da Capela, de 14 de abril a 18 de junho.

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Na folha de sala que contextualiza a exposição, diz-se que estes dois homens, nascidos na terra de Viriato, “iniciaram a sua vida profissional ainda em criança - os tempos eram outros – no seio familiar, aprendendo o ofício com seus pais. A mudança dos paradigmas de consumo levou-os a empreender, passando da olaria para o figurado. Ainda que nunca tivessem abandonado na totalidade a primeira, destacaram-se e ficaram conhecidos pela segunda. Algo que os levou a percorrerem o país de lés a lés, sendo presença em inúmeros certames de artesanato. (…) As dobras e torções da Serra de Montemuro, lugar de segredos seculares, guardavam uma antiga comunidade de oleiros que chegou até aos nossos dias. Encravada entre os Rios Douro e Paiva, foi berço de incontáveis mãos que giraram a roda baixa. Nos seus montes, maços e picos de sovar em riste golpeavam a argila encharcada. O chão cravejado de soengas, abertas como entradas de formigueiros, onde fumo e barro se fundiam, resultando num barro negro.

A persistência da memória encerrada nas criações de ambos traz um universo esquecido para a luz dos nossos dias.

A exposição “Mestres do Barro Negro - Joaquim Alvelos e José Maria Rodrigues” dá-nos a conhecer os obras destes dois memoráveis e derradeiros artistas da cerâmica viseense.

José Maria Rodrigues – Mestre Zé Maria

Chamava-se José Maria Rodrigues, mas no mundo da cerâmica ficou conhecido como Mestre Zé Maria. Nascido em Ribolhos, Castro Daire, no ano 1906, desde tenra idade aprendeu os ensinamentos da arte de trabalhar o barro, muito com o seu pai que foi também o seu professor. As tarefas básicas do quotidiano de um oleiro, como extrair a argila, amassar a massa, tornear, e cozer a louça, foram-lhe transmitidas pelo progenitor. Desde os 8 anos de idade que se curvava sobre a mesa do ofício, fazendo de tudo um pouco. Aos 27 era dono de uma oficina, onde se faziam panelas, sertãs, púcaros, etc., para serem vendidas na feira de Castro Daire.

O passar do tempo trouxe o advento do plástico e da banalização do metal, levando ao consequente desuso das peças de barro e diminuição das vendas. Ao mesmo tempo, a desertificação do interior precipitada pela guerra e a procura de melhores condições de vida afastaram os clientes para outras paragens. Esta situação levou Zé Maria para a criação artística, sempre no barro preto, e passou fazer figurado. De mestre oleiro, passou a mestre artista. A sua inspiração inicial passou a ser o campo e a serra, o seu quotidiano. Cabras, cães pastores, raposas, corvos, brotavam das suas mãos. Com o tempo aperfeiçoou as suas peças, indo beber às memórias de dias de festa, das viagens, de celebrações, imprimindo um grau de complexidade às suas criações.

A qualidade dos seus trabalhos levou-o de feira em feira, exposição em exposição, percorrendo o país. Nas décadas de 1970 e 1980, na grandiosa feira de São Mateus, era presença habitual, trabalhando com toda a dedicação como se estivesse na sua oficina. Com os dedos e alguns utensílios por si fabricados, esculpia as pequenas, mas famosas figuras de barro negro. E entre uma figura e outra ia conversando com clientes habituais e clientes de ocasião. Algumas das obras de arte que fez o Mestre Zé Maria podem ser vistas nesta exposição. A roda da vida deixou de girar antes da aurora do novo milénio, corria o ano 1999.

Joaquim Ribeiro Alvelos

Mestre Joaquim Alvelos, para os mais próximos e conterrâneos Joaquim-Rei, nasceu no ano de 1920, na freguesia (São Pedro de) Paus, concelho de Resende. O seu pai iniciou-o nas lides do barro, aprendendo a arte de fazer talhas cintadas e impermeabilizadas, panelas, caçarolas, tigelas, chaleiras, alguidares, etc.. Continuou durante anos fazendo apenas estas formas, mais ou menos formatadas, de barro negro.

Por conta do surgimento de novos materiais, mais leves e duradouros, as vendas de louça começaram gradualmente a diminuir. Neste sentido, o hábil mestre, numa primeira fase, volta-se para a produção de miniaturas das peças que fazia. Contudo, não se sentiu muito confortável no seu fabrico. As dificuldades de modelagem que artigos de pequenas dimensões acarretam, levaram-no a uma nova mudança. Neste sentido, o Mestre Joaquim-Rei começa a fazer pequenas figuras de barro negro, passando de artesão a artista. E, em 1985, apresenta a primeira de incontáveis obras de arte que foi criando.

Joaquim, tal como os seus contemporâneos, foi beber a fonte de inspiração à serra e ao meio que o rodeava. A temática das suas obras percorre cenas tão diversas como: festas; cenas quotidianas; animais; romarias; cristos na cruz; presépios; cavaleiros; músicos; um sem fim de criações. Os seus trabalhos ficaram conhecidos, o que fez com que fosse presença assídua em várias feiras de artesanato. A Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde, a FIL-Artesanato, entre tantas outras, foram espaços onde apresentava os seus trabalhos. E durante anos presença conhecida da Feira de São Mateus, em Viseu, onde se cruzou com o Mestre Zé Maria. “O último oleiro de Fazamões” continuou a trabalhar à roda, fazendo louça, a cuidar da horta, falecendo em 2005.

BARCELOS EXPÕE AS “MEMORIAS NASCIDAS DO BARRO” DE FERNANDO MORGADO

Já está patente na Sala da Capela do Museu de Olaria a exposição “Memórias Nascidas do Barro” de Fernando Morgado. A mostra abriu ao público no sábado passado e pode ser visitada até ao dia 3 de abril. Simultaneamente à exposição, foi publicada, em formato digital, a história de vida do barrista, que pode ser lida no site do Museu de Olaria.

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Fernando Morgado é um dos artesãos de Barcelos que melhor retratam a temática das tradições e do mundo rural no Minho. É um trabalho único, todo ele realizado manualmente, cozido, pintado à mão, e amplamente marcado pela expressividade que transmite, assim como pela utilização de tons da natureza onde predominam cores pastel.

Nascido em Galegos Santa Maria, no dia 15 de outubro de 1927, desde a sua meninice que o barro é presença constante na sua vida.

Hoje com 94 anos já não produz o seu tão amado figurado e por isso mesmo mais importante é que possa conhecer a sua obra. Na abertura da mostra, a vereadora da Cultura, Elisa Braga, salientou o percurso de vida do barrista e enalteceu a criatividade singular do autor que com o seu figurado contribui para a sedimentação da identidade arte popular barcelense.

História de vida: “Fernando Morgado – O ceramista/barrista de Galegos Santa Maria"

E se na Sala da Capela pode conhecer o trabalho de Fernando Morgado, no site do Museu pode conhecer a sua história de vida, que foi agora publicada em formato digital, quando o seu protagonista já conta 94 de idade.

Aqui fica um pedaço dessa prosa, esperando abrir o seu apetite para a leitura integral em https://www.museuolaria.pt/wp-content/uploads/2022/02/FERNANDO-MORGADO_O-Ceramista_barrista-de-Galegos_Santa_Maria.pdf

“A história de vida de Fernando Morgado começa muitos anos antes dele sequer ter nascido, quando a sua avó paterna, Maria Rosa Morgado, mulher devota à Igreja, se enamorou do Abade Pais, de Roriz, e desse amor proibido nasceu uma criança que a mãe colocaria na roda dos expostos. «O meu pai era Américo Exposto. A minha avó paterna era uma pessoa muito dedicada à igreja… E aconteceu o que aconteceu, porque sempre se reconheceu que o meu pai era filho do Abade Pais, de Roriz. Mais tarde, o meu pai emigrou para o Brasil, em 1930, e regressou em 1935. Após o seu falecimento, eu tive curiosidade de analisar os documentos dele, inclusive o passaporte, e verifiquei que lá estava, de acordo com a certidão de nascimento, Américo Exposto, filho ilegítimo. Não constava nem nome de pai nem nome da mãe. Depois, mais tarde, ele conseguiu tirar o Exposto, através do Registo Civil, e ficou Américo Morgado»".

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BARCELOS EXPÕE MEMÓRIAS NASCIDAS DO BARRO DE FERNANDO MORGADO

Exposição na Sala da Capela do Museu de Olaria de 5 de fevereiro a 3 de abril

“Memórias Nascidas do Barro” de Fernando Morgado é a próxima exposição dedicada aos barristas de Barcelos a estar na Sala da Capela do Museu de Olaria. A mostra abre sábado (dia 5 de fevereiro) às 15h30, e vai estar patente ao público até 3 de abril.

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Fernando Morgado nascido em Galegos (Santa Maria), no dia 15 de outubro de 1927, é filho de Américo Morgado e de Ana de Jesus Correia de Abreu, ambos mestres artesãos nas artes de moldar o barro. As suas origens foram o motor para que, desde a sua meninice, o barro se tenha tornado uma presença constante na sua vida.

Fernando Morgado é um dos artesãos de Barcelos que melhor retrata a temática das tradições e do mundo rural no Minho. É um trabalho único, todo ele realizado manualmente, cozido, pintado à mão, e amplamente marcado pela expressividade que transmite, assim como pela utilização de tons da natureza onde predominam cores pastel.

Hoje com 94 anos já não produz o seu tão amado figurado, que de resto deixou de fazer em 2019, quando as mãos cederam às vontades da idade. Porém, a criatividade, somada às inopinadas memórias e resiliência, permanece absolutamente intacta.

A sua obra é bastante diversificada. Nesta exposição poderá apreciar a beleza das peças que foi criando ao longo da sua vida.

A mostra poderá ser visitada de terça a sexta, das 10h00 às 17h30 e aos sábados, domingos e feriados das 10h00 às 12h30 às 14h00 às 17h30.

BARCELOS EXPÕE LOUÇA TRADICIONAL

Exposição“ Louça Tradicional de Barcelos em Ponto Pequeno” pela cerâmica de Domingos Duarte Coelho Vasconcelos na Torre Medieval

Abre ao público, amanhã (21 de janeiro), pelas 17h00, na Torre Medieval de Barcelos, a exposição “Louça Tradicional de Barcelos em Ponto Pequeno”, pela cerâmica de Domingos Duarte Coelho Vasconcelos. A mostra pretende dar a conhecer o trabalho deste oleiro que dedicou toda a sua vida profissional à produção de louça de barro, assim como promover a divulgação e valorização da Olaria de Barcelos, atividade que faz parte da herança cultural do concelho e pertence ao quadro do Registo Nacional de Produções Certificadas.

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Recorde-se também que, muito recentemente (2021), a Olaria de Barcelos foi distinguida com o registo de marca da União Europeia, atribuído pelo EUIPO – Instituto da Propriedade Intelectual da União Europeia.

As criações de Domingos Duarte Coelho Vasconcelos são maioritariamente de louça tradicional, todavia, em ponto pequeno, tendo um cariz fundamentalmente decorativo. A cerâmica produz também louça decorativa em terracota, uma produção maioritariamente escoada pelo mercado nacional, principalmente pelos estabelecimentos de restauração, produtores e comerciantes de produtos locais alimentares, bem como organizações de eventos de cariz medieval e tradicional.

Natural da freguesia de Galegos S. Martinho, Domingos Duarte Coelho Vasconcelos decidiu, aos 24 anos, seguir os passos dos pais e constituiu a sua própria empresa, na qual viria produzir o mesmo tipo de artigo, ou seja, louça regional em miniatura, um produto que tinha e continua a ter muita aceitação pelo mercado.

Esta empresa, cujo nome comercial é o do proprietário, labora há cerca de 45 anos, sendo Domingos Vasconcelos o único funcionário da mesma. No entanto, a esposa, apesar de ter outra profissão, sempre que necessário dava-lhe uma ajuda, fundamentalmente na tarefa da pintura das peças.

Hoje, este oleiro já está reformado, mas continua a produzir, não apenas como forma de passar o tempo, mas acima de tudo porque em termos financeiros a vida assim o exige.

A exposição “Louça Tradicional de Barcelos em Ponto Pequeno”, pela cerâmica de Domingos Duarte Coelho Vasconcelos, está patente até 6 de março, na Torre Medieval de Barcelos, e pode ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h30 às 17h30; e aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 13h e das 14h30 às 17h30.

A entrada é livre.

BARCELOS: MUSEU DE OLARIA RECEBE EXPOSIÇÃO "BONECREIRO"

A Sala da Capela do Museu de Olaria recebe, até 31 de dezembro de 2021, a exposição “Bonecreiro” resultante do trabalho desenvolvido pelos artistas Alberto Berruto, Auréline Caltagirone, Carolina Garfo, Fábio Araújo, Francesco Caruso, Laura Monteiro, José Sottomayor e Maria Luísa Ramires numa residência artística organizada pela POUSIO - Arte e Cultura em parceria com o Museu de Olaria, decorrida entre maio e junho deste ano, em Barcelos.

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Fomentando a criação e a experimentação interdisciplinar destes artistas emergentes em contacto com os artesãos locais do município, a residência artística procurou fortalecer, assim como dinamizar, a pesquisa e a produção em torno do artesanato e das práticas artísticas de Barcelos, em diálogo com a sua comunidade.

Com curadoria de Ana Bacelar Begonha, "Bonecreiro", que estará patente até ao final do ano, na Sala da Capela do Museu, conta com trabalhos multidisciplinares que vão desde a cerâmica, à serigrafia, à pintura, ao vídeo ou ainda à performance e que se preocupam com reinventar e recontextualizar práticas tradicionais, assim como questionar as dicotomias entre velho e novo, digital e material ou real e ficcional.

A exposição contará também com uma projeção do documentário Bonecreiros (2021), de Alberto Berruto e Francesco Caruso, sobre o processo da residência, na Sala Multiusos do Museu no dia 20 de novembro, às 16h00, para assinalar a semana em que se comemora o Dia Mundial da Criatividade.

A exposição “Bonecreiro” é organizada pela POUSIO -Arte e Cultura em parceria com o Museu de Olaria de Barcelos.

A POUSIO – Arte e Cultura é uma associação que surgiu em 2019 para dar resposta à necessidade de criação de novos contextos de produção artística. Tem como objetivo ligar produtores culturais nacionais - artistas, curadores, museólogos e investigadores - a comunidades social ou culturalmente isoladas no país. Propondo várias formas de contacto, a POUSIO tem como objetivo: evidenciar a importância da arte e da cultura como instrumentos de novas soluções sociais; incentivar a produção artística desafiando-a a conhecer novas realidades, a abrir diálogo com novas comunidades e artistas, a expor a sua experiência; promover a troca de conhecimento e criar uma cultura de serviço - uma cultura que crie novos acessos.

Na cidade de Barcelos, ergue-se o Museu de Olaria, equipamento cultural na área da cerâmica com notoriedade internacional. A contínua missão (estudar, documentar, conservar, e divulgar o património cerâmico) materializou-se num acervo com mais de 10000 itens, e em diversas publicações. Nele podemos encontrar várias tipologias cerâmicas e artefactos dos principais centros oláricos portugueses (passado e presente), países de expressão portuguesa, entre outros. Estas atraem investigadores de vários campos do conhecimento, e ainda, possibilitam uma ampla e periódica oferta expositiva ao público.

A exposição pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 10h00 às 17h00 e, aos sábados, domingos e feriados, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30.

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BARCELOS INAUGURA HOJE MOSTRA DE ARTESANATO E CERÂMICA

Abertura da 38ª Mostra Nacional de Artesanato e Cerâmica de Barcelos

10 de setembro, às 17h30, no Parque da Cidade

A 38.ª edição da Mostra Nacional de Artesanato e Cerâmica de Barcelos vai realizar-se entre os dias 10 e 19 de setembro, no Parque da Cidade.

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Num ano especial para o artesanato e para os artesãos de Barcelos, que viram registada a marca “Galo de Barcelos”, um dos maiores e mais significativos símbolos do país e da portugalidade, e também para a olaria e o figurado de Barcelos, que passaram a utilizar o registo de marca da União Europeia, este certame vem consolidar a aposta do Município no valor do artesanato barcelense.

Na edição deste ano, participam 122 artesãos, 91 dos quais de Barcelos, e o Município volta a apostar nas tradições do passado com os workshops diários onde se pode aprender as artes e ofícios, que passam pela tecelagem, olaria, figurado, bordados, cestaria, entre outras.

BARCELOS MOSTRA ARTESANATO E CERÂMICA

38.ª Mostra de Artesanato e Cerâmica de Barcelos

A 38.ª Mostra de Artesanato e Cerâmica de Barcelos, que decorre de 10 a 19 de setembro, no Parque da Cidade, volta a alavancar o artesanato e os artesãos.

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Num ano especial para o artesanato e para os artesãos de Barcelos, que viram registada a marca “Galo de Barcelos”, um dos maiores e mais significativos símbolos do país e da portugalidade, e também para a olaria e o figurado de Barcelos, que passaram a utilizar o registo de marca da União Europeia, este certame vem consolidar a aposta do Município no valor do artesanato barcelense.

Este evento, um dos mais antigos do país, conta com a presença dos mais importantes artesãos de cada setor do artesanato (figurado, olaria, cestaria e vime, ferro e derivados, madeira e bordados) e retrata toda a riqueza da arte e do trabalho tradicional.

Na edição deste ano, participam 122 artesãos, 91 dos quais de Barcelos, e o Município volta a apostar nas tradições do passado com os workshops diários onde se pode aprender as artes e ofícios, que passam pela tecelagem, olaria, figurado, bordados, cestaria, entre outras.

O evento permite aos visitantes o contacto com as artes tradicionais e o trabalho ao vivo e promove a riqueza da arte e do trabalho tradicional barcelense, o que reafirma a aposta do Município no apoio ao trabalho desenvolvido pelos artesãos.

Diariamente, haverá animação de rua e arruadas pelo recinto protagonizadas por grupos de folclore do concelho e animação circense, de forma itinerante.

A abertura está marcada para o dia 10 de setembro às 17h30.
A Mostra Nacional de Artesanato e Cerâmica de Barcelos estará aberta de segunda a sexta-feira, das 17h30 às 22h30, e ao fim de semana, das 15h00 às 22h30.

O território de Barcelos é detentor de três produções certificadas, a olaria, o figurado e o bordado de crivo. Barcelos é cidade criativa da UNESCO, na categoria do Artesanato e Arte Popular, desde 2017; aderiu em 2019 à Creative Tourism Network, uma rede internacional que desenvolve a sua atividade na área do turismo criativo, o que lhe permitiu a certificação como Creative Friendly Destination; ainda, em 2019, recebeu o Prémio Europeu de Destino de Turismo Cultural Sustentável promovido pela ECTN – European Cultural Tourism Network.

BARCELOS REALIZA 38ª MOSTRA DE ARTESANATO E CERÂMICA

Maior mostra de criatividade em Portugal promove o artesanato e os artesãos

A 38.ª Mostra de Artesanato e Cerâmica de Barcelos, que decorre de 10 a 19 de setembro, no Parque da Cidade, volta a alavancar o artesanato e os artesãos.

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Num ano especial para o artesanato e para os artesãos de Barcelos, que viram registada a marca “Galo de Barcelos”, um dos maiores e mais significativos símbolos do país e da portugalidade, e também para a olaria e o figurado de Barcelos, que passaram a utilizar o registo de marca da União Europeia, este certame vem consolidar a aposta do Município no valor do artesanato barcelense.

Este evento, um dos mais antigos do país, conta com a presença dos mais importantes artesãos de cada setor do artesanato (figurado, olaria, cestaria e vime, ferro e derivados, madeira e bordados) e retrata toda a riqueza da arte e do trabalho tradicional.

Na edição deste ano, participam 122 artesãos, 91 dos quais de Barcelos, e o Município volta a apostar nas tradições do passado com os workshops diários onde se pode aprender as artes e ofícios, que passam pela tecelagem, olaria, figurado, bordados, cestaria, entre outras.

O evento permite aos visitantes o contacto com as artes tradicionais e o trabalho ao vivo e promove a riqueza da arte e do trabalho tradicional barcelense, o que reafirma a aposta do Município no apoio ao trabalho desenvolvido pelos artesãos.

Diariamente, haverá animação de rua e arruadas pelo recinto protagonizadas por grupos de folclore do concelho e animação circense, de forma itinerante.

A abertura está marcada para o dia 10 de setembro às 17h30.

A Mostra Nacional de Artesanato e Cerâmica de Barcelos estará aberta de segunda a sexta-feira, das 17h30 às 22h30, e ao fim de semana, das 15h00 às 22h30.

O território de Barcelos é detentor de três produções certificadas, a olaria, o figurado e o bordado de crivo. Barcelos é cidade criativa da UNESCO, na categoria do Artesanato e Arte Popular, desde 2017; aderiu em 2019 à Creative Tourism Network, uma rede internacional que desenvolve a sua atividade na área do turismo criativo, o que lhe permitiu a certificação como Creative Friendly Destination; ainda, em 2019, recebeu o Prémio Europeu de Destino de Turismo Cultural Sustentável promovido pela ECTN – European Cultural Tourism Network.

CERÂMICA PORTUGUESA VALORIZADA ATRAVÉS DA COMUNICAÇÃO DIGITAL

A Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica, da qual o Município de Barcelos é cofundador, acaba de dar mais um importante passo na promoção e divulgação de uma arte tão ancestral quanto relevante para o país, com a criação do um website.

A partir de agora, ceramicadeportugal.pt é uma página de consulta quase obrigatória quando o tema é cerâmica. Trata-se de uma plataforma de ampla divulgação das ações de salvaguarda, defesa e valorização, a nível nacional e internacional, deste património cultural.

Esta associação destina-se a promover e incentivar o desenvolvimento económico, turístico e patrimonial dos territórios com larga expressão em cerâmica, garantindo a notoriedade desta arte ao nível interno e externo e contribuindo, simultaneamente, para o reforço da identidade cultural e a preservação da memória coletiva.

A Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica (APTCVC) foi criada em 2018 por 14 municípios, a saber: Alcobaça, Aveiro, Barcelos, Batalha, Caldas da Rainha, Ílhavo, Mafra, Montemor-o-Novo, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Tondela, Viana do Alentejo, Viana do Castelo e Vila Nova de Poiares. Posteriormente foram integrados os municípios de Oliveira do Bairro, Porto de Mós, Leiria e Condeixa.

A APTCVC integra o Agrupamento Europeu de Cidades Cerâmicas (AeuCC), que engloba mais de 120 cidades em sete países europeus: Alemanha (10 cidades); Espanha (29); França (10); Itália (46); Portugal (18); Roménia (12) e República Checa (três). Este agrupamento visa desenvolver intercâmbios e a cooperação transnacional no domínio da arte e do artesanato cerâmico, principalmente para criar coesão social e económica, desenvolvendo projetos e serviços para os interlocutores deste sector, no quadro das novas políticas europeias para os territórios.

MUNICÍPIO DE BARCELOS INAUGURA OBRA DE ARTE NO MUSEU DE OLARIA EM HOMENAGEM À CERÂMICA E OLARIA

O Município de Barcelos inaugura na próxima quarta-feira, dia 16 de setembro, às 18h30, no Museu da Olaria, a obra de arte “Batalha das Flores”, da artista Ana Almeida Pinto, no âmbito programa de Residência Artísticas do projeto “AMAR O MINHO”, uma iniciativa promovida pelo consórcio MINHO IN, constituído pelas Comunidades Intermunicipais do Alto Minho, Ave e Cávado, e que está a percorrer 24 municípios da região.

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A obra, que ficará localizada no espaço exterior do Museu da Olaria, é o resultado da residência artística que a Ana Almeida Pinto realizou durante o início de setembro naquele museu e que colocou a escultora em contacto com artesãos locais, entre os quais o oleiro João Lourenço. O artesanato é assim o ponto de partida desta criação artística, que parte da olaria, da cerâmica e das suas tecnologias, enquanto características identitárias do território.

As residências artísticas que, desde junho, estão a percorrer os municípios do Minho abrangem diversas áreas disciplinares, desde a dança à música, passando pela fotografia, arte pública, artesanato e literatura, numa perspetiva de homenagem artística aos elementos identitários de cada concelho e do Minho, em geral.

Helena Mendes Pereira é a curadora responsável pelas áreas da arte em espaço público, artesanato e fotografia, cabendo a António Rafael, membro da banda Mão Morta, a curadoria dos projetos na área da música, dança e literatura.

O projeto das residências artísticas é uma iniciativa de promoção da cultura, dos artistas e do turismo sob a marca “AMAR O MINHO”, com o apoio do Norte 2020 e dos FEEI, que cria a maior rede de residências artísticas nos 24 municípios representados pelas três CIM da região, numa estratégia concertada que se destina a reforçar a identidade cultural do Minho e, desta forma, dinamizar o território do ponto de vista artístico e turístico.

PRESIDENTE DA CÂMARA DE VIZELA RECEBEU CERAMISTA JOSÉ CARVALHO

O Presidente da Câmara Municipal de Vizela recebeu hoje, no edifício-sede do Município, o ceramista vizelense, José Carvalho.

receçao jose carvalho.JPGNa reunião, o Edil felicitou o ceramista pelo seu trabalho, tendo ainda sido discutida a realização de uma exposição em Vizela no próximo ano.

O Presidente da Câmara Municipal ofereceu ao artista uma medalha do 20.º aniversário do Concelho e uma Vizela Romana, como distinção pelo excelente trabalho que o artista tem desenvolvido na sua área e que muito honra e dignifica a Cidade e o Concelho de Vizela,

De destacar que o artista ceramista José Carvalho é natural de Vizela e mudou-se para Londres em 2006. O seu trabalho abrange um amplo espectro de peças decorativas e funcionais. Em 2017, José Carvalho ganhou dois prémios - um para Best Use of Surface and Gaze pela CR Magazine e Best in Show por escolha dos Visitantes.

O ceramista exibiu o seu trabalho em vários locais de Londres, incluindo a Hepsibah Gallery e o Chelsea Physic Garden e oseu trabalho foi utilizado em projetos de Conran e Partners, Hannah Cork, Colefax & Fowler e Bare Films.

MUNICÍPIO DE BARCELOS ASSOCIA-SE AO "BOM DIA CERÂMICA"

Nos dias 16 e 17 de maio, 16 cidades e vilas cerâmicas portuguesas juntam-se ao evento europeu “Bom Dia Cerâmica”, este ano com caráter virtual devivo à pandemia

O Município de Barcelos volta a associar-se à iniciativa europeia “Bom dia Cerâmica” que se realiza nos dias 16 e 17 de maio, desta vez de carácter virtual devido à pandemia Covid-19.

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Respondendo ao desafio da Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica, Barcelos privilegiará nestes dias o envolvimento digital das cidades portugueses e europeias com cerâmica através da apresentação de filmes e séries de fotografias nas redes sociais e canal youtube do Município de Barcelos.

Assim, nos dias 16 e 17 de maio será divulgado material fotográfico e audiovisual ao público nas redes sociais, acompanhado de contextualização e interpretação, com o propósito de dar a conhecer elementos referenciais da produção cerâmica, que permitam compartilhar a excelência e diversidade da criação europeia. Os eventos serão publicados em sucessão na página Facebook, no canal youtube do Município de Barcelos e no site do Museu de Olaria.

Nestes dias será ainda lançada uma iniciativa intitulada “selfies cerâmicas” dedicada a ceramistas, entusiastas, operadores, stakeholders e, em geral, ao que seria o público habitual do programa “Bom Dia Cerâmica”.

Lançado há vários anos pelas cidades cerâmicas italianas, o “Bom Dia Cerâmica” tem o apoio da Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica e pretende chamar a atenção para a importância da cerâmica na Europa, estendendo-se a cerca de duas centenas de cidades cerâmicas de Itália, Portugal, França, Espanha, Roménia, Alemanha, República Checa e Polónia. Em Portugal participam as cidades e vilas cerâmicas que integram a associação, nomeadamente Barcelos, Reguengos de Monsaraz, Alcobaça, Tondela, Aveiro, Oliveira do Bairro, Viana do Alentejo, Montemor-o-Novo, Redondo, Batalha, Vila Nova de Poiares, Caldas da Rainha, Ílhavo, Mafra, Porto de Mós e Viana do Castelo.

Em Portugal podemos encontrar mais de uma centena de cidades e vilas que, ao longo da sua história estiveram ligadas à cerâmica, mantendo-se ainda ativas um número muito considerável, nomeadamente as que estão ligadas à Associação Portuguesa de Cidades e Vilas de Cerâmica, com uma atividade económica importante e com expressão nas pessoas que a trabalham de forma artesanal, criativa ou industrial.

No nosso país a cerâmica tem também uma importante expressão na construção, na decoração das fachadas, nos objetos utilitários e decorativos que a quase totalidade da população usa, bem como na expressão museológica que atrai tantos turistas ao nosso país.

Existe uma consciência comum de que o atual momento é muito sensível e problemático para toda a cerâmica europeia, e especialmente para a portuguesa, em que poderá ser posta em causa a sua viabilidade e rentabilidade, deixando muitos ceramistas com dificuldades de subsistência.

Portugal é o segundo produtor mundial de cerâmica de mesa e decorativa, bem como de olaria, logo a seguir à China.

MULHER DO MINHO NÃO FAZIA MANGUITO

O manguito é um gesto grosseiro destinado a ofender alguém. Muito popularizado noutros tempos, nomeadamente através das caricaturas e da cerâmica de Rafael Bordalo Pinheiro, ele foi caindo em desuso e actualmente é praticamente desconhecido.

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Nas tabernas dos minhotos, em Lisboa, era usual ver-se exposto ao lado de Santo António, um boneco em cerâmica do “Zé Povinho” – daqueles feitos nas Caldas da Rainha! – com os dizeres “Queres fiado, toma!”.

A imagem não é inteiramente explítica mas sugere um "manguito". Porém, não existe memória da mulher minhota, apesar de humilde e pouco instruída, ser grosseira ao ponto de fazer “manguitos” seja a quem for… mas a política inventa sempre destas coisas!

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