VILA PRAIA DE ÂNCORA: LIONS CLUBE DE VILA PRAIA DE ÂNCORA HOMENAGEIA 5 ARTISTAS COM EXPOSIÇÃO NA GALERIA GUNTILANIS
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Foto: Arquivo Municipal de Lisboa
Inaugurada a 30 de junho de 1878, a Ponte Eiffel, um ícone da cidade de Viana do Castelo, celebra hoje 146 anos de existência.
Projetada pelo engenheiro Gustave Eiffel, cuja morte aconteceu há 100 anos, e construída pela Casa Eiffel de Paris, é uma obra de arte rodoferroviária feita de ferro pudlado que liga as margens do Rio Lima. Garante a continuidade a Linha do Minho e a Estrada Nacional 13.
Abrem amanhã as portas da Mostra de Arte Contemporânea Art'In Lima, consagrada ao tema A Arte da Música. A cerimónia de abertura terá lugar na Capela das Pereiras, às 18h00, espaço este ano inteiramente dedicado à artista convidada, Carmen Touza, renomada pintora galega que traz até Ponte de Lima mais de uma vintena de obras.
O Museu dos Terceiros, o Centro de Interpretação e Promoção do Vinho Verde e a Torre da Cadeia Velha são outros dos edifícios históricos de Ponte de Lima que vão acolher a exposição e que também estão incluídos no circuito de abertura. Até 29 de setembro estarão patentes ao público 140 obras em representação de cerca de 87 artistas, nacionais e internacionais, que exibem os seus trabalhos em domínios tão múltiplos como a pintura, o desenho, a fotografia, o vídeo, a escultura e a instalação de arte.
Com esta importante exposição coletiva, o Município de Ponte de Lima permanece focado em fazer de Ponte de Lima um importante ponto de encontro para a arte contemporânea, transformando o centro histórico da Vila Mais Antiga de Portugal num espaço de convívio de artistas e obras que são o testemunho das mais variadas tendências artísticas da atualidade.
Visite o Art’In Lima, de 29 de junho a 29 de setembro de 2024!
Para mais informações consulte www.artinlima.com
Abre as portas no próximo sábado, dia 29 de junho, a Mostra de Arte Contemporânea Art'In Lima, consagrada ao tema A Arte da Música. A cerimónia de abertura terá lugar na Capela das Pereiras, às 18h00, espaço este ano inteiramente dedicado à artista convidada, Carmen Touza, renomada pintora galega que traz até Ponte de Lima mais de uma vintena de obras.
O Museu dos Terceiros, o Centro de Interpretação e Promoção do Vinho Verde e a Torre da Cadeia Velha são outros dos edifícios históricos de Ponte de Lima que vão acolher a exposição e que também estão incluídos no circuito de abertura. Até 29 de setembro estarão patentes ao público 140 obras em representação de cerca de 87 artistas, nacionais e internacionais, que exibem os seus trabalhos em domínios tão múltiplos como a pintura, o desenho, a fotografia, o vídeo, a escultura e a instalação de arte.
Com esta importante exposição coletiva, o Município de Ponte de Lima permanece focado em fazer de Ponte de Lima um importante ponto de encontro para a arte contemporânea, transformando o centro histórico da Vila Mais Antiga de Portugal num espaço de convívio de artistas e obras que são o testemunho das mais variadas tendências artísticas da atualidade.
Visite o Art’In Lima, de 29 de junho a 29 de setembro de 2024!
Para mais informações consulte www.artinlima.com
A mostra de arte contemporânea Art’In Lima – A Arte da Música, promovida pelo Município de Ponte de Lima, recebeu 119 candidaturas e 220 obras, de artistas de várias nacionalidades: Alemanha, Brasil, Cabo Verde, Chile, China, Dinamarca, Espanha, Estónia, França, Inglaterra, Itália, Macedónia, Nepal, Países Baixos, Portugal, Suíça, Togo e EUA.
As obras selecionadas, nas áreas da Cerâmica, Desenho, Escultura, Fotografia, Ilustração, Instalação de Arte, Litografia, Livro de Artista, Moda Conceptual, Pintura, Vídeo, serão expostas na Capela das Pereiras, Museu dos Terceiros, Torre da Cadeira Velha e Centro de Interpretação e Promoção do Vinho Verde.
“Ecos do Caminho de Santiago” é como se intitula a exposição que vai estar patente no Centro de Informação Turística (CIT) de Esposende, de 15 de junho a 25 de julho.
Da autoria de Vitor Machado, a mostra resulta da fusão entre a arte contemporânea e a tradição milenar do Caminho de Santiago. É composta por obras que personificam a essência da jornada rumo à cidade de Santiago de Compostela e celebra a riqueza cultural e espiritual da tradição milenar desta peregrinação.
O ponto central desta exposição são as esculturas que transmitem os diversos momentos e emoções vividas ao longo do Caminho. O material utilizado são, sobretudo, seixos recolhidos na costa de Esposende, combinados com elementos metálicos, muitas vezes provenientes de objetos reutilizados, numa alusão aos objetos encontrados ao longo da trajetória dos peregrinos.
Cada escultura é uma narrativa visual por si só, contando histórias de determinação, fé e descoberta. Os seixos, fruto da erosão, representam a passagem do tempo e a jornada percorrida pelos peregrinos. Os elementos metálicos, com formas distintas e texturas variadas, simbolizam os desafios superados e os laços criados entre os caminhantes.
Ao percorrer a exposição, os visitantes são convidados a mergulhar na atmosfera única do Caminho de Santiago. Cada obra convoca reflexões sobre a própria jornada pessoal. As esculturas, apesar de estáticas, parecem pulsar com a energia dos peregrinos que as inspiraram.
A mostra poderá ser visitada no horário de normal funcionamento do CIT, ou seja, de segunda-feira a sábado, das 9h00 às 17h00.
Esta ação enquadra-se no Plano de Ação para a Sustentabilidade, Crescimento e Competitividade do Turismo em Esposende – 2023_2027 e insere-se no âmbito das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.
Desta vez, foram os alunos do 10.° e 11.° ano que rumaram até à Casa das Artes para assistir à peça de teatro "A Farsa de Inês Macieira", protagonizada pelo coletivo teatral Movimento Incriativo.
Inspirado a partir da obra de Gil Vicente, o texto é uma versão contemporânea que pretende apresentar uma comédia popular que gira em torno das relações familiares e amorosas de uma jovem sonhadora.
"A Escola Vai às Artes" é um projeto da Câmara Municipal que se assume como o veículo entre o público escolar e a cultura, proporcionando aos mais jovens atividades lúdicas e pedagógicas diversificadas, nomeadamente oficinas, espetáculos de música, teatro e dança.
As ruas do centro histórico de Ponte de Lima cobrem-se hoje de deslumbrantes tapetes floridos confecionados durante a noite pelas hábeis mãos dos limianos. São magníficas obras de arte efémera que, como tal, devem ser registadas para que não se perca a memória.
Fotos: Joaquim Rios / Visit Ponte de Lima
O Festival “MurArcos”, promovido pelo Município de Arcos de Valdevez, conheceu o resultado de mais uma intervenção, realizada nos últimos dias pela artista Daniela Guerreiro, marcando uma sentida homenagem da edilidade e de todos os arcuenses à Lininha da Valeta, figura que todos guardam com muita saudade e carinho.
Estas intervenções são marca deste festival, que no verão deste ano voltará às ruas da Vila, novamente com diversos nomes nacionais e internacionais que fazem deste o mais importante encontro de arte urbana da região.
Através do “MurArcos” Câmara Municipal procura dinamizar o espaço público urbano, valorizar o património e promover a reabilitação urbana, contribuindo para a promoção do concelho e para a dinamização da atividade económica e turística.
Fazendo jus ao slogan de ‘Vila das Artes’, Cerveira celebra o 50º aniversário do 25 de Abril com uma vasta programação, onde a vertente artística se destaca. Símbolo da Liberdade conquistada pela Revolução de 1974, 10 mil cravos vão ser ostentados nas varandas dos Paços do Concelho e 50 cravos espalhados pelas ruas do centro histórico. Em feltro ou em madeira, as duas instalações artísticas surpreendem pela originalidade, pela dimensão, pelas mãos de quem executou e pela proliferação da mensagem.
“Eco de Cravos” nasce de um desafio da autarquia para a realização de um projeto artístico-social, participado por 200 utentes de sete IPSS’s do concelho e da Unisénior de Cerveira para elaborar à mão 10 mil cravos em feltro, num ambiente de convívio e, acima de tudo, numa manifestação tangível do legado de Abril de 1974, relembrando a importância daquele dia histórico, através da arte e da memória coletiva, partilhando-a com as novas gerações.
Algumas semanas e muitas horas de trabalho estarão expostas, a partir da manhã desta quarta-feira, 24 de abril, na casa da democracia local, a Câmara Municipal, instalação que será testemunhada por muitos dos utentes participantes. A execução de cada um dos 10 mil cravos, símbolo da revolução, ecoa histórias, experiências e valores associados ao 25 de Abril, por quem viveu o antes e o depois.
Após apreciar a decoração do edifício dos Paços do Concelho, o convite do Município vai no sentido de percorrer as ruas do centro histórico ornamentadas por 50 cravos em madeira pintada (MDF), com cerca de 1,70m de altura e 60cm de largura, totalmente executados pelos colaboradores do Serviço Operacional, Armazém e Logística da Câmara Municipal. Ambas as instalações artísticas pretendem transmitir que o legado do 25 de Abril permaneça vivo e influente, alavancando a sua persistência e relevância na atualidade.
De relembrar que, pela importância da efeméride, o programa comemorativo dos 50 Anos do 25 de Abril promovido pelo Município cerveirense é diversificado nas artes performativas e apresentadas em diversos espaços públicos, por forma a abranger todas as faixas etárias. Até ao dia 28 deste mês, ‘Cerveira Celebra Abril’ propõe ainda música, dança, teatro, palestras, literatura, documentários, performances criativas, oficinas criativas, exposições e a habitual sessão solene. A inauguração do Palco das Artes, agendada para o dia 24 de abril, apresenta-se como um dos momentos marcantes.
Um agradecimento especial à ADSL - Associação de Desenvolvimento Social e Local de Vila Nova de Cerveira, Centro de Dia de Loivo, Centro Paroquial e Social de Covas, Centro Paroquial de Promoção Social e Cultural de Reboreda, Centro Social e Paroquial de Campos, Centro Social Paroquial de Gondarém, Santa Casa da Misericórdia de Vila Nova de Cerveira, e a Unisénior – Universidade Sénior de Vila Nova de Cerveira.
A primeira exposição “50 Anos, 50 Autores, 50 Obras” foi inaugurada sábado, na Galeria Guntilanis, em Vila Praia de Âncora. Meia centena de artistas estão representados na exposição, com trabalhos nas áreas de Desenho, Pintura, Fotografia e Escultura.
A mostra é organizada pelo Lions Clube de Vila Praia de Âncora, conta com a curadoria do pintor Mário Rebelo de Sousa e apoio da Câmara Municipal de Caminha.
Amanhã, pelas 18h00, com o mesmo tema, é inaugurada a segunda exposição “50 Anos, 50 Autores, 50 Obras”, no Museu municipal de Caminha.
O curador, Mário Rebelo de Sousa, convidou os diversos artistas, desafiando-os a apresentar obras que tenham por tema não apenas a Revolução dos Cravos, mas também os 50 anos de Democracia em Portugal. Como já explicou o pintor, houve também a preocupação de envolver jovens artistas. São trabalhos destes 50 autores que podem já ser admirados em Vila Praia de Âncora e, a partir de amanhã, terça-feira, em Caminha.
Estão representados nas mostras: António Nunes, António Queiroz Aguiar, Belmiro Belém, Cabral Pinto, Carlos Almeida, Carlos Guimarães, Cipriano Oquiniame, Cristina Sardoeira, David Lopes, Domingos Oliveira, Elisabete Leite, Fernanda Araújo, Fernando Barros, Fernando Fernandes, Filipe Fernandes, Isabel Lima, Joana Pinto, João Marrocos, João Miguel, Jorge Simão Meira, José Garcia, José Manuel Marinho, José Maria Fernandes, Laurinda de Brito, Leopoldino Silva, Luís Carvalhido, Luís Morgadinho, Lurdes Rodrigues, Madalena Macedo, Madalena Nevado, Mariana Homem de Mello, Mário da Cruz Rocha, Mário Garrido, Mário Rebelo de Sousa, Mário Rocha, Martina Costa, Miguel Rocha, Monteiro da Silva, Mutes, Noémia Travassos, Olesya Mohosh, Paulo Barreto, Pedro Máximo, Rosalina Santos, Rosário Pedro, Salgado Almeida, Teresa Nunes, Viana Paredes, Vítor Alves e Vítor Ferreira.
As mostras fazem parte do conjunto de iniciativas comemorativas dos 50 anos de Abril (1974-2024), que decorrem no concelho até ao final deste ano.
Colóquio “Espaços do Barroco”. 19 e 20 de Abril 2024. Arcos de Valdevez
Nos próximos dias 19 e 20 de abril, o Município de Arcos de Valdevez, através do seu Centro Interpretativo do Barroco, em parceria do Politécnico do Porto/Escola Superior de Educação, CITCEM e do Instituto de História da Arte da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas/Universidade Nova de Lisboa, vai levar a efeito o Colóquio “Espaços do Barroco”, o qual pretende colocar reflexões e contributos para o conhecimento deste período histórico e artístico de inigualável importância na nossa História.
As reflexões a desenvolver ao longo destes dois dias, vão de encontro aos espaços barrocos, sagrados, profanos, interiores ou ao ar-livre, espaços de paz, de deleite, mas também de confronto e de guerra, todos eles cumprindo uma missão: servir os tempos e quem neles define os espaços do tempo. Envolventes, exuberantes e convincentes, os espaços barrocos são concebidos para refletir um tempo, onde a cenografia e o aparato são, cuidadosamente, pensados para espantar e convencer quem os habita e utiliza.
Neste sentido, surge este colóquio no Centro Interpretativo do Barroco, Imóvel de Interesse Público e um dos expoentes do Barroco em Portugal, o qual enriquece a sua programação cultural com este evento que traz a Arcos de Valdevez os maiores especialistas neste período histórico.
O programa deste colóquio integra ainda na sexta feira, dia 19 de abril, pelas 21h30, o concerto barroco, de entrada gratuita, GLI AFFETTI BAROCCHI Ensemble AnimAntiqua.
Programa completo em:
https://sites.google.com/view/coloquioespacosdobarroco/p%C3%A1gina-inicial/programa
Valença recebe o segundo Circuito de Arte Pública, na cidade, desde 12 a 19 de abril, este ano dedicado à “Liberdade e Participação – 50 Anos do 25 de Abril.
Os trabalhos de execução das instalações artísticas começaram na sexta-feira, 12 e prolongam-se até 19 de abril em três pontos da cidade.
Valença assinala, assim, no espaço público a efeméride dos 50 anos do 25 de Abril trabalhando a temática da liberdade, os ícones do 25 de Abril e as preocupações da liberdade hoje.
Depois do sucesso da primeira edição, em que o circuito esteve focado em temas da atualidade e identitários da memória e da cidade de Valença com referências à sustentabilidade, à juventude e à igualdade de género, este ano celebra a Revolução dos Cravos.
Os artistas Jorge Charrua, Vasco Maio e Patrícia Mariano são os artistas convidados da edição de 2024.
Jorge Charrua é um fundidor de linguagens intemporais da história da pintura com os tempos da contemporaneidade.
Os trabalhos de Vasco Maio refletem a procura de impressões ancestrais que se perpetuam, tecidos que se unem e formas que se fractalizam.
Patrícia Mariano situa o seu trabalho entre a realidade e os sonhos e pode ser descrito como um realismo imaginado.
As instalações vão ser executadas na rua 25 de Abril, fachada do Centro Coordenador de Transportes e parede da escola sede do Agrupamento de Escolas Muralhas do Minho.
Da equipa de preparação deste segundo Circuito de Arte Pública Urbana de Valença faz parte o artista valenciano João Fortuna.
A iniciativa é da Câmara Municipal de Valença e os artistas representam a organização FomE.
Em 14 de abril de 1923, foi deliberado em reunião de câmara colocar o pelourinho no pequeno largo que existe por cima da fonte da Praça da República.
Já na sessão ordinária de 7 de novembro de 1918 tinha sido apresentada pelo então Presidente da Câmara, Joaquim de Medeiros Lima, uma proposta para restaurar o pelourinho da vila: “existindo em quase todas as cidades e vilas do país o instrumento e símbolo de jurisdição municipal e que em Ponte de Lima foi primitivamente uma picota, como se lê no Tombo da Santa Casa da Misericórdia de 1551 e como consta do Decreto de 5 de março de 1444 em que D. Afonso V ordenou que fossem expostos na picota da vila as regateiras e padeiras de Ponte de Lima que deixasse, de ter à venda o preciso para o povo ou que roubassem no peso e que tendo sido posteriormente essa picota substituída defronte do Postigo e rua de S. José, então denominada de São Paulo, quase alinhada com a Torre da Expectação, sendo formada por uma grossa coluna singela com um capital apilarado e escudo de armas do reino, tendo por coroa uma esfera armilar de ferro e tendo esse pelourinho sido derruído por ordem do Senado da Câmara em 1857 que acordou que o mesmo fosse montado na Praça da Rainha em sítio que não estorvasse o trânsito mas esse acórdão que significava o dever de respeitar e conservar um monumento de leis e costumes extintos, não foi executado, achando-se as peças de que era composto dispersas e aproveitadas em diversas coisas, sabendo-se contudo onde paravam, não sendo difícil o consegui-las. Por isso, propunha para que levando por diante o referido acórdão do senado da câmara de 1857, se coligissem as peças do pelourinho e o mesmo fosse colocado no pequeno largo que existe por cima da fonte da Praça da República”.
Contudo, só em 14 de abril de 1923 foi decidido dar execução à deliberação tomada em sessão de 7 de novembro de 1918.
Fonte: Arquivo Municipal de Ponte de Lima
A propósito do Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente
Quando no ano 163 Antes de Cristo, as legiões romanas comandadas por Decimus Julius Brutus chegaram à margem esquerda do rio Lima, elas temeram atravessá-lo por acreditarem tratar-se do mítico rio do esquecimento e, ao transporem-no, esquecerem-se para sempre da sua pátria e de si mesmos. Tal superstição foi desfeita quando o tribuno romano atravessou o rio e, da outra margem, chamou todos os seus soldados pelo seu próprio nome.
O sítio escolhido pelas legiões romanas para atravessar o rio Lima foi naturalmente aquele que entretanto entenderam por mais adequado para construírem a ponte que liga as duas margens, um troço da qual veio a ser reconstruído ao tempo do rei D. Pedro I em virtude de ter sido derrubado pelas fortes correntes.
Foi também o local onde mais tarde veio a nascer a vila de Ponte de Lima – no sítio exacto onde a ponte que servia a estrada militar via XIX que constava do Itinerário de Antonino e que ligava Bracara Augusta (Braga a Astúrica Augusta (Astorga), passando por Lugo e Tui, se cruza com o rio como duas importantes vias de comunicação à época! – e em relação ao qual os romanos baptizaram por Lethes, numa clara alusão ao mítico Lethes, um dos cinco rios que na mitologia grega banhava o Hades, representando a passagem da vida para a morte através de uma barca conduzida por Caronte.
A travessia era paga e, a comprová-lo, as moedas encontradas em muitas sepulturas romanas, colocadas na boca do defunto para garantir o seu pagamento.
Interpretação do século XIX da travessia do rio Lethes por Caronte, por Alexander Litovchenko.
Segundo a mitologia grega, o rio Lethes era um dos cinco rios que banhava o Hades. A passagem da vida para a morte constituía a travessia feita do rio Lethes – o rio do esquecimento – através de uma barca conduzida por Caronte. Foi aliás, baseado nesta crença que Gil Vicente escreveu os seus autos, mormente o Auto da Barca do Inferno.
Também Dante, na Divina Comédia, na segunda parte da obra dedicada ao Purgatório, descreve o Lethes como um rio de cujas águas os pecadores tinham de beber para apagarem da memória os seus pecados cometidos e, desse modo, entrarem no Paraíso.
Porém, uma das mais conhecidas descrições do Hades e, consequentemente do rio Lethes constitui a versão apresentada pelo poeta épico Homero na Ilíada e na Odisseia.
Como é sabido, os romanos assimilaram a cultura dos gregos, atribuindo novas denominações às suas divindades. Na Grécia antiga, Lethes significava literalmente “esquecimento”, constituindo um dos cinco rios que banhavam o Hades. Os demais eram o Aqueronte (rio da dor), Cocito (lamento), Flegetonte (fogo) e Estige (invulnerabilidade), os quais faziam a fronteira entre os mundos superiores e inferiores. Lete é também uma das náiades, filha da deusa Eris, senhora da discórdia, irmã de Algea, Limos, Horcos e Ponos.
A origem etimológica da palavra Inferno provém do latim infernum ou inferus e que significa literalmente “profundezas”, “lugares baixos”, aludindo a um local de sepultura. O equivalente ao termo hebraico sheol, não existindo nela qualquer indicação de local de fogo e tormento a que os maus estavam condenados. Aliás, tal ideia só veio a ser concebida por associação com a Geena – o vale de Hinom, fora das muralhas de Jerusalém – que era usado como lixeira e onde também eram lançados os cadáveres de pessoas consideradas indignas, sendo utilizado o enxofre para manter o fogo aceso e queimar o lixo. De resto, o termo Geena ocorre doze vezes nas Escrituras Sagradas, tendo Jesus usado o vale de Hinom para representar a destruição eterna.
Em Lucas (12:5), o evangelista refere-se à Geena com as seguintes palavras: “Mas, eu vos indicarei quem é para temer: Temei aquele que, depois de matar, tem autoridade para lançar na Geena. Sim, eu vos digo temei a Este”. E assim surgiu o Inferno como um local de padecimento!
Para trás ficou – qual rio do Esquecimento! – a crença no mítico rio Lethes que, séculos após a chegada das legiões romanas, passou a ser local de atravessamento de milhares de peregrinos, através da ponte que os romanos ali ergueram, com destino a Compostela para ali venerarem o apóstolo São Tiago Maior que, depois de ter andado pelo Minho – Braga, Guimarães e Rates – a tentar converter os pagãos, veio mais tarde segundo a tradição cristã a ser sepultado no local onde entretanto foi erguida a monumental catedral na Galiza.
António Feijó
Também designado de Belion e pelo historiador e geógrafo grego Estrabão identificado como o mítico Lethes, o rio Lima continua a ser cantado pelos poetas, tendo em António Feijó porventura um dos seus maiores bardos:
Nasci á beira do Rio Lima,
Rio saudoso, todo crystal;
D'ahi a angustia que me victima,
D'ahi deriva todo o meu mal.
É que nas terras que tenho visto,
por toda a parte por onde andei,
Nunca achei nada mais imprevisto,
Terra mais linda nunca encontrei.
São águas claras sempre cantando,
Verdes colinas, alvôr d'areia,
Brancas ermidas, fontes chorando
Na tremulina da lua - cheia...
Semana Concelhia da Leitura, Ciência e Arte e - 8 a 12 de abril 2024
A Semana Concelhia da Leitura, Arte e Ciência regressa este ano nos dias 8 a 12 de Abril alicerçando a sua programação em torno do tema LEITURAS COM LIBERDADE - 50 ANOS DO 25 DE ABRIL.
Esta edição envolve a parceria entre o Município de Arcos de Valdevez, através da Casa das Artes / Biblioteca Municipal Tomaz de Figueiredo, o Agrupamento de Escolas de Valdevez, a Epralima e a Santa Casa da Misericórdia, através da Universidade do Saber.
O objetivo da organização, tomando como ponto de partida a Revolução Democrática iniciada no dia 25 de Abril de 1974 no nosso país, é voltar a proporcionar à comunidade arcuense, alunos, professores, famílias, público em geral o diálogo enriquecedor com os convidados, mas também proporcionar aprendizagens em diferentes contextos, valorizando as Humanidades, as Ciências e as Artes.
Serão cinco dias recheados de atividades tão diferenciadas e diferenciadoras como encontros com autores, concursos, experiências, feiras do livro, música, teatro, palestras presenciais e via web, oficinas, formações, leituras encenadas, apresentação de livros, entre outros momentos.
Do vasto lote de convidados, repartidos pelas Artes, pela Ciência e pelas Humanidades que marcarão presença ao longo da semana para encontros com a comunidade escolar e com o público em geral, destacam-se os convidados que irão apresentar palestras sobre a revolução e construção democrática: Henrique Araújo (Presidente do Supremo Tribunal de Justiça), Pierre Marie (Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra) e Rodrigo Sousa e Castro, Coronel (Comissão Coordenadora do Movimento dos Capitães).
CONVIDADOS
Adriano Bordalo (ICBAS / UP)
Albertina Fernandes (escritora)
Alfredo Leite (psicólogo)
António Teixeira (Faculdade de Medicina - UMinho)
Aprende com os Animais (Daniel Duarte e Cândida Ferreira - música)
Bru Junça (narradora oral)
Bruna Gonçalves (CEB UMinho)
Caixa Mágica (Luís Baixinho)
Daniel Completo (músico)
Emília Cerdeira (Vereadora da Educação - CMAV)
Equipa Faqtos
Guilherme Campos (Fundador da Copylot)
Henrique Araújo (Presidente do Supremo Tribunal de Justiça)
Inês Guimarâes (Youtuber Mathgurl)
João Nina (rapper)
José Fanha e (poeta e escritor)
José Machado (Algoritmi – UMinho);
José Maria Alves (autor)
José Paulo Viana (Associação Portuguesa de Matemática)
Marcelino Abreu (TRIAVE e CICAP)
Mariana Jones (escritora)
Marlene Lopes (engenheira quimica, bióloga)
Marta Pereira (Psicóloga)
O Poeta da Cidade (Pedro Freitas - poeta)
Pedro Seromenho (escritor, ilustrador)
Pierre Marie (Centro de Estudos Sociais, Universidade de Coimbra)
Raquel Ramos (escritora)
Ricardo Cruz (Prof./Invest LE@D).
Rodrigo Sousa e Castro (Coronel da Comissão Coordenadora do Movimento dos Capitães)
Rui Sousa Silva (Linguísta, Universidade do Porto)
CONVIDADOS POR PÚBLICO
Pré-escolar - Caixa Mágica; Mariana Jones
1º e 2º anos - Mariana Jones; Aprende com os Animais
3º e 4ºs anos - José Fanha e Daniel Completo; Aprende com os Animais
5º ano – Bru Junça; Pedro Seromenho; José Maria Alves; Raquel Ramos e José Fanha
6º ano - Bru Junça; José Maria Alves
7º ano - Albertina Fernandes; Bru Junça
8º ano - Inês Guimarães; João Nina
9º ano - Alfredo Leite; Pierre Marie
10º ano – Adriano Bordalo; Alfredo Leite; Bruna Gonçalves, Equipa Faqtos; José Paulo Viana;
Pedro Seromenho, Teatro Escolar Dir. José Barros
11º ano – Adriano Bordalo; Alfredo Leite; Bruna Gonçalves; Equipa Faqtos; José Paulo
Viana; Pedro Freitas, O Poeta da Cidade. Marta Pereira, Teatro Escolar Dir José
Barros, Tenente-Coronel Sousa e Castro,
12º ano - Alfredo Leite; Bruna Gonçalves; Henrique Araújo; Marcelino Abreu; Marta
Pereira; Pierre Marie; Rui Sousa e Silva; Tenente-Coronel Sousa e Castro,
Epralima - José Fanha e Daniel Completo; Pedro Freitas o Poeta da Cidade,
Docentes – Joana Lima; José Machado, Guilherme Campos, Ricardo Cruz, Emilia Cerdeira,
António Teixeira
Pais e Encarregados de Educação - Bru Junça
“Nuno Álvares Pereira na Batalha de Aljubarrota”, Centro Cultural Rodrigues de Faria, Forjães, Esposende
A azulejaria que reveste o interior da estação de S. Bento, no Porto, é porventura a mais conhecida e apreciada pelo público das obras do ceramista Jorge Colaço. Não obstante, foram inventariados cerca de mil painéis em 116 locais diferentes em todo o país e no estrangeiro. Entre nós, no Minho, destacamos os paineis existentes em Esposende e Ponte de Lima.
Jorge Rey Colaço de seu nome completo, nasceu no Consulado de Portugal em Tânger, Marrocos em 1868 e veio a falecer em Oeiras em 1942. Foi pintor e ceramista. Estudou Arte em Lisboa, Madrid e Paris.
Foi caricaturista do jornal Le Figaro. Foi admitido no Salon de Paris em 1983, na Exposição oficial da l’Académie des Beaux-Arts de Paris. Presidiu à Sociedade Nacional de Belas Artes entre 1906 e 1910.
Trabalhou na Fábrica de Louça de Sacavém de 1904 até 1924 e posteriormente na Fábrica Lusitânia de Lisboa e Coimbra até à data do seu falecimento.
Foi um exímio desenhador, destacando-se na caricatura, pintura e azulejo, com capacidades inovadoras de processos e técnicas. Foi proprietário e diretor artístico da revista monárquica “O Thalassa”, colaborou nas revistas “Branco e Negro”, “O Branco e Negro” e ainda na “Illustração Portugueza”.
Em 1936, foi agraciado com o grau de Grande-Oficial da Ordem Militar de Sant’Iago da Espada.
Fonte: Wikipédia
“Adamastor”, no Centro Cultural Rodrigues de Faria, Forjães, Esposende
"Afonso de Albuquerque na Tomada de Hormuz", 1933, Centro Cultural Rodrigues de Faria, Forjães, Esposende
“Cabras São, Senhor”, monumento em Ponte de Lima, alusivo à Freguesia da Cabração
“Aclamação de D. João IV em 1640”, Ponte de Lima, Portugal 1940.