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O Grupo Folclórico “As Florinhas” do Alto Minho, sediado no Algueirão, trouxeram hoje ao recinto da tradicional feira das Mercês, no concelho de Sintra, a alegria e o colorido do folclore do Alto Minho – gente alegre, humilde e trabalhadeira que facilmente se integrou socialmente na vida local e para o seu progresso contribui com o seu labor e espírito associativo.
Nos limites das freguesias de Rio de Mouro e de Algueirão-Mem Martins, a tradicional Feira das Mercês ocorre anualmente junto à humilde capelinha de Nossa Senhora das Mercês situada dentro dos limites da quinta da “Casa Pombal”, a qual pertenceu aos marqueses de Pombal, espaço que conjuntamente com o solar encontra-se atualmente em estado de completa ruína.
Crê-se que a feira remonta ao tempo da dominação moçárabe, à época utilizada como um mercado de escravas. Nesse local, terá existido uma espécie de gruta que, transformada mais tarde em ermida, passou a acolher os devotos à Senhora das Mercês.
As moças já não se “derretem” a ver os rapazes passar junto ao famoso muro do derrete e, saloios de verdade, nem vê-los!
Cabe aos componentes dos grupos folclóricos conferirem o ambiente típico de outros tempos, com os seus quadros etnográficos e a música solta dos acordeões. Mas, nas tasquinhas, não falta o vinho e a água-pé, o leitão assado, a carne de porco às Mercês e a famosa pêra parda. E ainda as tendas onde se vende o feijão e o grão, os queijos e as castanhas e ainda as grandes barracas de comes e bebes.
Outrora bastante concorrida, o sítio onde a mesma se realiza encontra-se actualmente cercado por grandes urbanizações onde vivem pessoas das mais variadas proveniências. E, entre as gentes que ali vivem, destacam-se os minhotos que têm no Grupo Folclórico “As Florinhas do Alto Minho” o seu mais lídimo representante.
A festa ainda não acabou e os acordes das concertinas continuam a ouvir-se lá para os lados da Terrugem, no concelho de Sintra. São mais de duas centenas de tocadores que ao longo da tarde deste domingo animam o Largo da Feira naquela localidade, perante uma larga assistência. E o local escolhido não podia ser melhor, com estacionamento adequado, asseio público e instalações sanitárias condignas, excelente disposição da plateia, das tendas e das tasquinhas.
Foram cerca de duas dezenas os grupos de tocadores que se inscreveram para participar neste encontro e não faltou sequer um grupo oriundo da Galiza, mais concretamente da Comarca de Pontevedra – Lumes na Leira.
Ao longo de vários anos, Filipe Oliveira tem sabido semear amizades um pouco por toda a parte e este encontro constituiu a colheita bem merecida daquilo que semeou! As opiniões e os gestos de apreço são unânimes e todos reconhecem ainda o enorme talento do nosso conterrâneo. Fazemos votos para que siga em frente e o BLOGUE DO MINHO cá estará!