No próximo dia 15 de janeiro, a escritora vianense Manoella de Calheiros apresenta na Casa do Povo de Fragoso, em Barcelos, o seu livro de poesia “No Colo das Searas que Ondulam”.
A apresentação está a cargo da Dra Maria José Guerreiro e contará com momentos musicais e um Porto de honra.
Laurinda Fernandes de Carvalho Araújo fazendo a apresentação do seu livro, em Lisboa, em 1987. À direita, na foto, o sr. Dias de Carvalho, de Vitorino das Donas.
Apesar de contar com vasta obra literária publicada em livro e bastante colaboração dispersa por diversos órgãos da imprensa regional, a poetisa limiana Laurinda Fernandes de Carvalho Araújo permanece ignorada da maior parte dos seus conterrâneos.
Durante vários anos manteve no jornal “O Povo do Lima” a secção “Página Feminina” na qual publicou muitos dos seus poemas, além de outros comentários e artigos sobre os mais variados temas.
Em 1971, publicou os seus primeiros livros de poemas – “Coração que sofre!...” e “Retalhos de Poesia”. Seguiram-se “Apologia de S. Julião de Freixo e Suas damas de Honor”, “Reminiscências do Passado”, “Faúlhas do 25 de Abril”, “Poesias Dispersas”, “Poesias Completas para os meus 13 filhos”, “O Fim da Hospedagem”, “No Crepúsculo”, “Poesias para os meus 30 Netos” e “Galiza – Universidade do seu povo”.
Publicou em prosa “Histórias da Avozinha para os Netos”, “Conversa íntima com os jovens – Noivas e Casadas”, “Monografia de S. Julião de Freixo e Estudo Sucinto de Anais”, “Cartas… Sem Resposta” e “Monografia de S. Eulália de Rio Covo – Barcelos”. Em prosa e verso, “Venha Comigo ao Rio de Janeiro”. E, ainda, em teatro, de parceria com o escritor Afonso do Paço, “O Rosto da Imaginação – Comédia em 3 actos”, “A Gaivota – Comédia infantil em 2 actos” e “Fantasmagorias – Tragi-comédia”.
Em parceria com Afonso do Paço publicou também, em poesia, “Dois Mundos – Rural e Urbano, no espaço Galaico-Minhoto”, cuja capa junto reproduzimos.
A poetisa Laurinda Fernandes de Carvalho Araújo nasceu em S. Julião de Freixo e era professora de Instrução Primária. Entre as entidades a que se encontrava associada, destacamos a Sociedade de Geografia e a Associação Portuguesa de Escritores, Associação de Jornalistas e Homens de Letras, o Centro de Estudos Regionais e o Centro de Estudos Sociais e Etnográficos de Viana do Castelo. Era ainda Sóocia Honorária do Liceu Literário Português e do Real Gabinete Português de Leitura, do Rio de Janeiro.
Transcrevemos alguns versos do seu poema “Dois Mundos – Rural e Urbano, no espaço Galaico-Minhoto”.
Foi numa cerimónia comemorativa que o Município de Celorico de Basto celebrou os 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões. A cerimónia decorreu esta sexta, no Centro Cultural Marcelo Rebelo de Sousa e contou com a presença da escritora Isabel Rio Novo e o escritor Carlos Maria Bobone, autores de biografias do poeta e que destacaram a sua importância na cultura lusitana.
Pedro Lamares foi o ator convidado para a dizer poesia, um momento que deixou a plateia rendida, à semelhança das interpretações do coro da Academia de Música de Basto, que se inspirou na poesia de Camões para criar músicas originais.
Toda a cerimónia foi idealizada pelo patrono da Cultura do Município de Celorico de Basto, Afonso Valente Batista, a quem o Presidente da Câmara Municipal tece os mais rasgados elogios pela forma como vive a cultura e a transmite. “Estou muito orgulhoso do trabalho que o Afonso tem vindo a desenvolver em prol da cultura local, esta iniciativa é o expoente dessa entrega e dedicação. Celebrar Camões é enaltecer a nossa língua, a nossa história, a nossa poesia, a nossa cultura. O poeta é uma inspiração, uma referência e cabe a cada um de nós, dar continuidade ao Portugal por ele sonhado, e hoje tão bem retratado pelos nossos ilustres convidados”. Disse José Peixoto Lima que “hoje ficamos mais ricos pelo conhecimento que nos foi transmitido e orgulhosos das nossas gentes que tão bem cantaram e disseram poesia, um caminho que estamos a trilhar na arte, na cultura, na poesia”.
Durante cerca de duas horas foi apresentada a vida e obra de Camões, um momento que Afonso Valente Batista destaca como “inspirador”. “Estou satisfeito com o resultado desta iniciativa, a cultura tem que ser trabalhada sempre, continuamente, para que as gentes ganhem hábitos e se “alimentem” da mesma. Tivemos um painel riquíssimo, com oradores conceituados com um vasto conhecimento sobre a vida e a obra de Camões. Tivemos ainda Pedro Lamares que nos brindou com poemas ditos de forma cativante. Interpretação também excelente dos alunos do concurso “Leituras no Douro, Tâmega e Sousa” e do ator local que demonstraram a riqueza deste concelho na cultura”.
Foram ainda apresentados trabalhos inspirados no poeta e na sua obra da autoria dos alunos do Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto.
Uma cerimónia que encheu o Centro Cultural e mostrou que a cultura está bem viva em Celorico de Basto.
Esta iniciativa contou ainda com a presenta do Diretor da Cultura do Norte e vice-Presidente da CCDR-N, Jorge Sobrado, que enalteceu o evento e afirmou que a “o centro Cultural está onde nós quisermos fazer, Celorico hoje, ao fazer este encontro, esta conferencia, mudou, de algum modo, uma centralidade habitual da cultura, temos que desvirtuar que só pode haver qualidade e oferta artística nos grandes centros urbanos. O município dá passos, sinais de querer aqui um polo cultural confinando dois mundos que dificilmente costumam resultar, o mundo da erudição, da academia, da ciência, da investigação, com o mundo da aprendizagem e da atividade artística comunitária. Jorge Sobrado acrescenta que celebrar Camões é celebrar “o alfabeto das nossas emoções, e encontramos em Camões o nosso contemporâneo, no seu carácter contraditório, paradoxal, humano, demasiado humano, cheio de contradições, de peripécias…” O Diretor da Cultura do Norte acrescentou que “não era possível imaginar os Camões sem uma biblioteca, a cultura é transformadora de um território. É um prazer testemunhar esta aposta de Celorico, na CCDR-N estamos especialmente atentos e a preparar também instrumentos de apoio aquilo que são equipamentos e serviços culturais de base do território, não apenas para as infraestruturas, equipamentos, digitalização mas também para aquilo que se chama hoje a mediação cultural dos serviços educativos. Assim, testemunhando este momento, deixo uma palavra de estimulo, e que estamos a acompanhar esta aposta, sabendo que a cultura é o agente mais transformador de um território”.
[Neste dia (1 de dezembro) há 80 anos nasceu, na vila de Ponte de Lima, Amândio Sousa Dantas]
Andada a Amândio Sousa Dantas
Nasceu, e cresceu,
encantado pelo rio
nele fez o seu caminho
nem torneiras, nem barragens…
água, talvez genuína,
revolta, paisagem,
uma simples pedra
a ornar a passagem.
José Sousa Vieira (Dissipações)
AMÂNDIO SOUSA DANTAS (1944-2022)
Nasceu na rua Vasco da Gama (Arrabalde), na vila de Ponte de Lima, a 1 de Dezembro de 1944. De seu nome completo, Amândio de Sousa Pereira Dantas começou a publicar poesia nas páginas do semanário Cardeal Saraiva, de Ponte de Lima, como a. dantas, em 1971 (também nesse ano, e no mesmo jornal, surge poesia satírica, assinada por ERA DANTES que, em rigor, desconhecemos se é da sua autoria). Em 1972 divulga ainda como a. dantas e Sousa Dantas que mantém até o ano seguinte aquando na sua emigração para a Alemanha. Então, de lá, e sempre para o mesmo periódico, do que conhecemos, envia poemas subscritos por Amândio Sousa Dantas, estabilizando assim a sua assinatura poética.
No ano do seu regresso definitivo (em fins de 1984) a prosa (publicista, cronista, crítico literário) aparece na sua produção divulgada em Portugal. No Cardeal Saraiva, n.º 3081, de 14 de Setembro de 1984, é incluído o texto “Teatro Diogo Bernardes: Hoje é Armazém em Ponte de Lima!”, como A. Dantas (talvez o primeiro de muitos que foi escrevendo durante cerca de 38 anos).
Entretanto, no ano anterior (1983), ainda a viver e a trabalhar na Alemanha, é editado o seu primeiro livro de poemas: Sentimento da Ausência, com o patrocínio do departamento Cultural da cidade de Osnabrück. Bilingue, a tradução para alemão é da responsabilidade de Margit Scharfe Poças. É o início de um importante número de títulos, o último dos quais O Silêncio das Nuvens, de 2019, e todos listados abaixo.
Essa sua inicial obra mereceu significativo interesse no seu país de acolhimento, sendo o primeiro estrangeiro a participar em “Literatura pelo Telefone”, iniciativa cultural da cidade de Osnabrück. Também o canal televisivo ZDF, no programa “Vizinhos da Europa”, emitiu um espaço de 10 minutos dedicado à obra do poeta.
Em Portugal o despertar para a importância deste autor foi crescendo em função das edições e activando a atenção, entre outros, de Daniel Lacerda, Pedro Alvim, Luís Fagundes Duarte, Luciano Caetano Rosa, Paulo Brito e Abreu, Fernando Morais, José Cândido Oliveira Martins, Porfírio Pereira da Silva, Fernando Melim, Cláudio Lima, seu irmão Luís Dantas.
Em resumo, Daniel Lacerda (Latitudes, n.º 7, Dez/1999 – Jan. 2000) escreveu que “Amândio Sousa Dantas afirma-se hoje como uma voz poética original e de autêntico temperamento”, e J. Cândido Martins (O Anunciador das Feiras Novas, 2002), ”a poesia de Amândio Dantas evoca-nos uma longa tradição, sobre a forma de canto órfico, grito de denúncia, verbo incontido, indomado, incómodo, expressão primitiva e hodierna dos mais fundos anseios do ser humano…”
- Livros de poesia de autoria de Amândio Sousa Dantas
ano Título Prefácio
1983 SENTIMENTO DA AUSÊNCIA Margret Poggemeier
1985 POEMAS DA IMIGRAÇÃO -
1987 NA CIDADE ESTRANGEIRA -
1991 EMIGRAR NA PRIMAVERA -
1994 PERFEITO CHÃO DE VOAR José Sousa Vieira
1997 SOMBRAS E RAMOS SOBRE O PEITO -
1998 INFINITA É TODA A NASCENTE -
2000 HÁ UMA ETERNA LIBERDADE Paulo Brito e Abreu
2001 O INSTANTE É A TUA FACE NO POEMA Daniel Lacerda
2003 POUSADO NO SILÊNCIO -
2006 NO OMBRO O ORVALHO -
2010 POEMAS DA EMIGRAÇÃO Daniel Lacerda
2010 ALTO AMOR EM ALTO RIO -
2011 POEMA SEM FIM Amândio Sousa Dantas
2012 SENTIMENTO DO POEMA -
2019 O SILÊNCIO DAS NUVENS Fernando Pereira (Director Jornal Alto Minho)
- Participa, pelo menos, nas seguintes Obras Colectivas:
1985 - A Emigração na Literatura Portuguesa: uma colectânea de Textos - A. M. Pires Cabral
1989 – A Diáspora em Letra Viva: 100 artistas lavram a punho a marcha das suas criações
- Participa em numerosas obras tituladas por outros autores.
- Escreve Prefácio para:
2003 – Viagem Oculto, Meireles, Fátima
- Colabora:
nas Revistas:
Peregrinação - Revista das Artes e Letras de expressão emigrante
Anschlage: Kunst und Kultur
Latitudes – Cahiers Lusophones
Limiana - Revista de Informação, Cultura e Turismo
O Anunciador das Feiras Novas
Entre outros, nos Jornais (poesia e prosa):
Cardeal Saraiva
Aurora do Lima
Foz do Lima
Alto Minho
- A sua criação poética é utilizada em trabalhos académicos, como:
2016, Maria Leonor Nunes Raposo do Cabo Pita (Mestrado em Estudos de Língua Portuguesa): Literatura e emigração: olhares cruzados (Nita Clímaco, Assis Esperança, Olga Gonçalves e Amândio Sousa Dantas) – Estudo comparatista para utilização desta temática no Ensino Secundário.
Vida profissional (em Ponte de Lima e Alemanha):
Profissionalmente, antes do sua vida militar (esteve na guerra, na Guiné, de 1966 a 1968), trabalhou em alfaiataria; depois e antes de emigrar, nos serviços florestais; na Alemanha, entre outras ocupações, foi operário fabril; regressado a Portugal, em diversas actividades, entre elas alfaiataria.
Na sua actividade social e política recordamos:
- Em 1972 participou na comissão que Bernardo Vilas Boas criou para organizar a vinda, ao Teatro Diogo Bernardes a 8 de Dezembro, do Grupo de Teatro do Atlético Clube de Campolide, com a peça A Vida do grande D. Quixote de La Mancha e do gordo Sancho Pança.
- Em 1973, em Junho, convidado por Carlos Novo (um dos fundadores do Partido criado na Alemanha em 19 de Abril desse ano), adere ao Partido Socialista.
- Em 1976, terá sido um dos fundadores dos Trabalhadores Portugueses da Cidade de Osnabruck, cuja finalidade era a divulgação e a defesa da Língua Portuguesa (não temos dados documentais).
- Durante o biénio de 1979/80 foi dirigente associativo do Centro Português de Osnabrück.
- Em 1985, é eleito nas eleições para as autarquias locais desse ano (15 de Dezembro) e representa a APU (Aliança Povo Unido- coligação do Partido Comunista Português, MDP/CDE e PEV - Partido Ecologista os Verdes) na Assembleia de Freguesia de Ponte de Lima (mandato 1985-1989).
- Em 1986, é um dos pioneiros da Rádio local em Ponte de Lima.
- Em 1993, é um dos principais contestatários à prevista localização de Matadouro Regional do Alto-Minho, em Padreiro, Arcos de Valdevez, muito perto das margens do rio Lima.
- Em 1994, é o principal impulsionador e um dos fundadores, em Ponte do Lima, da MOLIMA (Movimento para a Defesa do Rio Lima). Nesta associação vem a desempenhar vários cargos dirigentes, sendo presidente da direcção muitos anos.
Deixou-nos a 22 de Dezembro de 2022. Respeitando a sua vontade, a sua sobrinha Ana Catarina doou a sua biblioteca particular (3194 monografias, 184 periódicos e 222 outros) à Biblioteca Municipal de Ponte de Lima.
SESSÃO VAI CONTAR COM A PRESENÇA DA IRMÃ DO ATOR, HÉLIA VIEGAS
Vai decorrer no dia 15 de novembro, às 21h00, na Biblioteca Municipal Professor Machado Vilela, em Vila Verde, a apresentação da obra Mário Viegas – autophotobiografia (não autorizada).
Com edição da Tradisom, a obra, escrita pelo punho do próprio Mário Viegas, dá-nos a conhecer, ao longo de 250 páginas que incluem fotografias, recortes e até banda desenhada, o pensamento, as alegrias e tristezas de um dos mais marcantes atores portugueses e inclui, ainda, quatro cd’s com gravações originais feitas em sua casa e num café-concerto no Porto.
A iniciativa, integrada no Projeto AQUI HÁ CULTURA, promovido pelo Município de Vila Verde, através da sua Biblioteca Municipal, e pela Escola Profissional Amar Terra Verde, contará com a presença da irmã do ator, Hélia Viegas.
No âmbito do programa das XXXVI Jornadas de Estudo “Medicina na Beira Interior – da Pré-história ao Séc. XXI”que terão lugar na Biblioteca Municipal António Salvado, em Castelo Branco, será apresentada no próximo sábado, dia 9 de novembro, pelas 17h00, a Antologia “O CORPO DO CORAÇÃO: Poetas IBERO-AMERICANOS Pela Paz”, dedicada ao Secretário-Geral da ONU, António Guterres.
A apresentação da obra estará a cargo do poeta e autor da foto da capa, Luís Aguiar, de Pedro Miguel Salvado e João Artur Pinto.
A Antologiafoi coordenada por Pedro Miguel Salvado, António Lourenço Marques, Alfredo Pérez Alencart e João Artur Pinto, fafense responsável pela editora Labirinto.
Reúne 134 vozes literárias ibero-americanas oriundas de Espanha, El Salvador, Chile, Nicarágua, Argentina, Honduras, Peru, Colômbia, Uruguai, Paraguai, Porto Rico, Cuba, Costa Rica, Brasil, Bolívia, México, Equador, Panamá, Venezuela, Costa Rica, República Dominicana, Guatemala e Portugal.
“O CORPO DO CORAÇÃO: Poetas IBERO-AMERICANOS Pela Paz” integra poemas dos fafenses Artur Ferreira Coimbra, Bruno Pinto, Leonor Castro, Letícia Mota e Pompeu Miguel Martins, além de Cláudio Lima, residente em Braga.
O livro inicia-se com o texto “Que se faça a Paz” de Paulo Fernandes, Presidente da Câmara Municipal do Fundão, entidade que apoia a edição.
“(…) Ora, numa iniciativa enquadrada nas XXXVI Jornadas da História da Medicina da Beira Interior, lideradas pelo nosso concidadão e médico humanista, António Lourenço Marques, reuniram-se aqui os poetas ibero-americanos, numa geografia de convergência que brota do Fundão feita de palavras pela Paz. Este é um gesto que o nosso Município, terra de acolhimento, não podia deixar de apoiar. Até porque eles, os poetas, vêm também recordar-nos que há aqui uma outra voz, uma voz superior, de alguém que tem as nossas raízes do Fundão, e que, doridamente clama, clama, clama a todo o Mundo que se faça a Paz. Esse vulto grande chama-se António Guterres. Pois, que este sinal plural, propício dos poetas pela Paz, se vá juntar à sua voz.“
Em 2024, celebramos 500 anos do nascimento de Luís Vaz de Camões, o maior poeta de língua portuguesa e autor de Os Lusíadas, obra épica que narra as grandes aventuras dos navegadores portugueses e eterniza o espírito da nossa cultura!
Luís de Camões (1524-1580) é lembrado não só pela sua poesia épica, mas também pela sua habilidade em expressar o amor, a saudade, a pátria e a condição humana em sonetos e poemas líricos que continuam a emocionar leitores de todo o mundo. A sua escrita marcou profundamente a literatura e a identidade de Portugal e dos países de língua portuguesa.
Em honra desse marco histórico, dia 29 de novembro pelas 15h o Município de Celorico de Basto celebra a "Vida e obra de Camões - 500 anos do criador da nossa língua" com a presença de Afonso Valente Batista, Isabel Rio Novo, Maria Bochicchio, Carlos Maria Bobone e Pedro Lamares.
Vamos todos participar dessa grande celebração literária e lembrar o poeta que ajudou a definir a essência da língua portuguesa!
O Município de Braga vai instituir o Prémio de Poesia José Manuel Mendes. A iniciativa, cuja proposta será analisa amanhã, 23 de outubro, em sede de Reunião de Executivo, pretende homenagear José Manuel Mendes, distinta personalidade da cultura literária nacional, ligada desde tenra idade ao Concelho de Braga e que em muito tem contribuído para a divulgação de novos nomes da escrita literária em Portugal.
Este galardão visa não só perpetuar o legado deste autor, mas também incentivar a criação poética contemporânea, promovendo novos talentos e consolidando a importância da poesia na formação cultural e humanística da nossa sociedade. Almeja, ainda, reconhecer a necessidade de valorizar a arte poética como um pilar fundamental da nossa identidade cultural, Bracarense e portuguesa.
A crescente valorização da literatura e das artes, aliada à necessidade de apoiar e incentivar a criação artística, faz deste prémio uma resposta adequada e relevante. Além disso, ao celebrar a figura de José Manuel Mendes, o Município estará a reavivar o interesse pela sua obra, promovendo estudos e análises que contribuirão para a perpetuação do seu legado literário.
José Manuel Mendes é cofundador e dirigente da Associação Portuguesa de Escritores; membro do Conselho Cultural e do Conselho Geral da Fundação Carlos Lloyd Braga da Universidade do Minho; membro do Conselho Diretivo da Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva, desde 2004.
Distinguido a nível nacional com a Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique por outorga do Presidente da República Jorge Sampaio (2006), José Manuel Mendes é ainda Grande Oficial da Ordem de Mérito, condecoração concedida pelo Presidente da República Mário Soares (1995); Medalha de Mérito Cultural atribuída pelo Ministro Pedro Roseta (2004). Tem sido distinguido por várias instituições, nomeadamente com a Medalha de Mérito Grau Ouro pelo Município de Braga. Coordenou durante vários anos a organização da Feira do Livro de Braga.
Tem entrevistado durante quatro décadas escritores do panorama nacional português, tais como: José Saramago, Fernando Namora, José Cardoso Pires, Urbano Tavares Rodrigues, Vergílio Ferreira, Natália Correia, Lídia Jorge, Teolinda Gersão, Hélia Correia, Eugénio de Andrade, Vasco Graça Moura, Mário Cláudio, Mário de Carvalho, António Ramos Rosa, entre muitos outros escritores consagrados nacionais e da comunidade lusófona e francófona. Tem integrado inúmeros júris de importantes concursos literários, entre eles Prémio Camões, Prémio Literário RTP, Prémio Literário da CPLP, Prémio Fernando Namora, Prémio Literário Miguel Torga, Prémio Ruy Belo, Prémio Sophia de Mello Breyner, Prémio Manuel Alegre, Prémio Vasco Graça Moura, entre outros. É coautor do hino da Universidade do Minho, com música composta pelo Maestro Fernando C. Lapa, composição poética intitulada “Estes anos são viagem”.
O encontro já está marcado. A edição do “Poeta à Solta” deste ano vai acontecer a 18 e 19 de outubro, na Biblioteca Municipal, e resulta de uma parceria do Município de Barcelos com o projeto editorial Officium Lectionis, com coordenação científica da Cátedra de Sophia (da Universidade Católica do Porto).
Esta terceira edição do Encontro Poeta à Solta, que vai evocar Luiz Vaz de Camões, o poeta da grande epopeia dos Descobrimentos, traz até Barcelos oito personalidades das letras portuguesas: António Cândido Franco, Ilda Figueiredo, Carina Anselmo Valente, Francisco Vinhas, Ricardo Fonseca Mota, Hélder Moreira, Jorge Melícias e Valter Hugo Mãe.
Ainda no âmbito do 3.º Encontro “Poeta à Solta”, é inaugurada no dia 18, às 19h00, a exposição “A substância do tempo”, de Agostinho Santos, com curadoria de Felícia de Sousa. A exposição vai ficar patente na Biblioteca Municipal até 28 de novembro, podendo ser visitada de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 19h00, e ao sábado, das 9h00 às 12h30.
Programa – Encontros de Poesia
A programação do 3.º Encontro “Poeta à Solta” decorre na Biblioteca Municipal de Barcelos, sexta-feira ao final da tarde e sábado ao longo do dia.
18 out.|sexta-feira
17h00 | Abertura
17h30 | Sessão com António Cândido Franco e Ilda Figueiredo \\ conversa e leituras
19h00 | Inauguração da exposição “A substância do tempo”, de Agostinho Santos \\ conversa e leituras
19 out. | sábado
16h00 | Sessão com Carina Anselmo Valente, Francisco Vinhas e Ricardo Fonseca Mota \\ conversa e leituras
17h45 | Intervalo
18h15 | Evocação da memória de Camões: Hélder Moreira, Jorge Melícias e Valter Hugo Mãe (conversa e leituras)
Criaturinhas do senhor, cristãos, mafarricos, ateus.... e a tua!
Apareçam na próxima sexta-feira, dia 20, às 21 horas para um novo recomeço Tertuliano
A animação musical estará a cargo de quem tiver motivação para tal, mas já sabemos atempadamente da participação de um cavalheiro chamado Roosevelt Alves. Será um tempinho cultural, de bom gosto, excelente disposição, alguma formalidade e fronteiras, mas será um momento bem passado.
POESIA E MUSICA NO VIANATAURINO é acima de tudo um encontro de gente que ama a escrita e a música. um encontro de versos diversificados, onde os participantes se atrevem a "despir - se", rodeados de amigos e amantes da leitura, o resto, todo o resto é secundário.
Os descendentes suecos do poeta limiano António Feijó chegaram há minutos a Ponte de Lima e a primeira paragem da visita foi na Correlha. Aqui Tomás e Alexander foram presenteados com um Sarrabulho a moda de Ponte de Lima no Sonho do Capitão.
Os ilustres visitantes vão permanecer três dias na festa com programa diversificado conforme divulgamos ontem. Mas a curiosidade genealógica levou-os a conhecer a origem dos Feijós na Correlha, Ponte de Lima.
Assim, após o repasto Fátima Oliveira a Presidente da Junta de Freguesia da Correlhã desloca se com a comitiva a Casa da Anta, construção iniciada cerca 1750 onde se destaca Tomás Correia Feijó, o primeiro Administrador do vínculo e Quinta da Anta, que foi Governador do forte de Vila Praia de Âncora, Caminha.
O programa de hoje prossegue na sede do Agrupamento de Escolas António Feijó, à Câmara Municipal de Ponte de Lima, ao monumento erigido ao poeta e diplomata e observação de suas fardas oficiais no Museu dos Terceiros.