Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Hoje ocorreu o Solstício de Inverno
Todo o mundo cristão celebra por esta altura o nascimento de Jesus, não obstante desconhecerem-se quaisquer referências históricas ou bíblicas que mencionem a data em que tal acontecimento se verificou. Por conseguinte, o Natal é festejado a 25 de Dezembro ou a 7 de Janeiro de acordo com as tradições católica ou ortodoxa, em virtude da adoção dos calendários juliano ou gregoriano. Ora, é nesta ocasião que ocorre o solstício do inverno ou nascimento do sol, precisamente a altura em que os raios solares deixam de decrescer e passam de a aumentar, fazendo de novo crescer os dias em relação às noites.
Desde a mais remota antiguidade que o ser humano adorou o sol, deificando-o e atribuindo-lhe a primazia sobre as demais divindades. Tal sucedeu na Caldeia, na Palestina e no Egipto, aqui adorado sob o nome de Ra. Na antiga Pérsia e na Índia, o deus Sol era designado por Mitra tendo o seu culto dado origem ao mitraísmo que viria mais tarde a rivalizar com o cristianismo a sua influência no Império romano, acabando por vir a sucumbir com a sua queda e mais tarde acabando por desaparecer por completo com o avanço do islamismo na Pérsia. Antes, porém, o mitraísmo fora assimilado pelos gregos e espalhou-se por todo o Império romano. O deus Mitra era geralmente representado por um jovem com um boné frígio, túnica e manto sobre o ombro esquerdo. Esta religião era superiormente dirigida por um sumo pontífice a os seus sacerdotes ostentavam sobre a cabeça uma mitra. Curiosamente, trata-se do chapéu com que os bispos se apresentam quando envergam as vestes pontificais, tendo a sua origem na Pérsia e no Egipto, correspondendo ao turbante e por conseguinte aludindo à adoração de Mitra.
Não admira, pois, que ao culto solar tenha sido sobreposta a adoração ao menino Jesus, sendo-lhe atribuída a data do seu nascimento precisamente numa altura em que os romanos celebravam o natale solis invicti consagrado ao deus Sol, à semelhança do que se verifica com inúmeras festividades pagãs que foram de algum modo adaptadas e "convertidas" à crença cristã. Na mesma ocasião realizavam os romanos as saturnais ou saturnálias que, como o próprio nome indica, eram festividades consagradas a Saturno, trocavam de presentes e organizavam um banquete público, aspetos que de alguma forma podemos relacionar com as tradicionais "festas dos rapazes" em várias localidades de Trás-os-Montes. Aliás, o culto a Saturno chegou a ser muito difundido na Península Ibérica, tendo diversos escritores da antiguidade referindo-se à existência de santuários entre os quais se supõe ter havido um na Ínsua do rio Minho, um local onde atualmente as gentes locais vão em peregrinação ao Senhor Jesus dos Mareantes, fazendo festa rija em Agosto. Saturno era o deus protetor dos semeadores e das sementes, pelo que os romanos acreditavam que durante as saturnais regressava a abundância, assegurando a fertilidade durante essa época do ano.
Ainda em relação ao mitraísmo, também este possuía extraordinárias semelhanças com o cristianismo, entre as quais a crença no céu e no inferno, na ressurreição, nos pastores que tal como os reis magos ofereciam presentes, no dilúvio, na santificação do domingo, na prática da confissão e da comunhão e, finalmente, a própria celebração do 25 de Dezembro!
A celebração do nascimento de Jesus constitui atualmente uma festa que é vivida com grande intensidade pelo povo português e que, apesar da sua significação profundamente religiosa, também não escapa às regras de funcionamento de uma sociedade mercantilizada, virada cada vez mais para os interesses materiais em detrimento dos valores espirituais. Não obstante, as festividades da quadra natalícia encontram-se profundamente enraizadas no nosso folclore revelando-se através das mais diversas manifestações de cariz popular, na gastronomia, na música, nas lendas e de um modo geral em todos os aspetos que envolvem tais celebrações. Não obstante, temos principalmente nos últimos tempos vindo a constatar que tradições oriundas de outros países têm vindo a substituir alguns costumes genuínos do nosso povo, como sucede com a reverência ao "Pai Natal", agora destituído para dar lugar a S. Nicolau, quando outrora as festividades decorriam exclusivamente em torno do "menino Jesus". Da mesma forma que o tradicional presépio cedeu o lugar ao nórdico pinheiro de Natal enfeitado com flocos de neve, mesmo em locais onde jamais nevou...
No âmbito do evento Vizela Cidade Natal 2024, na próxima terça-feira, dia 24 de dezembro, a Câmara Municipal promove o evento “WARM UP NOITE DE NATAL”, das 15.30h às 19.00h, um evento de animação natalícia, que contará com a presença dos DJs Valboys, Lowie, Fifty e Olga Zanova.
De destacar que o evento Vizela Cidade Natal 2024 abriu as portas com muita música e animação, com a ligação da iluminação de Natal e do Postal e do Presépio de Natal dos Bombeiros Voluntários de Vizela e com a maior Parada de Natal de sempre, com mais de 400 figurantes, que percorreram as ruas da Cidade, trazendo a Vizela uma energia e magia contagiantes.
No passado domingo, a Câmara Municipal promoveu um Concerto de Natal, com a presença dos Anjos, que nos fizeram reviver os seus temas mais memoráveis e ainda com a participação do artista Daniel Fernandes e do coro dos Alunos da Academia de Música da Sociedade Filarmónica Vizelense, que aqueceram o coração de todos os presentes.
De relembrar que a Câmara Municipal está a promover o Vizela Cidade Natal 2024, no seguimento da dinâmica de impulso implementada por este executivo municipal na área cultural e turística, sendo que nas suas últimas edições, este evento de animação natalícia foi um verdadeiro sucesso, tendo recebido a visita de milhares de pessoas.
Neste evento, e à semelhança de outros eventos promovidos pela Autarquia, a Câmara Municipal continua a apostar na parceria com as associações vizelenses, neste caso com a Associação Comercial e Industrial de Vizela, a Real Associação dos Bombeiros Voluntários de Vizela e o condomínio dos espaços comerciais do Fórum Vizela - Condomínios & Companhia.
De realçar ainda a parceria de outras associações vizelenses nesta iniciativa, como a Associação Musical e Recreativa Família Peixoto, a Sociedade Filarmónica Vizelense, o Agrupamento de Escuteiros de S. João, a Universidade Sénior do Rotary Clube Vizela, o Automóvel Clube de Vizela, entre outras.
Tendo em atenção o sucesso desta iniciativa, a Câmara Municipal continua a aposta neste evento com o objetivo dar mais vida a Vizela, atraindo visitantes, revitalizando o coração da cidade e estimulando o comércio, envolvendo as instituições públicas e privadas e, ao mesmo tempo, devolvendo o orgulho aos vizelenses, despertando o espírito natalício, próprio desta época festiva e criando um estímulo adicional para a dinamização do comércio local e para o desejado aumento do volume de negócios naquela época especial.
Do Vizela Cidade Natal 2024 faz parte uma pista de gelo na Praça do Município, numa parceria com a Associação Comercial e Industrial de Vizela, a Real Associação dos Bombeiros Voluntários de Vizela e o condomínio dos espaços comerciais do Fórum Vizela - Condomínios & Companhia.
O programa inclui ainda um Mercadinho de Natal, a Casa do Pai Natal, o comboio de Natal, um Carrossel Parisiense de Natal de dois andares, uma tenda espetáculos, com dezenas de espetáculos durante o mês de dezembro, não apenas para as escolas do Concelho, mas também para o público em geral, e ainda uma montanha russa de Natal.
Nestes locais, Praça da República, Fórum Vizela e Jardim Manuel Faria, encontra-se ainda instalada decoração alusiva à época natalícia, sob a temática dos Soldadinhos de Chumbo, que recebem os visitantes na entrada do Vizela Cidade de Natal, nas escadas do renovado Jardim Manuel Faria. A decoração foi também reforçada com uma Árvore de Natal gigante, na Praça da República. Durante todos os fins de semana de dezembro há também animação natalícia.
«Hoje por ti, amanhã por mim!»
Esta quinta-feira foi um dia muito especial para os seniores de Fafe. Acompanhados por um grupo de jovens do Pastoral Juvenil, cerca de 100 seniores foram ao centro da cidade ver a iluminação natalícia e assistir aos espetáculos de música e luz, tendo a possibilidade de se envolver e sentir o espírito natalício, a solidariedade e o amor que esta época, em especial, convoca. A atividade surgiu de um repto lançado pela Divisão da Juventude do Município de Fafe ao serviço de Ação Social para que, em conjunto, criassem um conjunto de atividades de carácter intergeracional que pudessem aproximar os jovens da população mais velha do concelho, criando laços de amizade e carinho.
Esta iniciativa permitiu, desta forma, que estes seniores, que em muitos casos vivem sozinhos ou em instituições e sem possibilidade de se deslocar à cidade para ver a iluminação, pudessem contemplar as luzes de Natal na sua cidade, em segurança e acompanhados.
Esta atividade é o pontapé de saída de um conjunto de iniciativas de carácter intergeracional, sob o mote «Hoje por ti, amanhã por mim!», que a Câmara Municipal irá promover e que procura combater a solidão e o envelhecimento, através de um contacto próximo e direto com as gerações futuras.
Antero Barbosa, presidente da Câmara Municipal de Fafe, acompanhou esta atividade, e agradeceu o envolvimento “destes jovens voluntários e das Juntas Freguesia que asseguraram o transporte dos seniores” tendo destacado que estas “iniciativas se revestem de grande importância, sobretudo para os nossos idosos que tiveram a oportunidade de, acompanhados por uma geração muito mais jovem, participar na programação natalícia e, assim, sentirem que há um cuidado e atenção especiais com eles.
Estas atividades intergeracionais que temos previstas ao longo do próximo ano reconhecem a importância da interação e cooperação entre diferentes gerações e trazem benefícios diversos como a troca de conhecimentos e experiências, a promoção da solidariedade e do respeito mútuo e o estimulo ao envelhecimento ativo e saudável.”
Devido ao facto de ao fim de semana à noite haver enorme afluência de pessoas para ver as iluminações de Natal, por questões de segurança, e também respondendo a inúmeras solicitações nesse sentido, informa-se que a Ponte Medieval vai estar cortada ao trânsito rodoviário, entre as 20h30 e a meia noite, esta sexta-feira, sábado e domingo.
Desfrute das iluminações em convívio com a família e em segurança. Bom Natal!
As centenas de crianças de Celorico de Basto que integram a iniciativa Atividades de Apoio à Família promovidas nos Centros escolares do concelho e as que estão nos atl´s das IPSS´s locais viveram um dia intenso de atividades.
A manhã foi dedicada ao teatro com as crianças a assistir à peça “as cartas do pai-Natal” encenada pela Embuscada Associação Cultural e apresentada no Centro Cultural Marcelo Rebelo de Sousa. Um momento lúdico que deixou as crianças encantadas com todo o cenário e interpretação. Terminada a peça, as crianças almoçaram em conjunto na EB/S de Celorico de Basto. A tarde contou com a “chegada do Pai-Natal” um momento muito aguardado para delirio das crianças, que foram brindadas com um “miminho”.
As iniciativas foram promovidas pelo Município de Celorico de Basto com o objetivo de enfatizar este “espírito natalício que se vive nesta quadra tão mágica e única sobretudo para as nossas crianças. Sentir a sua alegria é para nós incentivo maior para continuarmos a fazer mais e melhor para o seu bem-estar” disse a vereadora com o pelouro da educação do Município de Celorico de Basto, Maria José Marinho. “A educação passa também, indubitavelmente, por criar e fomentar momentos de lazer que façam as nossas crianças felizes”.
Na tarde do próximo domingo, 22 de Dezembro, o “Natal na Praça” vai receber um evento de cariz solidário. O “Natal Solidário” tem na inclusão o seu foco mais importante, uma vez que vai abraçar a população migrante que tem chegado em grande número, nos últimos tempos, à Póvoa de Lanhoso.
Esta tarde é-lhes dedicada, esperando-se que apareçam em grande número e aproveitem estes momentos de podem ser de partilha de histórias e de trocas de experiências, mas também excelentes oportunidades para ficarem a saber mais acerca dos costumes e tradições da terra que escolheram para viver e que os/as acolhe sem restrições.
Esta iniciativa prevê também divulgar a Eco loja Social onde se pode fazer “troca por troca” de bens como roupa e calçado ou simplesmente levar aquilo de que mais se precisar.
Ao longo da tarde serão encetadas várias iniciativas, tais como a confeção de sobremesas de diferentes países do mundo, sendo estas confecionadas por pessoas migrantes que se encontram agora, a viver no nosso concelho.
As chef’s ao serviço serão a D. Maria e a Tatiana, da Colômbia, que irão fazer cocadas e o arroz de leite e, do Brasil, teremos a D. Georgina que irá fazer os famosos brigadeiros e os beijinhos. O chef Agostinho Ferreira, português, traz-nos os fidalguinhos.
Os/as presentes podem acompanhar o desenvolvimento dos processos de confeção e serão convidados, no final, a provar estas sobremesas natalícias.
As pessoas, querendo, poderão deixar os seus contributos, que serão na íntegra canalizados para a aquisição de produtos de higiene pessoal a entregar posteriormente a famílias referenciadas.
Está também agendada a apresentação do livro “Cada Segundo”, da jovem autora povoense Mariana Fernandes, pelas 15h30.
Esta tarde vai terminar com chave de ouro, pois às 18h00 sobem ao palco a Banda de Música dos Bombeiros Voluntários da Póvoa de Lanhoso, juntamente com a banda povoense, “Os Pêgas”, para darem início ao Festival de Sons.
Natal, crianças e chocolates. Uma conjugação sempre bem-sucedida que a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira voltou a replicar junto da comunidade escolar, mas este ano em dose dupla: é que a prenda de Natal para as escolas recaiu sobre o chocolate, na forma gastronómica e na arte performativa de teatro musical. Aos habituais miminhos comestíveis e didáticos, acrescentou-se o espetáculo ‘A Casa de Chocolate’.
Cerca de 600 crianças do pré-escolar (público e privado) e do 1º ciclo, e mais 100 utentes das IPSS’s do concelho de Vila Nova de Cerveira assistiram, na sexta-feira, ao espetáculo mais doce do mundo no Palco das Artes. O musical ‘A Casa de Chocolate’, protagonizado pelo II ACTO - Companhia de Teatro, é um dos mais célebres contos dos Irmãos Grimm adaptado para o teatro musical numa versão mágica e didática, cantado ao vivo, e criado a pensar na infância e juventude. Trata-se de uma viagem alucinante a um conto que atravessou gerações sobre a história de dois irmãos que fogem de casa e perdem-se na floresta. Aí encontram a Casa de Chocolate, onde vivem peripécias memoráveis até reencontrarem o caminho para casa, culminando com uma mensagem profunda sobre a importância do amor e da família.
Mantendo práticas bem acolhidas, a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira voltou a superar as expetativas dos alunos a frequentar os estabelecimentos de ensino, com a Vereadora da Educação a distribuir mais uma prenda, incluindo pessoal docente e não docente. É que ao habitual chocolate, Sónia Guerreiro entregou em cada sala um jogo didático personalizado com a história do concelho, e às crianças das creches ofereceu umas fofinhas e quentinhas pantufinhas, acompanhados de votos de umas festas felizes, com muitas prendas e alegria!
Aproximando-se a época natalícia, há necessidade de efetuar alguns ajustes nos dias e horários de recolha de resíduos, pelo que a Câmara Municipal de Vizela informa os ajustes nos dias e horários de recolha de resíduos, de forma a permitir que os colaboradores possam festejar estas datas com as suas famílias, ao mesmo tempo que se assegura que todos os resíduos são corretamente encaminhados.
Além disso, informa-se que foi emitido um pré-aviso de greve pelos colaboradores da Resinorte, entidade responsável pelo tratamento e valorização de resíduos urbanos e pela recolha dos resíduos depositados nos ecopontos do Município de Vizela, para os dias 26 e 27 de dezembro (quinta e sexta-
Contamos com a compreensão de todos os Munícipes para os constrangimentos que possam surgir e apresentamos antecipadamente as nossas desculpas por qualquer transtorno causado, apesar de esta situação ultrapassar a gestão direta do Município.
Assim, e porque sabemos que os vizelenses estão sensibilizados para as questões ambientais e empenhados em contribuir para um ambiente mais saudável, a Câmara Municipal apela aos munícipes para que que respeitem os dias e horários para recolha, não depositem os resíduos fora dos equipamentos e para que separem os seus resíduos e, caso o contentor esteja cheio, não depositem os resíduos e procurem o contentor mais próximo.
A adoção de comportamentos e hábitos ecológicos e a separação correta dos diferentes resíduos produzidos são pequenos gestos que farão toda a diferença para uma ‘Vizela Mais Limpa’, contribuindo para uma melhoria substancial da qualidade de vida de Vizela e dos vizelenses, hoje, e no futuro, para um desenvolvimento mais sustentado do nosso Concelho.
Votos de umas Festas Felizes!!
Ilustração no jornal «O Primeiro de Janeiro», representando o Natal duma família do povo, com poesia de Marta Mesquita da Câmara (25-12-1951).
Fonte: Arquivo Municipal do Porto
É dia de Natal.
A cidade amanheceu alegre no céu fresco e azul. Os carrilhões das igrejas repicam festivamente. As salsicharias, os restaurantes, as pastelarias, ostentam em exposição os seus produtos mais apetitosos: os grandes porcos, de couro nitidamente barbeado, suspensos do teto com a cabeça para baixo; as salsichas e os chouriços de sangue pendentes em bambolim; as cabeças de vitela, de uma palidez linfática, rodeadas de agriões; os perus gordos como ventres de cónegos, com o papo recheado pela respetiva cabidela; as galantines marmoreadas; as louras perdizes postas em pirâmide; as costeletas; as geleias de reflexos cor de topázio; as verduras de salsa picada; os grossos molhos opulentos dos espargos; os bolos do Natal: os fartes, os sonhos, os morgados, as filhós, as queijadas, os christmas-kacks, os puddings, os bombons glacés.
E a profusão destas exposições dá às ruas o aspeto culinário da abundância, da plenitude. Os ramalhetes de violetas, com o seu colarinho feito de duas malvas, estendem-se de todos os lados para as casas dos paletós, e perfumam o ambiente com uma frescura orvalhada. Os cabazes das camélias cintilam como grandes esmaltes.
As lojas de bijutarias armaram o grande pinheiro do Natal, cujas hastes desabrocham em cartuchos de amêndoas, em cartonagens douradas, em animais de quase todas as espécies recolhidas na Arca, em cabriolets de lata, em cavalos de cartão, em palhaços vermelhos que tocam pratos, e em lindas bonecas vestidas de cetim com os seus piifs, os seus chignoiis e os seus regalos.
Lisboa inteira passeia na vasta alegria do sol. Os homens trazem os seus embrulhos, as mulheres levam os seus filhos pela mão. As meninas, vestidas de novo, em grande toilette, frescas como lilases, com os seus narizinhos rosados pelo nordeste, dirigem-se ao baile infantil, organizado no salão de um teatro por uma associação de senhoras, em favor de um estabelecimento de beneficência.
O piano, em alegres esfuziadas, chama à quadrilha as jovens damas de quatro anos e os pequenos cavalheiros seus pares. A árvore de Natal braceja as dádivas encantadoras sobre o grande baile em miniatura…
Ide, queridos amiguinhos, ide divertir-vos! Aquele que vos fala já foi em tempo — há bom tempo! — aquilo que vós hoje sois, e teve também a sua festa inteiramente desanuviada, absolutamente feliz como a vossa. A única diferença é que, nessa remota idade e no obscuro canto da província em que ele nasceu, a árvore do Natal era ainda uma instituição desconhecida. Era uma terra bárbara aquela em que este pai-avô veio à luz e que tantas vezes ele percorreu, já periclitante na imperial de trémulas e arrastadas diligências, já a cavalo debaixo de um amplo capote de cabeções, já a pé, só, com um bordão!
Ele conhecia-a nesse tempo como o seu próprio quarto, a essa terra; tinha de cor o número das covas no macadame das estradas, os buracos dos velhos muros por onde rompiam os musgos e as madressilvas, os brancos campanários das igrejas situadas no fundo dos vales, entre as nogueiras e os carvalhos, ao cabo dos longos tapetes formados pela superfície variegada dos campos de trevo.
Sabia em que casais se bebia o melhor leite nas manhãs de Verão, e em que rios se pescavam à linha os salmões mais saborosos e as mais volumosas trutas. Constava-lhe cada manhã em que outeiros cobertos de urze, de cardos, de ásperas moitas de tojo e de espessos fetos tinha ficado de véspera a revoada das perdizes. Conhecia os diferentes vinhos selvagens, que se vendiam na sombria frescura interior das tabernas recolhidas nos cotovelos das brancas estradas cobertas de sol, nos recostas das empinadas ladeiras tortuosas, e nas desembocaduras das longas pontes de madeira de pinho.
Sabia os nomes dos abades. E ainda agora, depois de uma ausência de bastantes anos, pensando nisso e fechando os olhos, torna em espírito a ver as viçosas várzeas, as frescas matas das terras fundas, sonoras dos murmúrios da água corrente na rega ou caindo nas levadas e nas azenhas; a forte vegetação dos milhos e dos castanheiros; e, acompanhados de um pequeno pastor imundo, a cavalo numa velha égua lãzuda, alguns poucos bois magros de trabalho e de fadiga atravessando lentamente o ribeiro, mugindo com saudosa melancolia, ou abeberando-se inclinados e humildes na frescura da corrente.
Depois, nos terrenos altos, os pinhais, as encruzilhadas das estradas com os seus cruzeiros de granito, as caixas das esmolas para as almas, o tosco nicho na forma de um armário de cozinha, talhado em arco, tendo em frente a sua lanterna enfumada, encanastrada num a rede de ferro e chumbada ao alto do nicho por um gancho; e, disseminados pelos caminhos recurvos e acidentados, os pequenos eirados seguros em esteios de pedra com os parapeitos pintados de vermelhão; os alpendres dos ferradores, onde os pardais debicam nos beirais do telhado; as choças cobertas de colmo, eternamente envoltas em fumo, ao pé das eiras em que se erguem as medas O objeto do culto, da admiração, do entusiasmo, do enlevo dos pequenos do meu tempo era o velho presépio, tão ingénuo, tão profundamente infantil, tão cheio de coisas risonhas, pitorescas, festivas, inesperadas.
Era uma grande montanha de musgo, salpicada de fontes, de cascatas, de pequenos lagos, serpenteada de estradas em ziguezagues e de ribeiros atravessados de pontes rústicas.
Em baixo, num pequeno tabernáculo, cercado de luzes, estava o divino bambino, louro, papudinho, rosado como um morango, sorrindo nas palhas do seu rústico berço, ao bafo quente da benigna natureza representada pela vaca trabalhadora e pacífica e pela mulinha de olhar suave e terno. A Santa Família contemplava em êxtase de amor o delicioso recém-nascido, enquanto os pastores, de joelhos, lhe ofereciam os seus presentes, as frutas, os frângões, o mel, os queijos frescos.
A grande estrela de papel dourado, suspensa do teto por um retrós invisível, guiava os três magos, que vinham a cavalo descendo a encosta com as suas púrpuras nos ombros e as suas coroas na cabeça. Melchior trazia o ouro, Baltasar a mirra, e Gaspar vinha muito bem com o seu incenso dentro de um grande perfumador de família, dos de queimar pelas casas a alfazema com açúcar ou as cascas secas das maçãs camoesas.
Atrás deles seguia a cristandade em peso, que se afigurava descendo do mais alto do monte em direção ao tabernáculo. Nessa imensa romagem do mais encantador anacronismo, que variedade de efeitos e de contrastes! Que contentamento! Que alegria! Que paz de alma! Que inocência! Que bondade!
Tudo bailava em chulas populares, em velhas danças mouriscas, em bailados à la moda ou à meia volta, em ingénuas gaivotas, em finos minuetes de anquinhas e de bico de pé afiambrado.
Tudo ria, tudo cantava nesses deliciosos magotes de festivais romeiros de todas as idades, de todas as profissões, de todos os países, de todos os tempos! Os cegos tocando as suas sanfonas; os pretos pulando uma sarabanda; os galegos com o peru, com o vitelo ou com o bacorinho às costas; o águadeiro com o a sua gaite-de-fole dançando a munem; a saloia de carapuça de bico e de saiote encarnado, trazendo o cesto com ovos; o saloio eu barril novo; o ceifeiro com a sua fouce e o seu feixe de trigo; o lenheiro carregando o cepo sagrado para a fogueira da Missa do Galo; o pequeno saboiano com a sua marmota; o tocador de realejo dando à manivela do seu instrumento; o pastor com um borrego ou um chibo debaixo do braço; o passarinheiro com as suas esparrelas e o seu alçapão com um melro dentro; a manola com o seu leque e a sua mantilha sevilhana traçada na cinta; o maioral tocando a guitarra sentado no garrido albardão da sua mula; os gitanos entoando a seguidilha; numerosos rebanhos, de perus, de patos, de anhos, de porcos e de cabritos; e muitas personagens, de variegados trajos exóticos, tangendo pandeiros, adufes e castanhetas, como nos autos pastoris, nos colóquios e nos vilancicos, antigamente representados diante das lapinhas nas catedrais da Idade Média.
Alguns — os mais ricos presépios — tinham corda interior fazendo piar passarinhos que voavam de um lado para o outro, mexiam as asas e davam bicadas nas fontes de vidros, em que caía uma água também de vidro, fingida com um cilindro que andava à roda por efeito de misterioso maquinismo. Todas essas figuras do antigo presépio da minha infância tinham uma ingénua alegria primitiva, patriarcal, como devia ser a de David dançando na presença de Saul. Dessas boas caras de páscoas, algumas modeladas por inspirados artistas obscuros, cuja tradição se perdeu, exalava -se um júbilo comunicativo como de uma grande aleluia.
Um outro menino — não o do tabernáculo, que esse estava seguro ao berço com um parafuso —, um menino maior, sobre uma toalha bordada, era trazido em roda e recebia sobre os seus diminutos pés polpudos, saudáveis, rubenescos, a enfiada de beijos de todas as pequenas bocas inocentes, vermelhas, afiladas em bico, gulosas dos refeguinhos daquele pequenino Deus tão louro, tão manso, tão lindo! Depois celebrava-se a ceia, o mais solene banquete da família minhota.
Tinham vindo os filhos, as noras, os genros, os netos. Acrescentava-se a mesa.
Punha-se a toalha grande, os talheres de cerimónia, os copos de pé, as velhas garrafas douradas. Acendiam mil luzes nos castiçais de prata. As criadas, de roupinhas novas, iam e vinham ativamente com as rimas de pratos, contando os talheres, partindo o pão, colocando a fruta, desrolhando as garrafas.
Os que tinham chegado de longe nessa mesma noite davam abraços, recebiam beijos, pediam novidades, contavam histórias, acidentes da viagem; os caminhos estavam uns barrocais medonhos; e falavam da saraivada, da neve, do frio da noite, esfregando as mãos de satisfação por se acharem enxutos, agasalhados, confortados, quentes, na expectativa de uma boa ceia, sentados no velho canapé da família.
E o nordeste assobiava pelas fisgas das janelas; ouvia-se ao longe bramir o mar ou zoar a carvalheira, enquanto da cozinha, onde ardia no lar a grande fogueira, chegava num respiro tépido o aroma do vinho quente fervido com mel, com passas de Alicante e com canela. Finalmente o bacalhau guisado, como a brandade da Provença, dava a última fervura, as frituras de abóbora-menina, as rabanadas, as orelhas-deabade tinham saído da frigideira e acabavam de ser empilhadas em pirâmide nas travessas grandes.
Uma voz dizia:
— Para a mesa! Para a mesa!
Havia o arrastar das cadeiras, o tinir dos copos e dos talheres, o desdobrar dos guardanapos, o fumegar da terrina. Tomava-se o caldo, bebia-se o primeiro copo de vinho, estava-se ombro com ombro, os pés dos de um lado tocavam nos pés do que estavam em frente. Bom aconchego! Belo agasalho!
As fisionomias tomavam uma expressão de contentamento, de plenitude.
Que diabo! Exigir mais seria pedir muito. Tudo o que há de mais profundo no coração do homem, o amor, a religião, a pátria, a família, estava tudo aí reunido numa doce paz, não opulenta, mas risonhamente remediada e satisfeita. Não é tudo?
Não é. O primeiro dos convivas que tinha o sentimento dessa imperfeição era a velhinha sentada ao centro da mesa. Ela, que para nós representava apenas a avó, tinha sido também a filha, tinha sido a irmã, tinha sido a esposa, tinha sido a mãe … No seu pobre coração, quantos lutos sobrepostos, quantas saudades acumuladas! Por isso, enquanto os outros riam e conversavam alegremente, a mão dela emagrecida e enrugada tremia de comoção ao tocar no copo, e dos seus olhos cansados despegavam-se silenciosamente duas lágrimas, que ela embebia no guardanapo enquanto a sua boca procurava sorrir e titubear palavras de resignação, de conforto, de felicidade.
Essas lágrimas eram como a evocação do espírito dos ausentes e do espírito dos mortos para aquele banquete. A festa era então interrompida por silêncios graves, pensativos, durante os quais cada um se recolhia em si mesmo e olhava um pouco ao passado e um pouco ao futuro. Dos que se tinham sentado àquela mesa, em idêntica noite, quantos tinham partido para não voltarem mais! Quantas lacunas dentro dos últimos anos!
Dentro de alguns anos mais, quantas outras! Se havia, como quase sempre sucede, um filho, um neto, um irmão ausente, era em volta da recordação dele que se agrupavam e fixavam esses vagos cuidados dispersos. A mágoa do passado, a incerteza do futuro, acabava por aparecer a cada um sob a figura aventurosa do viajante intrépido ou do trabalhador vigoroso que celebrava aquela noite num país longínquo ou nas águas do mar.
E esse amado ausente era o conviva que cada um sentia mais perto, a essa mesa, junto do seu coração.
Só nós, as crianças, é que gozávamos nesta festa uma alegria imperturbável e perfeita, porque não tínhamos a compreensão amarga da saudade nem as preocupações incertas do futuro. Para nós tudo na vida tinha o carácter imutável e eterno. O destino aparecia-nos ridentemente fixado, como no musgo as alegres figuras do presépio. Supúnhamos que seriam eternamente lisas as faces da nossa mãe, eternamente negro o bigode do nosso pai, eternamente resignada e compadecida a decrépita figura da nossa avó, toucada nas suas rendas pretas, no fundo da grande poltrona.
Não tínhamos compreendido ainda todo o sentido do Natal. Não nos tinham explicado suficientemente que o louro Menino Jesus que nos sorria no seu bercinho, tão descuidado, tão alegre, no meio do esplendor dos círios e do perfume das violetas, era o mesmo Deus descarnado e lívido, coroado de espinhos, alanceado no coração, pregado na cruz e exposto no altar.
Repugnar-nos-ia acreditar, se então no-lo dissessem, que o tenro e suave bambino do presépio, cercado de amores, de cânticos, de festas, de dádivas, de bonitos, cheio de carícias e de beijos, teria um dia de ser um mártir, um herói, um Deus, mas que para isso haveriam de o perseguir como um rebelde, de o torturar como um criminoso, de o justiçar como um bandido, que ele teria de ser esbofeteado, azorragado, traído, que receberia o beijo de Judas, que seria preso entre os seus discípulos no Jardim das Oliveiras, que mandaria embainhar a espada de Pedro para beber o cálice da amargura, que seria levado de Caifás para Pilatos, que seria condenado, que lhe poriam a coroa de espinhos, que o fariam subir o Calvário sob o peso da cruz, que finalmente o crucificariam entre os dois ladrões aos olhos da sua própria mãe.
Não, a vida não é uma festa permanente e imóvel, é uma evolução constante e rude. O Natal é a festa das lágrimas para todos aqueles para quem ele não é a festa da inexperiência. E, todavia, pensavam alguns que era útil não deixar de a celebrar. Que importa que o número ou que o nome dos convivas varie em cada ano? Que importa que alguns amados velhos faltem ao banquete? Que importa que nós mesmos faltemos para o ano que vem na festa dos mais novos?
Esta noite de alegria para as crianças será sempre de alguma saudade para os adultos. Assim teremos a esperança terna de sobreviver, por algum tempo, na lembrança dos que amamos — uma boa vez ao menos, de ano a ano.
Crónica Jornalística – 1882 de Ramalho Ortigão
No fim-de-semana que antecede o Natal, o ambiente familiar volta a estar em destaque em Vila Nova de Cerveira, com três serões natalícios divertidos (21h30) no Palco das Artes. De entrada livre (sujeito à lotação do espaço), a Câmara Municipal oferece um momento cinematográfico infantojuvenil, e dois concertos com as sonoridades que marcam esta quadra festiva mágica.
Para esta sexta-feira, 20 de dezembro, o Palco das Artes acolhe a exibição do filme da Walt Disney Company ‘Vaiana 2’, para maiores de 6 anos. Depois de receber uma chamada inesperada dos seus antepassados, Vaiana viaja ao lado de Maui e de uma nova tripulação para os mares longínquos da Oceânia e para as águas perigosas e há muito perdidas, numa aventura diferente de tudo o que alguma vez enfrentou.
Sábado, 21 de dezembro, sobem ao palco 300 músicos da Academia de Música Fernandes Fão para o Concerto ‘AMFF Canta o Natal’. Um momento realizado por professores e alunos daquela escola de música e que vai contar com coro, orquestra sinfónica e banda base.
No domingo, 22 de dezembro, ‘Christmas in The Village’ (22 dezembro) é o concerto que reúne vários artistas, entre os quais solistas como Rafael Magalhães (finalista do The Voice 2023), Sofia Machado, Maria Gil (Vencedora do The Voice Kids 2022), Carolina Ceia, Matilde Batista e Maria Teresa Moniz. Será um espetáculo com 14 músicas internacionais e facilmente reconhecíveis para o público presente com exceção de um ou dois temas mais alternativos de Natal de compositores americanos tais como Sufjan Stevens e Coldplay.
Três eventos no Palco das Artes, com início às 21h30, de entrada livre, sujeitos à lotação do espaço.
A funcionar até 12 de janeiro, no Jardim Chagny, continua a magnífica Pista ade Gelo para umas aventuras em família. De 2ª a 5ª feira: 14h00-20h00; 6ª feira: 14h00-22h00; sábado: 10h00-23h00; e domingo: 10h00-22h00.
Natal de Cerveira 2024: Muito para além do seu imaginário!
𝐍𝐚𝐭𝐚𝐥 𝐑𝐮𝐧 𝐒𝐨𝐥𝐢𝐝𝐚𝐫𝐢𝐨: 22 𝐝𝐞 𝐝𝐞𝐳𝐞𝐦𝐛𝐫𝐨 à𝐬 10𝐡 𝐧𝐨 𝐂𝐚𝐦𝐩𝐨 𝐝𝐨 𝐓𝐫𝐚𝐬𝐥𝐚𝐝á𝐫𝐢𝐨
O Município de Arcos de Valdevez volta a realizar mais uma edição do “Natal Run Solidário” em colaboração com as associações do concelho, no dia 22 dezembro, às 10h00, no Campo do Trasladário.
Este evento consiste num circuito de corrida ou caminhada pelo centro histórico da sede do concelho.
A realização do Natal Run Solidário tem como objetivo a recolha de alimentos para ajudar as famílias mais carenciadas. Os alimentos recolhidos serão entregues à Cáritas - Delegação de Arcos de Valdevez.
O Natal Run compreende os seguintes circuitos:
As inscrições poderão ser realizadas on-line até ao dia 21 de dezembro, através do link: https://www.cmav.pt/p/natalrun, ou presencialmente, no dia da Prova, no Campo do Trasladário, até 60 minutos antes do início da mesma.
𝐈𝐧𝐬𝐜𝐫𝐞𝐯𝐚-𝐬𝐞!
𝐀𝐣𝐮𝐝𝐞 𝐚 𝐀𝐣𝐮𝐝𝐚𝐫!
É tempo de Natal. Exibe-se um pinheiro,
Com lâmpadas de cor, sobre o balcão.
Tem, também, pendurados, a isca do dinheiro
E flocos finos de algodão.
Nas férias, foge a freguesia
Do final das manhãs,
Com os seus kispos disformes, de inflada fantasia,
E o conforto das lãs.
Bebem-se mais bebidas quentes.
O chão, mais húmido, incomoda.
E há apelos insistentes
Do cauteleiro que anda à roda.
Os embrulhos, nas mesas, nos regaços,
Com vistosos papéis,
Florescem de acetinados laços,
Lembram o oiro, o incenso, a mirra, em mãos de reis.
Muitos adultos. Pouca criançada.
Muito cansaço. Pouca animação.
A vida (a cruz!) tão cara, tão pesada!
E dão-se as boas-festas sem se sentir que o são.
Consigo mesa junto à vidraça.
E é em mim que procuro, ou é lá fora,
A estrela que não luz, o pastor que não passa,
O anjo que não vem anunciar a hora?"
António Manuel Couto Viana, in Café de Subúrbio, 1991
Carta de emprazamento em três vidas feito pela abadessa do Mosteiro de Arouca, D. Leonor Vasques do Avelal, a Leonor Rodrigues, freira do mosteiro, de todas as herdades que sua tia, Guiomar Mendes, possuía entre Douro e Minho, pelo foro anual de uma galinha paga em dia de Natal
Fonte: ANTT