«O Museu de arte sacra dos Terceiros de Ponte de Lima (Diocese de Viana do Castelo) é uma das instituições limianas que pode ser visitada nas ‘Feiras Novas’, em honra de Nossa Senhora das Dores, que começam hoje.
“O museu tem essencialmente arte sacra, que aqui em Ponte Lima se destaca por muitas imagens, muitas pinturas, muitos óleos, sobretudo situados nos séculos XVI, XVII e XVIII”, disse o presidente do Instituto Limiano – Museu dos Terceiros, à Agência ECCLESIA.
O Museu dos Terceiros de Ponte de Lima está instalado no antigo Convento de Santo António dos Capuchos e no edifício da Ordem Terceira de São Francisco, com duas igrejas que “unem séculos de história”, respetivamente de 1480 e de 1745, os claustros e os jardins.
“Tudo o que diz respeito à arte sacra, incluindo as próprias estruturas das igrejas, é, naturalmente, uma parte deste Museu dos Terceiros”, acrescentou João Maria Carvalho.
O presidente do Instituto Limiano destaca que a arqueologia no concelho de Ponte de Lima (Diocese de Viana do Castelo) “é uma atividade muito prolífera, que tem bons resultados”, e uma das valências deste instituto, por isso, o Museu dos Terceiros “acolhe muitas peças de arqueologia”.
Ponte de Lima está em festa, de 4 a 9 de setembro, com as suas ‘Feiras Novas’ em honra de Nossa Senhora das Dores, que integram o Inventário Nacional do Património Cultural Imaterial.
O presidente do Instituto Limiano salienta que a arte e a fotografia são outras valências, e, no museu, promovem e acolhem exposições, por exemplo, sobre “as procissões em Ponte de Lima, quer do Corpo de Deus, quer da Senhora das Dores”.
“São exposições que dão vida a Ponte de Lima, que recordam tudo aquilo que foi a sequência das atividades religiosas e, só através desta valência, que é a valência da arte, é que se consegue dar vida a toda essa arte cultural”, desenvolveu João Maria Carvalho.
O Museu dos Terceiros tem também um serviço educativo, “em virtude do protocolo estabelecido entre o Instituto Limiano e o Município de Ponte de Lima”, que pretende “atrair as crianças, as escolas e fazer com que sintam por dentro e com as próprias mãos o que é Arte Sacra e tudo aquilo que é arte”.»
AS COLEÇÕES DO MUSEU ETNOGRÁFICO DA MADEIRA | INSTRUMENTOS MUSICAIS | O BRINQUINHO
O brinquinho ou “bailhinho”, designações populares utilizadas na Madeira, é um dos instrumentos musicais tradicionais madeirenses mais divulgados, sendo a cana vieira uma das matérias-primas utilizadas na sua construção.
É um idiofone misto de concussão direta, composto por um conjunto de bonecos em pano (usualmente sete figuras, masculinas e femininas), trajando indumentária tradicional, portadores de castanholas nas costas e fitilhos, dispostos na extremidade de uma cana de roca, em duas ou mais séries circulares, de diâmetro desigual e encimado por uma destas figuras. É ornamentado, ainda, com tampas de garrafas (caricas), que também funcionam como castanholas.
Era costume, nos arraiais, para entretenimento, o povo formar rodas, tocando, cantando e dançando – os chamados brincos - termo que estará, provavelmente, relacionado com a designação deste instrumento.
Este instrumento possui um arame, o qual entra na cana, e o tocador segura no cabo imprimindo movimentos verticais, que fazem tocar as castanholas. É utilizado usualmente para marcar compasso. Sendo o seu uso mais comum entre os grupos de folclores da Região, também aparece isolado pelas mãos do povo, nos arraiais tradicionais.
Embora a sua origem seja incerta, segundo alguns autores este instrumento terá sido trazido para o arquipélago pelos primeiros colonizadores, estando a sua origem provavelmente relacionada com um instrumento que era utilizado nas Regiões do Minho e do Douro: a charola ou cana de bonecos.
BIBLIOGRAFIA
CAMACHO, Rui, TORRES, Jorge; Catálogo “Instrumentos musicais da tradição popular madeirense”, Centro de Documentação Musical Xarabanda, 2006.
Catálogo da “1ª Mostra instrumentos musicais populares: recolha, restauro, construção”, Direção Regional dos Assuntos Culturais, Câmara Municipal do Funchal, 1982.
A “Piróga Monoxila” cuja cronologia aponta para o período entre a segunda metade do século X e a primeira metade do século XI, classificada como Tesouro Nacional, já chegou ao Museu Municipal de Caminha
Para que isso fosse possível, a Câmara Municipal de Caminha desenvolveu um longo processo, nunca desistiu, e aprovou um contrato com o Património Cultural, Instituto Público, que prevê a cedência temporária de bens culturais móveis, neste caso a “Piroga Monóxila”
Está a ser preparada para poder ser exposta ao público. Em breve teremos novidades.
João Alpuim Botelho nasceu em 1967, em Viana do Castelo. Licenciado em História (FLL, 1989), possui o Mestrado em Museologia, tendo defendido uma tese sobre “Panorama Museológico do Alto Minho” (U.N.L., 2007).
Desde 1991, trabalha na Câmara Municipal de Viana do Castelo e, desde 1999, foi responsável pelo Museu do Traje, criado em 1997, com a gestão e direção da instalação e processo de adesão à Rede Portuguesa de Museus concluído em 2004.
No âmbito da sua atividade no Museu do Traje realizou cerca de 20 exposições de temática etnográfica, ligada à investigação e pesquisa da vida rural tradicional e da identidade alto minhota.
Publicou, entre catálogos e artigos, cerca de 50 trabalhos sobre a mesma temática. Destes trabalhos relevo a edição de Uma Imagem da Nação, O Traje à Vianesa, com Benjamim Pereira e António Medeiros (ed CMVC, 2009)
Ainda no âmbito dos Museus desenvolvi um conjunto de Núcleos Museológicos situados nas freguesias do Concelho de Viana do Castelo, que dispõe de cinco em funcionamento (Moinhos de Vento de Montedor, em Carreço; Moinhos de Água, em S.L. Montaria; do Pão, em Outeiro; do Sargaço, em Castelo de Neiva; das actividades Agro-Marítimas, em Carreço) estando esta rede em permanente alargamento.
Desde Julho de 2009 sou Chefe de Divisão de Museus da Câmara Municipal de Viana do Castelo, tendo a meu cargo dois Museus que integram a Rede Portuguesa de Museus: o Museu de Arte e Arqueologia e o Museu do Traje
Iniciou a sua vida profissional no Centro Nacional de Cultura com Helena Vaz da Silva, no Dep de Divulgação Patrimonial em 1990/91. Entre 1995 e 2002 deu aulas no Curso de Turismo da Escola Superior de Tecnologia e Gestão do IPVC de História de Artes e Ofícios Tradicionais, Animação Cultural e Património e Museologia.
Entre 2002 e 2005, foi Diretor Executivo da Culturporto – associação de produção cultural privada, financiada pela Câmara Municipal do Porto, responsável pela gestão do Teatro Rivoli e pela Animação da Cidade. Durante este período, e para além da atividade normal do teatro Rivoli, organiza o projeto Bairros - projeto de criação artística com crianças de bairros desfavorecidos, a Festa na Baixa, conjunto de atividades de animação e divulgação do património da Baixa do Porto, o Capicua 2002, Ciclo de programação comissariado por Eduardo Prado Coelho, o Pontapé de Saída, ciclo de programação de encontro entre as artes e o futebol, no âmbito do Euro 2004, Colóquio Encenação do Passado, com Marc Augé, Vítor Oliveira Jorge, Jorge Freitas Branco, Nuno Carinhas, Abertura da Livraria do Rivoli, primeira livraria do Porto dedicada às Artes de Palco, Fundação da Sem Rede, Rede de Programação de Novo Circo, para a divulgação da disciplina de novo circo, integrada por 13 espaços culturais.
Integrou o Grupo de Trabalho para a Animação da Cidade durante o Euro 2004, criado pela Câmara Municipal do Porto para a coordenação da animação da cidade durante o Campeonato Europeu de Futebol e também a Comissão Executiva da exposição Homenagem a Fernando Galhano: 1904 -1994, na Biblioteca Almeida Garrett, em Novembro de 2004.
Realizou a Exposição Sala do Oriente de José Rodrigues Proposta para uma viagem, no Convento de S. Paio, Vila Nova de Cerveira, em Dezembro de 2006.
Atualmente é o responsável pelo Museu Bordalo Pinheiro, um dos museus municipais de Lisboa.
O diretor do Museu Bordalo Pinheiro, em Lisboa, o vianense Joao Alpuim Botelho, recebeu das mãos de Gilda Santos, diretora do Centro de Estudos do Real Gabinete Português de Leitura, do Rio de Janeiro, este recém publicado livro que conta a longa história daquela importante instituição brasileira.
No livro, editado pelo Instituto Cultural J. Safra , surgem várias alusões à obra de Rafael Bordalo Pinheiro, que viveu no Rio de Janeiro entre 1875 e 1879. Mas há uma, em particular, que atesta que o primeiro desenho conhecido do famoso edifício do Real Gabinete, que Bordalo chegou a visitar, foi feito pelo nosso artista.
O Real Gabinete Português de Leitura foi fundado a 14 de maio de 1837 para promover a ligação cultural entre Portugal e o Brasil e, em 1887, foi instalado num belíssimo edifício neo-manuelino que alberga uma das mais maravilhosas bibliotecas do Mundo, que o próprio Rafael Bordalo Pinheiro visitou.
Recordamos que em 2023, o Museu Bordalo Pinheiro também recebeu a Medalha de Mérito do Real Gabinete, entregue também em mãos por Gilda Santos.
Façamos votos para que esta ligação entre Bordalo (e o seu museu) e o Real Gabinete Português de Leitura do Rio de Janeiro se mantenha viva durante muitos mais anos.
O livro "Real Gabinete Português de Leitura" já pode ser consultado na Biblioteca do Museu Bordalo Pinheiro.
‘Inquietação e celebração - De Abril a Abril. 50 Anos de criação e liberdade’, para ver a partir de 8 de agosto
O Museu Municipal de Caminha acolhe, a partir da próxima quinta-feira, dia 8 de agosto e até 22 setembro, a exposição “Inquietação, Celebração – de Abril a Abril. 50 anos de criação e liberdade”, com obras de Sá Coutinho e Manuel Porfírio. A organização é da responsabilidade dos dois artistas e conta com o apoio da Câmara Municipal de Caminha. Sobre a exposição, o Presidente da Câmara refere: “esta mostra vai escrever seguramente uma página notável da história do nosso Museu Municipal”.
Trata-se de uma exposição de artes visuais, em que se reúnem “dois criadores visuais que cruzam mais de cinquenta anos de biografia artística na sua estória biográfica pessoal. Apresenta-se uma proposta expositiva que promova um olhar crítico (fenomenológico) sobre práticas estéticas de autor datadas, dos anos 70 do Séc. XX e dos anos 2000 do Séc. XXI. Não se trata de uma abordagem retrospetiva (exaustiva e sistemática), nem uma narrativa historicista da obra dos autores, mas, outro sim, a apresentação do trabalho de criação a partir da escolha de obras consideradas emblemáticas realizadas em torno de projetos estéticos singulares das suas produções artísticas”.
Sobre a exposição, o Presidente da Câmara Municipal, Rui Lages, refere: “o nosso Museu Municipal tem a honra de apresentar mais uma exposição que nos prestigia, que valoriza o nosso concelho e enriquece as Artes Visuais e a Cultura. Manuel Porfírio e Sá Coutinho têm a arte em comum, são donos de trajetos de vida muito ricos, ao longo dos quais experimentaram e interpretaram vários mundos, construindo retratos e memórias que guardaram nas suas obras, sob as mais diversas formas, e que somos agora convidados a descobrir nos núcleos desta exposição”.
Diz ainda Rui Lages: “vamos fazer este verão, em Caminha, uma viagem inspiradora pelo mundo das artes, através de ‘Inquietação e celebração - De Abril a Abril. 50 Anos de criação e liberdade’. E a viagem promete ser longa e ambiciosa - meio século de vidas, obras dos anos 70 do século XX e dos anos 2000 do século XXI.
Muito para admirar, muito para descobrir no espaço do Museu Municipal de Caminha, que nesta mostra é pequeno, porque a criatividade não cabe nas paredes do velho edifício, que permanece imponente no Centro Histórico Medieval da Vila, provavelmente desde o século XVII ou XVIII. Uma casa que já foi Tribunal, que já foi Cadeia da Comarca de Caminha - mas a inquietação e a celebração derrubam paredes e saem para a rua.
Manuel Porfírio e Sá Coutinho partilham connosco meio século de vivências, criações diversas. É um privilégio receber dois artistas tão consagrados e acolher uma seleção das suas obras”.
O Museu Marítimo de Esposende assinala o seu 12º aniversário com a realização da Exposição de pintura “Crónicas da Ribeira”, da autoria do Prof. António Ribeiro, com textos e desenhos de Belemino Ribeiro.
A sessão de abertura da exposição será nesta sexta-feira, dia 19 de julho, pelas 18h, no Auditório do Museu Marítimo de Esposende. A exposição estará patente ao público em geral até dia 29 de setembro, data do encerramento da atividade.
Um sábado dedicado à interpretação de histórias ligadas à natureza e um domingo com visitas e entradas gratuitas. O 19º aniversário do Aquamuseu do Rio Minho é celebrado, nos dias 13 e 14 de julho, num ambiente familiar que concilia aprendizagem com diversão. Atividades são gratuitas.
No primeiro dia, a programação divide-se entre manhã, tarde e noite. Assim, para assinalar a efeméride in loco, a tradicional Hora do Conto passa da Biblioteca Municipal para as instalações do Aquamuseu. Ali, às 11h00, “Hóspedes Inesperados”, conto inédito, com produção e execução de Carla Gomes, Esperanza Vasquez e Alma Giráldez. Contado em português e galego, e com música a complementar, a proposta é celebrar a magia do Rio Minho, realçando que nas suas águas correntes há criaturas tão misteriosas e cheias de encanto que são capazes de grandes feitos!
Da parte da tarde, 15h00, o Aquamuseu convida as famílias a assistir ao espetáculo “Tudo era Verde”, da Central de Teatro, com encenação de Tiago Ferreira, e interpretação de Leandro Covinha e Tiago Ferreira. Trata-se de uma história de infância, adolescência e adulto de uma criança, uma árvore e um fiel amigo, o lobo. De acordo com a sinopse, “sobre campos que se perdem com o verde na natureza, os três amigos vivem emoções e partilham as suas brincadeiras e sentimentos. A natureza ao longo da história dá lugar ao cinza e a vida dos três amigos seguem caminhos diferentes. O cinza domina até que um ‘botão’ verde de esperança aparece”.
À noite, decorre a tão participada atividade “Dormir com os Peixes”. Crianças dos 7 aos 13 anos são desafiadas a ficar no Aquamuseu até ao dia seguinte, vivenciando uma experiência lúdico-pedagógica única, culminando com a pernoita num espaço totalmente diferente do habitual!
Para domingo está prevista, às 10h30, uma visita guiada encenada gratuita, em que um colaborador vestido a rigor e munido de diversos artefactos associados à pesca antiga vai dar a conhecer os vários espaços do Aquamuseu. Durante o período da tarde (14h00 às 18h00), as entradas no Aquamuseu são gratuitas para todas as pessoas.
Todas as atividades são de participação livre, com exceção da atividade “Dormir com os peixes”, limitada a 20 participantes, e cuja inscrição é obrigatória, através de telefone 251 708 026 ou por email para aquamuseu@cm-vncerveira.pt
Foi Inaugurada no dia 26 de junho, no Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna, a Exposição Arte Têxtil intitulada “Memórias de Infância”, da autoria de Maria Luísa Manso, que contou com a presença da Vereadora da Cultura, Ana Genoveva Araújo, que fez a abertura elogiando a autora pelo belíssimo trabalho e agradecendo por ter escolhido o nosso belo território para expor, enriquecendo o nosso programa cultural.
A Exposição estará patente ao público, no Museu Etnográfico de Vilarinho da Furna até 31 de agosto, com o horário de abertura de terça a domingo, das 09h30 às 12h30 e das 13h30 às 16h30.
Nota biográfica da artista:
Maria Luísa. Manso nasceu no Porto. Terminou a sua formação em ballet clássico em 1980 e estilismo em 1981. Depois, tirou o curso de Design em Moda no CITEX, e é licenciada em Belas Artes pela Escola Superior de Artes do Porto.
Manso tem participado em várias exposições coletivas e workshops artísticos.
Em 2015 marcou presença na Bienal de Cerveira, com o projeto 100% D'Arga., ligado à recuperação da tecelagem tradicional.
Câmara de Caminha faz contrato com o Património Cultural IP para de cedência de bens culturais móveis
Uma “Piroga Monóxila” cuja cronologia aponta para o período entre a segunda metade do séc. X e a primeira metade do séc. XI, classificada como Tesouro Nacional, vai ser exposta, em data ainda a definir, no Museu Municipal de Caminha. Para que isso fosse possível, a Câmara aprovou um contrato com o Património Cultural, Instituto Público, que prevê a cedência temporária de bens culturais móveis, neste caso a “Piroga Monóxila”.
A Piroga em causa foi classificada, conjuntamente com mais cinco pirogas, como de interesse nacional, com a designação de “Tesouro Nacional”. Para poder ser exposta em Caminha foram estabelecidos vários requisitos, designadamente quanto à sala de exposição e medidas de segurança. Há condições ambientais, de humidade relativa, temperatura e iluminação, assim como a ausência de vibração e de poluentes atmosféricos que terão de ser cumpridos.
Trata-se, de facto, do regresso do exemplar, após várias peripécias e um longo processo. Conforme se explica na proposta de contrato, aprovada em reunião do Executivo, a piroga n. 1 do Rio Lima foi exumada do leito do rio a 2 de março de 1985 e transportada para Viana do Castelo, ficando guardada num armazém pertencente à capitania local, onde passou despercebida. Foi então que o interesse e esforço de Raúl de Sousa, à época funcionário da Câmara Municipal de Caminha e pertencente ao grupo organizador do Museu Municipal de Caminha (MMC), tomou conhecimento da mesma, adquiriu-a, e providenciou a sua transferência para o local do futuro Museu Municipal de Caminha.
Conta o responsável atual pelo Museu, Sérgio Cadilha, que devido às deficientes condições preventivas do depósito, a piroga foi transferida, inicialmente para o Museu Monográfico de Conímbriga, e depois para as instalações do Centro Nacional de Arqueologia Náutica e Subaquática, em Lisboa, onde iniciou o processo de consolidação com vista à secagem e estabilização em ambiente seco. O tratamento da Lima 1 foi terminado no laboratório do Museu Nacional de Arqueologia Subaquática (ARQUA), em Cartagena, Espanha.
O Município de Caminha acabou por lhe perder o rasto e, durante muito tempo, pensou-se que a mesma nunca mais viria para Caminha. Entretanto foi classificada, como referimos, como "Tesouro Nacional" e paralelamente, a Câmara desenvolveu vários esforços para que a peça pudesse regressar a Caminha, o que agora, através do contrato, se torna possível.
O Presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, Augusto Marinho, visitou recentemente a empreitada concluída de renovação e valorização do Museu do Quartzo, localizado junto ao Santuário de Nossa Senhora da Paz, em Barral, Vila Chã de S. João. Esta intervenção representou um investimento significativo da autarquia, totalizando cerca de 300.000 euros. O projeto envolveu a renovação do museu e a requalificação da área envolvente, incluindo o Parque de Merendas.
Este forte investimento teve como objetivo modernizar este importante foco de atração turística do concelho, que se destaca tanto no turismo religioso quanto no cultural. A renovação abrangeu espaços, equipamentos e material expositivo, criando melhores condições para peregrinos e visitantes, quer na perspetiva de culto, quer na de conhecimento e lazer.
Para o autarca de Ponte da Barca, Augusto Marinho, esta beneficiação proporciona “aos visitantes um maior usufruto deste espaço, junto a um local religioso de culto para muitos peregrinos e que representa a identidade e a história da freguesia”.
O autarca aproveitou ainda a ocasião para agradecer à Confraria de Nossa Senhora da Paz, “na pessoa do seu Presidente José Sousa, e a todos os membros e voluntários da confraria”. Agradeceu também “à D. Rosa e à sua filha pela dedicação”.
Recorde-se que é no Museu do Quartzo onde se encontra a maior coleção de cristais de quartzo do país, com centenas de exemplares que podem ser vistos tanto no interior do museu assim como no seu exterior.
É também em Ponte da Barca que existe uma das maiores pedras de quartzo cristalizada da Península Ibérica com 2 metros e 52 centímetros de comprimento, 1,25 metros de altura e três toneladas de peso e, desde maio de 1971, que serve como altar na cripta da capela dedicada à Nossa Senhora que terá aparecido naquele preciso local, 10 e 11 de maio de 1917, testemunhadas pelo pastorinho Severino Alves.
De 9 a 12 de julho, o Aquamuseu do Rio Minho volta a propor um conjunto de atividades pedagógicas para crianças dos 7 aos 13 anos. Trata-se de mais uma edição das ‘Férias de Verão, sob a temática “A vida numa poça de maré”. Participação requer inscrição.
Do terreno para o laboratório. As atividades previstas visam a recolha de seres vivos encontrados na margem do rio Minho, nomeadamente nas poças de maré que, aquando da maré baixa, deixam visíveis compartimentos biológicos. Depois, o desafio é levar os ‘achados’ para laboratório para identificação e análise. As ‘Férias de Verão’24 no Aquamuseu culminam com uma saída para observação de aves no estuário do rio Minho.
Com limite de participação de 15 crianças, a inscrição tem um custo de 15€ e deve ser formalizada em: https://aquamuseu.cm-vncerveira.pt/pages/1082. As atividades decorrem na semana de 9 a 12 de julho, entre as 14h00 e as 17h00.
Pela sua intervenção no património natural, o Aquamuseu tem procurado dinamizar diversas atividades didático-culturais, explorando temáticas que visam aumentar a sensibilidade para a conservação dos valores naturais, privilegiando a atividade experimental como metodologia para a aquisição de conhecimento.
O Museu do Bombeiro de Valença recebeu a doação de 627 miniaturas, de réplicas de camiões de bombeiros, do colecionador britânico Peter Elliot.
A cerimónia de receção do espólio decorreu no Museu do Bombeiro Manuel Valdez Sobral. No ato, esteve o doador, Peter Elliot e esposa que entregaram ao Presidente da Câmara, José Manuel Carpinteira, o espólio. A cerimónia contou, ainda, com a presença do Presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Valença, Abel Guerreiro, e do Vereador, Arlindo de Sousa.
O Presidente da Câmara, agradeceu a oferta deste espólio que vem enriquecer, ainda mais, este espaço museológico valenciano.
Peter Elliot, natural do País de Gales, dedicou uma vida à British Airforce, como bombeiro: A dedicação virou paixão e proporcionou esta coleção que, ao longo de 53 anos, reuniu 527 peças. O proprietário, no dia em que faz 74 anos, coloca esta coleção ao serviço da comunidade, no que considera ser “um dos espaços museológicos, dedicados à vida dos bombeiros, dos mais interessantes do mundo”.
Esta é a segunda grande doação que o Museu do Bombeiro de Valença recebe. A primeira ocorreu em 1994, de 4000 peças, doadas por Manuel Valdez Sobral que deu origem à criação deste espaço museológico.
O Museu do Traje acolheu o momento histórico da apresentação pública do processo de certificação do Cavaquinho.
Com a presença de convidados ilustres, como Ricardo Rio (Câmara Municipal de Braga), Graça Ramos (Portugal à mão), Teresa Costa (A. Certifica) e Miguel Bandeira (Fundação Bracara Augusta), o evento é um marco na valorização e reconhecimento deste instrumento tão querido na cultura portuguesa.
O Município de Esposende pretende avançar com a criação de um espaço museológico dedicado ao Rei D. Sebastião. O anúncio foi feito pelo Presidente da Câmara Municipal, Benjamim Pereira, nas cerimónias comemorativas do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, cujo programa incluiu o Hastear das Bandeiras, na Praça do Município, com a participação musical do Quarteto de Trombones da Banda de Música de Belinho, e a abertura da Exposição Bibliográfica e Iconográfica “500 anos sob a pena de Camões”, integrada nas comemorações municipais do V Centenário de Nascimento de Luís de Camões, na Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura.
Benjamim Pereira sublinhou a importância de assinalar o dia maior de Portugal, “um país cada vez mais inclusivo”, dedicado também ao poeta Luís Vaz de Camões, cuja obra “Os Lusíadas”, lembrou, se encontra refletida nos painéis ilustrativos de Jorge Colaço, patente nas Escolas Rodrigues Faria/Centro Cultural de Forjães. Importa, pois, vincou o autarca, exultar a coragem dos portugueses e tão grandiosos e nobres feitos atendendo à escala do país, cuja população, à época, não ia além de 1,5 milhões de pessoas.
Notando que a marca dos portugueses se encontra patente em diversos locais, em todo o mundo, Benjamim Pereira afirmou a honra e o orgulho de tão importante legado. Neste contexto, referiu que Esposende beneficia de “felizes coincidências”, desde logo o facto de a obra “Os Lusíadas” ter sido editada em 1572, precisamente o ano em que Esposende alcança a sua autonomia administrativa, por via da Carta Régia de D. Sebastião. Igualmente relevante, mais recentemente, o Achado de Belinho, resultado do naufrágio de uma embarcação quinhentista, justamente do reinado de D. Sebastião, que veio enriquecer Esposende e o seu acervo cultural.
Esta simbiose de factos justifica, para Benjamim Pereira, a criação de um espaço museológico dedicado ao jovem rei que decretou a criação do concelho de Esposende, que o possa elevar e dignificar, e honrar a história do Município. “Se há terra que tem dívida para com o rei D. Sebastião é Esposende”, afirmou o autarca, adiantando que o projeto poderá ser materializado no Forte de S. João Baptista, para onde está projetado o Centro de Divulgação Científica, focado em atividades marinhas, no âmbito do protocolo estabelecido com a Universidade do Minho.
“Não havia melhor dia para fazer este anúncio”, vincou o autarca agradecendo a todos quantos colaboraram para a exposição “500 anos sob a pena de Camões”, cuja apresentação e visita guiada, com o devido enquadramento histórico, esteve a cargo da responsável da Biblioteca Municipal, Maria Luísa Leite.
A mostra assenta em livros de finais do século XIX, XX e alguns novos, já editados este ano, no âmbito do V Centenário, como “Camões – Uma antologia”, de Frederico Lourenço, entre outros. Mas o especial destaque foram algumas edições d’ Os Lusíadas, como a de 1900, revista e prefaciada por Sousa Viterbo, ilustrada por Roque Gameiro e Manuel de Macedo e onde também se podem ver os retratos de Camões e Manuel Severim Faria (1590- 1649); a edição de 1980, comemorativa do IV centenário da morte do poeta, com ilustrações dos grandes pintores portugueses do início do século, como Columbano, Condeixa, Malhoa, João Vaz e Carlos Reis. Foi com base nestas pinturas, dos Lusíadas e da Lírica, ilustrada por Lima de Freitas, que foram elaborados os painéis, cerca de duas dezenas, que acompanham a mostra documental. Da exposição fazem parte também algumas obras da bibliografia passiva camoniana, desde autores como António Sergio, Vitor Aguiar e Silva, Bernardo Xavier Coutinho e o primeiro número da revista Oceanos, editada pela Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimento Portugueses. Presente também na exposição uma réplica de uma caravela quinhentista, construída por José Felgueiras, ilustre investigador da História Local, e que faz parte de uma exposição patente no Museu Marítimo de Esposende.
A marcar o Dia de Portugal e das Comunidades Portuguesas, Esposende assinala também, por esta via, V Centenário de Nascimento de Luís de Camões, numa estratégia que visa o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030, nomeadamente no que se refere ao seu património histórico e cultural.
No dia 8 de junho, sábado, associamo-nos à APA na comemoração do 7º aniversário do selo de certificação exclusiva Monção e Melgaço. Entre as 14h00 e as 18h00, as visitas e provas no Museu Alvarinho são gratuitas.
No dia 7 de junho de 2017, foi criado o Selo de Garantia Exclusivo para Monção e Melgaço, certificado pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes. Uma distinção que releva a singularidade e personalidade de uma sub-região com afirmação continua e persistente no universo vinícola, segmento premium.
Para celebrar o 7º aniversário desta valiosa conquista para o nosso território, a Câmara Municipal de Monção associa-se à Associação de Produtores de Alvarinho (APA) na iniciativa “Portas Abertas”, proporcionando, no dia 8 de junho, sábado, entre as 14h00 e as 18h00, visitas e provas gratuitas no Museu Alvarinho.
A Sub-Região de Monção e Melgaço, rica em gente e bela em paisagem, tem centenas de viticultores que, todos os dias, procuram desvendar e partilhar os mistérios do seu território, os mistérios da Origem do Alvarinho, quer seja com novas metodologias produtivas, quer seja com aperfeiçoamento e inovação técnica.