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Em 4 de Julho de 1966, o Sporting de Braga em Moçambique visitou a Casa do Minho de Lourenço Marques, atual Maputo.
Fonte: Mário Rui Melo Alves / Desporto – Antigos Atletas de Moçambique (Várias modalidades até 1975)
Os minhotos e amigos que fizeram parte da Casa do Minho de Lourenço Marques – atual cidade de Maputo – vão este ano reunir-se em Braga no próximo dia 1 de Maio para mais um convívio anual. Trata-se XXV Convívio que assinalou simultaneamente o 68º aniversário da fundação daquela instituição regionalista em terras moçambicanas, à época parte integrante de Portugal.
O BLOGUE DO MINHO espera em breve divulgar o local exato e o programa desta jornada de convívio de minhotos que o apêgo às origens os uniu para sempre.
Casa do Minho em Lourenço Marques (Moçambique) foi fundada há 868 anos
Os antigos territórios ultramarinos portugueses foram também o destino de muitos minhotos que decidiram ali construir as suas vidas. Rumando diretamente a partir da metrópole ou fixando-se após o cumprimento do serviço militar naquelas paragens, Angola e Moçambique vieram a tornar-se a segunda terra para muitos dos nossos conterrâneos que assim trocavam a estreita courela pela desafogada machamba ou simplesmente empregavam-se na atividade comercial das progressivas cidades de Luanda e Lourenço Marques, atual Maputo.
Porém, a recordação do Minho distante não os abandonou e permaneceu sempre nos seus corações. E, a provar esse amor filial, criaram as suas próprias associações regionalistas a fim de manterem mais viva a sua portugalidade e as raízes minhotas. Em Lourenço Marques, fundaram a Casa do Minho em 1955, já lá vão 68 anos!
Durante duas décadas consecutivas, aquele foi o ponto de encontro das nossas gentes em terras moçambicanas. Ali se construíram novas amizades e conservavam as suas tradições. A constituição de um Rancho Folclórico no seio daquela associação foi um dos melhores exemplos do seu apego às origens. Até que a descolonização veio alterar o rumo das suas vidas e determinar a extinção da Casa do Minho.
Não obstante, muitos dos minhotos e amigos da Casa do Minho, que dela fizeram parte ou de alguma forma por lá passaram, não esquecem esses tempos saudosos e continuam a reunir-se todos os anos em alegre e amistosa confraternização, partilhando recordações e revivendo a terra que também amaram – Moçambique!
Os minhotos da ex-Casa do Minho em Lourenço Marques (atual Maputo), em Moçambique, rumaram no passado dia 24 de Abril até Viana do Castelo para mais uma jornada de convívio anual.
A iniciativa incluiu a celebração da Eucaristia na Igreja de S. Domingos por intenção dos sócios e amigos já falecidos e a realização do almoço na Quinta da Presa, na Meadela.
Coube ao Rancho Folclórico das Lavradeiras de Vila Franca do Lima animar o evento a recordar com saudade os alegres convívios das nossas gentes na terra distante da Pérola do Índico – Lourenço Marques.
A caracterizar este convívio, registamos as palavras de Rui Aguilar Cerqueira, um dos seus principais mentores: “Um dia extremamente sensível e emocional para muitos de nós.
Estivemos pela primeira vez neste convívio com a Família Araújo cujo o Sr. Capitão Araújo, hoje com 91 anos foi um dos Presidentes que passou pela Casa do Minho assim como a sua filha Anita Araújo, também fez parte do nosso Rancho Infantil. O Sr. Presidente Araújo e sua Família estiveram Felizes pelo que estava acontecendo. Ele falou afável mente no tempo em que viveu em Lourenço Marques e na Casa do Minho, o Senhor dançou com o Rancho de Vila Franca que também apresentou uma soberba exibição e que foi do agrado de todos os presentes.
Sr. Presidente Araújo e Família ficamos alegres e gratos com a vossa presença esperando por todos vós para o ano em Braga.
Para a Família Araújo Felicidades e muita Saúde. Um grande abraço.”
Rui Aguilar Cerqueira nasceu em 1955, no Hospital Miguel Bombarda, em Lourenço Marques, como então se designava a capital de Moçambique, actual cidade do Maputo. Descende pelo lado paterno de naturais de Arcos de Valdevez – o pai chamava-se Abel Cerqueira – e, por parte da mãe, Maria Adelaide Varela Aguilar Cerqueira, de lisboetas.
Viveu, estudou e trabalhou como até aos 22 anos Agente Técnico de Apuramentos Estatísticos no Ministério da Agricultura, em Lourenço Marques.
Após a independência de Moçambique ocorrida em 25 de Junho de 1975, regressou a Portugal na companhia de toda a família e fixou residência em Braga.
Recomeçando a vida, deu então inicio a uma nova vida profissional, passando a exercer funções nas empresas multinacionais alemãs “Grundig Electrónica Portuguesa”, “Blaupunkt Auto Rádio Portugal, Lda ” e “BOSCH BRG”, durante 38 anos, como Técnico de Electrónica-Oficial.
Praticou desporto e foi atleta federado em Hóquei em Patins e Voleibol.
Durante a sua permanência em Moçambique, integrou a Casa do Minho de Lourenço Marques e o seu Rancho Folclórico composto por 80 elementos, representando a região minhota, com as suas danças e cantares tradicionais, com especial incidência no Alto Minho.
Sendo o seu falecido pai o ensaiador do grupo, era natural que os seus dois filhos ainda de tenra idade integrassem o Rancho juntamente com outras crianças, formando assim o respectivo Rancho Infantil cuja constituição ocorreu por volta de 1959. Tinha por essa altura apenas 4 anos de idade e o seu irmão, com apenas 2 anos, tornou-se a mascote do grupo folclórico.
Com o decorrer do tempo e atingida a idade indicada para passagem ao grupo dos adultos, tornou-se o par marcante e aquele que exercia a “voz de comando”.
Para além de grandes exibições em Moçambique, o Rancho Folclórico da Casa do Minho em Lourenço Marques também se deslocou a África do Sul, Rodésia, Suazilândia entre outros países africanos, tendo recebido numerosas lembranças e até ganho diversos festivais folclóricos cujos troféus reuniu nas instalações da su sede social. À época era bastante comum a realização de concursos para avaliar o desempenho dos grupos folclóricos.
Com a independência política, todas as casas regionais e demais associações portuguesas existentes em Moçambique foram nacionalizadas, ficando os minhotos privados da sua Casa do Minho.
Nas fotos que apresentamos pode ver-se o rancho infantil, encontrando-se em cima, à direita, em primeiro lugar, o seu irmão Fernando Cerqueira (já falecido) e, em seguida, o sr. Rui Cerqueira. Nas duas fotos seguintes surge o seu pai, na qualidade de ensaiador, na frente a dançar o malhão traçado e, na outrao seu pai de gravata no meio do grupo. Estas fotos datam de 1960. Nas duas seguintes aparece Rui Aguilar Cerqueira, de barbas, na frente como o par marcante.
Actualmente, todos os minhotos ainda vivos que viveram naquele ambiente minhoto em terras moçambicanas – à época território português! – desde sócios, dirigentes, antigos componentes do rancho seus familiares e amigos, reunidos por Rui Cerqueira, encontram-se anualmente num almoço de confraternização, por ocasião do aniversário da associação, sempre numa diferente cidade minhota. E este “toque a reunir” que junta invariavelmente cerca de duas centenas de convivas, ocorre ininterruptamente desde há 21 anos, tal é a saudade que os anima e o amor ao rincão natal!
Os minhotos da ex-Casa do Minho em Lourenço Marques (atual Maputo), em Moçambique, vão no próximo dia 24 de Abril realizar mais uma jornada de convívio anual, desta vez em Viana do Castelo. A iniciativa inclui a celebração da Eucaristia na Igreja de S. Domingos por intenção dos sócios e amigos já falecidos e a realização do almoço na Quinta da Presa, na Meadela. A animar o evento estará o Rancho Folclórico de Vila Franca do Lima.
Passam precisamente 67 anos desde a data da fundação da ex-Casa do Minho em Lourenço Marques, na antiga província ultramarina portuguesa de Moçambique. Há 47 anos, a bandeira das quinas deixou de flutuar na capital do Índico e a maioria dos nossos compatriotas que viviam naquele território regressou à metrópole e, muitos minhotos às suas próprias origens. Outros, porém, refizeram a sua vida noutras paragens, na região de Lisboa ou noutras cidades e vilas de Portugal.
Durante duas décadas consecutivas, aquele foi o elo de ligação das nossas gentes em terras moçambicanas. Ali se construíram novas amizades e mantinham as suas tradições. A constituição de um Rancho Folclórico no seio da Casa do Minho constituiu um dos melhores exemplos do seu apego às origens.
Animação na Casa do Minho de Lourenço Marques em 1965
Na realidade, os antigos territórios ultramarinos portugueses foram o destino de muitos minhotos que decidiram ali construir as suas vidas. Rumando diretamente a partir da metrópole ou fixando-se após o cumprimento do serviço militar naquelas paragens, Angola e Moçambique vieram a tornar-se a segunda terra para muitos dos nossos conterrâneos que assim trocavam a estreita courela pela desafogada machamba ou simplesmente empregavam-se na atividade comercial das progressivas cidades de Luanda e Lourenço Marques, atual Maputo.
Porém, a recordação do Minho distante não os abandonou e permaneceu sempre nos seus corações. E, a provar esse amor filial, criaram as suas próprias associações regionalistas a fim de manterem mais viva a sua portugalidade e as raízes minhotas. Em Lourenço Marques, fundaram a Casa do Minho em 1955, já lá vão 67 anos!
Muitos foram os minhotos e outros portugueses que em Moçambique construíram as suas vidas. Contudo, o seu curso tranquilo e próspero veio a ser abruptamente interrompido em consequência do processo de descolonização do território e a guerra civil que se seguiu, determinando o seu regresso à metrópole e consequente extinção da Casa do Minho.
Não obstante, muitos dos minhotos e amigos da Casa do Minho, que dela fizeram parte ou de alguma forma por lá passaram, não esquecem esses tempos saudosos e continuam a reunir-se todos os anos em alegre e amistosa confraternização, partilhando recordações e revivendo a terra que continuam a amar – Moçambique!
Antes era a CASA DO MINHO.
Depois da independência deu lugar a um ATELIER DO NAGUIB e hoje, localiza-se a sede de um BANCO.
Hoje situa-se a sede do STANDARD BANK
Texto e fotos: José Peixoto Ferreira
UNIDOS PELA LÍNGUA PORTUGUESA - Maputo organiza cerimónia para a receção dos livros enviados por Arcos de Valdevez
Chegaram a Maputo as 8 paletes de livros oferecidos pelo Município de Arcos de Valdevez. Na última sexta-feira, dia 22 de outubro, no decorrer das celebrações da sexta edição da Feira do Livro, na capital de Moçambique, o Presidente do Conselho Municipal de Maputo, Dr. Eneas Comiche, fez questão de agradecer a iniciativa através de uma cerimónia na qual os dois concelhos estiveram ligados por videoconferência. Para tal, foi estabelecida uma ligação vídeo onde os dois edis, Dr. Eneas Comiche e Dr. João Manuel Esteves, na presença da Embaixadora de Portugal em Moçambique, do Diretor do Instituto Camões e de outros representantes de ambos os países, manifestaram o seu empenho em trabalhar em prol da promoção da língua portuguesa e da educação.
A cerimónia de hoje foi o culminar de um processo que teve como âncora a primeira edição do Dia da Língua Portuguesa, 5 de maio de 2020, conforme determinado pela UNESCO.
O Município de Arcos de Valdevez demonstrou desde logo interesse por essa importantíssima data, bem como, em estreitar relações com outros países desta vasta comunidade linguística. Assim, através da Biblioteca Municipal, decidiu lançar uma iniciativa com o objetivo de oferecer à Cidade de Maputo livros atuais e em bom estado de conservação, focando várias temáticas e destinados a diversas idades.
Com esta iniciativa, o Município de Arcos de Valdevez pretendeu contribuir para a promoção da cultura e ciência em língua portuguesa junto dos munícipes Maputenses, nomeadamente estudantes de todos os níveis de ensino, desde o ensino básico ao ensino superior e, simultaneamente criar boas relações entre Maputo e Arcos de Valdevez.
Hoje a língua portuguesa, a mais falada no hemisfério sul, teve mais um forte contributo para a sua divulgação e conhecimento.
Município de Arcos de Valdevez lança iniciativa de promoção da Língua Portuguesa
No passado dia 5 de maio, os países da CPLP - Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, celebraram pela primeira vez, o Dia da Língua Portuguesa.
O Município de Arcos de Valdevez demostrou interesse por esse importantíssimo acontecimento de promoção da nossa língua, bem como, em estreitar relações com outros país desta vasta comunidade linguística.
Nesse sentido, o Município, através da Biblioteca Municipal, decidiu lançar uma iniciativa com o objetivo de oferecer à Cidade de Maputo sete paletes de livros atuais, focando uma grande variedade de temáticas.
Esta iniciativa, com o slogan “UNIDOS PELA LÍNGUA PORTUGUESA”, resulta da contribuição de instituições, editoras e da generosidade de muitas famílias arcuenses.
Deste modo, o Município de Arcos de Valdevez pretende contribuir para a promoção da cultura e ciência em língua portuguesa junto dos munícipes Maputenses, nomeadamente estudantes de todos os níveis de ensino, desde o ensino básico ao ensino superior, e simultaneamente, criar boas relações entre Maputo, capital da República de Moçambique, e Arcos de Valdevez.
Passam precisamente 65 anos desde a data da fundação da ex-Casa do Minho em Lourenço Marques, na antiga província ultramarina portuguesa de Moçambique. Há 45 anos, a bandeira das quinas deixou de flutuar na capital do Índico e a maioria dos nossos compatriotas que viviam naquele território regressou à metrópole e, muitos minhotos às suas próprias origens. Outros, porém, refizeram a sua vida noutras paragens, na região de Lisboa ou noutras cidades e vilas de Portugal.
Durante duas décadas consecutivas, aquele foi o elo de ligação das nossas gentes em terras moçambicanas. Ali se construíram novas amizades e mantinham as suas tradições. A constituição de um Rancho Folclórico no seio da Casa do Minho constituiu um dos melhores exemplos do seu apego às origens.
Na realidade, os antigos territórios ultramarinos portugueses foram o destino de muitos minhotos que decidiram ali construir as suas vidas. Rumando diretamente a partir da metrópole ou fixando-se após o cumprimento do serviço militar naquelas paragens, Angola e Moçambique vieram a tornar-se a segunda terra para muitos dos nossos conterrâneos que assim trocavam a estreita courela pela desafogada machamba ou simplesmente empregavam-se na atividade comercial das progressivas cidades de Luanda e Lourenço Marques, atual Maputo.
Porém, a recordação do Minho distante não os abandonou e permaneceu sempre nos seus corações. E, a provar esse amor filial, criaram as suas próprias associações regionalistas a fim de manterem mais viva a sua portugalidade e as raízes minhotas. Em Lourenço Marques, fundaram a Casa do Minho em 1955, já lá vão 65 anos!
Muitos foram os minhotos e outros portugueses que em Moçambique construíram as suas vidas. Contudo, o seu curso tranquilo e próspero veio a ser abruptamente interrompido em consequência do processo de descolonização do território e a guerra civil que se seguiu, determinando o seu regresso à metrópole e consequente extinção da Casa do Minho.
Não obstante, muitos dos minhotos e amigos da Casa do Minho, que dela fizeram parte ou de alguma forma por lá passaram, não esquecem esses tempos saudosos e continuam a reunir-se todos os anos em alegre e amistosa confraternização, partilhando recordações e revivendo a terra que continuam a amar – Moçambique!
Caros Amigos (as) da Casa do Minho.
Depois de conversar com a organização encabeçada pela Dª Graça Lário nomeada para o nosso XXIV convívio e depois de muito ponderarmos, chegamos a uma melhor conclusão, que todos vós poderão estar ou não de acordo e para isso quero colher aqui algumas ideias e informações, agradeço que todos se pronunciem e colaborem atempadamente, pois é a nossa Festa anual em que todos participam, pois sem vocês este Evento não se realizaria.
Motivado pela situação Mundial do Coronaviros é um risco este ano realizarmos o Convívio, pois pela actual conjuntura dos factos, conforme visualizamos na informação, seria um perigo iminente efectuarmos esta Festa. Para esta inédita situação e com muita pena minha, ficou então decidido que este ano não se irá realizar o convívio da Casa do Minho programado para o dia 2 de Maio em Viana do Castelo, mas, esta mesma organização, já se comprometeu a realiza-la no próximo ano 2021 na mesma cidade e com um novo ou até o mesmo programa que será emitido perto da sua realização.
Peço a maior compreensão pela solução apresentada, mas acho que é a mais adequada para os momentos que atravessamos, pois não sabemos e será uma incógnita o nosso futuro.
Os meus agradecimentos a todos os Amigos (as).
Rui Aguilar Cerqueira