Obra literária de António Afonso, “Camilo e o Último Enforcado em Braga: o Demónio do Ouro", apresentada em Rio Caldo
O salão da sede do Grupo Desportivo de Rio Caldo registou uma interessante moldura humana para a apresentação do livro “Camilo e o Último Enforcado em Braga: o Demónio do Ouro”, obra literária do investigador António José Ferreira Afonso. A sessão, que teve honras de abertura pelo Presidente da Câmara Municipal de Terras de Bouro, Manuel Tibo e moderação da responsabilidade da Vereadora da Cultura, Ana Genoveva Araújo, ficou marcada pela apresentação realizada por Dr. Severino Xavier Gonçalves de Araújo, para além da natural intervenção do autor António Afonso.
O Presidente da Câmara Municipal agradeceu aos presentes e realçou a importância que a cultura assume na perpetuação da memória terrabourense. O município tem assumido um papel ativo em vários domínios, nomeadamente, no apoio da edição de livros de autores locais e ao nível da música, através da criação da Escola de Música de Terras de Bouro.
Por sua vez, coube à Vereadora da Cultura, Ana Genoveva Araújo, resumir o vasto currículo que ambos os convidados possuem. Reforçou também a importância que esta obra tem, não só para a freguesia de Rio Caldo em particular, mas também para o concelho de Terras de Bouro em geral.
O Dr. Severino de Araújo, a quem foi atribuída a tarefa de apresentar a obra, aproveitou a ocasião para brindar os presentes com muitas histórias sobre o passado da freguesia de Rio Caldo, nomeadamente, episódios de figuras muito conhecidas localmente, que a nível religioso, com inúmeras peripécias, marcaram outrora a vida paroquial.
Por sua vez, o Dr. António Afonso acabou por agradecer o apoio dado pelo Município de Terras de Bouro para que a sua obra fosse apresentada em Rio Caldo. Referiu a importância que o "Nelinho Sapateiro" teve na sua investigação sobre a origem histórica da obra de Camilo, nomeadamente, a confusão geográfica que levou ao enforcamento do Serafim Gonçalves em Braga. De igual modo, fez uma breve resenha de todo o processo que levou à abolição da pena de morte em Portugal.
A obra “Camilo e o último enforcado em Braga”: «O Demónio do Ouro» trata-se de uma homenagem ao povoense, Manuel Alves, mais conhecido como «Nelinho Sapateiro», que, durante décadas, exerceu a sua atividade na freguesia de Rio Caldo. Este livro, ao divulgar o espaço geográfico de Rio Caldo como parte integrante da narrativa camiliana, vem colocar o concelho de Terras de Bouro na rota dos estudos camilianos. “Camilo e o último enforcado em Braga”: «O Demónio do Ouro» contextualiza, ainda, o processo que levou a abolição da pena de morte em Portugal, o que fez com que o nosso país fosse reconhecido como um dos mais avançados civilizacionalmente, referindo ainda o papel das Misericórdias no acompanhamento prestado aos condenados, quer durante o processo executório, quer dando a pia sepultura ao corpo do padecente.
A Escola de Música de Terras de Bouro abrilhantou esta apresentação com mais uma atuação dos seus alunos, orientados pelo Prof. Luís Pinho.
Foco foi o livro de Luísa Schmidt, apresentado por Alexandre Quintanilha
“Um livro, uma Conversa e às vezes um filme” trouxe sábado à Biblioteca Municipal de Caminha, a obra “50 Anos de Políticas Ambientais em Portugal – da Conferência de Estocolmo à Atualidade”. Para a tertúlia, a autora, Luísa Schmidt. A apresentação da obra esteve a cargo de Alexandre Quintanilha. A organização foi da responsabilidade do Município de Caminha e dos Amigos da Rede das Bibliotecas de Caminha.
Na sinopse da obra pode ler-se: Em Portugal o arranque das políticas ambientais está ligado à criação da Comissão Nacional do Ambiente quando o país, até então arredado das organizações internacionais, foi convidado pela ONUPARA participar na conferência de Estocolmo em 1972. Vivia-se uma época de cautelosa abertura política que ficou conhecida como Primavera Marcelista e nas vésperas da mudança histórica do 25 de Abril de 1974.
Para além de uma introdução que situa as raízes da problemática ambiental em Portugal, este livro abre com um conjunto de testemunhos de personalidades que, direta ou indiretamente, se destacaram nesse arranque pré-abril de 1974 - uma fase de modernização do país e da sua questão ambiental e ecológica.
Um segundo conjunto de textos integra reflexões de protagonistas que assumiram funções importantes já em plena democracia e sobretudo pós-adesão à ce na área do ambiente, fosse nos movimentos cívicos, na educação ambiental, na ciência, na cultura, no ordenamento do território ou na economia.
A terceira parte do livro dedica-se às principais dimensões que constituem hoje as políticas ambientais em Portugal - sua evolução, marcos fundamentais, estado atual e desafios futuros e inclui úteis cronogramas destacando os momentos-chave do lançamento e implementação destas políticas.
O livro começa, assim, por uma Introdução, de Luísa Schmidt. Segue-se a Iª Parte – Entre a Conferência de Estocolmo e o 25 de Abril: contextos, memórias e testemunhos, com contributos de várias personalidades: Emílio Rui Vilar, Miguel Caetano, Francisco Pinto Balsemão, José Nunes Liberato, Fernando Pessoa e Luís Veiga da Cunha.
Na IIª Parte – Depois de Estocolmo – Consequências e Inconsequências, encontramos, são apresentadas reflexões de protagonistas, gente que todos conhecemos, como Viriato Soromenho-Marques – Da Conferência de Estocolmo à Grande Aceleração do Antropoceno; Ana Paula Amendoeira – A Conferência de Estocolmo e a Convenção do Património Mundial Cultural e Natural da UNESCO; Manuela Raposo Magalhães – Ordenamento do Território e Paisagem: de Estocolmo à atualidade; Sofia Santos – Economia, Gestão e (in)Sustentabilidade; Helena Freitas – Breve apontamento sobre as Ciências do Ambiente e José Manuel Alho – Do Ambiente ao Associativismo e à Educação.
Na IIIª Parte - Políticas Ambientais ‘Sectoriais’ – Evolução, Balanço e Perspetivas Enquadramento e Transversalidade, fala-se de Águas e Saneamento – José Gomes Ferreira e Amparo Sereno; Resíduos Urbanos - Susana Fonseca e Susana Valente; Áreas Protegidas, Conservação da Natureza e Biodiversidade – Rosário Oliveira; Florestas – Paulo Madeira, João Mourato e Filipa Soares; Alterações Climáticas e Energias – Ana Horta e Carla Gomes e Educação e Cidadania Ambiental - Leonor Prata e João Guerra.
Nesta última parte, abordam-se assim as principais dimensões que constituem hoje as políticas ambientais em Portugal.
Luísa Schmidt, socióloga, é investigadora principal do Instituto de Ciências Sociais, Universidade de Lisboa, coordenadora do Observa e membro do Conselho Nacional do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (CNADS).
Alexandre Quintanilha viveu os primeiros 25 anos na África Austral, onde se formou, os 20 anos seguintes na Bay Area da Califórnia e os últimos 30 anos em Portugal. “Teve a sorte” de liderar inúmeros grupos de investigação e de conviver com pessoas imensamente inspiradoras. Doutorou-se em física teórica, estudou o stress oxidativo nos seres vivos e a forma como lidamos com o risco. Criou e ajudou a criar centros e institutos de investigação e diferentes cursos de estudo nas Universidades de Berkeley e do Porto e no LBNL, sempre multidisciplinares. Como parlamentar, contribuiu para uma política baseada no conhecimento.
“Covas – Vivências Passadas, Histórias Contadas” é o título de um livro da autoria de João Caldas que retrata o quotidiano das gentes de Covas, pujante freguesia do concelho de Vila Nova de Cerveira.
Ao longo das suas cerca de trezentas páginas, o autor dá a conhecer várias histórias que contam factos verídicos que tiveram como protagonistas, alguns covenses. Algumas são sérias e exemplos de bondade, de partilha, de dedicação e de servir; outras, dão-nos a conhecer momentos de boa disposição, por vezes hilariantes, vividos no dia a dia, tendo como cenário tabernas, barbeiros, sapateiros ou ambientes rurais.
Outras, ainda, relembram tradições, usos e costumes que o tempo teimosamente teima em apagar. E foi para evitar que esse apagão destrua por completo a memória do passado do povo da sua aldeia, que resolveu editar este pequeno condensado de folhas, a que ouso chamar livro.
Trata-se de uma aturada recolha de histórias do dia-a-dia, algumas divertidas – os cenários são os mais diversos, desde tabernas, barbearia, igreja, campo, etc. – outras que descrevem brincadeiras de crianças, e outras, mais sérias, que nos contam acontecimentos em que alguém de Covas ou seu descendente esteve envolvido.
João Manuel Araújo Domingues Caldas de seu nome completo é um dinâmico cerveirense que ao longo da sua vida tem vindo a destacar-se nas mais diversas áreas profissional, social e cultural, de entre as quais destacamos o seu papel como autarca e a colaboração que mantém há mais de quatro décadas no jornal Serra e Vale. Na realidade, seria extensa a descrição da sua biografia, o que é aliás dispensável por se tratar de alguém conhecido e estimado pelas gentes de Covas e de Vila Nova de Cerveira em geral, estendendo a sua amizade num abraço a muitos amigos de outros concelhos minhotos.
O investigador António José Ferreira Afonso apresenta o seu livro “Camilo e o Último Enforcado em Braga: o Demónio do Ouro”. em sessão a ter lugar na sede do Grupo Desportivo de Rio Caldo, no próximo dia 13 de Setembro, pelas 21 horas.
A cerimónia deverá contar com a presença do Manuel João Sampaio Tibo, Presidente do Município de Terras de Bouro.
Como descreveu o escritor Ramalho Ortigão "A aldeã do distrito de Viana é, por via de regra, tecedeira. É preciso não se confundir o que no Minho se chama tecedeira com o que geralmente se entende por teceloa. A tecedeira de Viana não se emprega numa fábrica nem tem propriamente uma oficina. Sabe simplesmente tecer como a menina de Lisboa sabe fazer crochet; e junto da janela engrinaldada por um pé de videira o seu pequenino tear caseiro, como o da casta Penépole, tem o aspecto decorativo de um puro atributo familiar, como um cavalete de pintura ou um órgão de pedais no recanto de um salão. A tecedeira trabalha mais para si do que para os outros nesse velho tear herdado e transmitido de geração em geração, e não tece servilmente e automaticamente, como nas fábricas, sobre um padrão imposto pelo mestre da oficina, mas livremente, como artista, ao solto capricho da sua fantasia e do seu gosto, combinando as cores segundo os retalhos da lã de que dispõe, contrastando os tons e variando os desenhos ao seu arbítrio. Tecer em tais condições é educar a vista e o gosto para a selecção das formas num exercício infinitamente mais útil que o de todas as prendas de mãos com que nos colégios se atrofia a inteligência e se perverte a imaginação das meninas de estimação, ensinando-lhes ao mesmo tempo como se abastarda o trabalho e como se desonra a arte.
(…) O marido minhoto, por mais boçal e mais grosseiro que seja, tem pela mulher assim produtiva um respeito de subalterno para superior, e não a explora tão rudemente aqui como em outras regiões onde a fêmea do campónio se embrutece de espírito e proporcionalmente se desforma de corpo acompanhando o homem na lavra, na sacha e na escava, acarretando o estrume, rachando a lenha, matando o porco, pegando à soga dos bois ou à rabiça do arado, e fazendo zoar o mangual nas eiras, sob o sol a pino, à malha ciclópica da espiga zaburra."
A aldeã do distrito de Viana é, por via de regra, tecedeira. É preciso não se confundir o que no Minho se chama tecedeira com o que geralmente se entende por teceloa. A tecedeira de Viana não se emprega numa fábrica nem tem propriamente uma oficina. Sabe simplesmente tecer como a menina de Lisboa sabe fazer crochet; e junto da janela engrinaldada por um pé de videira o seu pequenino tear caseiro, como o da casta Penépole, tem o aspecto decorativo de um puro atributo familiar, como um cavalete de pintura ou um órgão de pedais no recanto de um salão. A tecedeira trabalha mais para si do que para os outros nesse velho tear herdado e transmitido de geração em geração, e não tece servilmente e automaticamente, como nas fábricas, sobre um padrão imposto pelo mestre da oficina, mas livremente, como artista, ao solto capricho da sua fantasia e do seu gosto, combinando as cores segundo os retalhos da lã de que dispõe, contrastando os tons e variando os desenhos ao seu arbítrio. Tecer em tais condições é educar a vista e o gosto para a selecção das formas num exercício infinitamente mais útil que o de todas as prendas de mãos com que nos colégios se atrofia a inteligência e se perverte a imaginação das meninas de estimação, ensinando-lhes ao mesmo tempo como se abastarda o trabalho e como se desonra a arte.
(…) O marido minhoto, por mais boçal e mais grosseiro que seja, tem pela mulher assim produtiva um respeito de subalterno para superior, e não a explora tão rudemente aqui como em outras regiões onde a fêmea do campónio se embrutece de espírito e proporcionalmente se desforma de corpo acompanhando o homem na lavra, na sacha e na escava, acarretando o estrume, rachando a lenha, matando o porco, pegando à soga dos bois ou à rabiça do arado, e fazendo zoar o mangual nas eiras, sob o sol a pino, à malha ciclópica da espiga zaburra.
Em meados do século XIX, o governo cartista de Costa Cabral, a pretexto de implementação de medidas sanitárias, decretou a proibição da realização de enterros dentro das igrejas, o que foi então interpretado como uma forma de diminuir a influência social da Igreja Católica. Esta medida constituiu então num dos motivos que levaram à eclosão em 1846 da revolta popular da Maria da Fonte que rapidamente alastrou a todo o Minho.
Pese embora a contestação, foram a partir de então construídos cemitérios junto às igrejas e capelas paroquiais, numa solução de compromisso entre o sagrado e o profano. E, por todo o país, as ossadas dos defuntas começaram a ser retiradas das sepulturas existentes no interior dos templos para serem trasladadas para os novos cemitérios. Um processo que demorou várias décadas estendendo-se quase até meados do século XX.
As lápides funerárias foram removidas para o adro das igrejas e as sepulturas fechadas com pavimentos de madeira que em muitos casos vieram mais recentemente a serem atulhadas e pavimentadas de cimento e tijoleira.
Em Ponte de Lima, mais concretamente na freguesia da Cabração, tal empreendimento teve lugar nos começos do século XX, numa altura em que decorriam as obras de construção da torre da capela, tal como a vemos na foto.
Era mestre-de-obras João Manoel de Mattos Junior – da famílias dos Santos desta freguesia – que, na ocasião, por mero acidente, veio a cair numa das sepulturas entretanto abertas no interior da capela. Sucede que o efeito psicológico foi de tal modo que a partir de então se recusou a prosseguir as obras dentro da igreja, apenas aceitando a sua condução a partir do exterior. Crê-se que deixou de realizar tal tarefa dadas as circunstâncias.
Esta história chegou até nós através de tradição oral no seio familiar pelo que é susceptível de conter algumas imprecisões.
João Manoel de Mattos Junior nasceu na Cabração em 10 de Agosto de 1844. Do seu assento de baptismo consta o seguinte:
“Joao Manoel filho legittimo de Joao Manoel de Mattos, e sua mulher Maria do Carmo do lugar de Alem desta freguezia de Sancta Maria da Cabraçao julgadod e Ponte de Lima. Nasceo no dia dez do mês de Agosto de mil oito centos quarenta e catro e foi Baptizado Solenemente na Pia Baptismal desta Igreja Solenemente com imposição dos Santos oleos no dia dezoito do mês por mim o Padre Joao Antonio Pereira paroco desta Igreja. Nepto paterno de Bernardo Antonio de Matos ja defunto e Anna Rosa Rodrigues desta. Forao padrinhos Joao Manoel Affonso de Oliveira digo Manoel Pereira da Costa, e Anna Rosa viuva ambos desta. Para constar fiz este termo q. asigno. Stª Mª de Cabração era dia mês e Anno est supra.”
Qual quadro impressionista no qual o pintor pincelou a tons de verde a clorofila que domina a paisagem, a Cabração é obra-prima do Criador que nas fraldas da serra d’Arga criou um paraíso terreal onde corre o leite e o mel, por sinal tão afamado quanto ao de Himeto, entre os antigos gregos. Quem percorre trilhos e veredas desta povoação – de escassa população mas de grande extensão – pulando os muros de pedra e descendo as ravinas, desde as leiras da escusa às cachoeiras do Passadouro na Balouca, do alto do Chibadouro e dos caminhos sinuosos da Lousa aos recantos da Bemposta, é surpreendido por algo inesperado que se nos oferece aos sentidos.
" (...) Mas saltara tão de improviso, que mal o viram relampejar, através do brejo, por uma das suas seitas, e num ápice se punha lá para a Cabração, em cujos tesos, a avaliar pelos latidos espaçados, os cães lhe perderam o rasto. Agora, em despeito da ressega, a cada passo os podengos soltavam a sua fanfarra e os gritos dos caçadores:cerca; aboca; ai, cãezinhos duma cana!repercutiam alacremente nas circunvolações dos oiteiros, debaixo do céu lavado.
O tojo, às duas margens do córrego, dava pela cinta dum homem; sobros e carvalhiços anões cresciam em touceiras tão fartas que a caça facilmente se escamugia e tinha bom encosto para alapardar-se."
Aquilino Ribeiro, em A Casa Grande de Romarigães
A actual aldeia da Cabração, terá sido uma quinta de algum nobre godo, o que se retira de uma escritura que as freiras do mosteiro levaram quando foram para o Convento do Salvador de Braga. Aí se diz que, "indo D. Afonso Henriques à caça dos javalis, a esta freguesia, que é na serra de Arga, acompanhado de Nuno Velho, Sancho Nunes, Gonçalo Rodrigues, Lourenço Viegas, Soeiro Mendes (o Gordo), Gonçalo Ramires e outros fidalgos, o abade de Vitorino, D. Fernando, lhes deu aí de jantar, junto à capela de Nossa Senhora de Azevedo, no fim do qual o rei lhe demarcou o couto."
Após o recontro no Rêgo do Azar, quis D. Afonso Henriques voltear pelas montanhas próximas, caçando ursos e javalis. Convidou alguns poucos ricos-homens e infanções.
Quando estavam no sítio que hoje se chama Cabração, apareceu muito açodado o Capelão das Freiras de Vitorino das Donas, que à frente de moços com cestos pesados andava desde manhã á busca do real monteador, com um banquete mandado do Mosteiro.
Em boa hora vinha a refeição.
Estendeu-se na relva uma toalha de linho e sentados em troncos de carvalho cortados à pressa, começou o jantar. Alegre ia correndo.
D. Nuno Soares por alcunha Nuno velho o postrimeiro para diferença de seu avô, a quem também haviam chamado o Velho e cujas proezas ainda se recontavam em toda a terra da Cervaria, começou a trinchar um leitão assado.
- Parece-me que tens mais jeito para matar infiéis, - disse-lhe o rei brincando.
- Ai Real senhor, antes eu ficasse morto com os últimos que matei, que desde essa refrega não passo um dia que não me lembre do momento em que o bom Cavaleiro Gonçalo da Maria exalou o derradeiro suspiro encostado a meu peito.
- Quisera eu ouvir da tua boca essa heróica morte do Lidador, interrompeu o Monarca triste, mas curioso. E o Senhor da Torre de Loivo obedeceu, com voz pousada e lágrimas nos olhos.
Ia escurecendo o dia e era tão esquisita a coincidência de estar ali um punhado de homens, senão solenizando um aniversário, festejando uma vitória, que talvez um pressentimento apertasse o coração dos guerreiros.
Atentos, escutavam silenciosos a narração. De golpe ergue-se o Espadeiro e olhou fito para as bandas da Galiza.
- Que examinais D. Egas? – perguntou o Príncipe.
- Vejo além muito ao longe um turbilhão de pó, que se aproxima. São talvez inimigos que procuram encontrar-nos descuidados.
De facto vagalhões de poeira negra encobriam multidão fosse do que fosse. O ruído do torpel era cada vez mais distinto.
- Sejamos prestes – gritou o rei, cingindo o seu enorme espadão. Todos fizeram o mesmo. - Cavalgar, cavalgar; - já não era outra voz que se ouvia, enquanto cada um se dirigia para o lugar onde se prendera o seu cavalo.
O Capelão olhou, escutou e sentou-se começando a comer aqui e alem os deliciosos postres e bebendo aos goles pachorrentos um licor estomacal, resmungando:
- Deixa-los ir que voltam em breve. Eu era capaz de apostar todo o mel deste monte, em como sei que inimigos são aqueles. E mais dizem que é mel igual ao do Himeto. A história do Lidador é que lhes esquentou a cabeça.
Pouco depois voltavam os monteadores rindo á gargalhada.
- Cabras são: - disse o Rei ao apear-se, e dirigindo-se ao padre: - bem fizestes vós que não bulistes. E D. Afonso tomando um púcaro e enchendo-o de vinho num cangirão, acrescentou:
Bebei todos, que estais muito quentes e podeis ter um resfriado, e dizei-me depois se não valeu a pena o engano para nos refrescarmos agora com este delicioso néctar.
Capelão, quero comemorar o caso de confundir rebanhos de cabras com mesnadas de leonezes e beneficiar o convento para vos honrar a vós que fostes, não sei se mais perspicaz, se mais valente do que nós debicando mui sossegadamente em todos os doces.
Vou coutar aqui uma terra, para que as boas monjas possam de vez em quando apanhar bom ar da montanha e rir-se de nós. Riscou-se o couto e nessa noite os cavaleiros dormiram na ermida da Senhora de Azevedo.
O dito do rei Cabras são corrompeu-se em Cabração.
Fonte: Conde de Bertiandos, Cabras São, in Almanaque de Ponte de Lima, 1923.
No dia 15 de agosto, festeja a Cabração a Nossa Senhora do Azevedo, padroeira da terra que foi Freguesia durante séculos. Neste dia, todos os filhos que em terras distantes labutam, estejam em Lisboa ou no estrangeiro, regressam à terra para encontrarem-se com os seus familiares e amigos. É a festa maior da freguesia que por essa altura se torna muito populosa. Atualmente, durante a maior parte do ano, apenas ali vive pouco mais de uma centena de almas numa vastidão com mais de dezasseis quilómetros quadrados, superior ao território de alguns concelhos do país.
As Conversas na Casa Grande estão de regresso neste mês de agosto com Valter Hugo Mãe, para a apresentação do seu mais recente livro ‘Deus na escuridão’, mais propriamente no próximo sábado, pelas 16h00, na Casa Grande de Romarigães.
“Deus é exatamente como as mães. Liberta Seus filhos e haverá de buscá-los eternamente. Passará todo o tempo de coração pequeno à espera, espiando todos os sinais que lhe anunciem a presença, o regresso dos filhos.»
Este livro de Valter Hugo Mãe explora a ideia de que amar é sempre um sentimento que se exerce na escuridão. Uma aposta sem garantia que se pode tornar absoluta. A dúvida está em saber se os irmãos podem amar como as mães que, por sua vez, amam como Deus.
Passada na ilha da Madeira, esta é a história de dois irmãos e da necessidade de cuidar de alguém. Delicado e profundo, ‘Deus Na Escuridão’ é um manifesto de lealdade e resiliência.
Com referências entusiasmantes da crítica, a presença de Valter Hugo Mãe nas Conversas na Casa Grande tem ainda o aliciante de estarmos perante um escritor com alguma afinidade a Paredes de Coura, tanto mais que a sua penúltima obra, ‘As doenças do Brasil’, foi em grande parte escrita na nossa terra.
As Conversas na Casa Grande prosseguem em setembro com a conversa sobre a ‘Ruralidade’, com Vitor Paulo Pereira e a arquiteta paisagista Ana Isabel Queiroz, em outubro a sessão do Clube dos Poetas Vivos, no âmbito da Odisseia Nacional do Teatro D. Maria II em parceria com a Casa Fernando Pessoa, e em novembro a pré-estreia do documentário ‘Aquilino, a casa e o sopro de deus’, com a apresentação de João Pedro Marnoto.
Dizia o insígne escritor Miguel Torga que “…no Minho tudo é verde, o caldo é verde, o vinho é verde…” – como transmontano que era, dos pés à cabeça, desconhecia o escritor que o Minho também possuía outras cores como o branco da neve que a tempos cobre as serranias do Soajo e de Castro Laboreiro!
"Desanimado, meti para Castro Laboreiro à procura dum Minho com menos milho, menos couves, menos erva, menos videiras de enforcado e mais meu. Um Minho que o não fosse, afinal. Encontrei-o logo dois passos adiante, severo, de curcelo e carapuça.
A relva dera finalmente lugar à terra nua que, parda como o burel, tinha ossos e chagas. O colmo de centeio, curtido pelos nevões, perdera o riso alvar das malhadas. Identificara-se com o panorama humano, e cobria pudicamente a dor do frio e da fome. Um rebanho de ovelhas silenciosas retouçava as pedras da fortaleza desmantelada. E uma velha muito velha, desmemoriada como uma coruja das catacumbas, vigiava a porta do baluarte, a fiar o tempo. Era a pré-história ao natural, à espera da neta.
Ó castrejinha do monte,
Que deitas no teu cabelo?
Deito-lhe água da fonte
E rama de tormentelo.
Bonita, esbofeteada do frio, a cachopa vinha à frente dum carro de bois carregado de canhotas. Preparava a casa de inverno para quandochegasse a hora da transumância e toda a família —pais, irmãos, gados, pulgas e percevejos— descesse dos cortelhos da montanha para os cortelhos do vale, abrigados das neves.
– Conhece esta cantiga?
– Ãhn?
Falava uma língua estranha, alheia ao Diário de Noticias, mas próxima do Livro de Linhagens do Conde de Barcelos.
– É legitimo este cão?
– É cadela.
Negro, mal encarado, o bicho, olhou-me por baixo, a ver se eu insistia na ofensa. O matriarcado teimava ainda...
– A Peneda?
A moça apontou a vara. E, como ao gesto de um prestidigitador, foram- se desvendando a meus olhos mistérios sucessivos. Todo o grande maciço de pedra se abriu como uma rosa. A Peneda, o Suajo e o Lindoso. Um nunca mais acabar de espinhaços e de abismos, de encostas e planaltos. Um mundo de primária beleza, de inviolada intimidade, que ora fugia esquivo pelas brenhas, tímido e secreto, ora sorria dum postigo, acolhedor e fraterno.
Quando dei conta, estava no topo da Serra Amarela a merendar com a solidão. Tinham desaparecido de vez as cangas lavradas e coloridas que ofendiam as molhelhas do suor verdadeiro. A zanguizarra dos pandeiros festivos e as lágrimas dos foguetes já não encandeavam a lucidez dos sentidos. Os aventais de chita garrida davam lugar aos de estopa encardida. Nem contratos pré-nupciais ardilosos, nem torres feudais, nem rebanhos de homens pequeninos, dóceis, a cantar o Avé atrás do cura da freguesia. Pisava, realmente, a alta e livre terra dos pastores, dos contrabandistas e das urzes. As pernas de granito dum velho fojo abriam-se num grande V, como as dum gigante no sono da sesta. E saltou-me vivo à lembrança o instantâneo de Joaquim Vicente Araújo, quando no seu Diário Filosófico da Viagem ao Gerês fala duma batida aos lobos, que presenciou, e em que toda a população masculina do lugar colaborara: «Era cousa de ver a má catadura duns e a presteza de todos, que descalços, outros de socos, armados desciam pelas fragas». Sem a coragem dos avós, agora os habitantes comunitârios de Vilarinho da Furna atacavam as alcateias a estricnina e caçavam corças furtivamente. Mas mesmo assim nao faziam má figura ao lado do rio Homem, que, talvez a querer justificar um nome que a etimologia lhe nega, parecia um lavrador numa leira de pedras, tenaz em todo o percurso, e sempre límpido, a espelhar o céu. Na margem de lá, o Pé do Cabril, solene, esperava a abraço duma ascensão. E coma a desafiar aquela pétrea majestade, arrogante e lustroso, o toira do lugar roncou de uma chã. Símbolo tangível da virilidade e da fecundação, nenhum outro deus, ali, tinha forças para o destronar. Plenitude encarnada do instinto natural de preservação da seiva capaz de se multiplicar em cada acto de amor, era ele o pólo de todos os cultos cuItos e desvelos. Rei já no tempo das casarotas megalíticas que me rodeavam, continuava a sê-lo ainda no presente por exigência e graça da própria vida.
Atravessada a ponte em corcova, galgados os muros ciclópicos da Calcedónia, numa erudiçao feita à custa dos pés, e guiado pelos miliários imperiais, segui a geira romana até chegar à Portela do Homem, onde as legiões invasoras pareciam aquarteladas. Mas foi a guarda fiscal, vigilante, que me recebeu.
A uma sombra tutelar, pouco depois, num minuto de descanso, a Historia recente da Pátria avivou-se.
– Uma das incursoes monarquicas foi por aqui...
– Tentaram... Tentaram...
– Este Minho! Este Minho!...
– Tem uma costela talassa, tem...
Mas recusei-me a reintegrar, por simples razões partidárias, aquelas viris penedias no planisfério verdurengo de onde a própria natureza as libertara. Tranquei as portas da memória e, pela margem do rio, subi aos Carris. Uma multidão minava as fragas à procura de volfrâmio, por conta da guerra e de quem a fazia. Teixos e carvalhos centenários acompanharam-me quase todo o caminho. Só desistiram quando me aproximei do cume da montanha, onde a vida, já sem raizes, tenta levantar voo.
Agora, sim! Agora podia, em perfeita paz de espírito, estender a minha ternura lusíada por toda a portuguesa Galiza percorrida. Pano de fundo, o mar de terras baixas era apenas um cenário esfumado; à boca do palco reflectiam-se nas várias albufeiras do Cávado a redonda pureza da Cabreira e a beleza sem par do Gerês. E o espectador emotivo já não tinha necessidade de brigar com o cavador instintivo que havia também dentro de mim. Embora através da magia agreste dos relevos, talvez por contraste, impunha-se-me com outra significação a abundância dos canastros, o optimismo dos semeadores e a própria embriaguez que anestesiava cada acto, no fundo necessária à saúde dos corpos individuais e colectivos. Integrava o alegrete perpétuo no meu caleidoscópio telúrico. Bem vistas as coisas, se ele não existisse faria falta no arranjo final do ramalhete corográfico português.
Em acção de graças por esta conclusão pacificadora, rezei orações pagãs no Altar de Cabrões, antes de subir à Nevosa e aos Cornos da Fonte Fria a experimentar como se tremem maleitas em pleno Agosto.
Estava exausto, mas o corpo recusava-se a parar. Pitões acenava-me lá longe, de tectos colmados e de chancas ferradas. Não obstante pisar o mais belo pedaço de chão pátrio, queria repousar em terra real e consubstancialmente minha. Ansiava por estender os ossos nos tomentos de Barroso, onde, apesar de tudo, era mais seguro adormecer. Quem me garantia a mim que, mesmo alcandorado nos carrapitos doirados da Borrajeira, não voltaria a ter pela noite fora um pesadelo verde?"
Considerada a fundadora da moderna literatura galega, a escritora e poetisa Rosalía de Castro foi a iniciadora do Rexurdimento, movimento cultural que constitui o germe do nacionalismo galego. A publicação da sua obra Cantares Gallegos, da qual extraímos o poema “Adeus, rios; adeus, fontes”, é actualmente assinalado como o Dia das Letras Galegas.
Rosalía de Castro é um dos grandes vultos da literatura galega, o mesmo é dizer da Língua portuguesa que se emprega na Galiza. E, tal como se verifica com o cancioneiro medieval galaico-minhoto, também a poesia de Rosalía de Castro e, de uma maneira geral a literatura galega, deveria ser difundida e estudada em Portugal.
Adeus, rios; adeus, fontes
Adeus, rios; adeus, fontes;
adeus, regatos pequenos;
adeus, vista dos meus olhos;
não sei quando nos veremos.
Minha terra, minha terra,
terra onde me eu criei,
hortinha que quero tanto,
figueirinhas que plantei,
prados, rios, arvoredos,
pinhares que move o vento,
passarinhos piadores,
casinha do meu contento,
moinho dos castanhais,
noites claras de luar,
campainhas timbradoras
da igrejinha do lugar,
amorinhas das silveiras
que eu lhe dava ao meu amor,
caminhinhos entre o milho,
adeus para sempre a vós!
Adeus, glória! Adeus, contento!
Deixo a casa onde nasci,
Deixo a aldeia que conheço
Por um mundo que não vi!
Deixo amigos por estranhos,
deixo a veiga pelo mar,
deixo, enfim, quanto bem quero…
Quem pudera o não deixar!...
Mas sou pobre e, malpecado!
a minha terra n’é minha,
que até lhe dão prestado
a beira por que caminha
ao que nasceu desditado.
Tenho-vos, pois, que deixar,
hortinha que tanto amei,
fogueirinha do meu lar,
arvorinhas que plantei,
fontinha do cabanal.
Adeus, adeus, que me vou,
ervinhas do campo-santo,
onde meu pai se enterrou,
ervinhas que biquei tanto,
terrinha que nos criou.
Adeus, Virgem da Assunção,
branca como um serafim;
levo-vos no coração;
vós pedi-lhe a Deus por mim,
minha Virgem da Assunção.
Já se ouvem longe, mui longe,
as campanas do Pomar;
para mim, ai!, coitadinho,
nunca mais hão de tocar.
Já se ouvem longe, mais longe…
Cada bad’lada uma dor;
vou-me só e sem arrimo…
Minha terra, adeus me vou!
Adeus também, queridinha…
Adeus por sempre quiçá!...
Digo-che este adeus chorando
desde a beirinha do mar.
Não me olvides, queridinha,
Se morro de solidão…
Tantas léguas mar adentro…
Minha casinha!, meu lar!
Rosalía de Castro, Cantares Gallegos, edição de Higino Martins Esteves
O melidense Vicente Vázquez recebeu ontem, na Cidade da Cultura, o prémio Nortear de contos curtos para a jovens da Eurorregião
Vicente Vázquez, vencedor da 9ª edição do prémio Nortear com a obra “Profundo sen nome”, mostrou a sua satisfaçãopor fazer parte da lista de vencedores do certame e “pela oportunidade que supõe para o lançamento dos novos escritores da Eurorregião a publicação da obra em galego e português”, declarou.
Nortear é uma iniciativa conjunta da Agrupación Europea de Cooperación Territorial da Eurorrexión Galicia–Norte de Portugal (AECT), da dirección Xeral de Cultura da Xunta de Galicia e da Comissão de Coordinação e Desenvolvimento Regional do Norte de Portugal (CCDR-Norte I.P.)
Hoje apresentou-se também o novo projeto Nortear Galicia – Norte de Portugal (Interreg VI A 21-27)
Santiago de Compostela, 24 de julho de 2024.
O escritor e professor universitário galego Vicente Vázquez Vidal (Melide, 1992) recebeu ontem, na Cidade da Cultura de Santiago, o prémio literário da 9ª edição do certame Nortear de contos curtos, para jovens escritores da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal, pela sua obra “Profundo sen nome”. A cerimónia esteve presidida pelo Siretor da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal (AECT), Nuno Almeida, o Diretor Geral de Cultura da Xunta de Galicia, Anxo Lorenzo, e pelo Vice-Presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte de Portugal (CCDR-Norte. I.P), Jorge Sobrado. O autor melidense recebeu também os primeiros exemplares de “Profundo sen nome”, publicados em português e em galego.
No momento de receber o prémio, Vicente Vázquez, que é professor na Universidade de Lorraine (França), declarou-se emocionado e muito satisfeito por “fazer parte da lista de vencedores do certame e pela oportunidade de lançamento que supõe, não só o prémio, mas também que a obra possa ser publicada tanto em galego como em português”, afirmou Vázquez.
O prémio é uma iniciativa conjunta da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal, da Direção Geral de Cultura da Xunta de Galicia e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte de Portugal (CCDR-Norte I.P.) e faz parte do projecto europeu Nortear, que em 2019, foi distinguido na categoria de “Melhor Projecto de Cooperação Transfronteiriça”, com o prémio europeu “Sail of Papenburg”, da Associação de Regiões Fronteiriças de Europa.
No ato de hoje, da Cidade da Cultura de Santiago, o Subdiretor da Eurorregião Galicia – Norte de Portugal (AECT), Xosé Lago, apresentou o novo projeto Nortear Galicia – Norte de Portugal (Interreg VI A 21-27) que tem um orçamento de 460.000 euros desde 2023 até 2026.
O ato de hoje finalizou com a mesa redonda “A Cultura como oportunidade para a Eurorregião”, moderada por João Ribeiro da Silva, Chefe de Divisão de Programação e Promoção Cultural da CCDR-Norte I.P, na que participaram a Presidente Asspciação Xuventudes Musicais do Eixo Atlântico, Andrea González, o escritor Manuel Andrade e o vencedor de 2021 do prémio Nortear, o escritor e jornalista, Pedro Rodríguez.
10 anos despois, o prémio Nortear continua como um projeto de êxito. É um exemplo destacado de espaço cultural único na Eurorregião, além de ser uma plataforma de lançamento para os jovens escritores dos dois territórios, ao distinguir anualmente obras literárias originais, incentivar a criatividade literária entre os jovens residentes na Galiza e no Norte de Portugal e promover internacionalmente a distribuição das obras.
Desde 2015 apoiaram-se 9 vencedores do prémio Nortear e apresentaram-se a concurso cerca de 400 obras de jovens da Eurorregião. Só nesta edição de 2024, apresentaram-se 42 obras dos dois territórios.
Além de Vicente Vázquez, os oito vencedores das anteriores edicições Nortear foram: Lara Dopazo, Rui Cerqueira Coello, Cecília Santomé, Sara Brandão, Sabela Varela, Célia Fraga, Pedro Rodríguez Villar e Marta Pais de Oliveira.
O projetoeuropeuNortear é um pólo cultural de referência na Europa no âmbito da Cooperação transfronteiriça. Está cofinanciado pelo Programa Operativo de Cooperação Transfronteiriça España – Portugal (POCTEP).
osalía de Castro é justamente considerada a fundadora da moderna literatura galega ou seja, o movimento cultural do rexurdimento que está na origem do nacionalismo galego. A poetisa nasceu em Santiago de Compostela, em 23 de fevereiro de 1837, e faleceu em Padrón, em 15 de julho de 1885.
Escrita em galego e castelhano, a sua poesia inspira-se na lírica popular trovadoresca, tendo publicado em galego “Cantares Gallegos” e “Folhas Novas” e, em castelhano, “En las Orillas del Sar”. A Galiza celebra o Dia das Letras Galegas em 17 de Maio, invocando a edição de “Cantares Gallegos”,a sua primeira obra em galego.
Retrato de Raul Brandão (1928), por Columbano Bordalo Pinheiro (pormenor); col. MNAC
Passam precisamente 101 anos sobre a data da publicação pela primeira vez da obra “Os Pescadores” de Raúl Brandão”. Uma obra de grande interesse etnográfico que relata a vida árdua dos pescadores do nosso país.
O escritor Raul Brandão, na sua obra “Os Pescadores” publicada em 1923, descrevia a comunidade piscatória de Vila Praia de Âncora da seguinte forma: “À direita, encostado ao forte de Lippe, que forma o outro lado da bacia, com o portinho e o varadouro, ficam as casas dos pescadores.
(…) A parte dos pescadores no areal difere completamente nos tipos, nos costumes e nas casas, naturalmente noutros tempos barracas de madeira construídas sobre estacas. Há quatrocentos pescadores pouco mais ou menos, e cento e trinta e dois barcos varados na praia, todos pintados de vermelho. São maceiras, de fundo chato, tripuladas por dois homens, volanteiras ou lanchas de pescada por doze homens, e barcos de sardinha, que levam cinco ou seis peças de sessenta braças cada uma, e quatro homens. As redes têm nomes: peças as da sardinha, volantes as da pescada. Chama-se galricho a uma espécie de massa com que se apanha a faneca; rastão ao camaroeiro; patelo à rede que colhe o caranguejo ou mexoalho; e rasco à da lagosta. As redes da sardinha são do mestre, e as da pescada dos pescadores. Os quinhões dividem-se conforme o peixe.”
E, mais adiante, acrescenta: "No Agosto começa a faina do patelo, assim se chama ao mexoalho ou pilado, que se deita vivo à terra para estrume. Junta-se no mar uma esquadra de barcos, que vêm da Póvoa, de Viana e de Caminha; junta-se na praia uma fiada de carros de todas as aldeias, próximas ou longínquas, que o transportam para o interior das terras. O areal está alastrado de patelo que remexe. Vende-se a lanço ou a cesto, que leva cada um dois alqueires, e custa três tostões. E por toda a costa neste tempo vai a mesma agitação na apanha do sargaço…”
"Os Pescadores", de Raúl Brandão
Sob o título “Venda de peixe na praia de Âncora”, a revista “Ilustração Portugueza”, na sua edição de 14 de Outubro de 1922, dedicou uma página a Vila Praia de Âncora com breves referências ao seu património histórico e ao ambiente pitoresco que anima o portinho junto ao Forte da Lagarteira.
Obra deve ser submetida até 16 de março de 2025. Prémio no valor de 7500 euros
A Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão vai galardoar as melhores obras literárias escritas em português através do recém instituído Prémio Literário Camilo Castelo Branco.
O concurso bienal, lançado no ano em que a autarquia está a comemorar o bicentenário do nascimento do romancista de Seide, tem ainda como objetivo promover a criação de obras portuguesas e destina-se a escritores de qualquer país do espaço lusófono.
O Prémio Literário Camilo Castelo Branco vai distinguir uma obra por edição e ao vencedor será atribuído um prémio no valor de 7 500 euros. Os autores interessados podem submeter uma obra publicada nos dois anos civis anteriores à edição do prémio. Os textos podem inserir-se nas modalidades de poesia, romance, novela, conto e teatro.
Para participarem na primeira edição da iniciativa, os escritores devem enviar quatro exemplares da obra, através dos CTT, até ao dia 16 de março de 2025, para a Casa-Museu de Camilo. Enquanto três exemplares vão ser distribuídos pelos elementos do júri, a quarta cópia vai integrar o espólio bibliográfico do Centro de Estudos Camilianos, situado na União das Freguesias de Seide.
O júri será composto pelo coordenador científico da Casa-Museu de Camilo, Sérgio Guimarães de Sousa, e por dois críticos literários ainda a definir. A obra vencedora será conhecida no prazo máximo de seis meses após a data limite de receção das candidaturas, ou seja, até setembro.
Apenas serão admitidas a concurso obras de autores com mais de 18 anos de idade.
Recorde-se que a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão está a assinalar, até ao dia 16 de março de 2025, o bicentenário do nascimento de Camilo Castelo Branco para fazer perdurar a obra do romancista e transmitir o seu legado junto dos mais jovens.
No passado dia 14 de Junho, Sexta-feira, teve lugar, na Feira do Livro de Lisboa, a sessão de lançamento do vol. 2 das Obras de Maria Ondina Braga, intitulado Biografias no Feminino. Este volume mais recente é da responsabilidade das investigadoras Isabel Cristina Mateus (UMinho /CEHUM) e Claire Williams (Universidade de Oxford). A coordenação da Obra Completa da autora é de Isabel Cristina Mateus e Cândido Oliveira Martins (Universidade Católica Portuguesa / CEFH).
Na sessão, interveio o director da Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Duarte Azinheiro, enquadrando a oportunidade desta edição das obras completas de Maria Ondina Braga no plano da editora do Estado, de pleno direito, face à qualidade da obra em questão, sem deixar de sublinhar o apoio do Município de Braga.
QUEM FOI A ESCRITORA BRACARENSE MARIA ONDINA BRAGA?
Maria Ondina Braga (Braga, 13 de Janeiro de 1922 – Braga, 14 de Março de 2003), foi uma escritora e tradutora portuguesa.
Maria Ondina abandonou sua cidade natal, Braga, nos anos de 1950 para estudar línguas em Paris e Londres, onde se licenciou em literatura Inglesa pela Royal Asiatic Society of Arts. Prosseguiu os seus estudos em França e na Inglaterra, trabalhando como enfermeira. Regressou a Portugal em 1964, depois de ter sido professora, sucessivamente, em Angola, Goa e Macau. Desenvolveu também a atividade de tradutora, traduzindo obras deErskine Caldwell, Graham Greene, Bertrand Russell, Herbert Marcuse e Tzvetan Todorov. Colaborou em várias publicações periódicas como Diário de Notícias,Diário Popular,A Capital,Panorama,Colóquio/Letras e Mulher.
Incluindo na sua bibliografia a poesia e as crónicas de viagem, Maria Ondina Braga afirmou-se como ficcionista, sendo considerada um dos grandes nomes femininos da narrativa portuguesa contemporânea. Depois de ter vivido em Lisboa por muitos anos, voltou a Braga, onde morreu em 14 de Março de 2003.
No âmbito da 94ª Feira do Livro de Lisboa, realiza-se este domingo, 16 de junho, pelas 11h00, uma sessão de autógrafos.
O livro infantil “O Segredo do Sr. Zé Sapateiro”, da autoria da monçanense Cláudia Fernandes Domingues, foi lançado pela editora Cordel D`Prata, no passado dia 29 de maio. Este domingo, pelas 11h00, no âmbito da 94ª Feira do Livro de Lisboa, decorre uma sessão de autógrafos.
"O Segredo do Sr. Zé Sapateiro" é um conto “coberto” de mistério, bondade, amor e respeito pelos mais velhos e por tudo o que nos rodeia. Faz-nos sonhar com o “eternamento belo” e uma viagem à “memória do tempo”. Faz-nos refletir sobre os valores essenciais de uma vivência em comunidade.
Natural da freguesia da Bela, Cláudia Fernandes Domingues nasceu a 2 de setembro de 1988, sendo a mais nova de três irmãos. Em 2011, concluiu a formação em Ciências Farmacêuticas, na Faculdade de Farmácia, da Universidade do Porto.
Com paixão pela escrita e uma mente imaginativa, escrever sempre fez parte da sua vida. Inspirado em momentos da sua infância e em personagens da sua aldeia, o livro “O Segredo do Sr. Zé Sapateiro" é o cumprimento de um sonho. Quantos mais haverá?
A apresentação da obra “Camilo e o último Enforcado em Braga: O Demónio do Ouro”, de António José Ferreira Afonso, no dia 7 de junho, traduz, para o Presidente da Câmara Municipal, Frederico Castro, a reconfirmação da Póvoa de Lanhoso como terra camiliana.
“Camilo Castelo Branco está associado à Póvoa de Lanhoso. A Póvoa de Lanhoso está associada à história de Camilo Castelo Branco. Ele escreveu sobre a Póvoa de Lanhoso e nós, enquanto Povoenses, devemos ter um orgulho muito grande nisso”, destacou o autarca Povoense, acrescentando que tal situação deve despertar o interesse e a curiosidade da comunidade. Razão pela qual abriu a porta à possibilidade de a Autarquia proporcionar à população visitas à Casa de Camilo, em Vila Nova de Famalicão.
O interesse pelo romance “O Demónio do Ouro” decorre do facto de conter referências à Póvoa de Lanhoso, de os protagonistas serem originários de território Povoense (quadrilha de Serafim Gonçalves, de Fontarcada) e também por ter sido um Povoense (José Joaquim Ferreira de Mello e Andrade) a facultar a Camilo Castelo Branco as histórias que estão na sua base. “Precisamos de, ao realçar este trabalho, dar oportunidade às pessoas da Póvoa de Lanhoso e não só de perceberem que nós somos um território, um concelho, um povo com grande riqueza histórica e cultural, que precisa de ser documentada”, considerou o Presidente da Autarquia, afirmando a total disponibilidade da edilidade para prosseguir este caminho.
A obra “Camilo e o último Enforcado em Braga: O Demónio do Ouro” decorre de uma edição tripartida, que engloba Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, Santa Casa da Misericórdia de Braga e Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. A apresentação esteve a cargo do coordenador científico da Casa de Camilo e do Centro de Estudos Camilianos, Sérgio Guimarães de Sousa, e do próprio autor, António José Ferreira Afonso. A cerimónia, que decorreu na Quinta Rural Maria da Fonte, em Calvos, foi conduzida pelo coordenador do Núcleo Documental da Autarquia, Paulo Freitas, cuja ação foi determinante para que os manuscritos não se perdessem para sempre.
A cerimónia contou, na abertura, com um pequeno concerto do Grupo de Cantares do Cancioneiro Minhoto, natural da freguesia de Calvos, onde a mesma decorreu. Na mesma oportunidade, foi ainda possível visualizar os manuscritos das histórias na base de “O Demónio do Ouro”, no 150.º aniversário da edição do segundo volume (1874-2024). O primeiro volume foi editado em 1873.
Na 14ª edição do Prémio Escolar António Manuel Couto Viana, a Câmara Municipal de Viana do Castelo distingue 14 trabalhos de estudantes do concelho, distribuídos pelas várias modalidade e anos de escolaridade.
Como tem sido habitual, o dia 8 de junho, data em que faleceu António Manuel Couto Viana, é o momento escolhido para divulgar junto da comunidade educativa vianense os vencedores do prémio escolar que foi instituído em homenagem à vida e à obra do escritor vianense António Manuel Couto Viana, escritor, autor de literatura infantil, poeta, ensaísta, tradutor e dramaturgo. Esta é, pois, uma homenagem que tem por finalidade dar a conhecer a obra literária do autor e premiar produções literárias e artísticas da população infantojuvenil da comunidade escolar vianense, sob as modalidades de Conto, Ensaio, Ilustração e Poesia.
O Prémio Escolar António Manuel Couto Viana é um concurso organizado pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, através da Biblioteca Municipal, em parceria com as Bibliotecas Escolares dos estabelecimentos de ensino público e privado do concelho, que prevê duas fases distintas, uma que acontece nas escolas, com a seleção do melhor trabalho, e outra, a fase final, na Biblioteca Municipal, onde são apurados, de acordo com o regulamento, os melhores trabalhos por um júri idóneo.
Assim, na presente edição foram apresentados à fase final do concurso 42 trabalhos dos alunos das escolas do concelho, públicas e privadas, e o júri deliberou premiar um total de 14 trabalhos, distribuídos pelas várias modalidade e anos de escolaridade.
Com esta iniciativa, que conta com o apoio da Editora OPERA OMNIA, a Câmara Municipal, através da sua Biblioteca Municipal, procura responder ao apelo do Manifesto da IFLA/UNESCO sobre Bibliotecas Públicas 1994 que defende a biblioteca pública como “porta de acesso local ao conhecimento - fornece as condições básicas para a aprendizagem ao longo da vida, para uma tomada de decisão independente e para o desenvolvimento cultural do indivíduo e dos grupos sociais”.
Dando cumprimento ao disposto no regulamento do concurso da 14.ª Edição do Prémio Escolar António Manuel Couto Viana, divulgamos a lista de premiados nas várias modalidades e por nível de escolaridade e informamos que a sessão de entrega de prémios realiza-se no dia 22 de junho, pelas 11h00, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal.
Na modalidade de CONTO (tema livre), o prémio foi atribuído aos seguintes concorrentes:
1.º Ciclo do Ensino Básico:
Nome do vencedor: Miguel Matias Coroado Maia de Sá;
Com o CONTO intitulado:Um sábado enfarinhado;
Aluno da escola: EB1 do Carmo, do Agrupamento de Escolas de Santa Maria Maior;
Com o prémio no valor de: 50€ (Cinquenta Euros).
2.º Ciclo do Ensino Básico
Nome do vencedor: Gustavo Picoto Figueiredo;
Com o CONTO intitulado: A história de um sonho;
Aluno da escola: Colégio do Minho;
Com o prémio no valor de: 100€ (Cem Euros).
3.º Ciclo do Ensino Básico:
Nome do vencedor: Leonardo dos Santos Pereira;
Com o CONTO intitulado: No meu tempo, não era assim!;
Aluno da escola: Escola Profissional Artística do Alto Minho – ARTEAM;
Com o prémio no valor de: 150€ (Cento e Cinquenta Euros).
Ensino Secundário:
Nome do vencedor: Élin Gonçalves Matos;
Com o CONTO intitulado: O Homem;
Aluna da escola: Escola Profissional Artística do Alto Minho - ARTEAM;
Com o prémio no valor de: 200€ (Duzentos Euros).
Na modalidade de POESIA (tema livre), o prémio foi atribuído aos seguintes concorrentes:
1.º Ciclo do Ensino Básico:
Nome do vencedor: Luís dos Santos Correia;
Com a POESIA intitulado: A água;
Aluno da escola: EB1 de Chafé, do Agrupamento de Escolas de Monte da Ola;
Com o prémio no valor de: 50€ (Cinquenta Euros).
2.º Ciclo do Ensino Básico
Nome do vencedor: Filipe Borlido Martins;
Com a POESIA intitulado: O meu amigo imaginário;
Aluno da escola: Colégio do Minho;
Com o prémio no valor de: 100€ (Cem Euros).
3.º Ciclo do Ensino Básico:
Nome do vencedor: Martim Félix Rodrigues Gigante;
Com a POESIA intitulado: Poema - 25 de abril;
Aluno da escola: Colégio do Minho;
Com o prémio no valor de: 150€ (Cento e Cinquenta Euros).
Ensino Secundário:
Nome do vencedor: João Pedro de Macedo Ventura;
Com a POESIA intitulado: Primeiro verso;
Aluna da escola: Escola Secundária de Monserrate, do Agrupamento de Escolas de Monserrate;
Com o prémio no valor de: 200€ (Duzentos Euros).
Na modalidade de ENSAIO, o prémio foi atribuído aos trabalhos realizados a partir da obra de António Manuel Couto Viana, de acordo com os seguintes níveis de escolaridade:
3.º Ciclo do Ensino Básico:
Nome do vencedor: Afonso Filipe da Ponte Guedes;
Com o ENSAIO intitulado: Entrada na vida adulta : um rito de passagem a partir da peça "Um espinho da flor" do livro "Teatro infantil e juvenil";
Aluno da escola: Escola Profissional Artística do Alto Minho - ARTEAM;
Com o prémio no valor de: 150€ (Cento e Cinquenta Euros).
Ensino Secundário:
Nome do vencedor: Lara Ferreira Trindade
Com o ENSAIO intitulado: A pluralíssima singularidade de Couto Viana, a partir do livro "Por dentro de mim dou a volta ao mundo"
Aluna da escola: Escola Secundária de Monserrate, do Agrupamento de Escolas de Monserrate;
Com o prémio no valor de: 200€ (Duzentos Euros).
Na modalidade de ILUSTRAÇÃO, o prémio foi atribuído aos trabalhos realizados a partir da obra de António Manuel Couto Viana, de acordo com os seguintes níveis de escolaridade:
1.º Ciclo do Ensino Básico:
Nome do vencedor: Camila Rio da Rocha;
Com a ILUSTRAÇÃO a partir do poema"Nove cores - verde" do livro Versos de Cacaracá;
Aluna da escola: EB1 do Carmo, do Agrupamento de Escolas de Santa Maria Maior;
Com o prémio no valor de: 50€ (Cinquenta Euros).
2.º Ciclo do Ensino Básico:
Nome do vencedor: Leandro Cruz Garcia;
Com a ILUSTRAÇÃO a partir do livro"Criança é rima de esperança";
Aluno da escola: EB2,3 Dr. Pedro Barbosa, do Agrupamento de Escolas de Monserrate;
Com o prémio no valor de: 100€ (Cem Euros).
3.º Ciclo do Ensino Básico:
Nome do vencedor: Eva Brito Cunha;
Com a ILUSTRAÇÃO a partir do poema " Nove cores - verde" do livro Versos de Cacaracá;
Aluna da Escola: EB2,3 Dr. Pedro Barbosa, do Agrupamento de Escolas de Monserrate;
Com o prémio no valor de: 150€ (Cento e Cinquenta Euros).
Ensino Secundário:
Nome do vencedor: Dalila Cristina Simas Pinheiro;
Com a ILUSTRAÇÃO a partir do livroPor dentro de mim, dou a volta ao mundo;