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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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ESPOSENDE CAPTA NOVO INVESTIMENTO DE 18,7 MILHÕES DE EUROS

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Otiima Industries, S.A., do grupo Kozowood, investe no concelho que continua a atrair novas empresas para o território

O concelho de Esposende vai acolher a instalação de uma nova unidade industrial, a Otiima Industries, S.A., do Grupo Kozowood, num investimento de 18,7 milhões de euros, que prevê a criação de dezenas de novos postos de trabalho, dando assim continuidade ao plano de investimento do Grupo Kozowood que, após a inauguração em fevereiro da primeira unidade industrial, parte agora para a construção desta segunda unidade Industrial.

A proposta de reconhecimento de interesse para o desenvolvimento local proposto pela empresa mereceu a aprovação da Câmara Municipal, em reunião do executivo, traduzindo-se num conjunto de incentivos, nomeadamente isenção e redução de taxas e impostos.

Com o intuito de melhorar e otimizar a capacidade produtiva e dar resposta às novas exigências do mercado, a Otiima Industries, S.A vai avançar com a construção de uma fábrica de última geração para a fabricação de painéis de CLT – Cross Laminated Timber com capacidade de processamento de CLT. O projeto visa desenvolver e implementar uma solução industrial avançada, aplicando as melhores práticas tecnológicas e de processo disponíveis, para a produção de painéis de CLT, recorrendo principalmente a madeira disponível no território português. A empresa, constituída em 2013, pretende assim posicionar-se como um player de referência nesta área de elevada exigência tecnológica, à escala europeia.

Com este investimento na criação de uma unidade em Esposende, a empresa projeta um aumento do quadro de pessoal direto, com a criação de dezenas de postos de trabalho. Para além disso, a construção do edifício e respetivas infraestruturas, fomentará a criação de novos postos de trabalho de forma indireta, bem como a aquisição de bens aos fornecedores locais.

“A atração de novas empresas para o concelho de Esposende, bem como o crescimento das já instaladas, é sinónimo de criação de mais emprego e maior riqueza, o que naturalmente se traduz em melhores condições de vida de toda a comunidade”, refere o Presidente da Câmara Municipal, Benjamim Pereira. Neste contexto, o autarca expressa satisfação pela instalação da Otiima Industries, S.A., notando que “é imperativo que as empresas possuam infraestruturas que permitam dar resposta e ter uma gestão eficientes dos processos produtivos, numa altura em que o setor da construção está em transformação, sendo necessárias novas metodologias de construção, a redução da pegada ecológica, a evolução dos processos construtivos, a inovação decorrente da utilização de novos materiais e processos construtivos, com especial destaque para a utilização da madeira na construção, a inovação no desenvolvimento de sistemas construtivos de assemblagem fácil, e as exigências regulamentares propostas pela Comissão Europeia a partir de 2030”.

No âmbito da sua política, o Município de Esposende disponibiliza as ferramentas e condições que facilitam a captação de investimento relevante para o desenvolvimento económico do concelho, quer pela via da criação de riqueza, quer pela via da criação de emprego. Ferramentas como o Regulamento de Concessão de Incentivos ao Investimento, disponibilizam aos investidores apoios efetivos de acordo com a sua área de negócio e estratégia de investimento e permitem ao Município contribuir para a instalação e captação de valor acrescentado, que advirá da criação de emprego, da mais-valia gerada nomeadamente em impostos pagos, bem como a divulgação do território de Esposende. Estes apoios capazes de atrair investimento privado trazem para o concelho de Esposende, mais riqueza e mais emprego, apoiando desta forma toda a comunidade. Esta estratégica conflui para o cumprimento das metas dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU.

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BRAGA ASSUME VICE-PRESIDÊNCIA DA REDE INTERNACIONAL DE CIDADES MICHELIN

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O Município de Braga foi eleito vice-presidente da Rede de Cidades Michelin, durante a 4.ª Conferência da rede, realizada entre os dias 15 e 19 de Abril, na cidade de Anderson, Carolina do Sul. Com a participação de uma delegação liderada pelo vereador João Rodrigues, Braga demonstrou seu compromisso com a cooperação internacional e o desenvolvimento sustentável.

O ponto alto da participação de Braga na conferência foi a sua nomeação como vice-presidente da rede para o mandato de 2024 a 2026. O vereador João Rodrigues desempenhou um papel essencial nesse processo, trazendo uma visão dinâmica e pragmática para fortalecer os laços entre as cidades membro e orientar a direcção estratégica da rede.

“A nomeação de Braga como vice-presidente da Rede das Cidades Michelin é um testemunho do nosso compromisso com esta rede, aumentando ainda mais a forte parceria estratégica com as outras cidades, especialmente com Clermont Ferrand, cidade com quem temos uma relação de décadas”, afirmou João Rodrigues. “Estamos motivados para contribuir activamente para os esforços da rede nos próximos anos. As outras cidades reconheceram a nossa mais valia para fazer parte da sua direcção”.

Durante a conferência, a Startup Braga assinou um protocolo de colaboração para a criação do ‘Corredor de Incubadoras’ nas cidades da rede, uma iniciativa destinada a promover a inovação e o empreendedorismo, criando a possibilidade de abrir novos mercados e investidores para as startups das cidades participantes. Luis Rodrigues, director da Startup Braga, foi um dos signatários desse acordo, destacando o compromisso da cidade em fornecer um ambiente propício para o crescimento de novas empresas e startups.

“A criação do ‘Corredor de Incubadoras’ representa mais uma oportunidade para impulsionar a inovação e o desenvolvimento económico em Braga”, declarou, acrescentando que “estamos confiantes de que esta iniciativa irá gerar resultados positivos para a nossa comunidade”.

O ecossistema de inovação e empreendedorismo de Braga esteve ainda representado esteve presente com duas das startups, a Automaise e OmniumAI, para participarem num concurso de startups promovido pela rede, demonstrando a vitalidade e a criatividade do ecossistema empreendedor da cidade. A sua participação foi um testemunho do talento e da inovação que Braga tem para oferecer ao mundo.

A Rede Internacional das Cidades Michelin, criada e liderada pela cidade irmã de Braga, Clermont Ferrand, tem como objectivo promover a colaboração entre cidades geminadas e as que têm instalações da multinacional Michelin, com sede na cidade francesa, para impulsionar o desenvolvimento económico, cultural e social.

A próxima conferência da rede está programada para ocorrer em Cuneo, Itália, em 2026. Braga tem sido uma das cidades com uma participação activa na rede, onde estão mais de duas dezenas autarquias.

FAMALICÃO ASSINALOU SEMANA NACIONAL DO TURISMO INDUSTRIAL

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Vila Nova de Famalicão assinalou recentemente a Semana Nacional do Turismo Industrial, com um dia dedicado à promoção deste segmento turístico como produto capaz de valorizar a atratividade do território.

A autarquia juntou os vários parceiros ligados ao património cultural e industrial numa jornada que arrancou nos Paços do Concelho e incluiu uma visita à Têxtil Nortenha e à Quinta das Pirâmides e uma degustação da receita camiliana da Galinha Mourisca.  

Entre os presentes esteve o vice-presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal, Cancela Moura, que apontou o turismo industrial “como um nicho de mercado em crescimento”.

O responsável lembrou ainda os últimos dados estatísticos que apontam para um crescimento do setor em Portugal no último ano, com números recorde nas taxas de turistas ou no número de dormidas, que se refletiu no maior volume de negócios, acima dos 25 mil milhões de euros.

“O turismo Industrial é um nicho mas tem este efeito multiplicador de potenciar a gastronomia, a cultura, a hotelaria e assim dinamizar a economia, gerar emprego e também, por essa via, esta iniciativa é valorizadora do nosso território”, anotou ainda o autarca famalicense Mário Passos.

BARCELOS ASSINA MEMORANDO DE ENTENDIMENTO PARA O SECTOR TÊXTIL

O município barcelense vai amanhã proceder à Cerimónia de Assinatura do Memorando de Entendimento para o Sector Têxtil, a ter lugar no Salão Nobre da Câmara Municipal de Barcelos.

Este Memorando de Entendimento é de vital importância para os passos seguintes em defesa do sector do têxtil e vestuário no nosso concelho e na região.

O Memorando de Entendimento é o elemento essencial para o arranque das novas medidas de apoio ao sector Têxtil em Barcelos, e na região, e constitui o lançamento da estratégia para a concretização da Cidade Têxtil e da Moda.

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ACIB E MUNICÍPIO DE BARCELOS REALIZAM CERIMÓNIA DE ASSINATURA DO MEMORANDO DE ENTENDIMENTO PARA O SECTOR TÊXTIL

A ACIB e a Câmara Municipal de Barcelos vão realizar a Cerimónia de Assinatura do Memorando de Entendimento para o Sector Têxtil, no próximo dia 22 de março, pelas 14h30, no Salão Nobre da Câmara Municipal de Barcelos, e a ser subscrito pelas duas entidades.

Este Memorando de Entendimento é de vital importância para os passos seguintes em defesa do sector do têxtil e vestuário no nosso concelho e na região.

O Memorando de Entendimento é o elemento essencial para o arranque das novas medidas de apoio ao sector Têxtil em Barcelos, e na região, e constitui o lançamento da estratégia para a concretização da Cidade Têxtil e da Moda.

A Cerimónia é presidida por Sua Excelência o Senhor Ministro da Economia e do Mar em funções, Dr. António Costa e Silva.

Trata-se de um evento muito importante que contribuirá ao reforço da mensagem que a ACIB e a Câmara Municipal têm vindo a transmitir de forma conjunta no sentido de defender as empresas do sector têxtil solicitando mais apoios e medidas.

O sector têxtil é reconhecido como estratégico para a região Cávado/Ave e constitui um pilar da dinâmica económica e social no território.

O TÊXTIL PORTUGUÊS DESENVOLVE-SE A PARTIR DE FAMALICÃO E TEM NO NOME CITEVE E ANTÓNIO BRAZ COSTA

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Diretor-geral do Centro Tecnológico Têxtil é um dos Rostos da Região Empreendedora Europeia

Quando há mais de vinte anos aceitou o convite para trabalhar no CITEVE, António Braz Costa nunca imaginou que este namoro fosse dar em casamento.

O atual diretor-geral do Centro Tecnológico Têxtil e Vestuário sediado em Vila Nova de Famalicão, que aos 18 anos decidiu ser engenheiro em vez de músico, explica que ir à frente é o seu principal trabalho. “Procuro estar constantemente a perceber o que está a acontecer, a colocar permanentemente as coisas em perspetiva e a perceber qual é o ponto onde queremos estar daqui a cinco ou dez anos para que possamos lá chegar e para que o CITEVE possa transferir respostas para a indústria”, disse.

Braz Costa acredita que a inovação é, e sempre foi, a principal resposta para os desafios que o Têxtil e Vestuário enfrenta e, por isso, salienta o “percurso extraordinário” trilhado pela indústria do setor e pelo CITEVE, que em maio comemora 35 anos de existência, no mesmo ano em que Vila Nova de Famalicão é Região Empreendedora Europeia (EER).

O diretor-geral do CITEVE, que esta quinta-feira foi apontado pelo autarca Mário Passos como um dos “Rostos da EER”, aponta a sustentabilidade, a digitalização e a performance como os principais desafios do setor. “O têxtil mundial está num perfeito furacão e o têxtil português está também cheio de oportunidades e cheio de desafios. Todos estão à procura do mesmo e o setor em Portugal tem que estar na liderança destes processos para não sermos ultrapassados”, disse.

“Não tenho dúvidas de que daqui a 50 anos o setor será completamente “footprint” zero, com soluções que permitam a produção de uma peça de vestuário sem impactos negativos no meio ambiente”, acrescentou.

António Braz Costa é assim o segundo “Rosto da ERR” destacado pelo presidente do Município de Famalicão no roteiro que ao longo deste ano dará a conhecer muitos dos nomes que ajudam a posicionar Vila Nova de Famalicão como uma das maiores e mais pujantes economias do país e a impulsionar o ADN empreendedor do concelho.

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PRESIDENTE DA CÂMARA DE FAMALICÃO, MÁRIO PASSOS, PARTICIPOU NO JANTAR DE GALA DO CENTENÁRIO DA EMPRESA “A ELÉCTRICA”

“A Eléctrica é um exemplo de empreendedorismo e resiliência”

“Tínhamos a obrigação histórica de celebrar o centenário da empresa e homenagear todos aqueles que contribuíram para que ‘A Eléctrica’ tenha chegado até aqui.”

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Foi desta forma que Carlos Correia, CEO da A Eléctrica, e neto do fundador António Dias da Costa, explicou a realização do jantar de gala com que assinalou o centenário da empresa, na última sexta-feira, num restaurante da freguesia do Louro, concelho de Vila Nova de Famalicão.

“Trabalhar numa empresa centenária traz um acréscimo de responsabilidade. Temos a obrigação de preservar o legado de profissionalismo e seriedade conquistado. Tal implica um grau de exigência ainda superior em tudo o que fazemos”, afirmou Carlos Correia, perante cerca de uma centena de pessoas, onde se destacavam o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Mário Passos, o vereador da Economia, Augusto Lima, os deputados famalicenses Eduardo Oliveira e Jorge Paulo Oliveira, o presidente da Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão, Xavier Ferreira, entre outros parceiros, trabalhadores, clientes, fornecedores e familiares.

Depois do lançamento do livro “Cem Anos de Superação – A Eléctrica 1924-2024”, da autoria do consultor de comunicação Luís Paulo Rodrigues, em dezembro último, o jantar de gala do centenário foi o segundo grande evento para celebrar os 100 anos da empresa famalicense.

“ANOS DOURADOS DE FAMALICÃO”

“Sou um presidente da Câmara privilegiado e satisfeito por existirem muitas empresas, não tão longas como A Eléctrica, mas com esta capacidade de se superarem dia após dia, uma capacidade de resiliência enorme”, afirmou, o edil famalicense Mário Passos, que incluiu os bons resultados de A Eléctrica naquilo que considerou serem “os anos dourados de Vila Nova de Famalicão”, em função de o concelho liderar as exportações no norte do país.

“A Eléctrica é um bom exemplo de empreendedorismo e o símbolo de muitas outras empresas no concelho, através da sua história, da sua resiliência e da insatisfação constante”, frisou Mário Passos.

DA ENERGIA À METALOMECÂNICA

A Eléctrica foi fundada no dia 16 de fevereiro de 1924, por António Dias da Costa, para comercializar instalações elétricas e mais tarde distribuir energia elétrica em torno da vila de Famalicão. Mas “A Eléctrica” possuía atividades diversificadas, designadamente o comércio, aluguer e reparação de automóveis.

Mais tarde foram sendo acrescentadas outras atividades como a estação de serviço e o mítico Restaurante Íris, a comercialização de materiais de construção, de eletrodomésticos, a fabricação de bombas centrifugas e, finalmente, aquela que é a atividade principal desde os anos de 1960: a conceção, fabricação e montagem de soluções para a pintura de superfícies e secagem.

“Nas últimas décadas, a “A Eléctrica” decidiu estrategicamente concentrar o foco da sua atuação na área em que era mais diferenciadora. Essa foi a forma encontrada para poder agregar recursos para possibilitar uma melhoria continua. Para poder apresentar ao mercado soluções inovadoras e tecnologicamente avançadas e possuir um serviço adequado às necessidades dos clientes”, explicou Carlos Correia, afirmando que a família de A Eléctrica continua a trabalhar diariamente para “fazer melhor do que no dia anterior”.

“RESULTADOS POSITIVOS”

Uma receita de sucesso, tanto mais que, frisou o CEO de A Eléctrica, “os números têm sido positivos em termos de volume de vendas e de resultados”. “Sabemos que esses resultados acontecem devido ao esforço e dedicação dos colaboradores, mas também na aposta na inovação, na investigação e no desenvolvimento”, sustentou.

Para que isso aconteça, A Eléctrica tem privilegiado a ligação aos centros de investigação, como o Centi – Centro de Nanotecnologia, o CVR – Centro de Valorização de Resíduos, a Universidade do Minho e outras entidades.

Consciente das enormes mudanças tecnológicas que estão para chegar à indústria metalomecânica, nomeadamente em função da aplicação da inteligência artificial, o CEO de A Eléctrica sabe que “há princípios básicos que serão mantidos”. E especificou: “Trabalho, dedicação, formação, inovação e adaptação”. “Foi assim nos últimos 100 anos e estou convencido que ainda continuará a ser nas futuras gerações”, realçou Carlos Correia.

OS PRÉMIOS AE

A gerência de A Eléctrica agraciou a fidelidade dos seus colaboradores com prémios para os trabalhadores com 10 anos ou mais de ligação à empresa. O destaque da noite aconteceu quando duas pessoas “que atravessaram já muitos ventos e muitas marés” foram distinguidas por mais de 40 anos na “A Eléctrica”: Elisa Lopes, responsável pela contabilidade, e José Luís Miranda, diretor fabril.

O advogado Pedro Machado Ruivo e o médico Adolfo Queirós receberam o Prémio AE Honorário, enquanto os gerentes Carlos Correia e Rosa Clara Dias da Costa, o diretor fabril José Luís Miranda e os antigos quadros da empresa Eduardo Sá e Carlos Domingues foram agraciados com o Prémio AE Prestígio.

A Associação Empresarial de Portugal, a Associação Comercial e Industrial de Vila Nova de Famalicão e a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão receberam o Prémio AE Institucional.

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OS ESTALEIROS NAVAIS DE VIANA DO CASTELO NAS MEMÓRIAS (AINDA NÃO PUBLICADAS) DO ALMIRANTE HENRIQUE TENREIRO

Por gentileza do Dr. Henrique Marçal, sobrinho-neto do Almirante Henrique Tenreiro, o BLOGUE DO MINHO publica um extrato das Memórias do Almirante Henrique dos Santos Tenreiro, escritas em 1980, após a sua saída de Portugal em novembro de 1975, e nunca publicadas, nas quais faz referências a um episódio da aquisição da posição inglesa inicial nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo feita por um português e as surpreendentes relações entre os vários intervenientes no processo.

ENVC – Estaleiros Navais de Viana Castelo

“Um dia apareceu-me no meu gabinete, Jacques de Lacerda, aflito e dizendo-me que os donos da Parry & Son queriam vender o estaleiro e que ele ficaria com a vida completamente arruinada, pois perderia o lugar de administrador e a obra que vinha realizando no respetivo estaleiro. A única solução seria ele comprar os estaleiros, pois uma cláusula da escritura dava-lhe a preferência pelo preço por que fossem avaliados.

Os ingleses tinham avaliado os estaleiros por um preço baixo, apesar do ser muito dinheiro naquela época: 25 mil contos. Ele não tinha dinheiro para isso. O advogado dos ingleses era uma pessoa muito dura, Dr. Bustorff Silva, um dos melhores advogados de Lisboa. Ele era meu amigo, pois meu pai tinha-lhe ensinado as primeiras letras. Lacerda instou, pediu que o ajudasse, pois era uma obra que ele iria fazer para o bem do País e os estaleiros passariam para a mão de um português e que o Governo tinha a obrigação de o auxiliar nessa iniciativa, pois o surto de desenvolvimento da marinha mercante e da pesca justificava plenamente um empréstimo a longo prazo para ele pagar aos ingleses.

Pensei, será mais uma acha para a fogueira dos invejosos, amigos ou inimigos, que só se norteiam pelos interesses materiais e que nunca acreditarão na minha isenção em tal operação.

Assim mesmo, decidi-me a atender e estabelecemos a forma de agir: "primeiro, você vai expor todo esse plano ao Ministro da Marinha, Almirante Américo Tomaz para que ele se interesse e o exponha ao Dr. Salazar, ao Ministro das Finanças e à Caixa Geral de Depósitos para que esta lhe faça o respetivo empréstimo. Eu falarei ao Ministro da Marinha das suas razões e vou falar com o Dr. Bustorff Silva para que ele seja razoável e compreensível na res-petiva transação. Passaram-se alguns meses e o Ministro da Marinha que tinha simpatia e admiração pelo Lacerda e achava a causa justa, tinha-se empenhado a fundo no assunto, mas nada conseguiu da Caixa Geral do Depósitos quanto ao assunto do financiamento. Fiquei desolado; nova conversa com o Lacerda que me procurava quase todos os dias. Pedi-lhe a cópia do processo que ele tinha enviado à Caixa, para eu pessoalmente tratar do assunto junto ao Banco Ultramarino onde, neste momento, o meu querido amigo e Embaixador Teotónio Pereira era administrador. Falei, conversei muito com ele e trouxe reais esperanças. Demoraram meses as informações, pedido de documentos e dar a resposta. Os ingleses apertaram com o Lacerda e deram-lhe um prazo para ele resolver. O Pedro Teotónio Pereira desolado, comunica-me que o Banco não pode de fazer o empréstimo. O Lacerda ficou louco e eu desolado e triste por ver que nem as instâncias oficiais, nem a Banca particular se interessavam por problemas vitais do País.

Levei dois dias a pensar corno poderia resolver o assunto e resolvi ir falar com o Dr, Bustorff Silva e expor-lhe um plano. Bustorff, era um grande salazarista, tinha-me como pedra do xadrez político e votava-me muita consideração. Ele adorava meu pai. Depois de larga discussão fiz-lhe uma proposta. Lacerda compraria os estaleiros em prestações de 6 anos, daria uma prestação de 5 mil contos no ato da escritura e só faria a escritura definitiva no ato de pagamento da última prestação. Muita discussão e ele concordou desde que eu moralmente ficasse responsável. Aceitei. Lacerda chorou de alegria no meu gabinete e ao dizer-lho para marcar a data da escritura, declarou-me quo não tinha os cinco mil contos para o sinal. Fiquei transtornado: tanto trabalho, tantos compromissos, que até me podiam afetar moralmente, e via ir tudo por água abaixo. Não desanimei.

Mandei chamar o chefe dos serviços do Grémio das Pescas e perguntei quem eram os armadores que estavam autorizados a fazer construções. Entre estes armadores que estavam autorizados, estavam, a firma Veloso e Cia. cujo proprietário era um homem de carácter, antigo armador o muito meu amigo. A sua empresa era no Norte do País e me informaram quo ele estava em relações com os Estaleiros de Viana do Castelo para construir o seu navio. Jacques de Lacerda tinha sido o técnico e negociador para salvar os Estaleiros de Viana e a Parry & Son já era sócia maioritária. Foi-me fácil idealizar que Veloso podia ser a chave para resolver a compra do Parry & Son. Assim, pedi que viesse ver-me e perguntei-lhe se ele estava pronto para construir o seu navio e fechar o contrato com os Estaleiros de Viana do Castelo. Ele me afirmou que sim. Era um homem rico e tinha os fundos indispensáveis para adiantar aos Estaleiros de Viana uma verba avultada para a construção do navio. Coloquei o Veloso em contato com o Jacques do Lacerda e, numa brave reunião entre os três, ficou arrumado todo o problema. Parecia um milagre, pois resolveu-se ali o plano financeiro para a compra do Parry & Son. E assim, Jacques de Lacerda ficou proprietário do Parry & Son e presidente maioritário dos Estaleiros de Viana do Castelo. Ele chorou de alegria no meu gabinete; era um problema dificílimo de resolver e durante um ano se fizeram os maiores esforços oficiais e particulares para solucionar um grande problema para a indústria nacional, vital para as pescas e que ia dar trabalho a muitos operários portugueses.

Muitos navios se construíram em Viana do Castelo inclusive o Navio Hospital Gil Eanes. E várias vezes durante o ano, o Ministro da Marinha e várias autoridades se dirigiam a Viana do Castelo para assistir a essas cerimónias que mobilizavam a população toda da terra, em sinal de alegria pelo desenvolvimento da indústria local. A criação doa estaleiros marcou na minha vida uma das maiores obras, industrial e social, que ainda hoje perdura.

Os estaleiros continuaram magnificamente a operar tanto o Parry & Son, como Viana do Castelo e Jacques de Lacerda trabalhava denodadamente entre Viana e Lisboa para os administrar. Portou-se como um grande e grato amigo. Nada quis dele e ele se preocupava com a minha saúde, como um verdadeiro irmão e lembra-me a sua aflição, que chegou às lagrimas, quando doente tive que ir a Nova York para fazer uma operação.

A sua morte prematura abalou-me consideravelmente. Morreu com 45 anos em plena atividade não podendo colher os frutos da sua obra. Ficou a administrar os estaleiros um sobrinho, Luiz da Lacerda, o filho, que ainda era um rapaz novo e a viúva, mas a administração que faziam e os gastos com suas vidas particulares, trouxeram várias dificuldades aos estaleiros.

Tive que continuar a proporcionar assistência técnica e financeira para que pudessem aguentar e construir.

Foi para mim uma deceção quando fui informado, não por eles, que os estaleiros tinham sido vendidos à Companhia União Fabril por um valor excecional, comparado com a compra que se tinha feito antes e que eles, sobrinho e filho tinham continuado administradores com bons vencimentos.”

- Henrique dos Santos Tenreiro – Memórias (Rio de Janeiro, 1980). (Não publicado).

Gentilmente cedido pelo Dr. Henrique Marçal, sobrinho-neto do Almirante Henrique Tenreiro.

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VIANA DO CASTELO: ALMIRANTE HENRIQUE TENREIRO VISITOU OS ESTALEIROS NAVAIS EM 1948

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Almirante Henrique Tenreiro visitou os Estaleiros Navais de Viana do Castelo em 7 de Março de 1948. Fonte: Biblioteca Central de Marinha / Arquivo Histórico

VIANA DO CASTELO VAI CONSTRUIR 6 NAVIOS OCEÂNICOS PARA A MARINHA PORTUGUESA

Contrato para construção de seis novos NPO representa "dia histórico" para a construção naval e para Viana do Castelo

O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, marcou hoje presença na cerimónia de assinatura do contrato que prevê a construção de seis novos Navios de Patrulha Oceânicos (NPO) para a Marinha Portuguesa na West Sea. O autarca vianense garante que "hoje é um dia histórico para a engenharia portuguesa, para a indústria nacional, em particular para a construção naval e para a WestSea, para a Marinha e para Viana do Castelo.”

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“Com a celebração deste contrato, assinala-se a competência histórica de Viana do Castelo na construção naval e, em simultâneo, posicionamo-nos para o futuro como o único cluster, no domínio da construção naval militar, em Portugal", assegura Luís Nobre.

Por isso mesmo, o autarca agradece "ao Governo, à Marinha e a WestSea, pelo empenho na concretização da assinatura do contrato para construção dos 6 novos navios patrulha oceânicos, NPO”s de 3ª geração".

Esta sexta-feira, na cerimónia, que aconteceu nas instalações centrais da Marinha, em Lisboa, o Chefe do Estado-Maior da Armada destacou o valor estratégico dos patrulhas oceânicos que serão construídos com capacidades tecnológicas avançadas e serão adicionados à frota entre 2027 e 2030.

Este será um investimento de cerca de 300 milhões de euros, previsto na Lei de Programação Militar, e é considerado imprescindível para a proteção das águas portuguesas.

Gouveia e Melo referiu que os seis novos NPO vão ter capacidades tecnológicas avançadas, incluindo um desenho modular e adaptativo que transformou o navio tipicamente de fiscalização numa unidade combatente que será útil no inventário da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e reforçará o valor militar da Marinha portuguesa no seio da Aliança.

Estes seis navios a serem construídos em Viana do Castelo vão contar com propulsão totalmente elétrica e novos sensores na área de radares e capacidade de operação de veículos autónomos, podendo desempenhar funções na guerra de minas e de vigilância anti-submarina, referiu ainda o CEMA.

Os navios terão ainda capacidade de transporte de pessoal e projeção de forças, a possibilidade de serem uma plataforma para lançar raides anfíbios com fuzileiros em costa aberta, sonares ativos de baixa frequência, para além de manterem as funções tradicionais de vigilância, busca e salvamento marítimos.

Na cerimónia, o Secretário de Estado da Defesa Nacional, Carlos Pires, assegurou que estes navios visam preparar a Marinha e o país para os desafios para o futuro próximo, marcado pela incerteza e imprevisibilidade.

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LIVRO “CEM ANOS DE SUPERAÇÃO” QUE CONTA A HISTÓRIA CENTENÁRIA DE “A ELÉCTRICA” É APRESENTADO QUINTA-FEIRA EM FAMALICÃO

A Gerência de “A Eléctrica” e o autor Luís Paulo Rodrigues apresentam o livro “Cem Anos de Superação – A Eléctrica (1924-2024)”, que terá lugar na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, em Vila Nova de Famalicão, na próxima quinta-feira, 14, pelas 18h00.

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O novo livro do consultor de comunicação Luís Paulo Rodrigues dá a conhecer as vicissitudes de “A Eléctrica”, uma marca histórica no comércio e na indústria de Vila Nova de Famalicão, que ainda hoje é proprietária de um vasto património imobiliário no centro da cidade e continua ativa e inovadora na indústria metalomecânica.

Fundada por António Dias da Costa, em 16 de fevereiro de 1924, “A Eléctrica”, que começou por ser distribuidora de eletricidade na vila famalicense e freguesias envolventes, foi um conglomerado de vários negócios, desde a distribuição de eletricidade à venda de material elétrico, passando pela comercialização de automóveis e camiões, materiais de serralharia para construção civil e elevadores para automóveis, pela distribuição de materiais de construção, gás e combustíveis, pela reparação de automóveis, pela restauração, entre outros negócios.

Na década de 1960, “A Eléctrica” criou uma unidade metalomecânica para produzir uma série de equipamentos, designadamente bombas centrífugas e máquinas e ferramentas para a indústria, produtos que levaram a empresa a servir o mercado português, nomeadamente na indústria automóvel e na indústria da cortiça, seguindo depois um processo de internacionalização em vários países de diversos continentes.

Nos últimos anos, “A Eléctrica” assumiu uma aposta estratégica na produção de instalações de pintura para peças metálicas ou plásticas das indústrias aeronáutica, automóvel e eólica, administrando, ao mesmo tempo, o seu património imobiliário.

O livro de Luís Paulo Rodrigues descreve a história da empresa, enquadra grande parte da evolução económica, política e social de Famalicão, desde finais do século XIX até à atualidade, e traça o percurso de António Dias da Costa, que iniciou a sua atividade profissional na lendária “A Boa Reguladora” e foi um pioneiro do automobilismo em Portugal.

A história de “A Eléctrica” é uma evocação da energia visionária do seu fundador, da sua família e dos milhares de colaboradores que trabalharam nas empresas do grupo ao longo de um século, onde se inclui a mítica Estação de Serviço Íris, com o seu famoso e requintado restaurante, por onde passaram homens da política, da cultura e dos negócios de Portugal e do mundo. “Estamos perante um documento fundamental para compreender o desenvolvimento de Vila Nova de Famalicão e preservar a memória coletiva local, sendo, por isso, uma obra de inegável interesse público”, considera Luís Paulo Rodrigues.

“Os 100 anos de história demonstram que a principal força da ‘Eléctrica’ está nas pessoas que serviram e servem a empresa com uma cultura muito especial, a chamada ‘cultura AE’, como designamos internamente, um conceito inerente à responsabilidade de se fazer parte de uma empresa que possui um estatuto e uma reputação de seriedade, honestidade e profissionalismo que nunca pode ser beliscada”, afirma Carlos Correia, CEO da empresa e neto do fundador, António Dias da Costa.

Segundo Carlos Correia, a edição de um livro que retratasse a história da empresa “tem o objetivo de fixar as histórias do passado, para que não se perdessem na névoa dos tempos”. “Apesar de eu trabalhar na ‘Eléctrica’ há quase um quarto de século e achar que conheço bem a empresa, com a leitura deste livro, descobri muitas histórias, factos e informações que desconhecia. Tal sucede pelo notável e aturado trabalho de investigação que foi desenvolvido pelo autor da obra”, reconhece Carlos Correia, que assina o prefácio.

Além da apresentação na biblioteca municipal, agendada para quinta-feira, dia 14h00, às 18h00, o livro “Cem Anos de Superação – A Eléctrica (1924-2024)” terá uma pré-apresentação para trabalhadores, fornecedores, clientes e familiares do fundador da empresa, esta quarta-feira, dia 13, às 18h00, no Bar Kasa Al Arabiya (antiga sede de A Eléctrica), no nº 131 da Rua de Adriano Pinto Basto, em Vila Nova de Famalicão.

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BARCELOS ACOLHEU FÓRUM REGIONAL DA INDÚSTRIA

Associativismo, PRR e liderança foram temas em destaque no Fórum Regional da Indústria

Secretário de Estado do Trabalho destacou a importância da valorização dos rendimentos e da preservação do emprego

Decorreu esta terça-feira, no Auditório Municipal de Barcelos, mais uma edição do Fórum Regional da Indústria, organizado pela Associação Comercial e Industrial de Barcelos (ACIB) em parceria com o Município de Barcelos e a Confederação Empresarial de Portugal (CIP).

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Com um painel de experientes elementos do ramo, o evento encheu a sala de empresários curiosos e dispostos a aprender. Os oradores transmitiram ao público conhecimentos, numa altura em que a instabilidade política ultrapassa um momento de pico.

João Albuquerque, Presidente da ACIB, e Mariana Carvalho, Vereadora da Câmara Municipal de Barcelos (CMB), fizeram a abertura do evento, destacando a indústria Barcelense e a coragem dos empresários locais, que continuam a resistir aos desafios diários.

Através de exibição de vídeo, Armindo Monteiro, Presidente da CIP, também teve a sua intervenção, na qual deixou críticas ao PRR.

Seguiu-se o painel sobre "Os Apoios às Empresas no Âmbito do PT 2030", com moderação de António Costa da Silva, da JH Consulting, e com intervenções da Dra. Ana Lemos Guedes, vogal do COMPETE 2030, e do Dr. Fernando Carvalho, assessor do Concelho de Administração da AICEP.

No segundo painel, Pedro Ferraz da Costa, Presidente do Fórum para a Competitividade, e Dra. Cecília Meireles, associada sénior na Cerejeira Namora, Marinho Falcão foram os oradores, acompanhados pela mediadora Rosa Maria Peixoto, da ACIB.

A sessão prosseguiu com o discurso da Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, do Almirante Gouveia e Melo, Chefe do Estado Maior da Armanda. Para encerrar o Fórum Regional da Indústria, o Secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, subiu ao púlpito.

Na sua intervenção, o Presidente da ACIB, sublinhou o trabalho feito pelos empresários: "Portugal é uma espécie de milagre económico. O milagre faz-se no dia-a-dia nas empresas, nos líderes, nos trabalhadores. Empresários que são os primeiros a chegar à fábrica, os últimos a sair da fábrica, são os que pagam salários e segurança social", disse. João Albuquerque chamou ainda atenção para o tema do "associativismo": "Precisamos de caminhar para mais associativismo. Queremos fazer as coisas diferentes, mais fortes, mais dinâmicas e com o enorme objetivo de termos resultados diferentes. Só mudando formatos de cooperação isto é possível. O caminho faz-se com muitas parcerias, muitos projetos conjuntos", afirmou, deixando o repto para que os empresários procurem novos caminhos para o sucesso, à semelhança do que tem feito a ACIB, que está a "criar um gabinete para trabalhar a ESG e ajudar os empresários nesse sentido".

A vereadora da CMB, Mariana Carvalho, em representação do Presidente do Município, Mário Constantino, sublinhou as palavras de João Albuquerque e confirmou o trabalho que tem sido feito em conjunto com a ACIB para "proteger" as empresas e deixou ainda uma palavra direta de agradecimento aos empresários barcelenses: "Como barcelense e como cidadã, precisava de agradecer aos empresários. Individualmente valemos pouquinho e quando nos associamos fazemo-nos ouvir", disse, incentivando ao associativismo e trabalho e conjunto.

Sem disponibilidade para marcar presença no Fórum, Armindo Monteiro, presidente da CIP, fez questão de deixar a sua mensagem através de vídeo. O dirigente deixou críticas ao PRR, lembrando que o plano está "aquém" do que Portugal precisa: "A execução do PRR está muito aquém do que é necessário. Desperdiçar o PRR seria um erro indesculpável com graves consequências. É o principal instrumento que temos para recuperar a nossa economia da pandemia e não estamos a aproveitar devidamente".

A Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, começou a sua intervenção por parabenizar a ACIB pela organização do Fórum Regional da Industrial, realçando que este evento "traz à discussão um tema tão relevante e fulcral para a área governativa da coesão territorial". "O foco do Governo tem estado em trazer mais território às políticas públicas, em criar condições para tratar diferente o que é diferente, permitindo um papel cada vez mais ativo e interventivo das regiões, também fruto dos fundos europeus", afirmou.

Já o Almirante Gouveia e Melo trouxe ao Fórum um tema mais generalizado, focado sobretudo na liderança e falando da sua experiência, com particular incidência no sucesso do processo de vacinação. O Chefe do Estado Maior da Armada deu aos empresários o método de trabalho posto em prática no processo de vacinação: "OOAD. Observar, orientar, decidir e agir. Este processo era feito três vezes por dia no processo de vacinação", revelou o Almirante Gouveia e Melo. O Chefe do Estado Maior da Armada disse que "não há uma fórmula mágica para a liderança", mas centrou a sua intervenção nas características que um líder deve ter.

Na sessão de encerramento, o Secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes destacou o esforço do Governo em aumentar os rendimentos, bem como na redução da carga fiscal. "Temos feito uma valorização dos rendimentos e reduzimos a carga fiscal. Admito que a carga fiscal é pesada e devemos fazer um esforço para a reduzir e podermos ter competitividade a todos os níveis na economia portuguesa", disse, acrescentando ainda que é essencial "preservar o emprego", que tem estado "sistematicamente baixo". Miguel Fontes afirmou ainda que foram estes fatores, "a preservação do emprego" e a "a valorização dos rendimentos", que permitiram a Portugal "resistir bem a uma guerra inqualificável, a um surto inflacionista que apanhou todos de surpresa e a uma crise absolutamente dramática no médio oriente". "Resistimos porque preservamos o emprego e o colocarmos como a primeira e a prioridades", concluiu.

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BARCELOS ACOLHE FÓRUM REGIONAL DA INDÚSTRIA 2023

5 DE DEZEMBRO, 14h00 - BARCELOS

Almirante Gouveia e Melo faz intervenção de referencia sobre liderança em tempos de crise

A Direção da ACIB tem o grato prazer de convidar o V. órgão de comunicação social para a edição de 2023 do FÓRUM REGIONAL DA INDÚSTRIA, a realizar no dia 5 de dezembro, às 14:00 horas, no Auditório da Câmara Municipal de Barcelos.

Estão confirmadas as presenças da Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, Isabel Ferreira, do Secretário de Estado do Trabalho, Miguel Fontes, do Chefe do Estado Maior da Armada, Almirante Gouveia e Melo, do Presidente do Fórum para a Competitividade, Pedro Ferraz da Costa, e da advogada Cecília Meireles, Associada Sénior na Cerejeira Namora, Marinho Falcão.

Este Fórum tem como objetivo debater os grandes temas que incidem sobre a indústria, apresentar soluções e fomentar a cooperação empresarial, num momento que se está a consolidar como muito complicado.

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EMPRESA TÊXTIL DE GUIMARÃES PRODUZ CUECAS CAMUFLADAS PARA O GOVERNO ENVIAR PARA A UCRÂNIA

Portugal vai enviar cuecas camufladas para mulheres do exército ucraniano

O Ministério da Defesa vai pagar 128.135 euros para a aquisição de roupa interior feminina para enviar às militares ucranianas.

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Portugal prepara-se para enviar cinco mil unidades de cuecas femininas camufladas para serem utilizadas pelas militares ucranianas. O Ministério da Defesa português atribuiu esta quinta-feira dois contratos para a confeção da roupa interior feminina no valor de 128.135 euros.

De acordo com o contrato publicado no portal Base, o executivo vai pagar 36.900 euros a uma empresa têxtil de Guimarães para adquirir cinco mil cuecas ao preço de seis euros por unidade. A empresa tem de entregar a encomenda no prazo de 25 dias a contar da data da assinatura do contrato.

Segundo as cláusulas técnicas do contrato, as cuecas devem ser compostas por “uma parte da frente, uma parte de trás e um reforço com um forro” e vão ser cosidas em ponto de linha dupla de quatro fios. Além disso, a parte da cintura deve ter uma fita jacquard elástica e as cuecas devem ter as cores “coiote, verde azeitona e preto” que fazem o padrão camuflado do exército.

Após a entrega da encomenda, a Secretaria-Geral do Ministério da Defesa tem cinco dias para inspecionar a encomenda, de forma a certificar-se de que as cuecas chegam na quantidade e com as características especificadas.

Um segundo lote que prevê a aquisição de cinco mil “tops” camuflados foi assinado com uma empresa de Santo Tirso, num valor de 91.635 euros. O contrato prevê um custo de 14,90 euros por unidade.

No passado dia 11 de outubro, a ministra da Defesa, Helena Carreiras, anunciou que Portugal se preparava para enviar “vestuário de inverno” para equipar as tropas ucranianas nos próximos meses.

Fonte: CNN Portugal

FAMALICÃO: STARTUPS FAMALICENSES MOSTRAM CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO PARA A INDÚSTRIA

São oito as Startups que, no próximo dia 29 de novembro, se vão apresentar a empresários e empreendedores na edição deste ano do Showcase 2.0, iniciativa do Famalicão Made IN, dinamizada em parceria com a UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto.

A edição de 2023 da iniciativa tem como tema a inovação industrial e como palco a empresa TMG, em Vale de São Cosme, uma das maiores referências industriais do concelho e do país.

Sob o formato de pitch, as startups vão apresentar os seus projetos perante uma plateia de empresários, de forma a cativar investidores e promotores para as suas ideias de negócio e soluções para a indústria.

A criatividade, inovação e empreendedorismo são marcas de Famalicão, um território que se carateriza pela cultura empresarial e industrial, razões que valeram o reconhecimento do Comité das Regiões Europeu com o prémio e título de Região Empreendedora Europeia em 2024. Esta edição do Showcase 2.0 é aliás uma das primeiras ações desse programa, uma espécie de “aquecimento” para as muitas ações que vão decorrer no território no próximo ano.

O Showcase 2.0 realiza-se na próxima quarta-feira, 29 de novembro, a partir das 17h00, na sede da TMG, em Vale S. Cosme, com a participação das seguintes Startups: IOTECH - Innovation on Technology, NITextile, FM4ALL - Facility Management, Vai-me a Vending e da UPTEC: Infinite Foundry, Value Negotiation Technologies, TakeCarbon, Azitek

Programa

29 de novembro

17H00 - Receção dos participantes

17H15 - Apresentação das startups

18H30 – Networking

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MUSEU DA INDÚSTRIA TÊXTIL DE FAMALICÃO ACOLHE CONFERÊNCIA SOBRE A HISTÓRIA DO LINHO

“Um Fio de Linho no Concelho de Guimarães, séculos XIX e XX” é o tema que será explorado na próxima sessão do V Ciclo de Conferências do Museu da Indústria Têxtil da Bacia do Ave (MITBA). A conferência acontece este sábado, dia 25 de novembro, pelas 15h00, e inclui uma visita guiada às instalações do Grupo Folclórico da Corredoura, em São Torcato (Guimarães).

Sofia Manuela Ribeiro Vaz, arquivista na Agência Portuguesa do Ambiente (APA), é a oradora convidada para esta segunda sessão do V Ciclo de Conferências do MITBA, em que será explorada a história do linho e o desenvolvimento da indústria têxtil em Guimarães, nomeadamente, as relações e transformações ocorridas nos séculos XX e XIX e o impacto na produção artesanal e na vida da população do concelho vimaranense.

A participação nesta conferência com visita guiada é gratuita, mas está sujeita a inscrição prévia através do email geral@museudeindustriatextil.org ou do telefone 252 313 986.

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PAREDES DE COURA PROJETA NOVA ZONA INDUSTRIAL EM LINHARES

Formação profissional e nova zona industrial em Linhares

A recente inauguração da ligação à A3 não só se complementa com a expansão do Parque Empresarial de Formariz, como também uma nova zona industrial começa a ser projetada em Linhares, aproveitando as excelentes acessibilidades decorrentes da nova via que tornam mais fluídos os movimentos rodoviários para a autoestrada que atravessa o norte litoral até à fronteira com Espanha, servindo a eurorregião Norte de Portugal-Galiza.

Ainda no âmbito da empregabilidade, um dos vetores privilegiados na ação governativa deste executivo municipal, nunca é de mais também relevar o papel da EPRAMI-Escola Profissional do Alto Minho Interior que tem sabido promover uma ampla oferta curricular que vai de encontro às necessidades do tecido empresarial, não só fixando assim os nossos jovens no concelho como também atraindo potencias residentes para Paredes de Coura.

FAMALICÃO RECEBE “PRÉMIO DE PROMOÇÃO ECONÓMICA” ATRIBUÍDO PELA CÂMARA DE COMÉRCIO E INDÚSTRIA LUSO-CHINESA”

A missão empresarial que, em maio último, levou uma comitiva de cerca de três dezenas de pessoas representativas de instituições de ensino, associações empresariais, centros tecnológicos, centros de formação e empresas do concelho famalicense à China, foi reconhecida pela Câmara de Comércio e Indústria Luso Chinesa com o “Prémio de Promoção Económica”.

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A deslocação, a convite da Embaixada da China em Portugal e da Universidade Têxtil de Wuhan, pretendeu dar a conhecer o que de melhor se faz em Famalicão no setor têxtil, promovendo a indústria e o sistema científico e tecnológico, e nesse contexto criar oportunidades para futuras relações entre os agentes dos dois países.

“É um reconhecimento que nos orgulha, e que espelha o sucesso da missão, não só pela partilha e pelo conhecimento do que se faz na china mas também do que daí advém de projetos comuns, de investimento ou de exportação, que se venham a concretizar”, referiu Augusto Lima, vereador da Economia e Empreendedorismo, que em representação do município recebeu o galardão, entregue na passada quarta-feira, 8 de novembro, no decorrer da Gala Portugal-China.

“O Grupo TMG é a empresa portuguesa com maior investimento em curso na China, e recordo que dessa missão empresarial foram encetados diversos contatos para partilha de conhecimento nomeadamente nas aplicações dos têxteis à saúde, ao setor automóvel, ao desporto e proteção, áreas de investigação privilegiada da Universidade Têxtil de Wuhan na China, áreas em que Famalicão é também referência industrial no setor” acrescentou Augusto Lima, reforçando que “o potencial que encerra a relação bilateral entre os dois países é enorme e este prémio pode contribuir para que olhem para nós como um território com todas as condições para atrair investimento”.

Refira-se que a Gala Portugal – China atribuiu galardões de Mérito Empresarial a empresas e instituições que contribuíram para reforço dos laços económicos entre os dois países, numa iniciativa que assinalou também os 45 anos da Câmara de Comércio e Indústria Luso-Chinesa.