Passam hoje precisamente 101 anos sobre a data do falecimento do engenheiro Gustave Eiffel, autor de diversas obras de arte na nossa região como a ponte sobre o rio Âncora no concelho de Caminha e a ponte rodo-ferroviária sobre o rio Lima em Viana do Castelo.
Em virtude de se tratar de uma construção e ferro e ainda devendo-se ao facto do engenheiro Gustave Eiffel ter vivido em Barcelos, também é frequente atribuir-se-lhe a autoria da ponte de Fão, no concelho de Esposende. Porém, esta constituiu um projeto de Abel Maria da Mota, fabricada em Lisboa e construída sob a orientação de um engenheiro francês de nome Reynaud.
Gustave Eiffel viveu em Barcelinhos, entre 1875 e 1877, e deixou várias obras no país, de Viana a Olhão, passando por Barcelos, Esposende, Alijó e, entre outros concelhos, o Porto, onde a sua firma concebeu e construiu a Ponte Maria Pia, que em 1876 permitiu a ligação ferroviária entre o Porto e Vila Nova de Gaia. A travessia que ficou nas bocas do mundo por ostentar o maior arco em ferro até então construído, foi projectada por um dos melhores engenheiros da sua firma, Théophile Seyrig. Que pouco tempo depois estava a trabalhar por conta própria e a disputar mercado ao próprio Eiffel.
Eiffel fez-se acompanhar da sua secretária – Victorinne Roblot – que morreu em Barcelinhos no dia 3 de abril de 1877, onde foi sepultada. Após a sua morte, Eiffel abandonou Portugal, limitando-se a fazer chegar até aqui as suas diretrizes de trabalho, seguidas pela “(…) legião dos seus auxiliares e cooperadores, que soubera preparar com afectuosa autoridade, fazendo de cada um amigo”.
Fonte: Wikipédia
CAMINHA: PONTE DO RIO ÂNCORA TRAÇADA POR GUSTAVE EIFFEL ENCONTRA-SE ATUALMENTE NA SUCATA EM PÓVOA DE LANHOSO!
A Ponte do Rio Âncora, uma das pontes portuguesas traçadas por Gustave Eiffel, foi inaugurada em 1 de Julho de 1878. Virou monte de sucata em Póvoa de Lanhoso.
Fonte: Arquivo Municipal do Porto / Reprodução de foto de Emílio Biel
Para: Assembleia da República - Presidente da Assembleia da República.
Ex mo Sr. Presidente da Assembleia da República e Senhores Deputados: Vimos pela presente petição solicitar a todos vós, e ao Governo em particular, para que interceda junto da autarquia da Póvoa de Lanhoso - Distrito de Braga, para que esta restitua a Ponte ferroviária Eiffel, que realizava a primitiva travessia do rio Âncora, em Caminha, à autarquia de Âncora.
Após a substituição dessa infraestrutura no final dos anos 80, por uma mais capaz de responder aos novos paradigmas de carga e velocidade na ferrovia - Linha do Minho - a Ponte Eiffel do Âncora foi doada pela CP - Comboios de Portugal - à autarquia da Póvoa de Lanhoso, para realizar a travessia rodoviária de um rio, nunca tendo sido adaptada ao mesmo, tendo a autarquia construído uma em betão armado.
Após todo este tempo, sem que a Ponte Eiffel fosse condignamente utilizada, decidiu a autarquia da Póvoa de Lanhoso colocar a mesma num espaço de uma empresa de iluminação - a DAEL - em Covelas.
Actualmente essa importantíssima obra de arte dos tempos áureos da nossa ferrovia padece de uma constante degradação, tendendo a desaparecer. Gostaríamos que a Direcção Geral do Património Cultural, com o apoio da Assembleia da República, encontrasse uma solução digna para esse património industrial desenhado pela mão de um dos mais brilhantes génios do ferro: Alexandre Gustave Eiffel.
A autarquia de Âncora, tentou há uns anos a esta parte reaver a infraestrutura, que apesar de tudo se encontra retida por questões burocráticas. Assim, solicitamos ajuda no sentido de a restituir ao seu local primitivo, e dentro do possível converter o que resta num memorial da nossa história ferroviária e do génio que a criou.
A Ponte Eiffel do Âncora pertence ao Alto Minho, às suas gentes - é identidade.
A II Mostra Artística Infanto-Juvenil decorreu ontem na tenda do Natal na Praça. Foi uma tarde cheia, com as intervenções dos/das alunos/as dos Agrupamento de Escolas do concelho e da EPAVE.
O Presidente da Câmara Municipal, Frederico Castro, antecedendo o início desta Mostra deu as boas vindas a todos/as os/as presentes e agradeceu o envolvimento de toda a comunidade escolar no trabalho desenvolvido no Plano Nacional das Artes apresentado nesta Mostra que pelo segundo ano consecutivo se apresenta ao público. “Vamos assistir apenas a uma pequena parte do trabalho que é desenvolvido nos nossos Agrupamentos de Escolas e na EPAVE, ao longo de todo o ano. Quero agradecer o vosso trabalho, dar os parabéns aos meninos e às meninas, mas também aos pais e encarregados/as de educação que fazem a sua parte ajudando a criar as condições para que seja possível desenvolver estas iniciativas”.
O programa desta tarde de animação começou a cumprir-se com a atuação dos/as alunos/as da turma C do 6.º ano da Escola Básica do Ave e do Grupo de Cavaquinhos da Universidade Sénior do Rotary Club.
“À procura de um pinheiro” foi o tema que se seguiu, interpretado pelas crianças de 5 anos, do Jardim de Infância de Serzedelo e das Escolas Básicas do Cávado, António Lopes, da Póvoa de Lanhoso e Elvira Câmara Lopes. Foram 111 crianças em palco, que com uma melodia cativante, deixaram uma mensagem profunda sobre a amizade, a natureza e o verdadeiro espírito natalício.
A Escola Básica António Lopes partilhou uma história de esperança e gratidão com a interpretação da canção “Estrela que nos guia”, acompanhados à guitarra pelo professor de música das Atividades Extra Curriculares, Carlos Gonçalves. A este tema seguiu-se “Melodias e harmonia” com flautas de bisel, momento este em que os/as alunos/as das AEC’s puderam partilhar o resultado das suas aprendizagens.
A Escola Básica do Ave fez-se representar logo de seguida, no âmbito da disciplina de Complemento à Educação Artística da Dança, com duas danças, “Believer” e What do you mean”. As crianças continuaram a surpreender, desta vez com outra forma de expressão, o teatro, com um trecho da peça “O primeiro Natal”, à qual se seguiram “os pequenos ajudantes do Pai Natal”, com um clássico de Natal.
Os direitos da criança foram relembrados e, numa alegre, mas séria, alusão ao Dia Nacional do Pijama, os/as alunos/as lembraram a todos os presentes que “com amor, todos podemos mudar a vida de alguém”.
Os/as estudantes da EPAVE trouxeram uma poesia de Abril, através da voz de Débora Alves que declamou o poema “Na rua 25 de Abril”, da autoria de Leonardo Lopes.
Dando continuidade à celebração da Liberdade, a EPAVE apresentou ainda o tema “A Gaivota”.
Mas o programa contava também com o “Coro Vozes de Ouro” do Agrupamento de Escolas Gonçalo Sampaio que apresentou temas do Conto Álami, que nos fala de uma pequena folha que corajosamente enfrenta vários desafios até concretizar os seus sonhos.
A encerrar esta tarde de espetáculo, os/as alunos/as mais crescidos da Escola Secundária apresentaram excertos de poemas, acompanhados musicalmente por colegas.
No final, a Vereadora da Educação, Fátima Moreira, deu os parabéns a toda a comunidade escolar por esta Festa, elogiando a participação de todos. Foi ainda nesta oportunidade que entregou certificados de participação ao Diretor do Agrupamento de Escolas da Póvoa de Lanhoso, e aos representantes do Agrupamento de Escolas Gonçalo Sampaio e da EPAVE.
Quem alguma vez em tempos recuados entrava em casa de pobres lavradores no Minho, Trás-os-Montes ou na Galiza, deparava não raras as vezes na cozinha, junto à lareira, com uma curiosa peça de mobília – o escano ou escanho.
Tratava-se de um banco largo e comprido, de espaldar alto, com assento móvel que serve de tampa a uma caixa dentro da qual se fazem alguns arrumos. E, ao mesmo tempo, lugar de convívio nas noites longas e frias do inverno.
O termo escano deriva do latim scamnum e o assento também é designado por escabelo, curiosamente uma palavra por diversas vezes citada na Bíblia. No país vizinho, é recorrente designar por escanos os assentos dos deputados como sinónimos de mandatos.
Os seus ornamentos, principalmente nos apoios dos braços, indicaval geralmente a posição social do dono da casa. E, uma armação de madeira que se pode baixar, faz por vezes de mesa.
Ainda é vulgar encontrar-se estas peças de mobiliário nas casas rurais do interior. Porém, as que atualmente se vendem nas feiras não passam de uns caixotes toscos sem graça alguma. Mas, não deixa de ser interessante a recuperação da nossa mobília tradicional, nomeadamente pela sua utilidade, ainda que afastado do calor abrasador das lareiras.
Fontes: Bluteau, 1712-1728, Suplemento I, p. 392; Moraes, 1994, vol. II, p. 446; Viterbo, 1983-1984, vol. II, p. 228; Lexicoteca, 985, vol. I, p. 945. CO e OV
Decorreu, esta manhã de sábado, um passeio pelo Centro Histórico e uma conversa animada com os artistas/ autores das pinturas que ilustraram e deram nova cara às caixas de eletricidade, que se encontram em espaço público na cidade de Barcelos.
Esta iniciativa, que já vai na sua segunda edição, contou com vinte propostas de igual número de artistas, sendo que o júri – composto por três pessoas: um elemento da Associação de Artesãos do Galo, um artista plástico local e um professor/técnico da área das artes – selecionou oito propostas.
Através desta iniciativa, o Largo Dr. José, o Campo 5 de Outubro, a Rua Irmã S. Romão, a Rua Dr. Manuel Pais e a Rua Dr. Teotónio da Fonseca ganharam mais cor com a pintura das caixas de distribuição das caixas elétricas. O cinzento característico destes equipamentos deu lugar a um conjunto de desenhos e pinturas que retratam motivos alusivos às “Artes e Ofícios Tradicionais” de Barcelos.
De pincel e paleta na mão, oito artistas tiveram a missão de colorir as dez caixas de eletricidade escolhidas e selecionadas por técnicos da Casa da Juventude de Barcelos em conjunto com a E-REDES, revestindo-as de novas histórias.
A iniciativa denominada “In The Box”, promovida pelo Pelouro da Juventude da Câmara Municipal de Barcelos, era destinada a artistas locais e nacionais, com idades compreendidas entre os 15 e os 35 anos.
O Município de Barcelos atribuiu prémios de participação para fazer face às despesas de produção, incluindo materiais para as intervenções.
O 19.º Encontro Internacional das Artes, subordinado ao tema "Ressonâncias artísticas: pensar o impercetível", ocorrerá nos dias 7 e 8 de novembro de 2024 na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Viana do Castelo. O evento apela à reflexão sobre a Comunidade, o Património, a Educação, a Criação Artística e as Práticas Artísticas. Nele “pretende-se explorar a polarização das perspetivas atuais e a interdisciplinaridade das artes, questionando o espaço para o novo, diante da dinâmica de consumo algorítmica”, afirma a comissão organizadora do evento.
É na articulação com estes tópicos que as atividades estarão organizadas em conferências, mesas-redondas, workshops e performances.
Contando com a participação de diversos docentes, investigadores e artistas oriundos de Inglaterra, Portugal, Brasil e Moçambique, este evento tem como intuito promover o diálogo entre diferentes áreas, num cruzamento de perspetivas, assim como propiciar um espaço de partilha e reflexão das práticas educativas, artísticas e científicas que definem e virão a definir a interação entre academia e comunidade.
Do programa destacam-se a presença de uma das referências na educação artística, a brasileira Ana Mae Barbosa e a performance sonora «Parafuso Perdido no Aspirador» do artista-escultor plástico sonoro de Viana do Castelo, João Ricardo.
Através das publicações e parcerias, o 19.º Encontro Internacional das Artes incentiva práticas colaborativas, fomenta o associativismo, fortalece redes de interesse e promove ligações interterritoriais e interculturais.
Sonetário” está patente na galeria municipal até dia 9 de fevereiro, com entrada livre
“Sonetário” é um trabalho artístico da autoria de Pedro Proença e encontra-se exposto na galeria municipal, Ala da Frente, em Vila Nova de Famalicão, até dia 9 de fevereiro do próximo ano. A inauguração da nova exposição patente no espaço famalicense aconteceu no passado sábado, 19 de outubro, com a presença do artista.
A nova exposição da galeria municipal volta a contar com curadoria de António Gonçalves. Segundo o artista, as obras “resultam do trabalho desenvolvido com base no modelo do soneto e, em particular, com base no trabalho do psiquiatra americano Merrill Moore, que serviu de foco de interesse para Pedro Proença fomentar a ideia de sonetos e imagens que partilhem um mesmo espaço nas páginas de um livro”. “Em exposição estão desenhos com manchas que se expandem pelas folhas de papel que, no entanto, vão estar a fazer parte de um livro, numa relação de convivência entre imagem e texto”, adiciona.
Na folha de sala da exposição, o artista Pedro Proença levanta um pouco o véu sobre os elementos que o inspiraram na criação de “Sonetário”. “Há algo de enigmático, hierático e sacerdotal nos livros”, explica. “As imagens devolvem-nos algo de concreto e universal ante os mecanismos de abstração próprios da escrita e da linguagem verbal, reféns de códigos e significados codificados. Propõe-se aqui uma espécie de ‘auto-museu’ de um delírio (multi)pessoal a que fui acometido há cerca de ano e meio, e, por imitação de Moore, chamei[1]lhe Sonetário”, acrescenta. Pedro
Proença nasceu em 1962 em Lubango, Angola, e criou, em 1982, juntamente com colegas da então Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa (atual Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa), o Movimento Homeostético, um grupo centrado na pintura, mas multidisciplinar, performativo e post-paradoxal. Desde então, tem exposto com regularidade em exposições individuais, em espaços como: Galeria Fúcares (1987), Frith Street Gallery (1989), Palazzo Ruspoli (1994), Fundação Gulbenkian (1984), Frankfurt Kunstwerein (1998), ou na monumental exposição, o “Riso dos Outros”, na Fundação Eugénio de Almeida, em Évora. O seu trabalho é caracterizado por uma multiplicidade de estilos e pela exploração das interfaces (aparências alegóricas) entre os fluxos da escrita e a fauna de imagens. O artista é também ilustrador, criador tipográfico, autor literário, músico, entre outros talentos.
A exposição “Sonetário” de Pedro Proença tem entrada livre e poderá ser visitada de terça a sexta-feira, das 10h00 às 17h30, e aos fins-de-semana das 14h30 às 17h30, no espaço da Ala da Frente, localizado no Palacete Barão da Trovisqueira (Museu Bernardino Machado), na rua Adriano Pinto Basto, em Vila Nova de Famalicão.
Câmara Municipal apresenta projeto para a criação de uma Escola de Ensino Artístico – Música, dança e Teatro em Arcos de Valdevez
Tendo em consideração o aumento da procura por parte dos alunos pelo ensino artístico, a Câmara Municipal está a desenvolver um projeto de arquitetura para a construção de um estabelecimento de Ensino Artístico – Musica/Dança/Teatro, a implantar no recinto da Escola EB2,3/S de Arcos de Valdevez. Com áreas de implantação e de construção de aproximadamente, 900,00m2 e 1.400,00m2, respetivamente, este edifício, com dois pisos, organizar-se-á em torno do auditório, o qual contará com capacidade para 100 utentes. Está também prevista a criação de espaços especializados para o ensino de artes dramáticas, como é o caso da dança, dispondo para o efeito, um estúdio e uma sala de trabalho/ caracterização, apoiados vestiários e balneários, a criação de uma zona de receção, com tesouraria e secretaria incorporada, gabinetes para a direção, professores e reuniões, O piso inferior, será dedicado ao ensino da música e do teatro, comportando 12 salas de estudo e prática de instrumento, 3 salas de formação musical – teoria e 2 salas práticas – orquestra/sala conjunto, camarins e outras salas de apoio ao auditório posicionado no piso superior.
Este investimento da Câmara Municipal servirá para proporcionar mais e melhores oportunidades aos alunos do concelho.
Fazendo jus ao seu epíteto de ‘Cerveira, Vila das Artes’, a Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira tem em curso uma importante operação de beneficiação/reabilitação de dois imóveis classificados como interesse público e de algumas das esculturas que se encontram em espaço público. Os trabalhos assumem uma grande importância para a identidade cultural da comunidade cerveirense e para potenciar a promoção turística.
Efetuado um levantamento técnico do estado de conservação e restauro de alguns edifícios públicos e dos conjuntos escultóricos de arte pública presentes no território cerveirense, os trabalhos incidiram na muralha do Castelo D. Dinis e em seis esculturas, com destaque para uma melhoria geral do ‘Cervo’ do Mestre José Rodrigues na véspera do seu quadragésimo aniversario, para além do Fortim da Atalaia, no qual uma peritagem técnica recomendou o abate da árvore existente no seu interior, devido ao risco de derrocada da estrutura, estando o monumento em fase de projeto de reabilitação.
A preservação e valorização do património municipal é um dos compromissos enquadrados na opção e estratégia política da Câmara Municipal de Vila Nova de Cerveira. “Cuidar do nosso património é cuidar da nossa identidade e demonstra bem o caminho que este executivo quer para o concelho. Um concelho virado para o futuro alicerçado na riqueza histórica do passado; um concelho moderno sem esquecer as suas raízes e tradições; um concelho dinâmico e bem-apresentado para residentes e turistas”, afirma o Presidente da Câmara Municipal, Rui Teixeira, acrescentando: “Esta primeira operação sinalizou alguns dos elementos mais importantes, conferindo maior dignidade ao serviço público, da história e do turismo”.
Pelo caráter emblemático - histórico e turístico -, o Castelo D. Dinis e o Cervo de José Rodrigues são duas das intervenções em curso com maior destaque. O primeiro, com uma limpeza geral no perímetro exterior, dado que o estado em que se encontrava não é o mais idóneo para a captação turística, transmitindo uma imagem negativa que recai sobre a esfera municipal (apesar do edifício estar sob alçada do Estado Central). O segundo, por ser a escultura mais visitada, e que carecia de um melhoramento na imagem, bem como se procedeu ao reforço da sinalética a identificar e a chamar a atenção para a necessidade da sua proteção e preservação.
Três das esculturas de Zadok Ben-David instaladas em Vila Nova de Cerveira também sofreram melhorias generalizadas, com incidência na estrutura de base, nomeadamente o "O Rei Veado" (2004), na rotunda conhecida como Cervo; “Girl on the run” (2018) patente no cais do rio Minho; e “Evolution and Theory” (1996), na fachada do edifício da ETAP. Da lista de beneficiação ainda fazem parte a escultura "Catedral” (1999) de Isabel Cabral e Rodrigo Cabral, localizada no Largo 16 de Fevereiro, simbolizando a flor que se abre à vida contendo os quatros elementos da natureza: Terra, Água, Fogo e Ar; e o Busto de Manuel José Lebrão, benemérito cerveirense que, com o fim de auxiliar os doentes desprotegidos, mandou erigir, em 1926, um grandioso hospital na sede do Concelho de Vila Nova de Cerveira, inaugurado em 1929, e que ofereceu à Misericórdia de Cerveira dotado com mais mil contos.
A AAPEL, Associação dos Amigos da Pessoa Especial Limiana, instituição que há 10 anos apoia os jovens e adultos limianos com deficiência, vai apresentar a exposição “Raízes – A arte pelas nossas mãos”, na Biblioteca Municipal, entre 02 e 30 de setembro.
Inspirados no orgulho das suas raízes e nas suas vivências quotidianas estes jovens especiais reúnem em exposição um conjunto diversificado de trabalhos.
Fazendo uso de diferentes técnicas artísticas e privilegiando a sustentabilidade e preservação do ambiente na escolha de materiais, as obras apresentadas em exposição revelam uma parte muito significativa da sua identidade pessoal e social e toda a arte e saber desenvolvidos ao longo dos últimos anos.
Todas as peças em exposição vão estar disponíveis para aquisição revertendo todo o valor angariado para a manutenção dos serviços e apoios prestados às pessoas com deficiência do concelho.
Esta é uma oportunidade única para conhecer as obras produzidas pelas mãos da AAPEL. Visite a exposição e se puder adquira uma peça!
A imagem mostra a famosa gárgula da Igreja Matriz de Caminha (Foto: Manuel Passos)
Situada defronte do município galego da Guarda, da província de Pontevedra, Caminha detém junto à foz dos rios Minho e Coura onde, de uma área amuralhada, ergue-se a Igreja Matriz cuja construção foi iniciada em 1488, ainda ao tempo de D. João II, tendo as obras sido realizadas por Pêro Galego e João Tolosa, mestre pedreiros provenientes da Galiza e da Biscaia. Apesar disso, nela também participaram artistas portugueses que terão sido os autores de uma curiosa gárgula antropomórfica que, na fachada do lado nascente da Igreja, exibe as nádegas voltadas para norte ou seja, para as bandas da Galiza.
Muito usuais na arquitectura gótica, as gárgulas servem para escoar a água dos telhados, funcionando como uma espécie de gargalo, daí derivando o seu nome. Adquirindo uma função ornamental e também protectora na medida em que as representações de monstros e outras figuras assombrosas serviam como guardiães das catedrais e dos templos religiosos, existem gárgulas que representam as imagens mais variadas, desde animais e monges até figuras cómicas.
No que respeita à famosa gárgula da Igreja Matriz de Caminha, à semelhança aliás de outras existentes noutras localidades fronteiriças, insere-se muito provavelmente no contexto da guerra da Restauração e representa, de forma vernácula, a recusa portuguesa da dominação filipina.
Para além da curiosa gárgula, a Igreja Matriz de Caminha possui elevado interesse artístico pelo qual merece ser visitada. (Foto: Wikipédia)
Abriu esta tarde, na Galeria Municipal de Arte, a exposição “Um novo estado criativo”, um Projeto de Arte na área de Psiquiatria e de Saúde Mental que resulta de uma parceria entre a P28 do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa (CHPL) com o Instituto S. João de Deus (ISJD), em colaboração com o Museu S. João de Deus - Psiquiatria e História. Esta exposição temporária apresenta trabalhos artísticos inéditos (pintura, escultura, cerâmica, cestaria, fotografia e audiovisuais), produzidos por 70 utentes, tendo como objetivo não só a sua reabilitação psicossocial e reinserção cultural, mas também a valorização e reconhecimento do trabalho que tem vindo a ser desenvolvido por estes artistas utentes e pelos ateliês de Arte das Casas de Saúde do ISJD, potenciando a sua visibilidade. A P28 apresentou, em 2018/2019, este Projeto artístico à Direção-Geral das Artes/ Ministério da Cultura, obtendo, pela primeira vez em Portugal, na área artística de Psiquiatria e de Saúde Mental, a distinção de “Projeto de interesse nacional”. “Um Novo Estado Criativo” esteve, pela primeira vez, patente ao público no Museu S. João de Deus - Psiquiatria e História, sito em Sintra, entre o dia 08/11/2019 e 07/02/2020. Este Projeto artístico foi desenvolvido, ao longo de 2019, entre a P28 e os Ateliers de Arte das seguintes Casas de Saúde do ISJD na área da Psiquiatria e Saúde Mental: - Casa de Saúde do Telhal, Sintra; - Casa de Saúde S. João de Deus, Barcelos: - Casa de Saúde S. José, Vilar de Frades; - Casa de Saúde S. Rafael, Angra do Heroísmo (Ilha Terceira, Açores); - Casa de Saúde S. Miguel, Ponta Delgada (Ilha de S. Miguel, Açores); - Casa de Saúde S. João de Deus, Funchal (Ilha da Madeira).
A Feira de Artes e Ofícios Tradicionais regressou a Soajo no passado fim de semana e atraiu até esta localidade muitos visitantes curiosos pelas suas tradições, gastronomia e vinhos locais, bem como pelo artesanato e animação.
Na cerimónia de inauguração, o Presidente da Câmara Municipal, João Esteves, voltou a enaltecer a importância da realização destes certames na promoção e dinamização do território e suas potencialidades.
"Soajo está situado no PNPG, Reserva Mundial da Biosfera, possuindo um vasto e rico património natural e cultural, bem como oferta de excelência ao nível da gastronomia e alojamento" fatores que conjugados resultam numa oferta turística de qualidade.
Para o autarca é necessário que exista valorização e promoção do território e o envolvimento da comunidade. "Temos de continuar a construir o futuro da nossa terra, com mais oportunidades para viver, investir e visitar, dando qualidade de vida e oportunidades a quem reside no Parque Nacional da Peneda Gerês".
As jornadas gastronómicas, os trilhos, as rusgas, os festivais folclóricos, as arruadas de bombos, os concertos musicais, atividades de natureza, entre outras opções, fizeram de soajo durante estes dias, palco de grande animação, convívio e atividade.
Foram muitos os que quiseram ir a Soajo, participar em mais uma edição da Feira de Artes e Ofícios Tradicionais. Uma feira que prima pela genuinidade, apego às coisas da terra e impulsiona a economia local.
Em Soajo estiveram em destaque os produtos, as artes e ofícios tradicionais, o folclore, os usos e costumes tradicionais, as raças autóctones, a animação turística e as manifestações espontâneas da cultura popular.
O certame contou com a organização da Câmara Municipal de Arcos de Valdevez e da ARDAL – Associação Regional para o Desenvolvimento do Alto Lima, em parceria com o Soajo Outdoor Fest, e com a cooperação da Junta de Freguesia de Soajo, da Assembleia de Compartes dos Baldios de Soajo, do Rancho Folclórico da Associação de Vilarinho das Quartas – Soajo e do Rancho Folclórico Camponesas de Soajo, da Associação (En) Cantar Soajo, da Casa do Povo de Soajo e do Centro Social e Paroquial de Soajo.
2.ª edição do MurArcos Festival de Arte Urbana de Arcos de Valdevez conta com intervenções de Bordalo II e de mais seis artistas, todos entre 29 de julho e 3 de agosto
Bordalo II, conhecido e polémico artista lisboeta, poderá ser visto a intervir na parede lateral do restaurante “A Regional”, em pleno Centro Histórico da Vila. Este artista, que utiliza “lixo” como matéria-prima, aborda no seu trabalho o consumo excessivo e consequente destruição do Planeta e usa sempre uma figura de um animal como bandeira de comunicação.
Regg Salgado, Daniela Guerreiro e Mariana Duarte Santos voltam a Arcos de Valdevez para criar um mural coletivo sobre o museu “Espaço Valdevez: História e Arqueologia”, situado na Rua da Valeta de Cima. Também Mutes, artista arcuense que pratica a linguagem pictórica “DesCubismo Contornismo”, irá intervir no mesmo museu.
Milu Correch, natural da Argentina e proeminente nome internacional do muralismo, desloca-se a Arcos de Valdevez para intervir no antigo posto de transformação de eletricidade, junto ao edifício da Rádio Valdevez, em plena marginal ribeirinha. O seu trabalho retrata, principalmente, figuras mitológicas e antropomórficas utilizando um estilo figurativo e pictórico muito pessoal; no MurArcos, a sua intervenção incidirá sobre interpretações das estórias, tradições e mitos particulares do concelho.
O novo Eco parque do Vez não poderia deixar de ser alvo de intervenção. Este espaço fantástico combina perfeitamente com os traços marcantes de Pantónio, conhecido nacional e internacionalmente pelos seus murais com elementos ondulados, de forte movimento, que interpretam e interligam com a natureza e a ecologia, elementos que interligam na perfeição com o Rio Vez e com a sua fauna e flora.
As intervenções decorrem nos diferentes espaços a partir de 29 de julho a 3 de agosto.
Encontra-se patente na galeria 1 da Casa da Cultura de Vieira do Minho a exposição da artista vieirense Vanessa Oliveira, intitulada "Art Exbition The Essence Underneath". Trata-se de uma artista versátil e determinada que oferece ao público um leque abrangente de técnicas e projetos.
Vanessa Oliveira é conhecida pela sua habilidade em transitar entre diferentes estilos e meios, combinando o tradicional com o contemporâneo. Os seus trabalhos refletem uma profunda compreensão da forma e da cor, bem como uma abordagem inovadora ao design gráfico. A artista utiliza uma variedade de materiais, incluindo aguarelas, tintas acrílicas e softwares de design digital, para criar peças que são visualmente cativantes e concetualmente ricas.
A exposição oferece uma visão abrangente da trajetória artística de Vanessa Oliveira. As obras expostas demonstram não apenas sua competência técnica, mas também sua capacidade de comunicar emoções e narrativas complexas através da arte. O público terá a oportunidade de apreciar ilustrações detalhadas, design gráfico inovador e projetos que exploram a interseção entre arte e tecnologia.
A arte de Vanessa Oliveira é uma celebração da criatividade e da expressão individual. Ela convida os visitantes a refletirem sobre a forma como interagimos com a arte no nosso quotidiano, destacando a importância do design gráfico no mundo moderno. A exposição promete ser uma experiência enriquecedora para todos os amantes da arte, designers e curiosos que desejam explorar novos horizontes artísticos.
A Casa da Cultura de Vieira do Minho continua a sua missão de promover talentos locais e proporcionar à comunidade acesso a eventos culturais de alta qualidade.
Não perca a oportunidade de conhecer o trabalho inspirador de Vanessa Oliveira e mergulhar no mundo da ilustração e do design gráfico. A exposição estará aberta ao público durante o horário de expediente da Casa da Cultura, garantindo que todos possam aproveitar essa incrível mostra de talento e criatividade.
Emílio Remelhe nasceu em Barcelos em 1965. Viveu e trabalhou em Coimbra e Macau. Vive e trabalha no Porto. Leciona no Ensino Superior desde 1991. Professor Adjunto na ESAD-Matosinhos, lecionando Escrita Criativa, Desenho e Ilustração. Professor Auxiliar Convidado na FBAUP, no Departamento de Desenho, lecionando Desenho I, Desenho II (Licenciaturas em Artes Plásticas e Design) e Narrativas e Guião Gráfico (Licenciatura em Desenho), e no Departamento de Design, lecionando Narrativas Verbais e Discurso Criativo (Curso de Mestrado em Ilustração, Edição e Impressão). Desenvolve trabalho no domínio das artes plásticas, da cenografia, do desenho, da ilustração e da literatura, usando pseudónimos.