VÃO AS “CHEGAS DE BOIS” E A “VACA DAS CORDAS” SER PROIBIDAS NO MINHO?
De acordo com notícias vindas a público, o governo prepara-se para decidir acerca da eventual abolição do espetáculo tauromáquico em Portugal. Na origem de tal decisão poderá estar o facto do Movimento pela Abolição das Corridas de Touros ter sido o vencedor da iniciativa “O meu movimento” promovida pelo governo, devendo em breve ser recebido pelo primeiro-ministro.
Foto: http://antoniotedim.blogspot.pt/
Entretanto, decorre um inquérito promovido pelo governo junto das autarquias onde no ano passado se realizaram espetáculos taurinos a fim de saber qual o valor dos apoios que estas dispensaram àquelas iniciativas”. A este propósito, o jornal “SOL” refere que “das 92 câmaras onde decorreram espetáculos de índole tauromáquica em 2011 apenas 29 responderam até ao momento”.
O Bloco de esquerda apresentou recentemente no parlamento dois projetos-lei para impedir os apoios públicos aos espetáculos que “inflijam sofrimento físico ou psíquico ou provoquem a morte de animais”, o que pode também abranger os espetáculos circenses e ainda para proibir a sua transmissão através da televisão pública.
Desde há muitas décadas que alguns concelhos minhotos mantinham o costume da realização do espetáculo tauromáquico inserido nas suas festividades tradicionais como sucedia com Ponte de Lima e Viana do Castelo. Aliás, nesta cidade ainda atualmente existe uma associação de apreciadores deste género de espetáculo – o Viana Taurino Clube. Não obstante, há algum tempo, a vereação vianense resolveu proibir a tourada e acabou com o redondel da Argaçosa.
Porém, touradas à parte, as gentes do Minho preservam tradições que podem vir a ser abrangidas por esta proibição, como é o caso das chegas de bois e da vaca das cordas de Ponte de Lima. Uma vez mais, é o Terreiro do Paço que decide sobre as nossas vidas!