ARQUIVO DISTRITAL DE VIANA DO CASTELO REALIZA MOSTRA DOCUMENTAL SOBRE A ESCRAVATURA
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O historiador Joel Cleto esteve ontem em Viana do Castelo numa palestra dedicada ao tema "Em tempos de intolerância: A atualidade da Rainha Santa Isabel e do Caminho de Santiago".
A sessão, que contou com uma interessada plateia, foi promovida pela Associação dos Amigos do Caminho de Santiago de Viana do Castelo - AACSVC, com o apoio da Câmara Municipal de Viana do Castelo, no âmbito do programa de comemoração dos 20 anos desta Associação.
Manuel António Gomes – vulgo Padre Himalaia – nasceu em 9 de Dezembro de 186º em Cendufe no concelho de Arcos de Valdevez
Aos 15 anos foi para o Seminário de Braga (Colégio Espiritano), onde adquiriu o gosto pelo experimentalismo e pela intervenção técnica, graças aos métodos de ensino inovadores ali praticados.
Durante o seminário modificou o seu nome de batismo, acrescentando-lhe Himalaya, devido à alcunha que um colega lhe dera por ser de elevada estatura.
É ordenado padre em 1891.
Em 1900 iniciou em Paris as suas experiências com o protótipo de um forno solar, batizado “Pyrheliophero”, que, traduzido à letra, significa “eu trago o fogo do Sol”.
Em 1904, o aparelho foi apresentado na Exposição Universal em Saint Louis, nos EUA, e premiado com o “Grand Prize da Lousiana Purchase Exposition”.
Ainda nos EUA, fabrica a “Pólvora Sem Fumo” ou Himalayte, pólvora que resiste a grandes choques e temperaturas sem risco de explosão.
Regressa a Lisboa em 1906, onde continuou a desenvolver a sua faceta de inventor e investigador. Durante alguns anos dedicou-se, filantropicamente, à prática da naturopatia junto das populações carenciadas na Damaia e Amadora. O seu interesse pela constituição de um laboratório levou-o a tentar vender, em 1925, a quinta que tinha na Damaia, onde viveu alguns anos antes de partir para a Argentina.
Voltou da Argentina em 1932, doente. Alguns meses depois, a 21 de dezembro de 1933, morria, com 65 anos, em Viana do Castelo.
Fonte: Câmara Municipal da Amadora
PSD, CDS, PS, Chega e IL: "Olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço"
O Orçamento do Estado para 2025 foi aprovado na Assembleia da República com os votos de PSD, CDS e PS. Um Orçamento do Estado que devia responder aos que criam a riqueza e põem o País e a economia a funcionar. Este Orçamento devia garantir dignidade a quem trabalhou uma vida inteira, mas o que se verifica é que está ao serviço dos lucros dos grupos económicos e das multinacionais. É um Orçamento que agrava a situação dos serviços públicos e agrava as injustiças. E é tudo isto que o PS viabiliza, colocando-se ao lado do PSD e CDS e permitindo que Chega e IL votem contra um Orçamento com o qual estão de acordo.
Em coerência com a sua posição de fundo à proposta de Orçamento, o Grupo Parlamentar do PCP apresentou um conjunto de propostas visando responder às necessidades das populações, demonstrando a possibilidade de uma política alternativa para o país.
Partido da realidade da região de Braga, o Grupo Parlamentar do PCP apresentou propostas que correspondem a investimentos reconhecidos por todos e, em vários casos, tratam-se mesmo de matérias que têm sido objeto de aprovação de moções nos órgãos autárquicos e de largo consenso no plano local. Matérias que deputados eleitos pelo distrito e presidentes de câmara dizem defender, mas que na Assembleia da República rejeitam.
Várias medidas que afetariam muito positivamente esta região, levadas pelo PCP à discussão no debate na especialidade, foram chumbadas com os votos de PSD, CDS e PS, e nalguns casos de Chega e IL também:
É clarificador que, no plano local, deputados e autarcas do PS, PSD, CH e IL digam defender os interesses da região, mas no momento de se posicionarem perante propostas concretas positivas e necessárias, escolham votar contra aqueles que afirmam defender.
A PSD, CDS, PS, Chega e IL bem se aplica o ditado “olha para o que eu digo, não olhes para o que eu faço”. Rejeitam na Assembleia da República os investimentos que por cá dizem defender. Da parte do PCP podem contar com o empenho dos seus eleitos na defesa dos interesses dos trabalhadores e do povo da região e com a contínua intervenção e demonstração de que é possível uma política alternativa.
Cineteatro de VPA acolheu cerimónia de agradecimento às Comissões de Festas e Romarias: “para que a festa aconteça são sempre muitas as horas de cansaço”. Câmara de Caminha disse “Obrigado”!
O Cineteatro dos Bombeiros Voluntários de Vila Praia de Âncora acolheu ontem a cerimónia de agradecimento às Comissões de Festas e Romarias que, ao longo de 2024, se disponibilizaram e voluntariaram para manter vivas as tradições do concelho de Caminha. Porque, “para que a festa aconteça são sempre muitas as horas de cansaço”, como referiu o Presidente da Câmara, Rui Lages.
O universo é grande e quase sempre pouco visível de uma forma geral: na verdade, cerca de meio milhar de pessoas estiveram envolvidas nas várias Comissões, nas diversas freguesias. Trabalharam de forma voluntária para que a identidade local seja preservada ao longo dos anos, e em 2024 em particular, enfrentando dificuldades em benefício da comunidade e da Cultura.
O concelho de Caminha tem uma alma generosa e, é por isso também, que as tradições se mantêm vivas. Com elas assegura-se o presente e o futuro, a ligação entre as pessoas da comunidade e renovam-se todos os anos as festas e romarias – e são muitas. Muitas são também as pessoas que tornam possível esta dinâmica, que a Câmara Municipal apoia das formas mais diversas, mas a que quis também agradecer de forma mais próxima, com esta cerimónia simbólica. “Obrigado”, repetiu o Presidente, numa ocasião que serviu também para promover o convívio entre as diversas Comissões, oriundas de todo o concelho.
“Sabemos bem das dificuldades (…) e se há coisa a que estamos habituados é que as nossas festas e romarias corram sempre bem”, continuou Rui Lages, enaltecendo as “pessoas que dão tudo de si” e prometendo: “estamos sempre lado a lado para nos ajudar uns aos outros. É também para que a nossa comunidade lá fora saiba quem são os rostos das pessoas que estiveram por traz daqueles cartazes (…) estamos aqui hoje para reconhecer e a gratidão é dos sentimentos mais nobres”.
Foi uma cerimónia muito bonita, que começou com a atuação da Cantata e Tocata do Etnográfico de Vila Praia de Âncora. Depois da intervenção do Presidente foram chamadas as Comissões e entregue o diploma de agradecimento. O encerramento esteve a cargo do Grupo de Cantares da Serra d'Arga.
O Presidente da Câmara Municipal agradeceu a todos e a cada membro das Comissões de Festas. No diploma entregue sublinha-se a forma voluntária e generosa de cada elemento, enquanto condição decisiva para garantir que as nossas festas, romarias e tradições se mantenham vivas.
“O seu contributo altruísta foi fundamental para que pudéssemos continuar a desfrutar de momentos de alegria, convívio e a preservar o rico património imaterial que nos foi legado pelos nossos antepassados. Em reconhecimento pelo serviço público e comunitário que prestou temos a honra de lhe conferir o presente diploma como forma de agradecimento”, lê-se no documento.
O concelho é palco de 55 festividades, nas 20 paróquias do Arciprestado de Caminha. Considerando as freguesias, ficam assim distribuídas: Âncora - São Sebastião; Âncora - Senhora da Assunção; Arga de Baixo - Senhora da Rocha; Arga de Cima - Senhora do Rosário; Arga de Cima - São Silvestre; Arga de São João - São João d'Arga; Arga de São João - Santo António e Senhora do Rosário; Argela - Santa Marinha; Argela -Senhora da Piedade; Azevedo - São Miguel; Azevedo - Menino Jesus; Caminha - Senhora da Agonia; Caminha - Senhor dos Mareantes; Caminha - Santa Rita de Cássia; Caminha - São Pedro; Caminha - Solenidade do Corpo de Deus; Cristelo - São Tiago; Dem - Santíssimo Sacramento e São Gonçalo; Dem - São Silvestre e Senhora das Neves; Gondar - Senhora da Agonia; Gondar - Senhor e Senhora do Rosário; Lanhelas - Senhora da Graça; Lanhelas - Santo Amaro e Nossa Senhora da Luz; Lanhelas - Santo António e São Sebastião; Lanhelas - Senhor da Saúde e Santa Rita de Cássia; Lanhelas - São Martinho; Moledo - Santo Isidoro; Moledo - São Sebastião; Moledo - Santíssimo Sacramento; Moledo - Senhora Ao Pé da Cruz; Moledo - São Paio; Orbacém - Santíssimo Sacramento e Senhora das Dores; Orbacém - Senhor dos Aflitos; Orbacém - São Martinho; Riba de Âncora - São Miguel; Riba de Âncora - Senhora da Guadalupe; Riba de Âncora - Santo Amaro; Seixas - São Bento; Seixas - São Pedro; Seixas - Senhor do Socorro; Seixas - Senhora da Consolação; Venade - Senhora dos Remédios; Vila Praia de Âncora - São Sebastião; Vila Praia de Âncora - Santa Marinha; Vila Praia de Âncora - Senhora da Bonança; Vila Praia de Âncora - Senhor dos Aflitos; Vilar de Mouros - Senhora da Peneda; Vilar de Mouros - Senhor dos Passos; Vilar de Mouros - São Sebastião; Vilar de Mouros - São Brás; Vilar de Mouros - Santíssimo Sacramento; Vilarelho - Senhora do Amparo; Vilarelho - São Sebastião; Vile - São Sebastião e Nossa Senhora; Vile - São Pedro de Varais.
O salão nobre dos Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo recebe, dia 30 de novembro, a primeira edição do Viana Rock Fest. É um concerto solidário em beneficência daquela corporação. O cartaz é composto por três bandas vianenses, @puto_vc, @simiotheband, @unfinished_grounds e os Lisboetas @albert_fish_punk_rock.
No âmbito da parceria entre a Câmara e a Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril, uma centena de estudantes do 6ºº ano recebeu o fotojornalista Alfredo Cunha para “aula” na primeira pessoa sobre o 25 de Abril
O fotojornalista Alfredo Cunha esteve esta semana na Escola Básica e Secundária de Caminha para falar com cerca de uma centena de estudantes do 6º ano sobre o 25 de Abril. O mote foi a exibição de um filme, produzido especificamente para as comemorações dos 50 anos da Revolução pela Comissão Comemorativa. A iniciativa enquadra-se no programa que está a ser levado a cabo pela Câmara Municipal, parceira da Comissão neste cinquentenário.
Muitas perguntas, muita curiosidade sobre os protagonistas, sobre o fotojornalista e sobre o 25 de Abril. Foi assim a sessão desta quinta-feira na EBS de Caminha. Recorde-se que a associação da Câmara Municipal de Caminha à edição do livro “25 de abril de 1974, Quinta-Feira”, de Alfredo Cunha, trouxe vários benefícios, entre eles o direito de exibição pública de três filmes produzidos especificamente para as comemorações dos 50 anos de Abril pela Comissão, com imagens do referido livro, com design de Alexandre Farto/Vhils, e banda sonora de Rodrigo Leão.
Depois de assistirem à exibição de um destes filmes, abriu-se o período de perguntas, e foram muitas, num escrutínio muito salutar. Alfredo Cunha entusiasmou-se e respondeu a todas, numa manhã diferente e animada, em que se falou de coisas muito sérias, com vivacidade e na primeira pessoa. E os estudantes quiseram saber um pouco de tudo. Desde logo sobre o dia 25 de abril de 1974 e sobre o que se passou nas ruas. Curiosos, os estudantes questionaram o jornalista, por exemplo, sobre a razão porque estava no local naquele dia; quando decidiu ser fotógrafo e porquê; quantas fotos tirou dos acontecimentos; e em que outros palcos de conflito esteve Alfredo Cunha. Muitos, foi a resposta, entre eles o Iraque, Afeganistão, Síria, Angola ou Moçambique. Alfredo Cunha também teve de explicar como se percebe o ambiente de alegria e a presença simultânea de material de guerra. Apesar do aparente ambiente caótico da Revolução dos Cravos havia muita felicidade, explicou o fotojornalista, que também foi convidado a eleger a figura mais importante da Revolução. Resposta pronta: Salgueiro Maia, amizade que se prolongou por três dezenas de anos.
No final da sessão houve fotos e autógrafos: uma animada aula de História, ao vivo, revendo os acontecimentos e interpelando os protagonistas. A experiência deverá ainda se repetida, de acordo com o calendário escolar e a disponibilidade de Alfredo Cunha.
A Câmara Municipal de Caminha associou-se à “Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril” patrocinando, juntamente com outras entidades, a edição especial do livro “25 de abril de 1974, Quinta-Feira”, com fotografias e coordenação do fotógrafo Alfredo Cunha.