Vila Praia de Âncora homenageia Nossa Senhora da Bonança – a Padroeira das Gentes do Mar – 4 a 8 de Setembro
Vila Praia de Âncora que aos pés de Nossa Senhora da Bonança se ajoelha em religiosa devoção, é terra de gente que não teme o mar e todas as manhãs, ainda o sol não se ergue no firmamento, afoita-se nas vagas alterosas para lançar as redes que recolherão o pão que é o sustento da família. Como disse o sábio grego Platão, existem no mundo três espécies de homens: os vivos, os mortos e os que andam no mar.
Vila Praia de Âncora – a vetusta Santa Marinha de Gontinhães – é uma terra de tradições piscatórias no concelho de Caminha. Situa-se num vale abrigado pela serra d’Arga a norte e o Monte de Santa Luzia, a sul. O velho portinho, junto ao Forte da Lagarteira, tem para contar inúmeras histórias de pescadores que, ao que tudo indica, possuem as suas raízes em A Guarda, na Galiza. Mas, Vila Praia de Âncora é terra e mar e possui costumes rurais, tão bem retratados no seu grupo folclórico: o Etnográfico de Vila Praia de Âncora!
Este grupo foi fundado em 22 de Março de 1976. É um grupo que representa o Alto Minho, com especial destaque para a vertente poente da Serra d'Arga, considerada a região de Portugal mais rica em folclore e etnografia. Cantam e dançam os viras e as gotas, as rusgas e as chulas ao som da concertina e do cavaquinho, vestem trajes de trabalho e de cotio, domingueiros ou de festa. Mas, apesar de difícil recolha etnográfica, o Etnográfico de Vila Praia de Âncora não deixa de representar os usos e costumes dos pescadores da sua terra.
O escritor Raul Brandão, na sua obra “Os Pescadores” publicada em 1923, descrevia esta comunidade piscatória da seguinte forma: “À direita, encostado ao forte de Lippe, que forma o outro lado da bacia, com o portinho e o varadouro, ficam as casas dos pescadores.
(…) A parte dos pescadores no areal difere completamente nos tipos, nos costumes e nas casas, naturalmente noutros tempos barracas de madeira construídas sobre estacas. Há quatrocentos pescadores pouco mais ou menos, e cento e trinta e dois barcos varados na praia, todos pintados de vermelho. São maceiras, de fundo chato, tripuladas por dois homens, volanteiras ou lanchas de pescada por doze homens, e barcos de sardinha, que levam cinco ou seis peças de sessenta braças cada uma, e quatro homens. As redes têm nomes: peças as da sardinha, volantes as da pescada. Chama-se galricho a uma espécie de massa com que se apanha a faneca; rastão ao camaroeiro; patelo à rede que colhe o caranguejo ou mexoalho; e rasco à da lagosta. As redes da sardinha são do mestre, e as da pescada dos pescadores. Os quinhões dividem-se conforme o peixe.”
Eis que aí estão as tradicionais festas de Vila Praia de Âncora, em honra de Nossa Senhora da Bonança, que decorrem a partir do próximo dia 4 de Setembro. Trata-se de uma das festas mais populares do concelho de Caminha e do Minho em geral, cuja tradição se encontra registada desde 1883, costume muito ligado à classe piscatória.
Situada na foz do rio Âncora entre o mar e a serra d’Arga abriga-se uma pequena póvoa de pescadores junto ao Forte da Lagarteira.
As festas destacam-se pela procissão naval ao Forte da Ínsua com as embarcações magnificamente engalanadas e transportando numerosos romeiros para aí recolherem a imagem de Nossa Senhora da Ínsua. Em ciclos de 75 anos, um istmo de areia liga à ilha da Ínsua, permitindo aos romeiros fazerem o caminho a pé.
As tradicionais festas em honra de Nossa Senhora da Bonança são característicamente minhotas onde não falta o folclore, o cortejo etnográfico, as bandas filarmónicas, a procissão religiosa e o sempre deslumbrante fogo-de-artifício.
De acordo com a apresentação oficial da Câmara Municipal de Caminha, “A freguesia de Vila Praia de Âncora já aparece mencionada na documentação do séc. X, então com a denominação de Gontinhães. Era uma paróquia com igreja e que estava organizada muito provavelmente segundo a fórmula ancestral de Villa rústica, à qual pertencia o sítio chamado da Lagarteira.
Esta paróquia de Santa Marinha de Gontinhães atravessou mais de 1000 anos de história local e de tal forma a denominação se enraizou, que ainda é usual na região, tal como ainda há quem chame de Gontinhães a Vila Praia de Âncora, até porque, na verdade só em 1924, a secular Gontinhães se transmutou em Vila Praia de Âncora.
Toda a região é rica em vestígios arqueológicos, quer do Neolítico, quer da cultura Castreja (Idade do Ferro), mas o vale do Âncora tem atraído a especial atenção dos arqueólogos. O rio nasce na Serra de Arga e após 15 km chega ao mar num sítio a 7 km, a sul da foz do rio Minho. No sítio chamado Lapa dos Mouros, pode ver-se aquele que é provavelmente o Dólmen mais notável da pré-história em Portugal (o Dólmen da Barrosa).
Nos finais do século passado, Martins Sarmento deu a conhecer uma povoação castreja, hoje conhecida por Cividade de Âncora. Trata-se dum monte, excepcionalmente bem situado para cumprir missões defensivas entre o mar e uma ampla área circundante, habitada pelo menos até ao séc. I d.C.
Os romanos terão aqui instalado um entreposto mineiro para recolha dos metais que exploravam nas minas de Ribô, Orbacém e Gondar. Talvez por ter existido aí um entreposto com cais de embarque, se tenha gerado a ideia de que os romanos teriam baptizado o sítio com o nome de âncora, por aqui desembarcarem as suas tropas e aqui embarcarem o minério. Essa é a ideia de Argote. No séc. XIII generalizou-se a lenda de que teria sido na foz deste rio que o rei Ramiro (o da lenda de Gaia), afogou a sua adúltera e saudosa esposa com uma mó atada ao pescoço como se fora uma âncora… Ao que tudo indica no entanto, o nome é anterior e tem origem no nome que o próprio rio já teria. Quando a paróquia foi formada, ainda o sítio onde hoje está Vila Praia de Âncora seria completamente desabitado, principalmente por ser um sítio aberto e exposto aos constantes ataques dos piratas normandos. O mesmo Argote diz que aqui terá existido um fortim para vigilância e aviso. Por isso a paróquia inicial se fundou na “Villa” de Guntilares (dum tal Guntila) mais no interior e mais resguardada. Esta “Villa” teria resultado duma acção de presúria efectuada pelo Conde Paio Vermudes, aquando do repovoamento desta faixa do litoral até ao Lima (séc. IX) ou por um seu vassalo que se chamaria Guntila. O mesmo que terá povoado Bulhente. O topónimo já está documentado nos finais do séc. IX, altura em que parte das terras da Vila foram doadas ao Mosteiro de São Salvador da Torre. Data de então a primeira igreja consagrada como era usual, a Santa Marinha. Os tempos posteriores foram bem difíceis e desastrosos devido às razias muçulmanas e a foz do Âncora deve ter-se tornado um dos sítios mais perigosos de toda a costa norte. Era um ancoradouro que dava para um vale rico e fértil, por isso muito cobiçado e também frequentemente assaltado. Daí que uma outra Villa, a de Saboriz, provavelmente fundada no sítio actual de Vila Praia de Âncora, tenha tido uma vida precária, embora a documentação a relacione com uma Venda Velha ou com uma Pousada necessária para esta zona de muita passagem (séc. X) entre Braga e Tui.
Igreja Paroquial, Forte do Lagarteiro, capelas da Sra. Das Necessidades (Sra. Bonança), de S. Brás, de S. Sebastião e do Divino Salvador, Gruta de N. S. de Lourdes, Ponte de Abadim, vários cruzeiros, alminhas e ninhos são patrimónios existentes da freguesia de Vila Praia de Âncora.
A área urbana estende-se para as zonas de Sandia e da Vista Alegre e para a zona industrial da Póvoa e também para os lados da antiga Sobreira onde se localizam as escolas, o centro de saúde e a maioria dos serviços públicos.
Ainda a respeito da história desta freguesia, no livro “Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte Arquivos Nacionais/Torre do Tombo” diz textualmente:
«Esta freguesia aparece mencionada em documentos do século X, sob a designação de Gontinhães.
Na lista das igrejas de Entre Lima e Minho pertencentes ao bispado de Tui, elaborada por ocasião das Inquirições de D. Afonso III, em 1258, é citada a igreja de “Guntianes”. As Inquirições referem também São Salvador de Bulhente, que hoje é apenas um lugar de Vila Praia de Âncora. Nessa época, porém, possuía igreja própria, sendo o seu abade apresentado pelos moradores.
Rodrigo de Moura Teles, em 17717, transferiu os bens da capela de Bulhente para o sítio do Calvário, por esta ter deixado de ter cura e fregueses.
Na taxação a que se procedeu no reinado de D. Dinis, em 1320, Gontinhães figura enquadrada no arcediagado da Vinha, com a taxa de 40 libras.
No Censual do Cabido de Tui para o sobredito arcediagado da Terra da Vinha, elaborado em 1321, Gontinhães pagava um quarteiro de trigo, uma libra de cera e procuração.Entre 1514 e 1532, no Censual de D. Diogo de Sousa, Gontinhães rendia para a diocese de Braga 23 mil réis. A partir desta data, todas as freguesias de Entre Lima e Minho, da comarca eclesiástica de Valença, passaram a fazer parte da diocese de Braga.Na avaliação dos mesmos benefícios eclesiásticos (1545-1549), esta freguesia rendia 45 mil réis.
Américo Costa descreve-a como abadia da apresentação do Ordinário, como alternativa do rei, tendo anteriormente pertencido à Casa de Vila Real.
Só em 1924, por força da Lei 1616, de 5 de Julho, passou a denominar-se Vila Praia de Âncora.»
(Fontes consultadas: Caminha e seu Concelho, Inventário Colectivo dos Arquivos Paroquiais vol. II Norte
Arquivos Nacionais/Torre do Tombo e Freguesias Autarcas do Século XXI ).”
Seiscentos e doze membros da Assembleia Municipal, quatrocentos e catorze Presidentes de Junta, setenta e oito Vereadores, oito Presidentes de Assembleia Municipal e seis Presidentes de Câmara foram ontem homenageados no decorrer da cerimónia de celebração dos 96 anos de Elevação de Barcelos à categoria de Cidade. Na iniciativa, que decorreu no Estádio Cidade de Barcelos e que contou com a presença da maioria dos homenageados e seus familiares, o Município barcelense agraciou todos aqueles autarcas com uma Medalha Comemorativa dos 50 anos da Revolução do 25 de Abril, como forma de reconhecimento pelo trabalho efetuado em prole da causa pública. “A Câmara Municipal, o nosso concelho, o nosso Município, todos juntos prestamos homenagem às personalidades barcelenses que, ao longo deste percurso de meio século, corporizaram um dos maiores pilares da democracia portuguesa – o Poder Local”, sublinhou o Presidente Mário Constantino Lopes, no seu discurso do Dia da Cidade. “Saúdo de uma forma muito fraterna e calorosa, todos os nossos autarcas - Presidentes de Junta, membros da Assembleia Municipal, Vereadores, Presidentes da Assembleia Municipal e Presidentes de Câmara - individualidades que estamos a homenagear pela dedicação e trabalho em benefício do desenvolvimento do nosso concelho”, vincou o edil barcelense.
A cerimónia de homenagem aos autarcas do concelho de Barcelos resultou da junção de duas iniciativas – a celebração do Dia da Cidade e a Comemoração dos 50 anos do 25 de Abril, esta última que o Município tem vindo a assinalar ao longo de todo ano. Nesse sentido, a Câmara Municipal e a Comissão Executiva das Comemorações entenderam que este seria o momento ideal para realizar uma homenagem aos autarcas, celebrando assim o Poder Local concelhio. Fazendo um enquadramento social e histórico do que era a realidade do país e do concelho nas décadas que antecederam a Revolução dos Cravos, o Presidente da Câmara destacou que a institucionalização do Poder Local e a realização das primeiras eleições autárquicas realizadas em 1976 abriram uma nova era no nosso País. “Barcelos é fruto do trabalho de todos os autarcas: Presidentes de Junta e seus pares, Presidentes de Câmara e Vereadores, Presidentes de Assembleia Municipal e seus restantes membros, todos, de diferentes partidos e ideologias, mas todos sem exceção, meteram mãos à obra e foram construindo o Concelho onde agora vivemos”, vincou Mário Constantino Lopes, que aproveitou para enumerar algumas das áreas onde mais se avançou no último meio século. “Cada elemento da Junta de Freguesia, cada Vereador municipal, cada Presidente da Câmara fez o melhor que soube e podia, tendo em conta os meios de que dispunha. Cada um, com a sua visão, com a sua personalidade, todos, tenho essa convicção, trabalharam pelo melhor das suas terras, das suas populações, do nosso grande concelho. Por tudo isto, pelo que de si deram a Barcelos, muito lhes estamos gratos. E por tudo isto e muito mais, é com muita honra e orgulho que estamos a promover esta iniciativa, que decidimos realizar esta homenagem”, disse.
Presidente da Câmara destacou políticas de desenvolvimento do seu mandato.
Na segunda parte do seu discurso do Dia da Cidade, Mário Constantino Lopes aproveitou para destacar alguns dos aspetos mais relevantes dos seus primeiros três anos de mandato. O autarca reiterou a importância das políticas municipais potenciadoras do progresso, nomeadamente “nos setores da coesão territorial, dinamização económica, e promoção da igualdade e combate à exclusão”. Afirmando que sonha e quer “construir um concelho mais coeso; um concelho mais integrador; um concelho mais desenvolvido, um concelho com mais oportunidades para todos os barcelenses”, Mário Constantino Lopes reiterou que esse tem sido o “foco” do seu Executivo, “por que essa é a nossa obrigação”. Elencando algum do trabalho já efetuado, o Presidente sublinhou a melhoria das acessibilidades, destacando o Programa Novos Caminhos que já financiou em mais de 10 milhões de euros a pavimentação de vias em terra batida. Destacou também a obra que está no terreno - Fecho da Circular Urbana, Nó de Santa Eugénia/Gamil - o maior investimento camarário de que há memória na rede viária: 9 milhões de euros, empreitada que se prevê ficar concluída daqui a um ano. Ainda no setor da mobilidade, o edil salientou o reforço dos transportes públicos TUBA que só na área urbana passaram de 173 mil passageiros em 2020, para quase meio milhão, em 2023. Na Educação perspetivam-se grandes realizações, nomeadamente a requalificação e ampliação da Escola Secundária de Barcelinhos, com financiamento já assegurado pelo PRR. Além desta obra, prevê-se que a médio prazo sejam feitas intervenções na Escola Gonçalo Nunes, Escola Vale D’Este, em Viatodos, e na Escola Vale do Tamel, em Lijó. Entretanto, estão a decorrer obras de adaptação de edifícios para novas creches, na Várzea e em Fonte Coberta, e há candidaturas para a criação de mais duas creches em Arcozelo e Macieira. O mesmo vai suceder nos equipamentos de Saúde. O Presidente lembrou que “a Câmara Municipal já garantiu financiamento de fundos comunitários do Plano de Recuperação e Resiliência – PRR, no valor global de cerca de 9 milhões de euros, os quais vão permitir a requalificação de cinco Centros de Saúde e a construção de uma nova unidade, um novo Centro de Cuidados de Saúde”. Outros dos aspetos que Constantino fez questão de salientar é o trabalho de combate à exclusão e os apoios sociais que o Município tem vindo a prestar às pessoas com mais vulnerabilidade sócio económica, dando o exemplo do apoio ao pagamento à renda de casa que só em junho ajudou 289 agregados familiares e em 2023 concedeu apoios no montante de mais de meio milhão de euros. A terminar, o Presidente da Câmara destacou o trabalho realizado na Cultura, referindo concretamente à ascensão da “Arte de Bordar o Crivo em São Miguel da Carreira” à categoria de património nacional, e o destaque do itinerário entre o Largo do Tanque em Barcelinhos e o Largo do Bem Feito em Barcelos, que faz parte do Caminho Português de Santiago Central – Porto e Norte, que também mereceu o reconhecimento de “elevado valor patrimonial”. No que respeita ao Ambiente, Mário Constantino Lopes assegurou estar “a cumprir o compromisso de devolver o rio aos barcelenses, aludindo às obras que estão em curso: a ecovia na margem esquerda do Cávado e os Passadiços na margem direita, equipamentos que vão permitir uma melhor fruição do rio. O Presidente adiantou ainda que já está em processo de adjudicação a elaboração dos projetos de execução dos Parques Fluviais das frentes ribeirinhas urbanas, equipamentos essenciais para potenciar e melhorar a relação das pessoas com a natureza.
Presidente da Assembleia Municipal exaltou o simbolismo da homenagem
O encerramento da sessão coube ao Presidente da Assembleia Municipal, Fernando Santos Pereira, que destacou a importância, relevância e simbolismo da homenagem aos autarcas. "Vivemos hoje o maior exercício de memória e reconhecimento que alguma vez se registou em Barcelos", afirmou. Antes, o Presidente da maior Assembleia do país já tinha feito um percurso retrospetivo relativo ao estado do Concelho e às deploráveis condições de vida que existiam na época pré 25 de Abril. Historiando depois as primeiras eleições autárquicas livres realizadas em Barcelos, Fernando Santos Pereira realçou o papel dos primeiros autarcas eleitos, pioneiros do poder local em Barcelos e percursores do desenvolvimento do Concelho para o qual todos os demais autarcas têm vindo a contribuir. No encerramento da sessão foi cantada a "Portuguesa", com o Estádio Cidade de Barcelos iluminado com as cores do Hino Nacional.
Autarquia mafrense instalou a Casa da Juventude e requalificou a zona envolvente do palácio
O Município de Mafra inaugurou recentemente a Casa da Juventude e a requalificação da zona envolvente do Palácio dos Marqueses de Ponte de Lima, situado em frente à Igreja de Santo André, em Mafra.
Na sequência desta intervenção, devolveu-se à utilização da comunidade um espaço que faz parte da história comum: o Palácio do Visconde de Vila Nova de Cerveira, posteriormente designado do Marquês de Ponte de Lima, senhor da vila de Mafra, que foi construído no séc. XVII.
O Palácio é agora dedicado à juventude e ao turismo: por um lado, disponibiliza valências para jovens (salas de estudo, área lounge, zona de gaming, podcast studio, zona de exposições e sala multiusos); por outro, disponibiliza alojamento turístico, com 14 quartos com 45 camas, integrando também um restaurante. Em complemento, foi assegurado o arranjo paisagístico do logradouro, com a criação de cerca de 40 lugares de estacionamento, circuitos pedonais e zonas verdes.
O Município procedeu, ainda, à requalificação da envolvente do Palácio, intervindo no Largo de Santo André, Rua Pedro Julião, Rua do Castelo, Rua Família Marques e parte da Rua do Malvar, através da colocação de redes subterrâneas de instalações elétricas e telecomunicações, modernização da iluminação pública e remodelação das redes de abastecimento de água, drenagem de águas pluviais e esgotos. Sempre que possível, o betuminoso foi substituído por calçada.
Nesta ocasião, a autarquia apresentou a publicação “O Palácio dos Marqueses de Ponte de Lima e a Quinta da(s) Cercas”, de Marta Miranda, Maria da Conceição Almeida, Luís Corredoura e Maria Manuel Bringel, sob a coordenação editorial de Anabela Baginha.
Feiras Novas em Ponte de Lima são sempre… Feiras Novas! A cada ano se rejuvenescem sem perderem o lastro da tradição, a patine dos mais valiosos monumentos que sempre ajudam a preservar a nossa memória, a lembrar aquilo que somos.
Tradição e modernidade não são incompatíveis – mas não se confunda modernidade com perda de memória e identidade!
A cada edição das Feiras Novas as gerações sucedem-se. Os jovens que este ano vão desfilar nos cortejos da vila limiana – talvez a mais bela e encantadora de Portugal! – provavelmente nunca experimentaram os festejos ocorridos noutras épocas. Mas, nem por isso deixarão de sentir a necessidade de vivenciarem tais experiências para seguir as pisadas dos seus antepassados e descerem à rua com os seus trajes característicos… eles representam a sua própria identidade – a nossa identidade colectiva!
Ponte de Lima possui algo de mágico que prende as suas gentes. A sua inigualável beleza, as suas tradições, a alegria e generosidade das suas gentes, o seu valioso património histórico e artístico – como disse o poeta Teófilo Carneiro: