A Câmara Municipal de Viana do Castelo aprovou hoje, em reunião ordinária de executivo, três propostas no valor global de 227.100 euros para as Juntas e Uniões de Freguesia do concelho, no âmbito de Apoios à Construção e Requalificação de Equipamentos, Apoios à Mobilidade, Segurança Rodoviária e Material Circulante e ainda Requalificação Urbana e de Centros Cívicos.
Assim, a fatia maior vai para a proposta de Apoio às Juntas e Uniões das Freguesias – Mobilidade, Segurança Rodoviária e Material Circulante, no valor de 100.700 euros para seis freguesias.
Assim, para Afife foram aprovados 20.000 euros para a 1ª fase da Repavimentação do Caminho do Cavalinho Morto; para Alvarães, 30.000 euros para a 1ª fase da aquisição de miniautocarro para transporte escolar e ainda 5.000 euros para regularização de cotas na envolvente do cemitério e construção de muro.
Para Castelo do Neiva, 5.200 euros para reparação de trator; para Santa Marta de Portuzelo 10.000 euros para alargamento da Travessa da Romé; 12.500 euros para a União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro, para aquisição de autocarro para o Centro Social e Cultural de Barroselas; e ainda 18.000 euros para a União de Freguesias de Mazarefes e Vila Fria, para a conclusão de aquisição de viatura para transporte escolar.
“Apesar dos progressos assinaláveis, o executivo municipal e as Uniões e Juntas de Freguesia pretendem dar pretendem dar continuidade à forte política de investimento, concretizando ações e obras de construção de novas vias e obras de arte, reperfilamento da rede viária e obras de arte existentes, requalificação de pavimentos, execução de novas e requalificação de interseções existentes, construção e requalificação de espaços pedonais existentes, ampliação estrutural da rede de ciclovias e ecovias, construção e requalificação de espaços de estacionamento e infraestruturas de transportes públicos/coletivos (baias e paragens), supressão de passagens de nível (construção de passagens inferiores e superiores rodoviárias e pedonais) e implementação de um extenso plano de sinalização horizontal (pinturas) e vertical (sinais), dedicando no Plano de Atividades e Orçamento de 2024, para o efeito, mais de 8,5 milhões de euros que, concluído, permitirá elevar os níveis de segurança da estrutura/rede viária do concelho e a qualidade de vida dos respetivos espaços territoriais”, assegura o documento.
No âmbito da proposta de Apoio às Juntas e Uniões das Freguesias – Construção e Requalificação de Equipamentos, foram aprovados 96.400 euros para quatro freguesias, nomeadamente: 30.000 euros para Santa Marta de Portuzelo, para a 1ª fase da ampliação do cemitério; para a União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro, 9.400 euros para demolição do edifício da “Sopa dos Pobres” e 26.000 euros para revisão de preços da remodelação e alteração do edifício da Casa do Povo de Barroselas. Foram ainda aprovados 16.000 euros para a União de Freguesias de Subportela, Deocriste e Portela Susã para a aquisição de terreno para ampliação do Cemitério de Portela Susã; e 15.000 euros para a União de Freguesias de Viana do Castelo (Santa Maria Maior e Monserrate) e Meadela, para requalificação do Parque Infantil do Largo da Ronda Típica e do Parque Infantil de Fornelos.
De acordo com a proposta, estes apoios surgem para “alavancar respostas no território nos domínios dos serviços, social, cultural, desportivo e económico, destacando-se a construção, reabilitação e refuncionalização de espaços para respostas administrativas, de convívio e lazer (centros de convívio), lúdicas (parques infantis) e culturais, respondendo às dinâmicas de desenvolvimento de cada freguesia, valorizando e garantindo convergência de meios e otimização de recursos, na garantia da qualidade de vida e bem-estar dos seus habitantes”.
A terceira proposta agora aprovada, no valor de 30.000 euros, diz respeito a Apoios às Juntas e Uniões de Freguesia – Requalificação Urbana/Centros Cívicos, sendo a verba total para a União de Freguesias de Nogueira, Meixedo e Vilar de Murteda, para a 2ª fase dos arranjos exteriores da Capela da Paz – Vilar de Murteda.
A proposta indica que “as intervenções conjuntas do Município, Uniões e Juntas de Freguesia, têm assentado numa estratégia de valorização dos valores patrimoniais e imateriais, qualificando e adequando esses mesmos centros cívicos às expetativas e novas exigências dos cidadãos, bem como procuram projetar o reconhecimento e a vivência comunitária”.
O Festival Política está de regresso em 2024 com a "Intervenção" como tema central da programação. Em Braga, o Festival Política ocupa o Centro de Juventude já a partir de quinta-feira, de 2 a 4 de maio.
A programação do Política em Braga combinando 24 atividades gratuitas em três dias, incluindo cinema, performances, música, humor, exposições e conversas. No ano em que se assinalam os 50 anos do 25 de Abril, a programação convoca artistas, criadores, académicos e ativistas a desenvolverem propostas e reflexões focadas na necessidade de fomentar a participação dos cidadãos nos atos eleitorais e o envolvimento com as instituições e as suas comunidades.
Entre os principais destaques da programação para o Centro de Juventude de Braga estão a estreia do documentário de TiagoPereira “Onde Está o Zeca?” (4 de maio, 18h) e o novo espetáculo de Hugo van der Ding (4 de maio, 21h30). Em “O que importa é participar” Hugo van der Ding percorre, de forma humorada, as participações especiais da História de Portugal que comprovam a importância da participação. “Onde está Zeca”, que resulta de uma coprodução do Festival Política e A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria, apresenta uma reflexão inédita sobre a herança de Zeca Afonso no panorama musical atual.
Na programação musical estão agendados concertos de LucasPina e FadoBicha. Lucas Pina, que atuará na rua do Castelo (3 de maio, às 18h), é um cantor são-tomense que ficou conhecido do grande público depois da participação no Got Talent Portugal, com Rapazes do Milongo em dupla com Moreno. Lançou no dia 8 de março, “Mamã”, uma ode às ações e gestos da mãe para os seus filhos. Já o espetáculo “Fado Bicha mata o Fado, com amor” (3 de maio, às 21h30), no Centro de Juventude, é um concerto intimista, de voz e guitarra elétrica, em que a dupla Lila Fadista e João Caçador revisita fados antigos e tradicionais e nos falam da história do fado e de histórias dentro do fado, evocando Hermínia Silva, Pedro Homem de Mello ou António Ferro.
O Política conta com várias performances ao longo dos 3 dias de programação. Graças à parceria com o RESISTANCE! – Youth Festival of Modern European History, serão apresentadas performances de vários países: de Itália, chega “Lost” (2 de maio, 17h30) que pensa sobre a História; de Portugal, “Notícias de última hora” (2 de maio, 21h30) consiste num espetáculo em que o público é convidado a debater os direitos fundamentais prometidos pela democracia estão ainda por cumprir; dos Países Baixos, “Resistance Redux” (3 de maio, 17h) apresenta uma interpretação visual, musical e física da vivência dos molucanos nos Países Baixos; da Eslovénia, “You are what you eat” (3 de maio, 18h30) apresenta um verdadeiro compêndio de rebeliões: desde as mais banais até às grandes críticas no contexto da antiga Jugoslávia; da República Checa, os eventos históricos em torno da Primavera de Praga em 1968 são o ponto de partida para “When Spring is Over” (4 de maio, 15h); de França chega “Revolution is a sexually transmitted infection” (4 de maio, 16h30) em que cinco jovens mulheres discutem a educação e a herança que receberam das gerações anteriores em termos de sexualidade e passagem para a idade adulta. O RESISTANCE! – Youth Festival of Modern European History é um projeto europeu de artes performativas que acontece em Portugal, Itália, França, República Checa, Eslovénia e Países Baixos. Em Portugal, o RESISTANCE! tem como parceiro associado o Teatro Circo de Braga EM SA e está a ser desenvolvido no contexto da preparação da Capital Portuguesa da Cultura.
A secção de cinema é composta por uma seleção de 6 produções, entre curtas e longas-metragens, ficção, animação e documentários. Destaque para a sessão do Parlamento Europeu, com a exibição de “ASala de Professores” de Ilker Çatak (2 de maio, às 19h), que recentemente recebeu o prémio LUX Audience Award. A sessão de cinema Maiores de 18 integra o documentário “Maghreb’s hope”, de Bassem Ben Brahim (4 de maio, 23h15), que consiste num retrato das experiências de pessoas queer do Magrebe.
O programa inclui conversas, oficinas e outras atividades: será estreado em Braga o conceito de debate Beers&Politics, com o tema “Precisamos de maior participação política e cívica?”, com AntónioFernandoTavares, diretor do Departamento de Ciência Política na Escola de Economia e Gestão da Universidade do Minho (2 de maio, 18h). Ao longo do dia 4 de maio (sábado) haverá 3 oficinas: duas da responsabilidade da Plataforma do Pandemónio: “Encontra a tua voz” e “Vozes do mundo: um canto de protesto”; e outra organizada pela designer e professora de yoga Rosa Soares, “O que significa comunidade?”. Estão agendadas várias apresentações (“Reconhecer o Padrão”, “Faz-te Ouvir” e da exposição “História LGBT+ em Portugal”), como também uma visita guiada evocativa do advento do regime democrático na cidade de Braga.
Nesta edição de Braga do Festival Política será possível visitar 3 exposições: “História LGBT+ em Portugal”, iniciativa estudantil da Universidade do Minho que promove o convívio e consciencialização da comunidade LGBTQIA+,consiste num panorama histórico da comunidade LGBT+ em Portugal; “Afinal quantas pessoas se abstêm em Portugal?” é uma análise aos números oficiais da abstenção; e “Polarização afetiva: causas e implicações para o sistema democrático” baseia-se em papers científicos sobre o fenómeno;
A restante programação já está disponível para consulta e pode ser acedida através do site festivalpolitica.pt.
O FestivalPolítica de Braga é um conceito da Associação Isonomia, que conta com o apoio da Câmara Municipal de Braga, InvestBraga, Centro de Juventude de Braga, Instituto Português do Desporto e Juventude, Comissão Nacional de Eleições e Parlamento Europeu – Gabinete em Portugal.
Em 2024, após Lisboa (abril) e Braga (maio), o FestivalPolítica terá ainda edições em Loulé (outubro) e em Coimbra (novembro).
O FestivalPolítica apresenta-se como o maior evento dedicado aos direitos humanos e cidadania, de entrada gratuita, que decorre em Portugal. No ano passado, o Festival Política totalizou 14 dias de atividades em Lisboa, Braga, Coimbra e Loulé. A programação foi composta por 82 iniciativas, que contaram com mais de cinco mil participantes.
Devido ao mau tempo previsto para amanhã, dia 1 de maio, o Município de Vieira do Minho informa que foram canceladas as atividades Torneio da Malha, previsto para as 14h30 no Largo da Feira, e a prova de Drift e Freestyle, prevista para as 15h30 na Avenida João da Torre.
Contudo, informamos que o Torneio da Sueca se manterá, uma vez que será realizado na Biblioteca Municipal.
Desde já, a Câmara Municipal de Vieira do Minho apela à compreensão de todos e informa que as atividades (Drift e Torneio de Malha)serão realizadas no dia 10 de junho
Foi em Braga, a 30 de Abril de 1915, que Augusto Amorim de Castro e Sousa nasceu. Seus pais, Eduardo de Castro e Sousa, bracarense e gráfico, e Laura Caldas de Amorim, ponte-limense e modista, habitualmente residentes em Ponte de Lima, estavam, então, a habitar naquela cidade.
Em Ponte de Lima pronunciou as primeiras palavras, deu os passos iniciais e alinhou os estreados caracteres. Na escola teve como um dos seus professores Caetano de Oliveira, que recordou, em texto de 1959, como “o mestre amado, que mesmo depois de cego, ainda conseguiu levar a exame centenas de alunos com as mais altas classificações” e “ensinava não só a ler, escrever e contar, como a raciocinar”.
Orientado pelo progenitor, proprietário de uma pequena oficina tipográfica e editor e director do jornal “Rio Lima”, começou a aprendizagem profissional e revelou os dotes jornalísticos. A sua inaugural colaboração na imprensa, no ano de 1931, está inserta nesse periódico, com o pseudónimo “Esparza”, e relata o jogo de futebol entre o Sport Clube Vianense e o Ponte de Lima Sport Club, realizado no dia de S. João.
Em meados dos anos 30 rumou a Lisboa, onde aprofundou os conhecimentos, nomeadamente ao serviço da Tipografia Pinheiro & Dias, e reforçou o interesse pelas questões políticas, propiciadas pela sua formação no seio de uma classe progressiva, que tinha como uma das principais referências Alexandre Vieira, com quem desenvolveu constantes contactos e laços de amizade.
Regressou a Ponte de Lima, em 1947, e, a partir dessa data, aqui e daqui manteve intensa actividade, como gráfico e publicista com acentuadas preocupações sociais e culturais e participação directa em associações, de diversa natureza, integrando os corpos sociais de muitas delas. O seu nome está, por exemplo, ligado à institucionalização da banda de música de Ponte de Lima (Grupo de Cultura Musical), em 1951, e, como mestre, à Escola Tipográfica da Oficina de S. José.
Utiliza, pelo menos, os nomes de “Augusto de Castro e Sousa”, “Augusto de Sousa”, “A. Castro e Sousa”, o acrónimo “A.C.S”. e os pseudónimos “Esparza”, “Repórter Visão”, “C.”, “A.C.” e “Cícero”, nas notícias para, entre outros, o “Cardeal Saraiva”, “Gazeta do Sul”, “O Jornal de Felgueiras”, “Cícero”, “Os Ridículos”, “A Bola”, “Notícias da Amadora”, “A Aurora do Lima”, “República” e “Diário de Notícias” e com indignação viu por diversas vezes a censura retalhar os seus textos.
Depois de em 1947 e 1948 ter publicado o “Anunciador das Feiras Novas”, coordena o “Elucidário Regionalista de Ponte de Lima” que, com António Soares Correia, edita em 1950. Em 1960 lança o seu livro, “Nas Horas Livres da Minha Profissão”, reunindo inéditos a textos já anteriormente incluídos em diversos jornais, alguns dos quais reformula.
De 1948 para 1949 empenhou-se na Campanha do General Norton de Matos à Presidência da República e, após vinte e seis anos de corajosa resistência e persistente inconformismo, assistiu, com profunda emoção, à implantação da democracia, intervindo, de forma activa, na sua consolidação.
Augusto de Castro e Sousa, como muito bem o retratou Luís Dantas, “esteve sempre aberto à universalização, mas herdou o génio romântico no ardor das suas ideias, na aventura da palavra escrita, no apego à música, na exaltação dos sentidos, no viver emotivo e apaixonado...”. E foi com todos estes traços da sua personalidade impoluta que nos deixou, a 17 de Janeiro de 1985, legando-nos as obras e, principalmente, o exemplo.
Pode ser que um dia destes nos surpreenda e deixe conhecer o antedito livro, para o qual tinha reservado o título sugestivo de “Tartufos, Fouchés & Similares”.
(Versões do texto publicados em Figuras Limianas, Município de Ponte de Lima, 2008 e Jornal Alto Minho, n.º 831, 21.01.2010)
A EPATV realizou, no dia 29 de abril, a sexta edição das Jornadas da Criatividade, um evento que juntou artistas de várias áreas para falar dos seus projetos e do que os inspirou, de modo a fomentar o enriquecimento cultural e artístico dos alunos. Este ano, as Jornadas contaram com a presença da cantora Ana Rita, do designer Pedro Rodrigues e do fotógrafo João Silva. Houve, ainda, espaço para workshops sobre crochet, por Luísa Fernandes, pintura em retrato, por Ângela Berlinde, e de “nail art”, por Matilde Martins.
A primeira intervenção coube a Ana Rita, cantora, compositora e antiga concorrente do “The Voice Portugal”, que começou por interpretar a solo a canção “Gravity” e incentivou os alunos a procurarem a criatividade que existe dentro de cada um e a nunca desistirem de realizar os seus sonhos.
Interveio, depois, o designer gráfico Pedro Rodrigues, atualmente a trabalhar para o Sporting Clube de Braga, falando dos seus projetos artísticos e do seu percurso profissional enquanto designer que começou com a criação de uma página de arte no Instagram, passando, depois, para o têxtil, imprimindo as suas pinturas em vestuário. “Eu não tenho uma marca de roupa, tenho uma marca artística”, realçou. O designer tem mais de 70 projetos enquanto freelancer e já representou o país em concursos internacionais de design, tendo vencido o Red Bull Doodle Art no ano passado.
O fotojornalista João Silva deu a conhecer o seu projeto “Do teu ombro vejo o mundo”, do qual é coautor com Aliu Baio, vencedor do prémio Novos Talentos FNAC 2022, e “Gameness”, projeto de fotografia sobre desporto canino e cães perigosos publicado no prestigiado jornal Washington Post. Comum aos dois projetos é a procura de comunicar um lado mais íntimo e pessoal dos retratados, desmistificando preconceitos. Para além do trabalho de freelancer, João Silva faz parte da equipa de comunicação do Sporting Clube de Braga, acompanhando os jogos e treinos de equipa, fotografou o Nos Alive e, desenvolve, com invisuais um projeto de grande alcance cívico. Desafiou os alunos a terem “cultura visual”, aspeto que considera fulcral para estimular a criatividade.
No final das palestras foram entregues às instituições vencedoras (Santa Casa da Misericórdia de Vila Verde, Associação dos Pais e Amigos da escola de Soutelo, Rancho Típico e Infantil de Vila Verde e Cursos de Animador Sociocultural e Design Gráfico) os prémios da XVI edição do Pintar a Páscoa, iniciativa conjunta da EPATV e do Município de Vila Verde.
A manhã terminaria com uma sessão de perguntas e respostas com os convidados, em que se abordaram temas como a inteligência artificial, a relação entre inspiração e trabalho e as estratégias a adotar face a um bloqueio criativo.
Da parte de tarde decorreram, com elevada participação, workshops sobre técnicas de crochet, pintura em retrato e “nail art”.
Iniciativa arranca já este Sábado e decorre até 26 de Maio
A Braga Romana - Reviver Bracara Augusta decorre de 22 a 26 de Maio, celebrando os tempos áureos da fundação da cidade, com a recriação do quotidiano da urbe de Bracara Augusta. Na sua XX edição, o evento propõe um conhecimento mais aprofundado dos costumes, das influências, da cultura, das dinâmicas e do território vivido através de uma imersão na opulenta e eterna cidade com o ciclo de conferências “Tempus Fugit”.
A iniciativa arranca já este Sábado, 4 de Maio e decorre até 26 de Maio, com a organização de sete conferências, com oradores-convidados, historiadores e investigadores da história da romanização em Portugal.
Com entrada livre em todas as sessões, o acesso faz-se por ordem de chegada e é limitado ao espaço.
A primeira conferência que conta também com um workshop tem como tema “O que vestiam os romanos” e terá como orador convidado Miguel Carneiro da Equipa Espiral. A sessão realiza-se sábado, 4 de Maio, pelas 11h00, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva.
O povo Romano, como nos diz o poeta Virgílio na sua obra Eneida, ficou conhecido do mundo como GENS TOGATA, isto é, aqueles que vestem a toga, uma veste muito própria dos cidadãos masculinos romanos. No workshop serão abordadas as mais usuais formas de vestir e adornar características da civilização romana, bem como alguns exemplos característicos dos povos indígenas que habitavam o noroeste peninsular aquando a ocupação romana.
No dia 11 de Maio, pelas 10h00, tem lugar no Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, a conferência intitulada “Um Olhar antropológico sobre a doação Bühler-Brockhaus”, com a participação de Jean-Yves Durand do Centro de Investigação da Universidade do Minho (CRIA – UMinho). Passear pela sala onde é exposta a notável colecção de arte antiga recentemente doada ao Museu D. Diogo de Sousa suscita comentários e interrogações, em diálogo com o público, acerca da nossa relação com a história e com o “património”, do papel dos museus, das políticas culturais.
Um dia antes do arranque da XX edição da Braga Romana, a 21 de Maio, irá realizar-se a conferência subordinada ao tema “Os meus filósofos e escritores - influências na arte e na vida”, pelas 18h00, na Biblioteca Lúcio Craveiro da Silva. A conferência contará com as presenças do linguista e escritor, José Moreira da Silva, da professora da ELACH e Universidade do Minho, Virgínia Pereira e do professor, Amadeu Santos.
No contexto da Braga Romana e na esteira do pensamento de Edgar Morin, pretende-se conversar sobre "Os Meus Filósofos" e Escritores, isto é, sobre o papel que cada filósofo e escritor, grego ou romano, desempenhou na vida de cada interveniente. Dar-se-á relevo, naturalmente, aos escritores romanos.
No dia seguinte, a 22 de Maio, e já em plena Braga Romana – Reviver Bracara Augusta, irá decorrer pelas 19h00, no Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, a sessão dedicada à “Democracia: História e Influências”, com os oradores Fernanda Magalhães (HU. Minho), Patrícia Fernandes (EGU. Minho) e Steven Gouveia (U. Porto). Nesta conferência serão abordadas, sob várias perspectivas históricas e filosóficas, ideias sobre a democracia ao longo das diferentes épocas da humanidade. O foco será desde a Antiga Grécia, com uma ênfase especial na época do Império Romano, até o impacto dessas reflexões na actualidade.
O Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa acolhe as restantes conferências. No dia 23 de Maio, pelas 19h00, aborda-se a temática da “Navegação e Comércio Romano na Rota do Eixo Atlântico”, com o historiador Rui Morais (FLUP/ CECH). As problemáticas tratam algumas questões que nos últimos anos tem sido objecto de estudo no âmbito da navegação e comércio romano na Fachada Atlântica do NW Peninsular.
Rui Morais é também o orador convidado para falar sobre “Bracara Augusta: uma cidade de imagens” que se realiza a 25 de Maio, pelas 10h00. As imagens são uma forma de linguagem, representam um sistema de “signos convencionais” que têm de ser lidos e interpretados pelo observador moderno de modo a tentar descortinar a “linguagem romana” e o seu significado. Nesta sessão, serão exploradas as expressões artísticas de Bracara Augusta principiando por uma breve alusão à sua fundação em época do Imperador César Augusto, até ao momento em que esta se tornou capital provincial e, mais tarde, lugar central do reino dos Suevos.
Por fim, no dia 26 de Maio, pelas 10h00, irá realizar-se a conferência intitulada “Bracara Augusta: Cidade e Território”, com a presença de Helena Carvalho (Uminho/Lab2PT/IN2Past).
Esta conferência pretende abordar os processos relacionados com a transformação do território em que se implantou a cidade romana de Bracara Augusta, tendo em vista estabelecer uma articulação entre o âmbito urbano e a nova paisagem rural que emerge da integração desta região no Império romano.
Candidatos da CDU ao Parlamento Europeu reuniram com presidentes de junta de territórios de Barcelos afectados pelo aterro da Paradela, em Barcelos
Mariana Silva e Vítor Rodrigues, candidatos da CDU às eleições ao Parlamento Europeu, integraram uma delegação da CDU que reuniu com os presidentes da junta das freguesias de Barqueiros, Cristelo e de Paradela, do concelho de Barcelos.
Este encontro resulta do acompanhamento que a CDU tem dedicado face às queixas e preocupações manifestadas pelas populações dos territórios que circundam a área do aterro sanitário de Paradela, designadamente os fortes odores que afetam a qualidade de vida dos moradores.
No encontro, os candidatos da CDU tiveram oportunidade de recordar a presença solidária na manifestação realizada pela população junto ao aterro e a intervenção do PCP sobre o assunto no plano local e na Assembleia da República, reclamando medidas de emergência com vista à resolução do problema.
Entretanto, a pressão exercida pelas populações obrigou a que a Resulima, empresa de capitais maioritários do Grupo Mota-Engil que explora o aterro, abrisse um concurso público para uma intervenção de 2,1 milhões que visa mitigar emissão de odores, constituindo uma questão que a CDU continuará a acompanhar.
Outra matéria sublinhada pelos presidentes de junta foi necessidade de garantir vias de acesso directas ao aterro, considerando o volume diário de camiões e camiões cisterna que diariamente percorrem vias em zonas habitacionais com forte impacto na circulação rodoviária e o nível da produção de ruído.
A CDU continuará a acompanhar este assunto e a intervir no plano local, na Assembleia da República e no Parlamento Europeu, em solidariedade com as populações, não permitindo que a qualidade de vida nos territórios vizinhos do Aterro de Paradela continue a ser prejudicada.
No próximo fim de semana, de 3 a 5 de maio, o Município de Ponte da Barca, em parceria com o Turismo do Porto e Norte de Portugal, apresenta uma edição alargada dos Domingos Gastronómicos, dedicada exclusivamente à Posta Barrosã, um prato típico da região que promete conquistar o seu paladar.
A Posta Barrosã é uma expressão da riqueza gastronómica e cultural da região. Preparada com carne de qualidade superior da raça autóctone barrosã, esta iguaria destaca-se pelo seu sabor inigualável e pela textura suculenta, resultado das características únicas conferidas pelas pastagens da Serra Amarela. Acompanhada por "arroz malandro" ou "batata a murro", a Posta Barrosã é uma verdadeira celebração dos sabores tradicionais do Minho.
Durante este fim de semana especial, seis dos melhores restaurantes de Ponte da Barca abrem as suas portas para receber os amantes da boa gastronomia. A Casa do Destro, Casa dos Leitões, Churrasqueira Barquense, Novas Ponte, O Moinho e O Tasco são reconhecidos pela qualidade dos seus pratos e pelo serviço de excelência, proporcionando uma experiência gastronómica completa e memorável.
Como acompanhante da iguaria, sugere-se a harmonização com os melhores vinhos da região, que realçam ainda mais os seus sabores, enquanto desfruta das paisagens naturais deslumbrantes que Ponte da Barca tem para oferecer.
Em Valença aderiram ao programa ABEM – Programa de Apoio à Aquisição de Medicamentos a Farmácia Moderna, em São Pedro da Torre e a Farmácia do Jardim, em Valença.
Os valencianos com mais dificuldades económicas contam com um novo apoio, na aquisição de medicamentos, junto das farmácias do concelho, a partir do dia 1 de maio.
Este programa destina-se a dar resposta às pessoas com menores rendimentos e com dificuldade na aquisição dos medicamentos que lhe são prescritos.
As famílias interessadas deverão formular os seus pedidos junto dos Serviços de Ação Social do Município de Valença, na Avenida da Juventude, Bloco A.
As farmácias Abem são uma das partes constituintes da rede solidária do medicamento que é o Programa Abem.
A implementação deste programa só foi possível graças à responsabilidade social destas farmácias valencianas e resulta da assinatura de um protocolo entre a Câmara Municipal de Valença e a Associação Dignitude - instituição particular de solidariedade social para promoção do Programa Abem - Rede Solidária do Medicamento no concelho de Valença.
Este domingo, dia 5 de maio, assinala-se o Dia da Mãe e a Câmara Municipal de Viana do Castelo preparou um programa que pretende incentivar a bons momentos de convívio entre mães, filhos e famílias, pensado para o Parque Ecológico Urbano e de acesso gratuito.
Assim, das 10h00 às 18h00, estarão disponíveis um PhotoBooth, para que mães e filhos levem um registo fotográfico do dia, pinturas faciais e caça ao tesouro.
Às 11h00, acontece uma Hora do Conto pel’O Bicho Papelão, trio contador de histórias. Entre as 15h00 e as 18h00, serão promovidos jogos de tabuleiro e, às 17h30, momento musical pela Escola Amadeus. O dia termina pelas 18h30, com concertos meditativos pela RelaxArt.
Estão abertas inscrições para dois workshops, gratuitos: Kokedamas, forma de arte em jardins japoneses, das 10h00 às 15h00; Cabeçudos em pasta de papel, também das 10h00 às 15h00. As inscrições são limitadas, através do email gci@cm-viana-castelo.pt, e podem ser feitas até ao início da atividade (ou até esgotarem as vagas disponíveis).
Se as condições meteorológicas forem adversas para atividades ao ar livre, a Câmara Municipal de Viana do Castelo terá espaços alternativos, dentro do Parque Ecológico Urbano e do Centro de Monitorização e Interpretação Ambiental (CMIA), para os workshops de Kokedamas e Cabeçudos, nos mesmos horários.
Esta é mais uma atividade que visa dinamizar o Parque Ecológico Urbano de Viana do Castelo, situado em torno do espelho de água proporcionado pela caldeira das Azenhas de D. Prior, ocupando cerca de 20 hectares em plena cidade.
Corresponde a um espaço natural que resulta da intervenção do Programa Polis em Viana do Castelo. Localizado a nascente do Centro Histórico e a poente da ponte Eiffel, o Parque é parte integrante do estuário do rio Lima, que estendeu um braço para dentro da sua margem direita, sendo uma área de elevado interesse e sensibilidade ambiental. Galardoado com o Prémio Nacional de Arquitetura Paisagista, pode ser considerado como o “primeiro Parque de halófitas em Portugal”.
Desde que abriu as portas ao público em geral, o parque tem recebido semanalmente a visita de centenas de vianenses e acolhido as mais variadas iniciativas de lazer, cultura, convívio, workshops e ações de formação, teatro e apresentação, até alguns eventos desportivos de baixo impacto para a natureza.
O Parque é uma importante zona húmida costeira, alimentado diariamente pela água salobra da maré e pela água doce da ribeira de S. Vicente, tornando-se um verdadeiro ‘hotspot’ biológico na cidade de Viana do Castelo. Neste espaço, os visitantes podem usufruir dos diferentes espaços e equipamentos de lazer, sempre em convívio com a natureza.
Produto é confecionado pelas Monjas Trapistas do Mosteiro do Palaçoulo e está inserido no projeto ‘Cinco Sentidos’.
A Confraria do Bom Jesus do Monte, em Braga, lançou esta sexta-feira o ‘Docinho do Bom Jesus’, integrado no projeto do escadório dos cinco sentidos, que se caracteriza por representar a identidade do Santuário.
O cónego Mário Martins, presidente da Confraria do Bom Jesus, explica que o produto de pastelaria à base de miolo de amêndoas, laranja e mel, desperta o sentido do paladar, e foi confecionado pelas Monjas Trapistas do Mosteiro do Palaçoulo, da diocese de Bragança-Miranda.
“Aqui para quem conhece é um espaço onde há muitas laranjeiras, onde este sabor à laranja está muito presente e, por isso, é o que caracteriza este docinho de Bom Jesus, além também da amêndoa e do mel que as próprias irmãs também juntaram, e que trouxe este resultado”, afirmou.
Este não é o primeiro produto concebido pela Confraria do Bom Jesus, que no ano passado produziu a fragrância do Bom Jesus, procurando estimular o sentido do olfato.
Além de ser uma forma de apoiar as irmãs do Palaçoulo, que “vivem do seu próprio esforço, do seu próprio trabalho”, o ‘Docinho do Bom Jesus’ apresenta-se como uma “oferta” a quem visita o Santuário, uma vez que é um produto que identifica o espaço.
O cónego Mário Martins destaca que nada do que existe no Bom Jesus, incluindo toda a monumentalidade e a própria natureza, não existem “por acaso”.
“Mesmo este escadório dos cinco sentidos que acabámos de falar, insere-se neste sentido da purificação dos sentidos, para que depois possamos iniciar o escadório das três virtudes de um modo diferente neste encontro com as três virtudes teologais que depois culminam com a entrada na Basílica, que é o espaço central deste santuário, com tudo aquilo que o envolve”, indica.
Apesar de ter sido apresentado na sexta-feira, o doce artesanal está disponível há duas semanas no Santuário do Bom Jesus e tem registado “muito boa adesão por parte de quem o procura”.
“[O ‘Docinho do Bom Jesus’] está muito bem conseguido, com uma mensagem também, com uma caixa muito interessante e que também agora estará disponibilizada, quer aqui nos nossos serviços, quer também pelas próprias irmãs”, referiu.
Durante décadas o arvoredo urbano do Concelho de Braga foi alvo de sistemáticas podas agressivas, mal-executadas e tecnicamente inadequadas. A par deste facto, é de salientar que o arvoredo urbano foi ainda alvo de diversos ‘maus-tratos’ (corte e mutilação das raízes e tutoragens mal feitas). Desde 2013, o Município de Braga imprimiu rigor e regras no que se prende com a poda e abate de árvores. Neste seguimento, desde 2015 que a poda incorrecta deixou de ser feita pela equipa de jardineiros da Autarquia.
Atino Bessa, vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Braga, destaca a importância de avaliar e analisar o arvoredo a partir de estudos feitos por técnicos e académicos capazes de emitir pareceres fidedignos e que vão de encontro, sobretudo, ao contexto de segurança da população. “É nesta estratégia de estudo e avaliação técnica que temos vindo a investir numa lógica de planear o ordenamento do arvoredo do concelho. Assim, desde 2015 que o Município deixou de executar podas sem ter como base pareceres técnicos devidamente fundamentados. Saliente-se que as técnicas de poda mal-executadas causaram um declínio um tanto ou quanto acentuado (dependendo da espécie) no património arbóreo público”.
Segundo o responsável, esta “actuação desorientada” fez com que muitos exemplares fossem colocados em superior risco de fractura e queda. “Perante esta realidade, alteramos a metodologia e consideramos imprescindível a realização de um diagnóstico do estado fitossanitário e da solidez biomecânica. Diagnóstico este que fazemos questão de tornar público para que não pairem dúvidas sobre o estado da estrutura arbórea do Concelho. Este é um trabalho de transparência que temos vindo a desenvolver desde 2015, ano em que as podas desmedidas e sem estratégia deixaram de ser praticadas”, sustenta Altino Bessa.
O Município tem abatido apenas árvores que representem perigo para a população. A par disso, é importante destacar o facto de o número de plantações ultrapassar, “em grande escala”, o número de abates que, reitere-se, são feitos com base na avaliação fitossanitária de risco de fractura. Entre os meses de Janeiro e Março de 2024 foram abatidas 68 árvores após avaliação do estado fitossanitário e do risco de fractura por se encontrarem em estado de degradação acentuada e em perigo de queda podendo, assim, causar danos a pessoas e bens.
Altino Bessa acrescenta que têm sido plantadas milhares de árvores por todo o Concelho por via, inclusive, de acções de sensibilização que envolvem toda a comunidade. “Só no presente ano foram plantadas 614 novas árvores, tendo como principal preocupação que os novos exemplares plantados se adeqúem ao espaço disponível para que quando atingirem o estado adulto, não conflituem com o edificado, vias (passeios e faixas de rodagem) e as infra-estruturas enterradas”.
Tendo como base os dados apresentados, é possível constatar que existe um rácio amplamente positivo entre o número de árvores abatidas e o número de árvores plantadas. “Por cada árvore abatida o Município plantou nove novas árvores”, conclui Altino Bessa.
De sublinhar que, para além dos milhares de árvores plantadas ao longo dos últimos anos nas várias iniciativas, tais como o Reflorestar Braga e o Oxigenar Braga, também a Divisão de Jardins e Espaços Verdes plantou milhares de árvores. Esta equipa procede ao abate e plantação dos números aqui apresentados.
Muiñeira representada no gravado que Mariano Ovejero realizou do cadro de Dionisio Fierros de 1858.
Julio Alonso Monteagudo constatou que desde o século XVII circulaba pola Península Ibérica un baile coñecido como gaita galega que sería o antecedente máis directo
A muiñeira, que é tanto unha danza tradicional galega como a composición musical que a acompaña, converteuse no século XIX nun "elemento identitario" da Galiza que acompañou o rexurdir político e cultural da época, segundo comprobou Julio Alonso Monteagudo nas investigacións que lle permitiron elaborar a súa tese, Música e identidade galega. Do baile da gaita á muiñeira (S. XVII-XIX).
Alonso, que comezou a traballar no aspecto máis humano e social da música da man do antropólogo Marcial Gondar, concluíu a súa tese baixo a dirección da tamén antropóloga Nieves Herrero. Nas súas pescudas confirmou que a evolución política do provincialismo e do rexionalismo, como antecedentes do nacionalismo no século XIX, levou a unha busca de elementos que conformasen a identidade galega e á formación dun canon da música galega que se basea "nunha escolla, na recuperación da música tradicional, folclórica". É nese momento cando a muiñeira é considerada como un símbolo da Galiza.
O seu antecedente directo era "un baile chamado gaita galega", que non se interpretaba necesariamente co instrumento do mesmo nome, e que "desde o século XVII circulaba pola Península Ibérica". Alonso lembra que no século XVII son coñecidas e interpretadas "pezas populares coma as jácaras, as chaconas ou os canarios” e é a partir desa época cando os bailes cortesáns incorporan bailes populares coma eses, no caso da Galiza as pezas chamadas gaitas, que aparecen nos libros de composicións para guitarra, a cal era "o instrumento máis popular".
A popularidade da composición denominada galega fai que se incorpore tamén ás pezas teatrais, de xeito que "cando saía o personaxe galego soaba a gaita, interpretada con guitarra" e o público sabía que estaba a ver un personaxe de orixe galega, "frecuentemente un personaxe cómico, que cando sae á escena crea confusión". No ámbito relixioso a gaita galega "entra nos vilancicos, un xénero que non era só para o Nadal, tamén para as festas", aínda que neste caso o carácter cambia: "o personaxe galego pasa a ser honesto e honrado, por exemplo un pastor humilde, traballador e esforzado".
A referencia máis antiga á muiñeira aparece "nun texto de 1745 de frei Martin Sarmiento", quen por certo compara os movementos deste baile cos que fan as galiñas e os galos, especialmente "os saltos que fan os galos"; a primeira destas composicións que puido atopar con notación musical Julio Alonso está datada no Nadal de 1786 e asínaa "o mestre de cap Desta maneira, López actúa de mediador para incorporala á música culta. A partir da publicación da Historia de Galicia de José Verea e Aguiar en 1838 xorde "o discurso que consolida a muiñeira como paradigma e referente identitario para a Galiza", apunta Alonso. Mesmo Manuel Martínez Murguía na súa Historia de Galicia publicará as primeiras transcricións con notación musical de música popular galega, que lle enviou o tamén escritor estradense Marcial Valladares Núñez, quen contaba cunha ampla formación musical. ela da Catedral compostelá Melchor López".