Requalificação do espaço de lazer contou com um apoio municipal de 37.500 mil euros
O renovado Parque das Fontinhas é um bom exemplo de como do velho se pode fazer novo. O espaço de lazer de Lousado, no concelho de Vila Nova de Famalicão, está agora de cara lavada depois de uma intervenção que lhe devolveu condições de fruição pública e que respeitou a memória de um dos parques com mais história da freguesia.
Na cerimónia de inauguração das obras de requalificação, que decorreu na passada sexta-feira, 28 de maio, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão referiu que esta intervenção, que contou com um apoio municipal de 37.500 mil euros, “traz qualidade a um espaço que ao longo do tempo a foi perdendo”.
A obra implicou, entre outros trabalhos, a demolição de pavimentos e muros e reconstrução dos mesmos, o rebaixamento e limpeza do fontanário e colocação de revestimento em granito, a execução de uma cobertura no tanque e no fontanário, pinturas, colocação de mesas e aparelhos fitness.
“O trabalho que aqui foi feito respeita a história, mas traz também futuro, criando razões para que netos, pais e avós possam aqui desfrutar de um espaço de lazer e bem-estar, em perfeita ligação com a natureza”, acrescentou Paulo Cunha, que aproveitou ainda para felicitar o executivo da Junta de Freguesia de Lousado pela forma como tem sabido valorizar os elementos fortes da sua comunidade. “Este é o caminho para o sucesso da governação autárquica”, disse o edil.
Refira-se que para além do vereador das Freguesias, Mário Passos, o momento contou também com a presença do presidente da Junta de Freguesia de Lousado, Jorge Ferreira, que estava visivelmente satisfeito com a conclusão deste projeto que valoriza e devolve aos lousadenses “um espaço de referência” da freguesia.
Foi publicado em Diário da República no passado dia 20 de maio, o Plano Municipal de Defesa da Floresta Contra Incêndios de Ponte de Lima, para o período de 2021-2030. Este plano, de âmbito municipal na sua área de abrangência, contêm as ações necessárias à defesa da floresta contra incêndios. Para além das ações de prevenção, incluí a previsão e a programação integrada das intervenções das diferentes entidades envolvidas perante a eventual ocorrência de incêndio.
O PMDFCI mereceu parecer positivo da Comissão Municipal de Defesa da Floresta (CMDF), a 31/01/2020 e parecer vinculativo do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF, I.P.) a 7/12/2020, tendo sido posteriormente sujeito a consulta pública. Os documentos do referido Plano estão disponíveis, com caracter de permanência no sítio eletrónico do Município de Ponte de Lima (https://www.cm-pontedelima.pt), onde poderão ser consultados.
De 3 a 5 de junho realiza-se mais uma edição do TransPeneda-Gerês (TPG) – “Corrida dos 4 Castelos”, evento organizado pela empresa carlos_sa_nature_events, com a colaboração dos cinco municípios que integram o Parque Nacional da Peneda-Gerês (PNPG): Montalegre, Melgaço, Terras de Bouro, Ponte da Barca e Arcos de Valdevez.
Este será o palco principal para este fantástico evento de trail, que irá contar com provas de várias distâncias: 27km, 55km, 105km Non-stop, 165km Non-stop e 165km Relay/Estafetas.
Dia 4 em Lindoso
10h00 - Partida TPG 105 Km Non-stop (Castelo de Lindoso)
10h45 – O Tempo limite de passagem na Base de Vida de Lindoso - TPG 165km
O Ministério das Obras Públicas - Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais, através do Decreto nº 41629, publicado em Diário do Governo n.º 106/1958, Série I de 19 de Maio de 1958, autorizou a Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais a celebrar contrato para a execução da empreitada de «Sanatório de Paredes de Coura - Construção de uma nova ala para oitenta doentes»
O Ministério da Justiça e dos Cultos - Direcção Geral da Justiça e dos Cultos - 2.ª Repartição (Cultos), através da Portaria nº. 5711, publicada em Diário do Govêrno n.º 257/1928, Série I de 7 de Novembro de 1928, determinou a entrega de vários bens à corporação encarregada do culto católico na freguesia de Merufe, concelho de Monção.
Data de 4 de setembro de 1892, a mais antiga referência escrita acerca da existência de um grupo de folclore em Portugal. Trata-se de um artigo com ilustração de Sebastião de Sousa Sanhudo, publicado no jornal humorístico “O Sorvete”, nº 123, dando conta da deslocação à cidade do Porto de “Grupo de Lavradeiras de Ponte de Lima”.
Fonte: Arquivo Municipal de Ponte de Lima
Durante muito tempo, considerou-se o antigo Rancho das Lavradeiras de Carreço, fundado em 1904, como o mais antigo agrupamento folclórico constituído em Portugal. Contudo, um documento que data de mais de dez anos anteriores à sua fundação leva-nos a concluir que, até novas provas em contrário, foi em Ponte de Lima que pela primeira vez surgiu um grupo folclórico devidamente organizado e trajado, o que não significa que não seja o Rancho das Lavradeiras de Carreço actualmente o mais antigo em actividade.
E, com o título “O grupo de lavradeiras de Ponte de Lima no Porto”, fá-lo nos seguintes termos: “Graças à iniciativa dos generosos Bombeiros Voluntarios tiveram os portuenses occasião de vêr com os seus proprios olhos o que é uma esturdia no Minho. Lavradores e lavradeiras de puro sangue. Musica genuina da aldeia, cantadores e cantadeiras de fina raça; danças e cantares, tudo, enfim que o Minho tem.
Lourenço, o director da musica, tornou-se a figura mais saliente entre o seu grupo, pois que, ás primeiras gaitadas adquiriu logo as simpatias do publico que o chamou repetidas vezes e o cobriu de aplausos delirantes.
O sympathico Lourenço, quer na flauta, que toca bem – quer no sanguinho de Nosso Senhor Jesus Christo – mostrou-se um bom beiço. Das raparigas: a Thereza, a Rita e a Maria, muito alegres e folgazonas, as outras tambem muito pandegas. E p’ra que viva Ponte do Lima!”
A notícia vem acompanhada de uma ilustração que constitui um desenho assinado pelo próprio responsável da publicação, o conceituado caricaturista Sebastião de Sousa Sanhudo, também ele natural de Ponte de Lima. A gravura mostra as lavradeiras com o seu traje característico incluindo os lenços de franjas, os aventais de quadros e as chinelas enquanto os homens com seus coletes e casacas de botões negros e, como não podia deixar de suceder, o inconfundível chapéu braguês por vezes bastante esquecido entre os grupos folclóricos minhotos da actualidade. Uma particularidade que nos salta à vista é o facto do sympathico Lourenço que aparece com a sua flauta e era o director da música ser um negro cuja origem se desconhece, aparecendo aqui integrado naquele que se julga ter sido o primeiro grupo folclórico português.
Em 14 de janeiro de 1966, o jornal limiano “Cardeal Saraiva” transcrevia uma crónica produzida pelo jornalista Severino Costa no “Comércio do Porto” na qual asseverava ser o “grupo de lavradeiras de Ponte do Lima” originário da freguesia da Correlhã, dizendo a dado passo: “Lembrava-me muito bem do simpático Lourenço. Era um exímio tocador de flauta que na minha infância ouvi diversas vezes, não podendo porém, dizer como nem onde. Mas da pessoa lembro-me muito bem. Era um homem de fala muito suave, muito educado, alegre, e tinha uma prosóide curiosa… Nada sei da sua família e de como veio para Ponte de Lima”. De resto, não sabemos o que levou o autor a concluir a proveniência daquele “grupo de lavradeiras”, a não ser porque ainda deverá ter conhecido ou obtido informações a respeito de algumas pessoas mencionadas na notícia publicada em “O Sorvete”. E conclui: “Mas do que parece não ficarem dúvidas, depois do aparecimento deste documento autêntico, é que Correlhã tinha, em 1892, um rancho folclórico. Não se concebe que alguém se tenha lembrado, por acaso, da freguesia de Correlhã.
Se dali foi levado ao Porto, pelos Bombeiros Voluntários, tal grupo, é porque ele existia constituído, com suas danças próprias, com nome firmado, com indumentária”.
Em todo o caso e qualquer que seja a proveniência exacta do primeiro grupo folclórico, a referida edição do jornal “O Sorvete” vem documentar ter sido em Ponte de Lima a sua origem, informação essa que vem corrigir uma opinião que durante muito tempo foi sustentada nomeadamente pelas vozes mais autorizadas. Não obstante, o eventual aparecimento de novas provas poderá reservar-nos mais surpresas e inclusive contrariar as conclusões a que até agora chegámos, pelo que nunca devemos dar por definitivo os resultados da nossa investigação.
- Carlos Gomes, Correlhã, Berço do Folclore Português. O Anunciador das Feiras Novas, nº XX, 2003, Ponte de Lima
Foto do sympatico Lourenço, o “director da música” do Grupo de Lavradeiras de Ponte de Lima. (Colecção particular de Ovídio de Sousa Vieira)
A Câmara Municipal de Caminha está preparar a praia de Vila Praia de Âncora para mais uma época balnear em pleno. Estão a ser realizados os trabalhos preparatórios, nomeadamente limpezas e colocação de infraestruturas.
O Ministério do Interior - Direcção Geral da Assistência - 1.ª Repartição, através do Decreto nº 3349, publicado em Diário do Govêrno n.º 154/1917, Série I de 8 de Setembro de 1917, aprovou o quadro e respectivos vencimentos anuais dos empregados da Misericórdia e Hospital de Caridade da vila de Paredes de Coura.
A presença da comunidade portuguesa em França, a mais numerosa das comunidades lusas na Europa e uma das principais comunidades estrangeiras, estabelecidas no território gaulês, rondando um milhão de pessoas, ocupa um papel de destaque no Museu Nacional da História da Imigração em Paris.
Fundado em 2007 e inserido no projeto da Cidade Nacional da História da Imigração, a exposição permanente do Museu da Imigração em Paris, composta por documentos de arquivo, imagens, obras de arte, objetos da vida diária e testemunhos visuais e sonoros que demandam (re)conhecer o contributo da imigração em França, é enriquecida por diversos fragmentos alusivos ao contributo da emigração lusa no desenvolvimento do território e da sociedade gaulesa.
Entre eles, destacam-se as peças cedidas pelo saudoso conselheiro das comunidades portuguesas José Batista de Matos, mormente o passaporte, a marmita do almoço e o capacete que este usou nas obras do metro de Paris, onde trabalhou trinta anos e ajudou a construir mais de duas dezenas de estações na capital francesa.
O espólio alusivo ao papel e importância da comunidade portuguesa é ainda ilustrado por vários esquemas de diapositivos, uma entrevista a um emigrante luso realizada nos anos 60, recordações, malas e fotografias, como a de um grupo de ranchos do Alto Minho que se encontra inserida na secção "vida de cá, vida de lá".
Refira-se que desde a sua génese, um dos membros do Conselho Científico e de Orientação do Museu Nacional da História da Imigração em Paris, é o sociólogo português Manuel Dias, Presidente do Comité Francês Aristides de Sousa Mendes e da Associação Aquitânia, que ao longo das últimas décadas tem dinamizado relevantes iniciativas em prol das relações culturais luso-francesas.
Como foi o caso em 2016, do centenário do acordo de mão-de-obra franco-português e a participação portuguesa na Grande Guerra, efeméride que computou a dinamização, no espaço museológico, de um colóquio e de uma exposição de fotografia sobre "Os Portugueses na Grande Guerra". Ou em 2019, da homenagem póstuma que a comunidade portuguesa em França prestou, no mesmo espaço, a Gérald Bloncourt, fotógrafo franco-haitiano que imortalizou a história da emigração lusa para o território gaulês.
Mais de que um estabelecimento cultural, científico e educacional dedicado à história e às culturas da imigração em França, o Museu Nacional da História da Imigração em Paris, como sustenta a etnóloga e antropóloga social Andréa Delaplace, é “um espaço borbulhante de discussões e espetáculos vivos no qual as diferentes culturas da imigração podem se expressar. Um verdadeiro fórum, uma verdadeira Cité, pólis, no sentido grego do termo”.