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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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PENAFIEL LEVA AO FOLKLOURES O TRADICIONAL “BAILE DOS PEDREIROS”

O Grupo Folclórico de Penafiel vai no dia 7 de Julho de 2018 trazer ao FolkLoures uma das tradições mais genuínas e pouco conhecidas da sua região – o Baile dos Pedreiros!

A próxima edição do FolkLoures decorre de 30 de Junho a 7 de Julho de 2018, e incluirá conferências, exposições, feira de produtos tradicionais e um festival de folclore a ter lugar no Parque da Cidade, em Loures. Trata-se de uma grandiosa iniciativa do Grupo Folclórico Verde Minho e conta com o apoio da Câmara Municipal de Loures.

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Perdem-se nos tempos as origens do “Baile dos Pedreiros”, aliás à semelhança de outras tradições do concelho de Penafiel como o “Baile dos Ferreiros” e o “Baile dos Pretos”. Estes bailes devem a sua existência ao Tombo das festas de Corpo de Deus em que cada corporação de artes e ofícios teria de apresentar, nas referidas festas, um baile bem constituído, bem trajado e com uma dança bem conseguida.

Descreve o escritor valenciano José Augusto Vieira, na sua obra “O Minho Pitoresco”, que no ano 1887, os Pedreiros vestiam de branco com faixa vermelha na cinta, barrete encarnado na cabeça, e traziam a tiracolo uma cabaça com bebida e a merenda. Sustentavam ainda numa das mãos um pico.

O mestre vestia de igual modo com excepção da casaca preta e de uma régua e de um esquadro que trazia nas mãos. A mestra vestia de lavradeira, o rapaz dos picos, do mesmo modo que os pedreiros. O meirinho, que era a figura da justiça naquela altura, vestia uma levita, cartola na cabeça, trazia uma bengala e empunhava uma arma…

Desfilavam pela cidade ao som de uma marcha, tocada por uma rebeca, instrumento pouco habitual hoje em dia, quando paravam encenavam uma dança em que o Mestre cumprimentava as entidades e relatava as obras que tinha realizado, desafiando os Pedreiros a dizer também.

A certa altura entre o Meirinho, o mestre e a mestra, desenrola-se uma pequena discussão, em que tudo acaba em paz.

Estes bailes correram o risco de se perderem. Porém, graças à Câmara Municipal de Penafiel e ao Grupo Folclórico de Penafiel, foram os mesmos reavivados, constituindo o FolkLoures’18 o palco privilegiado para destacar uma das tradições mais genuínas do povo português.

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SARGACEIROS DA APÚLIA DANÇAM NO FOLKLOURES’18

Iniciativa do Grupo Folclórico Verde Minho com o apoio da Câmara Municipal de Loures, no âmbito do FolkLoures’18

O Grupo de Sargaceiros da Casa do Povo da Apúlia, concelho de Esposende, vai participar no Festival intercultural que terá lugar no dia 7 de Julho de 2018. A próxima edição do FolkLoures decorre de 30 de Junho a 7 de Julho de 2018, e incluirá conferências, exposições, feira de produtos tradicionais e um festival de folclore a ter lugar no Parque da Cidade, em Loures.

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Sargaço! Sargaço! – grita o sargaceiro ao avistar as algas que a mareada arroja, exortando os companheiros a entrarem mar dentro e enfrentarem com arrojo a rebentação das ondas. Após a maresia, a mareada é invariavelmente mais abundante, arrojando o mar as algas que se desprendem dos rochedos quase submersos. O grito do sargaceiro ecoa longínquo na praia. Os homens, vestidos de branqueta e a cabeça e pescoço protegido com o sueste, levam consigo o galhapão ou a gaiteira se o sargaço estiver próximo da praia. No areal, as mulheres transportam o sargaço nas carrelas para mais longe do alcance do mar, fazendo as camas onde fica a secar. Apó a secagem, as algas serão empregues como fertilizantes das terras, em produtos fito-sanitários e cosméticos, sendo cada vez mais conhecidas também as suas virtudes alimentares.

Fundado em 1934, o Grupo dos Sargaceiros da Casa do Povo de Apúlia é um representante ímpar do folclore da Região do Baixo-Minho e vai seguramente constituir a grande atracão deste Festival de Folclore.

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FÓRUM BRAGA MARCA INÍCIO DE NOVO CICLO NA VIDA DA CIDADE

Espaço abriu portas à população

O Forum Braga abriu este fim-de-semana as portas à Cidade com visitas guiadas que dão aos participantes o privilégio de conhecerem em primeira mão o requalificado espaço.

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Braga dispõe, a partir de agora, de uma nova infra-estrutura que quer posicionar a Cidade como um destino de referência do País e da Galiza para o turismo de negócios e cultura e ainda para a realização de grandes congressos, feiras e espectáculos.

Na primeira visita guiada participaram o presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, e o presidente da InvestBraga, Carlos Oliveira.

De acordo com o Edil, o Forum Braga trará um aumento no potencial de organização de diversas tipologias de eventos, contribuindo para um maior dinamismo nas actividades de natureza económica, cultural e desportiva da Cidade, o que representa um enorme retorno directo e indirecto para toda a região.

“Trata-se de um equipamento que foi reinventado e que funcionará como uma nova centralidade da Cidade. Este é o maior investimento na devolução do centro aos Bracarenses e a quem nos visita. Será a nossa sala de estar, o local onde tudo vai acontecer e que faz acontecer. Um espaço para ser fruído todos os dias do ano com múltiplas actividades, dando resposta a uma procura crescente com que nos temos deparado e que justifica a urgência na dotação deste espaço com novas valências”, afirmou,

Já Carlos Oliveira, presidente da InvestBraga, assegurou que o equipamento irá contribuir decisivamente para o posicionamento de Braga como destino de turismo de negócios, atraindo e acolhendo os principais eventos nacionais, captando eventos e espectáculos de dimensão internacional e reforçando as infra-estruturas à disposição da cultura e do desporto. “Esta nova infra-estrutura vai marcar um novo ciclo da vida da Cidade, será um indutor de novos públicos e de uma nova dinâmica. Estamos também a solificar uma marca para o pais e para a Galiza, uma região que consideramos ser muito relevante para a nossa actividade”, afirmou.

Depois desta abertura, está dado o pontapé de saída para o Forum Braga acolher os eventos já confirmados para este novo espaço, sendo que o maior destaque vai para o concerto da banda norte-americana Thirty Seconds To Mars, no dia 11 de Setembro. Este concerto coincidirá com a inauguração oficial do Forum Braga.

Além dos Thirty Seconds To Mars estão já marcados outros concertos no Forum Braga: no âmbito do Braga Groove, os Thievery Corporation actuam dia 27 de Julho, seguindo-se Yann Tiersen a 28 de Julho.

Este espaço vai acolher igualmente grandes eventos de negócios, estando já marcadas várias feiras (a AGRO 2018, que arranca a 10 de Maio, seguindo-se o GreenFest, de 1 a 3 de Junho), diversos congressos e actividades desportivas. Agendados também estão alguns espectáculos de humor (Stand Up Comedy Fest) e outros mais dirigidos ao público infantil (Masha e o Urso e o Mundo de Sara).

Dotado de espaços com múltiplas valências, o Forum Braga dispõe de um centro de congressos, com o maior auditório a norte de Lisboa; uma sala para acolher espectáculos e feiras de grande dimensão; uma galeria de arte contemporânea; e ainda uma zona exterior com capacidade para concertos para mais de 20 mil pessoas e uma área para exposições com mais de 300 stands.

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GRUPO DE DANÇAS E CANTARES DO ALTO DO MOINHO LEVA AO FOLKLOURES’18 AS TRADIÇÕES DAS GENTES DO DOURO LITORAL

Iniciativa do Grupo Folclórico Verde Minho com o apoio da Câmara Municipal de Loures, no âmbito do FolkLoures’18

O Grupo de Danças e Cantares do Alto do Moinho, sediado no concelho da Amadora, vai participar no Festival intercultural que terá lugar no dia 7 de Julho de 2018. A próxima edição do FolkLoures decorre de 30 de Junho a 7 de Julho de 2018, e incluirá conferências, exposições, feira de produtos tradicionais e um festival de folclore a ter lugar no Parque da Cidade, em Loures.

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O Grupo de Danças e Cantares do Alto do Moinho foi fundado em 1987 e encontra-se sediado na Associação de Moradores Alto do Moinho, no Bairro do Zambujal, concelho da Amadora, nos limites geográficos com a cidade de Lisboa. No entanto, este grupo representa com fidelidade os usos e costumes das gentes do Douro Litoral, na realidade a região geo-etnográfica de Entre-Douro-e-Minho.

Este é um grupo que apresenta variadíssimos trajes de entre os quais se destacam, os trajes de trabalho, traje de romaria, traje de vendedeiras de bolos, traje de aguadeira, traje de lavadeira, traje de vindimador, entre outros.

De modo a representar fidedignamente o folclore do Douro Litoral, aliás região d’Entre-o-Douro-e-Minho para sermos mais rigorosos do ponto de vista geo-etnográfico, este grupo fez uma recolha das modas e trajes das regiões de Gondomar, Trofa, Maia e outras regiões do grande Porto.

No seu repertório, este grupo, apresenta modas de roda como a caninha verde, cantares ao desafio como a Desgarrada, danças melodiosas e em coluna como a Pastorinha e a real Caninha, entre outras bastante demonstrativas da região do Douro Litoral.

O Grupo está inscrito na Confederação Portuguesa das Colectividades de Cultura, Recreio e Desporto. Inicialmente com o nome de Rancho Folclórico Alto do Moinho, após 20 anos de actividade decidiu com o apoio da Associação de Moradores, fazer uma reestruturação completa, nascendo assim o Grupo Danças e Cantares Alto do Moinho, composto por cerca de 50 elementos, com idades compreendidas entre os 5 e os 80 anos com gente oriunda de norte a sul do país, sendo esta uma das razões pela qual foi motivado a representar as danças e cantares de todo o país, exibindo trajes de diversas regiões.

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PROF. DOUTOR MANUEL ANTUNES VAI A LOURES FALAR DA ALDEIA SUBMERSA DE VILARINHO DA FURNA

Iniciativa do Grupo Folclórico Verde Minho no âmbito do FolkLoures’18

Vilarinho da Furna: História e Tradições Populares de uma Aldeia Afundada” é o tema da conferência que o Professor Dr. Manuel Antunes vai proferir no próximo dia 30 de Junho, a partir das 15 horas, no Palácio dos Marqueses da Praia e Monforte, local onde se reúne a Assembleia Municipal de Loures. A iniciativa insere-se no âmbito da próxima edição do FolkLoures e deverá ser apoiada pela projecção de interessantes imagens que retratam os usos e costumes das gentes de Vilarinho da Furna, antes da aldeia ter ficado submersa nas águas da albufeira da barragem.

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Vilarinho da Furna era habitada em 1970 por cerca de 250 pessoas, que tiveram de abandonar a povoação devido à construção de uma barragem. A barragem foi inaugurada a 21 de Maio de 1972 e encontra-se localizada no concelho de Terras de Bouro, sendo alimentada pelo Rio Homem. Submersa pelas águas, as ruínas da aldeia são visíveis sempre que a barragem está vazia.

Manuel de Azevedo Antunes é doutorado em Ciência Política (2009). Estudante nas Universidades de Lisboa (1966-1976) e Paris – Sorbonne (1976-1977), desenvolveu atividade docente nas Universidades de Lisboa (1975-1992) e Maputo (1979-1987). Foi Consultor das Nações Unidas (1989), em Moçambique. Na Guiné- Bissau (1988-1992), participou, como coordenador, metodólogo e estatístico, no Inquérito Demográfico e Sanitário, para o Ministério da Saúde, com apoio do Banco Mundial. É, atualmente, Professor Associado e Investigador na Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias. Preside a AFURNA – Associação dos Antigos Habitantes de Vilarinho da Furna, tendo publicado “Vilarinho da Furna, Uma Aldeia Afundada” (Lisboa: Regra do Jogo, 1985), “Requiem por Vilarinho da Furna, Uma Aldeia Afundada” (Lisboa: Biblioteca da Universidade Lusófona, 1994) e “Vilarinho da Furna, Memórias do Passado e do Futuro” (Lisboa: Centro de Estudos da População, Ambiente e Desenvolvimento, Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias, 2005).