“Pronto para contornar todos os obstáculos de 2017” – foi com este comentário que o Dr. Ricardo Rio, Presidente da Câmara Municipal de Braga, legendou a foto que publicou na sua página do facebook e que junto reproduzimos.
A avaliar pela coragem que a foto documenta, nós acreditamos nas suas palavras! Ao dinamismo que lhe é reconhecido junta a coragem… bem haja por tal, com os votos de maiores sucessos!
O Grupo Folclórico Verde Minho apresentou ontem os cânticos ao menino, na tenda que a TVI instalou no mercado de Natal, no Parque Eduardo VII em Lisboa.
A sua actuação foi bastante aplaudida pelo público presente e transmitida por aquele canal televisivo.
Concerto de Ano Novo da Orquestra de Guimarães dá as boas-vindas a 2017
Espetáculo propõe um brinde ao novo ano com um concerto festivo e performances de dança. Mais de meia centena de músicos em palco com música e ambiente festivo.
O primeiro dia de 2017 em Guimarães será abrilhantado com um concerto de Ano Novo interpretado pela Orquestra de Guimarães, sob direção do maestro Vítor Matos, na tarde deste domingo, 01 de janeiro de 2017, com início às 17 horas, no Grande Auditório do Centro Cultural Vila Flor. Os bilhetes custam 5 euros e 3,5 euros, a quem for portador de cartão com desconto.
Durante o espetáculo, com a participação dos Jovens Cantores de Guimarães e acompanhado por momentos de dança protagonizados pela Academia de Bailado de Guimarães, cuja encenação está a cargo de Maurizio Padovan, o público irá assistir à interpretação de obras de Strauss, Rossini e Bizet e a algumas das mais icónicas valsas, polkas e mazurkas evocando a célebre tradição vienense.
Com a apresentação de 54 músicos no concerto, a Orquestra de Guimarães, projeto cultural criado pela Câmara Municipal, pretende, com base na excelência, integrar e potenciar o talento de artistas da região, proporcionando-lhes o contacto com a prática musical orquestral sinfónica. Baseado nos fortes laços criados entre a comunidade e as artes performativas, este projeto visa a criação de uma rede artística de excelência, salvaguardando dois fatores fundamentais para o sucesso do projeto: a sustentabilidade e a estabilidade.
Constituída na sua formação base por cerca de 40 músicos profissionais, apresenta-se como uma formação flexível de acordo com o programa a apresentar, capaz de interpretar diversos repertórios. O projeto funciona com base num modelo de residências artísticas, que acontecem ao longo do ano, bem como através de projetos pontuais que sejam catalisadores da prática e fruição da música erudita em Guimarães. As linhas orientadoras da programação estão assentes em fortes princípios ecléticos e de proximidade com a comunidade local.
Formada por elementos da região com um conhecimento alargado do meio artístico envolvente e da sociedade vimaranense, a Orquestra de Guimarães tem por objetivo criar e fidelizar públicos, realizando concertos em horas que permitam a adesão de diversos públicos-alvo, promovendo concertos didáticos e direcionados para as famílias e escolhendo criteriosamente o repertório a interpretar
Foi já publicado em Diário da República n.º 248/2016, Série II de 28 de Dezembro de 2016, o extracto de Despacho nº. 15606/2016, do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e Economia - Instituto do Emprego e da Formação Profissional, I. P., que procede ao registo da produção tradicional “Traje à Vianesa - Viana do Castelo”, o qual se apresenta conforme abaixo se transcreve.
Despacho (extrato) n.º 15606/2016
Ao abrigo dos artigos 10.º e 11.º do Decreto-Lei n.º 121/2015, de 30 de junho, a Câmara Municipal de Viana do Castelo apresentou junto do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP, I. P.) o pedido de registo da produção tradicional "Traje à Vianesa - Viana do Castelo" no Registo Nacional de Produções Artesanais Tradicionais Certificadas.
Considerando que o referido pedido de registo mereceu o parecer positivo da Comissão Consultiva para a Certificação de Produções Artesanais Tradicionais, nos termos da competência que lhe foi atribuída pelo n.º 1 do artigo 8.º do mesmo diploma;
Considerando que, tendo sido tornado público este pedido de registo através do Aviso n.º 10542/2016, publicado no Diário da República, 2.ª série - n.º 162, de 24 de agosto de 2016, não foi apresentada qualquer declaração de oposição no prazo fixado para o efeito;
O presidente do conselho diretivo do IEFP, I. P., ao abrigo das competências que, em razão da matéria, lhe foram conferidas pelo n.º 1 do artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 121/2015, de 30 de junho, determina o seguinte:
1 - É aprovada a inclusão da produção tradicional "Traje à Vianesa - Viana do Castelo" no Registo Nacional de Produções Artesanais Tradicionais Certificadas, sendo titular do registo, enquanto entidade promotora, a Câmara Municipal de Viana do Castelo;
2 - A síntese do caderno de especificações que suporta o referido registo, incluindo a delimitação geográfica da área de produção, consta do anexo ao presente despacho;
3 - A entidade promotora deverá, em cumprimento do disposto no n.º 2 do artigo 13.º do Decreto-Lei n.º 121/2015, de 30 de junho, proceder ao registo da denominação da produção, sob a forma de indicação geográfica, junto do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI, I.P.);
4 - O processo de certificação da produção artesanal tradicional "Traje à Vianesa - Viana do Castelo", uma vez registada como indicação geográfica, deverá observar as disposições fixadas no Decreto-Lei n.º 121/2015, de 30 de junho, designadamente nos artigos 14.º a 17.º e 19.º
2016-12-16. - A Diretora do Departamento de Assessoria da Qualidade, Jurídica e de Auditoria, Paula Susana Aparício Gonçalves Matos Ferreira.
ANEXO
I - Produção Tradicional objeto de registo: Traje à Vianesa - Viana do Castelo
II - Entidade Promotora titular do registo: Câmara Municipal de Viana do Castelo
III - Apresentação sumária: A produção tradicional em apreço, o "Traje à Vianesa - Viana do Castelo", é reconhecidamente um "Ex-Líbris" do saber-fazer artesanal português, quer pela sua imagem fortíssima e diferenciadora, quer pelo conjunto de mesteres tradicionais envolvidos na sua confeção, desde a tecelagem, a costura, o bordado, a renda, até ao fabrico e decoração das chinelas.
IV - Enquadramento histórico e delimitação geográfica da área de produção
Estamos perante um traje que se foi definindo e enriquecendo ao longo do século XIX, quando, após as profundas perturbações devidas às Invasões Francesas (1808-1810) e à Guerra Civil (1828-1834), se sucederam décadas de maior estabilidade e mesmo de um relativo progresso económico. Um traje que no início as camponesas das freguesias vizinhas de Viana do Castelo usavam (não só, mas também) para ir à cidade e que veio, mais tarde, a ser apropriado pela própria cidade como um dos seus ícones mais importantes e que motivou muitas ações em ordem à sua defesa e preservação.
Com efeito, o Traje à Vianesa tornou-se um dos ícones minhotos mais divulgados e foi utilizado em todos os tipos de suportes gráficos. Revistas, postais, calendários, publicidade a diversíssimos produtos, utilizavam largamente a imagem da lavradeira com o seu traje de festa. Em 1890, o pequeno príncipe de 5 meses que viria a ser o rei D. Manuel II é fotografado ao colo da sua ama que vestia o Traje à Vianesa. Mais tarde, senhoras de elevada posição social usamno em circunstâncias especiais e fazem-se fotografar com ele, como acontece em 1913, quando a mulher do rei deposto, D. Manuel II, se deixa fotografar trajada.
Todavia, se no final do século XIX e na primeira década do século XX se difunde por todo o país o uso do Traje de Festa das lavradeiras vianenses, localmente, aquelas que ao longo do século XIX o definiram e usaram como indumentária, começam a abandonar o seu uso e a deixar-se seduzir por vestes mais citadinas e urbanas. A própria "moda" de trajar este fato, fora do seu contexto de origem, levou a formas de o vestir abastardadas que começaram a preocupar alguns vianenses. É assim que em 1919 surge um primeiro Certame Regional de Danças e Descantes, organizado por Abel Viana e Rodrigo V. Costa, que tem como objetivo promover o Traje à Vianesa e reconduzir o seu uso à sua forma tradicional, inaugurando uma campanha de defesa deste traje que havia de prolongar-se pelos anos seguintes.
Segundo Abel Viana, foi a partir de 1926, quando uma Parada Regional integrou o programa das festas da Senhora da Agonia, que se vulgarizou a presença de grupos trajados em atos e representações oficiais, algo que já se verificava, desde 1917, mas só por ocasião das Festas da Senhora da Agonia.
Sendo que o Traje à Vianesa se tornou, ao longo dos tempos, um símbolo de Portugal (uma "imagem da nação"), é natural que o âmbito da sua produção tenha extravasado os limites do concelho que lhe dá o nome, sendo produzido em todo o litoral norte do país e usado como "traje nacional" nas situações mais variadas (desde festividades locais, passando pelas comemorações carnavalescas, até à sua utilização em eventos portugueses no estrangeiro).
Neste contexto, relativamente à delimitação da área geográfica de produção do Traje à Vianesa - Viana do Castelo, constata-se que a esmagadora maioria das artesãs produtoras das peças que compõem este traje (tecelagem, bordado, confeção) se localizam no território correspondente às NUT III do Alto Minho, do Cávado e do Ave, pelo que se definem como limites da respetiva localidade, região ou território de ocorrência da produção, os limites daquele território composto pelos seguintes concelhos:
NUT III Alto Minho: Viana do Castelo, Arcos de Valdevez, Caminha, Melgaço, Monção, Paredes de Coura, Ponte da Barca, Ponte de Lima, Valença, Vila Nova de Cerveira;
NUT III Cávado: Amares, Barcelos, Braga, Esposende, Terras do Bouro, Vila Verde;
NUT III Ave: Cabeceiras de Basto, Fafe, Guimarães, Mondim de Basto, Póvoa de Lanhoso, Vieira do Minho, Vila Nova de Famalicão, Vizela.
V - Caracterização do produto "Traje à Vianesa - Viana do Castelo"
O Traje à Vianesa é um produto múltiplo, composto por um conjunto de peças, todas manufaturadas artesanalmente na região do Minho (à exceção dos lenços), cujo resultado final se deve à combinação polié-drica entre elas e ao modo como os adornos em ouro o enfeitam e sublinham.
Segundo Cláudio Basto, o padrão geral do Traje à Vianesa, tal como era percecionado em 1930, é constituído por:
"Saia curta (aí pelo tornozelo), às listas verticais, de roda farta, pregueada miudamente na cinta, com barra larga a que chamam "forro", avental franzido também na parte superior, camisa branca, de mangas compridas, apanhadas nos ombros; colete que não desce da cintura; lenço traçado no peito e apertado atrás na altura da cinta; lenço trespassado sobre a nuca e atado no alto da cabeça; algibeira, que na forma lembra o coração e fica visível entre a saia e o avental; meias brancas, feitas à mão; chinelas."
A produção caseira das peças que compõem o traje foi permitindo a sua adaptação ao tipo de uso pretendido, e a sua evolução foi permeável às influências das modas e dos gostos. Assim, o traje à vianesa nunca foi imutável nem nasceu de acordo com um modelo único que a ele sempre se mantivesse fiel; pelo contrário, ele foi adquirindo sentidos que ultrapassaram e se sobrepuseram ao aspeto utilitário do uso quotidiano, transformando-se, adquirindo e reforçando um valor simbólico e cerimonial relevante.
Desta forma, quando se fala de Traje à Vianesa - Viana do Castelo, fala-se do que mais vulgarmente ainda se chama Traje à Lavradeira ou de Festa, nas variantes assumidas pelas diferentes freguesias de Viana do Castelo.
Nestas freguesias, os respetivos grupos folclóricos e etnográficos, que foram surgindo a partir dos anos 20 do século XX, podem ser considerados os grandes responsáveis pela maior definição e apropriação das "diferenças" que agora se verificam e que, anteriormente, não seriam tão vincadas ou disputadas.
Os grupos folclóricos das freguesias de Afife (1920-1926), de Areosa (final de anos 20) e de Santa Marta de Portuzelo (1940) terão sido os principais protagonistas no definir das características diferenciadoras do Traje à Vianesa, muito por influência dos seus responsáveis.
Assim, e ainda que seguindo, de um modo geral, o padrão geral do traje à vianesa descrito por Cláudio Basto, destacam-se, contemporaneamente, as tipologias principais de Afife, Areosa, Santa Marta de Portuzelo e de Geraz do Lima, tipologias estas que, pela proximidade, influenciaram outras freguesias vizinhas.
Quanto às diferentes peças que compõem este traje, fixam-se as seguintes características:
O lenço
Os lenços são de lã fina com ramagens, têm sempre franjas compridas (entre 10 e 12 cm), também elas de lã e feitas manualmente, e são usados na cabeça e, traçados, sobre o peito. O mais importante, no que diz respeito ao uso do lenço no Traje à Vianesa - Viana do Castelo, diz respeito à adequação cromática que deve ter relativamente às restantes peças do traje: de fundo vermelho para os trajes vermelhos (ainda que, por vezes, também se encontrem lenços amarelos no traje vermelho), de fundo azul forte para os trajes azuis, de fundo verde para o traje de Geraz do Lima, laranja e amarelo no caso de Afife e de fundo preto, roxo ou azul-escuro para o traje azul-escuro.
A camisa
A camisa do Traje à Vianesa - Viana do Castelo:
Tem a altura de uma vulgar blusa, mas admite outros comprimentos;
Pode ser feita em linho ou meio linho (50 % linho/50 % algodão), mas sempre na cor branca;
As suas mangas são compridas e apertam com um punho;
As suas mangas são largas e, pelo menos nas ombreiras, ostentam "pregas de imprensa" (as "pregas de imprensa" podem ter padrões variados e os alinhavos que as definem podem ser na mesma cor do restante bordado ou a branco);
É decorada com bordado (nos ombros, nas ombreiras, nos punhos, à volta do decote ou do colarinho, caso este exista);
O seu bordado é sempre monocromático (predomina o uso do azul forte, mas também se admitem como cores o branco, o azul claro e o verde, este último no caso de Geraz do Lima);
O fio de bordar corresponde ao fio de algodão, mercerizado, n.º 8;
As tipologias do desenho têm que estar de acordo com as cores (florais e vegetalistas para os casos do azul forte e verde, desenho miúdo de organização geométrica na utilização do branco e do azul claro);
Os seus punhos são sempre bordados e quase sempre rematados com bordado ou com pequenas rendas;
O seu colarinho, sempre chegado ao pescoço, é bordado, mas pode nem existir, substituído por um decote redondo rematado com caseado alto;
A abertura da camisa é dianteira e também bordada (pode ter ou não uma carcela enfeitada com uma renda delicada).
O colete
O colete do Traje à Vianesa - Viana do Castelo:
É curto, pela cintura ou um pouco acima;
É de fazenda de lã colorida (vermelha, azul ou verde, consoante o fato a que se destina);
Tem, na base, uma barra ("rigor") de veludo, preta ou de uma cor escura, a qual se eleva na zona central das costas, e que é contornada no seu limite superior por um apontamento bordado e no limite inferior, na linha de cintura, apresenta um debruado simples;
É profusamente bordado nas costas, sobretudo no "rigor", com motivos florais, podendo ainda integrar o escudo real nas versões popularizadas no século XIX;
Os seus bordados são feitos com linha de algodão perlé, lã, seda natural ou missangas, podendo também conter lantejoulas e vidrilhos;
O bordado do "rigor" é, em regra, muito colorido e apresenta diversos motivos, enquanto que o da parte superior é, na maioria das vezes, branco e menos variado, em que um motivo se repete;
Tem decote amplo e aperta com fita de nastro ou cordão de seda que cruza entre ilhós metálicos, dispostos em duas fieiras, uma de cada lado, como um espartilho.
A saia
A saia do Traje à Vianesa - Viana do Castelo:
É de lã, natural ou mistura (desde que a lã seja sempre predominante), e tecida artesanalmente;
É sempre listada, sendo que a cor de fundo (predominante) pode ser vermelha, azul forte, azul-escuro, preto ou verde, consoante a tipologia do traje a que se destina;
As riscas podem ser de cores variadas (amarelo, rosa, branco, verde, roxo, entre outras) e decoradas com "puxados";
Tem cós, que deve ter entre 10 e 12 cm de altura e que pode ou não ser cosido, com "pregas de enfiada";
Ostenta, muitas vezes, bordados no cós;
Tem sempre uma faixa no fundo a que se chama "forro" e que é preta na maioria dos casos, vermelha (no caso do traje da Areosa) ou azul-escura ou preta (no caso do traje de Afife), que se apresenta lisa ou bordada e que é recortada em "bicos" na parte que liga à tecelagem;
A altura do "forro" não deve ultrapassar o terço da altura total da saia;
Tem uma abertura para facilitar o vestir;
É debruada a fita de nastro;
Aperta com fita de nastro e colchete;
A altura da saia deve chegar um pouco abaixo do meio da perna.
O avental
O avental do Traje à Vianesa - Viana do Castelo:
É de lã natural ou mistura (desde que a lã seja predominante), tecido em tear manual;
É constituído por duas partes:
O cós pregueado, que deverá ter entre 10 a 12 cm de altura e que muitas vezes ostenta bordados;
O corpo do avental, onde, por sua vez, se distinguem duas partes: uma superior, logo a seguir ao cós, listada e outra com maior expressão, na parte inferior, muito colorida e decorada com padrões geométricos ou florais. A dividir estas duas partes pode encontrar-se um "tomado", uma fita encanudada ou enfavada, uma tira de tecelagem sobreposta (também ela recortada e decorada) ou um galão. Também pode não haver nada a marcar as duas partes e a distinção provir do próprio trabalho de tecelagem. Em todo o corpo do avental utilizam-se os "puxados" e "moscas" a sublinhar as decorações tecidas.
É debruado a fita de nastro em cima, fita que serve para atar o avental; é rematado por bainha ou debruado com fita de nastro.
A algibeira
A algibeira do Traje à Vianesa - Viana do Castelo:
É de flanela vermelha, azul, verde ou preta;
Tem forma dita de "coração";
A sua "boca" é sempre de veludo preto;
Pode ter um bolso interior, o "segredo";
É profusamente bordada, sobretudo e na maioria dos exemplares, com missangas, vidrilhos e lantejoulas mas pode aparecer algum bordado a fio de algodão mercerizado n.º 8, a lã ou fio de seda natural;
Pode ter bordadas datas ou palavras (como Amor e Viana) letras ou algarismos;
É rematada com bordado de missanga ou a fitilho ou fita de nastro armada;
É debruada, na parte superior, com fita de nastro que constitui o atilho para atar à cintura;
A algibeira usada em Afife difere deste cânone;
No traje verde de Geraz do Lima pode não se usar algibeira.
As meias
As meias são sempre brancas, em renda manual de fio de algodão, que pode ser lisa (no caso de Afife) mas, quase sempre é trabalhada, havendo pelo menos trinta e cinco pontos de renda que se usam na sua confeção.
A altura das meias deve ser, no mínimo, até ao joelho.
As chinelas
As chinelas são de manufatura artesanal, com a sola em madeira e a gáspea em calfe natural ou sintético. Estas últimas, sempre envernizadas, podem apresentar-se bordadas. As chinelas são forradas a branco. Também podem ser em camurça.
Podem apresentar-se lisas, com lacinho ou fivela, ou bordadas simplesmente a branco ou em várias cores vivas.
VI - Condições de inovação do produto e no modo de produção
No capítulo da inovação, importa reter que estamos perante uma produção tradicional muito particular, porquanto o processo de certificação do Traje à Vianesa - Viana do Castelo visa, essencialmente, estabilizar o conceito e evitar descaracterizações e deturpações que o afastem da sua tipologia tradicional, que o tornou conhecido e um dos símbolos de Portugal.
Neste contexto, e estabilizadas que estão no caderno de especificações as tipologias possíveis de identificação como Traje à Vianesa - Viana do Castelo, não serão admissíveis quaisquer alterações na composição da indumentária, configurem elas aspetos inovadores ou meras combinações diferentes das que ali são indicadas.
Não obstante, e embora não se trate propriamente de inovações, considera-se pertinente adotar as seguintes sugestões de melhoria que poderão contribuir para uma ainda maior qualificação desta importante produção artesanal:
Diversificar os motivos dos lenços de cabeça e do peito (dentro do género), seja por melhorias ao nível dos padrões e processos de estampagem seja pela procura de outros fornecedores;
Qualificar o bordado presente nas camisas, seja ao nível do desenho seja quanto à posição que ocupa nas mangas da camisa não permitindo que o bordado da ombreira desça abaixo do cotovelo;
Qualificar o bordado realizado nos coletes e nos "forros" das saias, fornecendo desenhos às bordadeiras e reintroduzindo motivos que estão a deixar de ser feitos;
Reintroduzir nos aventais padrões antigos de tecelagem, nomeadamente de características mais geométricas, padrões esses que têm vindo a ser substituídos pelos florais (sobretudo o padrão das rosas);
Atentar na largura dos cós das saias e aventais, que deve sempre ter entre 10 e 12 cm; valorizar a parte tecida da saia, estabilizando a largura do seu "forro", para que nunca ultrapasse um terço do comprimento total da saia (permitindo o predomínio da tecelagem);
Fomentar a diversidade dos padrões tecidos (nas saias) e bordados (nas camisas, coletes,
"forros" das saias, algibeiras), reintroduzindo motivos que caíram em desuso;
Fomentar a reintrodução do fio de lã e de seda nos bordados dos coletes, "forros" das saias e algibeiras.
Banda Filarmónica de Bouro brilhou em Concerto de Natal
Na noite de hoje, os amarenses puderam, novamente, encantar-se com a magia do Natal, num bonito e surpreendente momento musical proporcionado pela Banda Filarmónica de Santa Maria de Bouro, sob a direção do novo maestro Fábio Oliveira.
“Um Grande Natal”, “A Swinkling Christmas” e “Jingle Bells Goes Rio” foram algumas das melodias interpretadas pela Banda Filarmónica, à qual se juntou o Grupo de Teatro de Bouro para apresentar aos presentes a peça “Uma noite de Natal”.
O espetáculo, que teve casa cheia, contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Amares, Manuel Moreira.
Governo reabre 20 tribunais na próxima semana, incluindo o Tribunal de Paredes de Coura
No próximo dia 4 de Janeiro, vão reabrir 20 tribunais que haviam sido encerrados pelo anterior governo. Entre eles, encontra-se o Tribunal de Paredes de Coura.
De acordo com a Secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Helena Mesquita Ribeiro, estes tribunais vão funcionar como “juízos de proximidade e terão competências acrescidas relativamente aquilo que eram as secções de proximidade no âmbito da anterior reorganização judiciária”. Acrescenta ainda que “Serão realizados nestes juízos de proximidade todos os julgamentos crime que tiverem sido cometidos na área geográfica do respectivo município. Até agora, estes julgamentos não eram efectuados no local correspondente à prática do crime”.
Para além do Tribunal de Paredes de Coura, vão ser reactivados os tribunais de Tribunal de Portel (Évora), Sever do Vouga (Aveiro), Penela (Coimbra), Monchique (Faro), Meda (Guarda), Fornos de Algodres (Guarda), Bombarral (Leiria), Cadaval (Lisboa), Castelo de Vide (Portalegre), Ferreira do Zêzere (Santarém), Mação (Santarém), Sines (Setúbal), Boticas (Vila Real), Murça (Vila Real), Mesão Frio (Vila Real), Sabrosa (Vila Real), Tabuaço (Viseu), Armamar (Viseu) e Resende (Viseu).
A propósito, recordamos o protesto realizado em Lisboa pelos autarcas contra o encerramento dos tribunais, em 28 de junho de 2012, no qual participaram diversos autarcas minhotos principalmente de Melgaço e Paredes de Coura.
Espaço de Convívio e Lazer de Cabeceiras de Basto abriu portas aos utentes
Foi inaugurado hoje, dia 30 de dezembro, o Espaço de Convívio e Lazer de Cabeceiras de Basto, um espaço que tem como objetivo combater o isolamento e promover a qualidade de vida da população idosa, incentivando a inclusão social e as relações interpessoais e intergeracionais, ao mesmo tempo que contribui para o envelhecimento ativo desta faixa etária da população cabeceirense.
A placa alusiva à efeméride foi descerrada pelo presidente da Câmara Municipal e pelo presidente da Junta de Cabeceiras de Basto, acompanhados pelos vereadores e por outros autarcas da freguesia, bem como pelo presidente do Conselho Fiscal da Basto Vida.
De referir que o ECL de Cabeceiras de Basto está sediado no edifício da Junta, tendo sido o espaço preparado e mobilado para o efeito. Com a abertura do ECL, os utentes poderão usufruir de atividades lúdicas, culturais e recreativas, de acordo com as suas necessidades e interesses; da implementação de ações ao nível dos cuidados primários de saúde; bem como da promoção de um espaço de participação cívica e comunitária, a par da estreita convivência com os seus conterrâneos.
Dezenas de populares participaram na inauguração do Espaço de Convívio e Lazer. O momento foi de grande convívio e animação entre as gerações, abrilhantado pelo Grupo de Concertinas SDF de Cabeceiras de Basto.
Na sua intervenção, o presidente da Câmara Municipal, Francisco Alves, depois de saudar todos os presentes, disse que a inauguração do ECL é a concretização de um anseio da população – mais uma ação prevista no Plano de Atividades deste ano – que é, agora, colocado ao serviço das pessoas.
Incentivando os moradores de Cabeceiras de Basto a desfrutar de todas as condições prestadas pelo equipamento público, Francisco Alves elogiou o empenho do presidente da Junta de Cabeceiras de Basto na concretização deste Espaço de Convívio e Lazer onde a população poderá conviver e combater a solidão.
No uso da palavra, o presidente da Junta de Freguesia de Cabeceiras de Basto, José Carlos Rebelo, agradeceu todo o empenho do presidente da Câmara na criação do ECL que estará em pleno funcionamento no início do novo ano de 2017. “Queremos que todas as pessoas tirem o maior proveito deste espaço aberto a toda a população”, disse o autarca apelando à participação e envolvimento de toda a comunidade.
No total, o concelho de Cabeceiras de Basto conta, a partir de hoje, com 16 Espaços de Convívio e Lazer.
Cabeceiras de Basto é um Município amigo das famílias, das crianças, dos jovens e da população sénior, na medida em que disponibiliza um conjunto de apoios não só aos agregados mais carenciados, como também às famílias numerosas, sem esquecer todo o investimento que é feito nos transportes, refeições, prolongamentos de horários, aquisição de livros e material escolar, bem como nas bolsas de estudo. A tudo isto junta-se, ainda, o apoio à população idosa, designadamente através da criação destes Espaços de Convívio e Lazer, bem como da Comissão Municipal de Proteção de Pessoas Idosas de Cabeceiras de Basto (CMPICB) que tem como missão melhorar a qualidade de vida dos idosos e adultos dependentes de Cabeceiras de Basto, através da articulação, informação e promoção dos direitos e proteção das pessoas idosas de forma a garantir o seu bem-estar, dignidade e qualidade de vida.
Investimento será superior a mais quatro milhões de euros nas freguesias
Requalificação de 30 arruamentos da rede viária municipal decorrerá em 2017. Beneficiações contemplam 16 freguesias do concelho.
A Câmara Municipal de Guimarães vai proceder, em 2017, a um novo conjunto de intervenções rodoviárias que vão abranger trinta pavimentos pertencentes a dezasseis freguesias do concelho, num investimento superior a quatro milhões de euros.
A beneficiação e reperfilamento dos arruamentos, cujo preço contratual não deverá exceder os 4.373.377,84 euros, montante ao qual acresce a taxa de IVA em vigor, terá um prazo máximo de vigência do contrato a celebrar de 240 dias e como opção pelo critério de adjudicação a proposta economicamente mais vantajosa.
O Município de Guimarães vai melhorar o estado do piso nas vilas das Taipas, Serzedelo e Ponte. Em Caldelas, serão feitas intervenções em quatro ruas: Charneca, Alvite, Bento Ribeiro Salgado Barreto e rua e travessa da Faísca. Em Serzedelo, serão beneficiadas as ruas 25 de Abril, São Bartolomeu, Eça de Queiroz e Travessa Três Barreiros, enquanto em Ponte serão intervencionados outros quatro arruamentos: Guardamilo, Serra de Baixo (parte), Travessa Vila Marita e Travessa Ponte.
Na freguesia de Pinheiro, as ruas do Montinho e Bairro do Sol serão objeto de melhoramento e de requalificação, o mesmo acontecendo em Silvares (rua Santa Apolónia), Balazar (rua da Igreja Nova), Selho S. Cristóvão (entre a rua da Boavista e a Senhora dos Montes), Gondar (rua Principal), Candoso S. Tiago (rua de S. Tiago), Gominhães (rua Estrada Nova) e Urgezes (Avenida D. João IV e rua António Costa Guimarães).
Rede viária municipal requalificada
Em Infantas, a Autarquia vai intervir em três arruamentos, mais precisamente na rua 25 de Abril, entre o entroncamento da rua do Casal e 1º de Maio e o entroncamento com a rua do Outeiro. A rua Vasco da Gama, no percurso entre o entroncamento da rua do Outeiro e a do Arieiro, será objeto de uma beneficiação, o mesmo acontecendo com a rua de Camões, que será parcialmente intervencionada.
Na zona norte do concelho, a Câmara de Guimarães vai requalificar pavimentos em Briteiros S. Salvador (rua Félix Fernandes Marques e rua dos Moinhos) e em Briteiros Santa Leocádia (rua da Boavista e rua de Ouvinho Favelhos e concordância com a rua de Covas). Em Briteiros Santo Estêvão, o Município irá beneficiar as ruas de Santa Maria e Linhares.
As intervenções traçadas visam, por um lado, estabelecer critérios de disciplina e de fluxo viário, com incontornável impacto ao nível da economia local, mas também contribuir para a melhoria da qualidade de vida da população. A intervenção no espaço público abarca muito mais do que a simples beneficiação das estruturas de pavimentos, concedendo outras condições e possibilidades de uso de meios de mobilidade alternativos, bem como de melhores acessibilidades a infraestruturas essenciais à vida em comunidade.
Foi com profunda consternação que a Câmara Municipal de Barcelos tomou conhecimento, hoje, da morte do Dr. Vasco Carvalho e, neste momento particularmente difícil, manifesta à família enlutada a mais profunda solidariedade.
Ilustre jurista e político bem conhecido dos barcelenses, o Dr. Vasco de Carvalho foi sempre uma personalidade atenta da realidade local e nacional, tendo tomado parte ativa na vida política e social da cidade e do concelho de Barcelos.
Lutador incansável pelos seus ideais e convicções deixa na vida política local um importante legado cívico, de que é exemplo a função de Presidente da Assembleia Municipal de Barcelos, que desempenhou com prestígio e elevado sentido democrático.
A sua participação na vida política e social fica marcada pelo empenho e dedicação às causas que abraçou e ao respeito pelos valores éticos e democráticos.
Associando-se ao pesar dos barcelenses por tão trágica perda, o Município de Barcelos presta homenagem ao Dr. Vasco Carvalho e curva-se perante a sua grandeza humana e exemplo de luta pelos mais altos ideais e convicções.
Inscrições devem ser submetidas até dia 17 de Janeiro. Segurança, Gestão do Risco e Normas Técnicas estarão em debate no Auditório da Câmara Municipal de Barcelos
Como garantir a segurança dos utilizadores dos espaços de jogo e recreio é o objetivo central do seminário "Espaço de Recreio e Desporto". Esta iniciativa terá lugar no próximo dia 20 de janeiro, a partir das 14h, no Auditório da Câmara Municipal de Barcelos e será uma oportunidade para informar, formar e esclarecer as dúvidas que possam existir sobre várias questões legais referentes à criação, instalação e utilização de recreios e parques infantis e de equipamentos desportivos públicos.
Caberá a José Azevedo, responsável técnico do departamento de Espaços de Recreio e Desporto do Instituto de Soldura e Qualidade, que tem como uma das suas atividades a inspeção e auditoria de equipamentos similares, dirigir as palestras acerca do enquadramento legal destes espaços de lazer e ao Eng. Pedro Pinto, técnico da Câmara Municipal de Barcelos, moderar o debate com o público.
Durante o mandato, iniciado em 2013, a Câmara Municipal investiu cerca de 400 mil euros, tanto em edifícios escolares como em parques infantis em espaços públicos, num total de 34 equipamentos, com a colaboração das Juntas de Freguesia no tratamento e execução da base e instalação, sendo todo o material necessário fornecido pelo Município.
A autarquia continuará a apostar na segurança das crianças, dotando estes espaços com equipamento fiável e certificando-se da instalação, e a requalificar e construir parques infantis em vários estabelecimentos escolares e espaços públicos.
A entrada para o seminário é gratuita, mas as inscrições devem ser submetidas até dia 17 de janeiro através do e-mail parquesinfantis@cm-barcelos.pt