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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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ARCOS DE VALDEVEZ REALIZA OBRAS MUNICIPAIS

Câmara Municipal de Arcos de Valdevez consignou obra de “Repavimentação de ligação entre a avenida Dr. Osvaldo Gomes e o Caminho de Rôta em Paçô – Caminho da Arremessa”

O Presidente da Câmara Municipal, João Manuel Esteves, esteve esta terça-feira, dia 11 de fevereiro, na Freguesia de Paçô para, conjuntamente com a firma adjudicatária proceder à consignação da obra de “Repavimentação do caminho de Ligação entre a Avenida Dr. Osvaldo Gomes e o caminho de Rôta em Paçô – caminho de Arremessa”.

consignacao_caminho_rota (18)

Esta empreitada tem por objetivo a repavimentação de um troço do Caminho de Lavaceira, entre a Avenida Dr. Osvaldo Gomes e o Lugar de Rôta (CM 1318-1), e de um troço do Caminho da Arremessa, entre o CM 1318-1 e a EM 530. Adjudicada por 144.500,00 € (s/IVA) à empresa Construções Artur Alves de Freitas II, Lda, conta com um prazo de execução de 240 Dias.

Com este investimento o município está a pensar na qualidade de vida das pessoas, já que será melhorada a circulação viária e pedonal nesta zona, bem como as condições de segurança e comodidade.

Presentes ao ato estiveram também membros da Junta de Freguesia, elementos da Vereação e técnicos municipais.

No âmbito desta visita, ainda foram abordadas questões relacionadas com as obras de alargamento do saneamento e diversos melhoramentos.

OFICINAS MUNICIPAL DE CABECEIRAS DE BASTO FORAM ALVO DE VANDALISMO

Na madrugada de hoje, dia 13 de fevereiro, várias máquinas, carrinhas e um autocarro que se encontravam estacionados no Parque Automóvel das Oficinas Municipais de Cabeceiras de Basto foram vandalizados. Os malfeitores atuaram durante a noite, partindo, ainda, alegadamente com recurso a pedras, os telhados das oficinas de mecânica, serralharia e carpintaria.

Trator_vidros partidos

Entre os prejuízos contam-se os vidros partidos de um autocarro de transporte de crianças, os vidros partidos da cabine do motorista e tejadilho de uma retroescavadora, os vidros partidos de um trator e de uma varredora mecânica, assim como danos na chapa de outras carrinhas municipais.

Na zona de Vinha de Mouros, onde se encontram localizadas as Oficinas Municipais, os criminosos vandalizaram também vários contentores do lixo.

A Câmara Municipal lamenta e condena estes atos verdadeiramente criminosos com elevados prejuízos para o erário público, para Cabeceiras de Basto e para os Cabeceirenses.

É mais um triste cenário de vandalismo e de atitudes inqualificáveis de destruição dos bens públicos que o Município de Cabeceiras de Basto repudia publicamente, tendo já apresentado queixa contra desconhecidos na GNR, esperando que os responsáveis por estes atos possam ser identificados e levados à Justiça.

Para além da GNR de Cabeceiras de Basto, no local estiveram ainda os agentes da Polícia Municipal que se inteiraram dos prejuízos causados pelos vândalos.

Retroescavadora_vidro partido e tejadilho danifica

Autocarro_vidros partidos

INCUBADORA DE VIZELA COM CONDIÇÕES ESPECIAIS

A ANJE está a promover uma campanha no centro de incubação de Vizela, com validade para as novas entradas registadas até ao final do ano 2014.

ANJE

Os empreendedores poderão aí instalar os seus negócios beneficiando de seis meses livres de mensalidades, acumuláveis com um igual período de incubação com 50% de desconto.

Em Vizela, à incubação low cost acresce ainda a oportunidade de trabalhar em espaço partilhado a preços reduzidos.

Na mais recente infraestrutura da ANJE, em Vizela, a campanha terá um espetro mais alargado, já que aos descontos de incubação de novas empresas somam-se condições especiais no serviço de coworking.

Os interessados na utilização do espaço de trabalho partilhado poderão assim beneficiar de uma ampla gama de serviços, pagando apenas o valor correspondente a metade do período requerido.

Espaços de incubação

O Centro de Incubação de Vizela é constituído por:

3 Gabinetes com áreas entre 7 e os 21 m2

1 Sala de Cowork

1 Receção

1 Zona de copa na sala de cowork;

1 Sala de estar

Serviços adicionais

Consultoria e apoio à gestão

Receção de correio

Atendimento telefónico

Apoio de secretariado-geral

Apoio de pessoal auxiliar

Serviço de fotocópias e serviço de impressão

Telefone e fax

Internet de banda larga

Todos os espaços estão devidamente preparados e equipados, proporcionando às empresas incubadas as condições favoráveis para alcançar o sucesso no início de atividade.

VALENÇA DEBATE CAMINHO PORTUGUÊS A SANTIAGO

Valença e a Eurocidade, marcos históricos no Caminho Português para Santiago, recebem uma jornada sobre este caminho secular, este sábado.

Umas jornadas que apresentarão as sinergias do Norte de Portugal e da Galiza, as ideias de conservação, sinalização e promoção deste itinerário de peregrinação europeia.

A jornada decorrerá nas instalações da UNED Tui, junto à Igreja de São Domingos, a partir das 9h00, onde autarcas anfitriões de Valença, Jorge  Mendes e Moisés Rodriguez de Tui receberão o vice-presidente da Xunta da Galiza, a diretora da Axencia de Turismo de Galicia, o presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, o presidente do intergrupo “Camiños de Santiago” do Parlamento Europeu .

Valença é o ponto de confluência, a Caminho de Santiago, dos percursos do Caminho Central e da Costa, percursos que integram o Caminho Português para Santiago de Compostela. Tem o primeiro albergue oficial em território português, o Albergue de São Teotónio e o Posto de Atendimento aos Peregrinos infra-estruturas de apoio diário no acolhimento e encaminhamento dos peregrinos na sua passagem por Valença.

Ao longo de 2013 Valença recebeu peregrinos oriundos de 48 países, acolhidos no Posto de Atendimento ao Peregrino, descobrindo a Fortaleza e pernoitando no Albergue de São Teotónio. Em 2012  por Valença passaram 25628 peregrinos, nomeadamente portugueses, alemães, franceses, italianos e espanhóis.

A jornada é uma organização da Eurocidade Valença Tui, da Axencia de Turismo de Galicia e da A.E.C.T.- Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial - Galicia Norte de Portugal.

Para Jorge Salgueiro Mendes, Presidente da Câmara de Valença, “Os Caminhos de Santiago são uma referência de Valença e fator, cada vez mais, de dinamização turística e cultural”.

HÓQUEI EM PATINS ESTÁ DE REGRESSO AO CONCELHO DE CAMINHA

Torneio de Carnaval traz 4 seleções ao concelho de Caminha nos dias 15 e 16

“Temos bons hoquistas, mas tinham os patins arrumados há muito tempo. Por isso, a minha intenção é apostar, sobretudo, na formação”, explica Joaquim Caçador, diretor da secção de Hóquei em Patins do CCD Ancorense, cargo que ocupa juntamente com Rui Silva.

CCDA_Hoquei-2013-2014

Caçador, como é conhecido, fala do hóquei com um brilho nos olhos. O filho foi hoquista e ele sempre teve um papel ativo em vários clubes: primeiro em Seixas, depois em Viana e agora em Vila Praia de Âncora. “O CCD Ancorense tem sido muito prestável e no Pavilhão Municipal temos ótimas condições de treino e de jogo”, acrescenta, contente por poder voltar a um clube do seu concelho.

A secção de hóquei arrancou oficialmente em setembro de 2013. As Escolinhas iniciaram com cerca de 5 crianças e já somam cerca de 50 pequenos atletas. Formou-se também uma equipa sénior “porque os mais pequenos precisam de ter referências”. Jogam no Campeonato Nacional, na 3ª divisão, onde estão em segundo lugar neste momento, e estão a competir pela Taça de Portugal. Cada jogo tem sido uma revelação, quer pela boa prestação da equipa, quer pela magnífica adesão do público. “A assistência tem sido fantástica, temos tido à volta de 300 a 400 pessoas na bancada”, refere Caçador.

Aos interessados em aprender hóquei, basta comparecer no Pavilhão Municipal de Vila Praia de Âncora ao sábado de manhã, a partir das 11 horas. As Escolinhas são para crianças a partir dos 4 anos. Nesta primeira fase de aprendizagem não é necessário levar patins, o clube encarrega-se de equipar cada criança. Mais se acrescenta que nos primeiros 15 dias, a prática de aulas é gratuita, “para perceber se a criança se adapta”.

Aos mais crescidos, o convite é para assistir aos jogos. Há, inclusive, um cartão – o HóqueiBox. Ao adquiri-lo, ganha-se livre entrada em todos os jogos disputados em casa na época 2013/14. Além disso, o clube salienta: “ainda há espaços livres no Pavilhão que podem receber publicidade de empresas”. É mais uma forma de ajudar.

Torneio de Carnaval traz 4 seleções ao concelho de Caminha

A secção de Hóquei em Patins tem poucos meses mas já quer mexer com o concelho. Assim, nos dias 15 e 16 de fevereiro, é realizado em Vila Praia de Âncora o XI Torneio de Carnaval de Hóquei em Patins – Sub 15. Vêm as associações de patinagem do Minho, do Porto e de Aveiro, bem como a Seleção Galega. Toda a população está convidada a comparecer e a assistir. “Vai ser uma grande festa, com todos os atletas e famílias que se deslocarão ao concelho”, explica o dirigente.

PROGRAMA

15 DE FEVEREIRO

 

 

HORÁRIO

EQUIPAS

10:30 Horas

 A.P. Minho

A.P. Porto

11:30 Horas

 A.P. Aveiro

Seleção Galega

 

20:00 Horas

Seleção Galega

A.P. Porto

 

21:30 Horas

A.P. Minho

A. P. Aveiro

    

16 DE FEVEREIRO

10:00 Horas

 A.P. Porto

A.P. Aveiro

11:30 Horas

 A.P. Minho

Seleção Galega

12:30 Horas - Cerimónia de encerramento

Escolinhas

ESPOSENDE DEBATE DESPORTO E RESPONSABILIDADE SOCIAL

No dia 25 de Fevereiro, 3ª feira, entre as 21 e as 23 horas, o Auditório Municipal de Esposende vai ser palco de um debate com o tema principal "Desporto e Responsabilidade Social".

O debate é organizado pelo Rotary Club de Esposende e contará com a participação de alguns nomes reconhecidos no meio desportivo, como são os casos de Vítor Baía, Nuno Espírito Santo e Neno.

A moderação do debate estará a cargo de Júlio Magalhães, Diretor Geral do Porto Canal.

Esta iniciativa conta ainda com o apoio do Porto Canal, Câmara Municipal de Esposende e Esposende 2000.

A entrada é livre!

MUNICÍPIO DE CAMINHA DISPONIBILIZA UM SERVIÇO DE DEFESA DO CONSUMIDOR

O serviço é gratuito e personalizado

O Município de Caminha tem à disposição de todos os munícipes o Serviço Municipal de Informação ao Consumidor (SMIC), que visa a resolução e prevenção de conflitos de consumo. Este serviço de defesa do consumidor é personalizado e gratuito.

Os conflitos de consumo são problemas que decorrem da aquisição de bens ou serviços destinados a uso não profissional e fornecidos por pessoa singular ou coletiva, que exerça com caráter profissional uma atividade económica que vise a obtenção de benefícios.

Neste sentido, o SMIC tem como campos de ação: remeter ao CIAB as reclamações que sejam apresentadas e cujo conteúdo caiba no âmbito da atividade e competência do Tribunal Arbitral; esclarecer os consumidores sobre os seus direitos e deveres e promover iniciativas que contribuam para um consumidor mais informado e/ou esclarecido. 

Recorrer ao SMIC é fácil, rápido, seguro e gratuito. Endividamento e sobre-endividamento, insolvências, prescrição e caducidade nos serviços públicos essenciais, incumprimento no crédito à habitação; transferências a crédito e débitos diretos, são alguns dos assuntos que podem ser abordados e esclarecidos no SMIC.

O Serviço Municipal de Informação ao Consumidor funciona na Câmara Municipal de Caminha, de segunda a sexta-feira, das 9h00 às 12h30 e das 13h30 às 16h00, ou através do telefone 258 710 300 ou fax 258 710 319. Para informações mais detalhadas consultar o sítio do Município na internet em www.cm-caminha.pt.

Recorde-se que o SMIC é fruto de um protocolo celebrado entre a Câmara Municipal de Caminha e o CIAB Informação, Mediação e Arbitragem de Consumo (Tribunal Arbitral de Consumo).

IDOSOS DE CELORICO DE BASTO COMEMORAM DIA DE S. VALENTIM

Idosos do Celorico a Mexer em Celorico de Basto comemoram dia de S. Valentim

De 10 a 14 de fevereiro, os idosos do Celorico a Mexer serão os protagonistas das comemorações do S. Valentim, a decorrer do Auditório do Prado, com música e tertúlia sobre o tema.

S. Valentim (4)

A iniciativa procura marcar a efeméride oficialmente celebrada no dia 14 de fevereiro, o Dia dos Namorados. Assim, idosos, pessoas portadoras de deficiência, animadores e professores de Educação Musical em uníssono são os protagonistas de uma tarde de animação ao som de música romântica, cantada pelos próprios, e uma tertúlia de memórias onde serão retratados os momentos mais românticos vividos pelos idosos.

O presidente da Câmara Municipal de Celorico de Basto, Joaquim Mota e Silva, salienta a importância da iniciativa sobretudo porque “recordar é viver”. “Os nossos idosos merecem todo o nosso carinho e estes momentos, que salientam parte da sua história de vida e das suas memórias, são importantes porque destacam quem merece ser destacado, o idoso na sua essência”.

S. Valentim (3)

 A coordenadora do projeto Celorico a Mexer, Helena Martinho, reforçou tratar-se de um momento pleno de recordações com os idosos como protagonistas. “O programa Celorico a Mexer está cada vez mais focado nas necessidades afetivas dos nossos idosos e por isso, desenvolve atividades que os valorizem e os destaquem, atividades nas quais eles se sintam integrados e amados por quem trabalha com eles. Esta ação valoriza a vivência individual de cada um na sua juventude e, permite a partilha de situações românticas, sejam tristes ou felizes”. 

 As músicas interpretadas ao longo da semana serão verdadeiros clássicos da música portuguesa com destaque para “Cartas de Amor”, “Jardins Proibidos”, “ Passear Contigo”, “Depois de ti”, “Cinderela” e muitas outras.

A iniciativa prolonga-se com a tertúlia que dá voz a verdadeiras histórias de amor.

S. Valentim (2)

S. Valentim (1)

VIZELA APRESENTA OBRA COMPLETA DE ALDA LARA

A Biblioteca Municipal Fundação Jorge Antunes e a Hora da Poesia apresentam a obra completa de Alda Lara, no próximo dia 1 de Março, pelas 21h00.

A apresentação estará a cargo da Dra. Conceição Lima.

 

" de tudo o que é passado e porvir

a Pátria das palmeiras e dos dongos ficará...

,,,sobre a campa dos Homens que se foram

e sobre  o berço dos Homens que hão-de vir..."

DIONÍSIO PEREIRA: “OS TRABALHADORES PORTUGUESES RADICADOS NA GALIZA PODEM SER CONSIDERADOS PARA TODOS OS EFEITOS GALEGOS COM AS SUAS RAÍZES ALÉM MINHO”

«A colónia emigrante na Galiza não baixaria das 20.000 pessoas, ainda que não existe um censo fiável»

PGL - Acaba de sair do prelo a última publicação daAtravés | Editora, carimbo editorial da Associaçom Galega da Língua (AGAL). Trata-se de Emigrados, exilados e perseguidos. A comunidade portuguesa na Galiza (1890-1940) do economista e historiador Dionísio Pereira, um ensaio histórico que apresenta as consequências que o processo de perseguição e aniquilação política perpetrado pelos executores do golpe de estado de Julho de 1936 teve para os cidadãos de origem portuguesa residentes ou exilados na Galiza.

O livro realizou a sua primeira apresentação pública na passada quarta-feira, 18 de dezembro na Livraria Ciranda de Santiago de Compostela. Entrevistamos Dionísio Pereira para descobrir algumas das chaves deste trabalho.

Há uns meses conhecíamos a desaparição do projeto interuniversitário "Nomes e Voces" centrado no estudo da repressão franquista durante a Guerra Civil e a ditadura. ÉEmigrados, exilados e perseguidos resultado das pesquisas levadas a cabo nos sete anos de vida do projeto?

Sim, em parte. A ideia surgiu, de facto, ao constatar na base de dados do projeto o relativamente elevado número de pessoas com origem portuguesa objeto de represálias. Ao tentar dar-lhe uma explicação, não houve outra opção que prestar atenção à emigração portuguesa na Galiza, uma migração secular, persistente, silandeira e fundamente integrada no país. E daí, enxergar as reviravoltas da sua incorporação ao mercado de trabalho na Galiza, até a progressiva integração de multidão de trabalhadores de além Minho nas organizações operárias galaicas, mesmo a nível de dirigentes, como prólogo das perseguições de que foram alvo após o golpe militar de Julho de 1936.

O estudo está realizado sob a perspetiva da história transnacional. Esse enfoque da investigação dá resultados diferentes aos conseguidos mediante a prática historiográfica estatalista?

Este enfoque permite abordar o percurso social dos emigrantes portugueses na Galiza, tendo em conta a sua origem, mas também o seu grau de integração num país de acolhida muito semelhante no que diz respeito à língua e hábitos de sociabilidade. Deste modo, os trabalhadores portugueses radicados na Galiza podem ser considerados para todos os efeitos (mesmo no campo político ou societário) galegos com as suas raízes além Minho. Fora disso, entendo que a visão transnacional (transestatal), focalizada a partir do estudo e o reconhecimento de umas realidades locais separadas por fronteiras frequentemente arbitrárias, é uma vacina eficaz contra o chauvinismo e a xenofobia.

A corrente migratória portuguesa na Galiza passou tradicionalmente desapercebida, ao contrário do acontecido com a emigração galega em Portugal, amplamente documentada e estudada, a que se deve isto?

Se calhar, porque a emigração galega a Portugal, estabelecida mormente no Porto e Lisboa e em muita menor medida na região do Douro, foi maciça desde o século XVIII e radicou em grandes núcleos urbanos, o que permitiu certa visibilidade acrescentada pola sua vontade associativa. Polo contrário, a paulatina e persistente emigração portuguesa foi a conta-gotas e, para além disso, estivo muito dispersa por toda a Galiza rural, devido a que até depois da 1ª Guerra Mundial aqui não houve núcleos urbanos de relevância. Afinal de contas, a identidade cultural coa população autóctone e a serôdia aparição de elementos associativos próprios da emigração portuguesa, contribuíram a que tanto na Galiza como no seu próprio país, Portugal, aquela passasse desapercebida.

No livro falas de dous tipos de exilados: por um lado, políticos e militares contrários à Ditadura Militar instaurada após o golpe de estado de 1926 e ao regime salazarista a partir de 1933 e, por outro lado, membros da esquerda operária de origem social mormente popular. Tiveram as mesmas facilidades para se integrarem na sociedade galega da altura?

Os políticos e oficiais do Exército português que passaram a fronteira após o golpe militar de 1926, vão ser muito bem recebidos na Galiza pola oposição galeguista e republicana à Ditadura de Primo de Rivera. Vão-os acolher e, andando já a IIª República espanhola, os seus correligionários galaicos foram capazes de dar uma certa relevância mediática aos posicionamentos dos exilados. Porém, todos eles estiveram de passagem, sempre coa ideia de retornarem a um Portugal democrático e republicano, de maneira que os seus movimentos tiveram sempre esta perspetiva, nunca a de se integrar na sociedade galega, algo, por outro lado, bem fácil para pessoas respeitadas a nível social e de boa posição económica.

No tocante aos poucos trabalhadores exilados na Galiza após os grandes movimentos operários antissalazaristas acontecidos entre 1933 e 1935, estes incorporarão-se às organizações obreiras correspondentes à sua ideologia: os operários portugueses socialistas, comunistas ou libertários exilados participarão na UGT, no PSOE, no PCE, na CNT ou na FAI, ao lado doutros muitos compatriotas emigrados. A propósito, uns e outros juntos constituirão organizações anarquistas próprias, coordenadas com as do país. A outra cara da moeda foi que, no chamado Biénio Negro, emigrantes e exilados portugueses sofrerão a mesma perseguição que os seus camaradas galegos, devido à sua participação nas lutas sociais. Alguns mesmo serão deportados a Portugal em pleno período republicano.

A repressão foi maior sobre o coletivo dos emigrantes económicos (lavradores, canteiros, serradores...). Por que?

Porque eram, com muita diferença, a maioria dos cidadãos de origem portuguesa que residiam na Galiza. No momento de maior densidade de exilados políticos, estes tão só se contaram por centos; além disso, não poucos retornaram a Portugal antes de 1936, aproveitando as amnistias que Salazar decretou. Entre tanto, a colónia emigrante na Galiza não baixaria das 20.000 pessoas, ainda que não existe um censo fiável porque muitos eram ilegais e não estavam anotados nos consulados. Em definitivo, eram mormente emigrantes os que se afiliaram às organizações operárias e participaram na agitação laboral e social no nosso país; por isso, alguns pagaram um prezo muito alto quando os golpistas dominaram a situação.

Grande parte dos episódios acontecidos na raia e protagonizados por guerrilheiros foram obscurecidos polas que denominas como memórias envergonhadas. Que são essas memórias envergonhadas?

O de memórias envergonhadas é uma expressão (afortunada) de Carlos Velasco que tomo prestada. Filhas do sofrimento e próprias de sociedades onde (como em Trás-os-Montes) a hegemonia das oligarquias conservadoras e da Igreja Católica é abafante, as memórias envergonhadas rejeitam tudo aquilo que possa lembrar o antagonismo e a revolta. E ponho o exemplo de Manuel Buíça, coautor do regicídio na pessoa do monarca D. Carlos no ano de 1908 e filho natural de um abade de Vinhais, localidade em que residiu enquanto jovem. Pois bem, em Vinhais até há bem pouco ninguém queria ver escrito que Buíça tinha sido vizinho da vila. E também até bem entrados os anos 90, os vizinhos do Cambedo ou de Sernande, lugares onde moita gente foi presa por ajudar o "maquis", estavam pouco predispostos a tratar estas temáticas por temor a serem assinalados como "vermelhos". Penso que na Galiza sabemos bastante destas cousas.

Onde achas que pode levantar maior interesse Emigrados, exilados e perseguidos? Na Galiza ou em Portugal?

Oxalá nos dous países, porque é algo do que quase nada se sabia, nem aqui nem alá! Se calhar, penso que a boa reação que houve além Minho nalgumas pessoas vinculadas ao jornalismo e à investigação antropológica e histórica ao saberem dos meus trabalhos e o possível interesse que podem provocar os insuspeitados padecimentos dos seus compatriotas durante o regime franquista num país como Portugal, onde a nacionalidade é muito sentida, sejam motivos para pensar numa boa acolhida em território português.

Fonte: Portal galego da Língua / http://www.pglingua.org/

TERRAS DE BOURO PROMOVE GERÊS ROMÂNTICO

A Câmara Municipal de Terras de Bouro irá promover, a 14 e 15 de fevereiro, mais uma edição do “Gerês Romântico”, um evento que visa proporcionar momentos inesquecíveis, com especial relevância para o próprio Dia de S. Valentim e cuja programação está inspirada num dos principais ícones representativos de Terras de Bouro, o Gerês.

Nos dias da iniciativa destacamos a realização de dois trilhos, a 14 de fevereiro, o Trilho das Aldeias Típicas e a 15 de fevereiro, o Trilho da Águia do Sarilhão, percursos organizados pela Associação Gerês Viver Turismo. Ambos os percursos terão início às 9h30m com inscrições e mais informações a decorrer em www.geres.pt. Ainda no dia 14 de fevereiro, no Auditório Professor Emídio Ribeiro, na vila do Gerês e pelas 21h30m acontecerá um espetáculo musical, no decorrer do qual irão ser entregues vouchers do município aos inscritos conforme o regulamento da iniciativa.

Já a 15 de fevereiro, pelas 14h30m, acontecerá uma Surpresa na Natureza com participação reservada e conforme o regulamento do evento que poderá ser consultado em www.cm-terrasdebouro.pt.

GALA NAMORAR PORTUGAL 2014 PROMETE DESLUMBRAR

Contagem decrescente para a gala mais romântica do país

Falta menos de 48 horas para a noite mais romântica do ano e as entradas estão esgotadas há vários dias. Mais de 500 pessoas vão assistir a uma gala Namorar Portugal que promete deslumbrar, com convidados de luxo e um espetáculo de moda de excelência! Senhoras e senhoras bem-vindos a Vila verde, onde o Amor acontece.

14 de Fevereiro, sexta-feira, às 19:30, no Parque Industrial de Gême, Vila Verde

Programa da noite

19:30, Receção a Convidados20:00, Jantar Romântico•       Exibição de dança, pelos dançarinos da Apolo de Vila Verde

•       Momento musical, pela Academia de Música de Vila Verde, com participação especial de Hélder Reis

•       Performance do Grupo Folclórico de Vila Verde, ‘O Amor nas Tradições de Vila Verde’

•       Desfile de coordenados finalistas do Concurso Int. Criadores de Moda

•       Desfile de Criações de estilistas nacionais convidados: Nuno Gama, Nuno Baltazar, Fernando Nunes e Elsa Barreto

•       Desfile de novos produtos Namorar Portugal: Jóias de Marco Cruz Joalheiro e Acessórios de Moda de Marta Chambel

•       Momento Musical, por Lúcia Moniz

00:30, Revelação de Vencedores e entrega de prémios e encerramento da Gala Namorar Portugal 2014.

Jantar Romântico

Este ano, mais de 500 convidados vão viver uma noite requintadíssima. A receção, ao estilo hollywoodesco, com ‘red carpet’, hospedeiras e personagens fantásticos a encaminhar os convidados aos respetivos lugares será apenas o ‘começo’ de uma viagem mágica por um espetáculo de moda e cultura inesquecível. Com uma decoração romântica e sofisticada, vai ser servido um menu especial a todos os que escolheram a gala mais romântica do país para desfrutar a noite de S. Valentim. Enquanto isso, no palco vão brilhar valores artísticos vilaverdenses, seguindo-se o surpreendente desfile de uma centena de criações finalistas do Concurso Internacional de Criadores de Moda. Este momento será finalizado com o magnífico desfile de criações dos estilistas nacionais consagrados e das novas linhas de produtos Namorar Portugal, lançados este ano. A sobremesa será ‘a cereja no topo do bolo’ do momento musical, ficando o melhor reservado para o fim: a apoteose dos vencedores!

Apresentação: Sofia Fernandes

Natural de Vila Verde, a jornalista da TVI, Sofia Fernandes foi a escolhida para apresentar a 11ª edição da gala Namorar Portugal, uma forma de o Município homenagear os talentos da terra. Sofia Fernandes tem um percurso sempre ligado ao jornalismo e à comunicação, tendo começado cedo, numa rádio local, em Vila Verde. Após a licenciatura em Comunicação Social, pela Universidade do Minho, passou pela RTP, antes de integrar a ‘família’ da Informação da estação de Queluz, onde permanece até hoje.

Desfile: Maria Cerqueira Gomes

A carismática apresentadora do programa diário dos fins de tarde do Porto Canal, Porto Alive vai mostrar outra das suas facetas mais notórias em televisão, a fotogenia. Maria Gomes personifica o ideal de beleza Namorar Portugal: autenticidade e simplicidade, irradiando simpatia com o seu enorme sorriso.

Desfile: Débora Monteiro

A atriz e modelo, Débora Monteiro, viu a sua carreira catapultar com o brilho das suas atuações no papel de Cátia na telenovela da SIC ‘Dancin Days’ e mais recentemente como Ana em ‘Os Nossos Dias’ da RTP1. A jovem beldade vai desfilar, uma vez mais, toda a sua sensualidade, exotismo e simpatia na passerelle mais romântica do país.

Desfile: Ricardo Guedes

Este ano marca o regresso também de Ricardo Guedes à passerele do Namorar Portugal, depois de ter vencido o concurso de saltos para a água Splash, emitido pela SIC e de ter surpreendido no papel de Pinguim no espetáculo ‘O Quebra-nozes no Gelo’. O último ano trouxe ainda outra boa notícia para o coração do requisitado manequim português: o reatamento da relação com a manequim Débora Montenegro…

Desfile: Débora Montenegro

Com uma carreira sólida no mundo da moda, a belíssima Débora Montenegro, uma das melhores manequins nacionais, também tornou-se conhecida pela relação que mantém com Ricardo Guedes, formando um dos casais mais bonitos do panorama mediático nacional. Na gala Namorar Portugal vão mostrar a cumplicidade que os une, a par do profissionalismo.

Música: Lúcia Moniz

Após a presença assídua do pai, Carlos Alberto Moniz, nas três últimas edições (duas delas em palco), chegou a vez de brilhar a filha. É com enorme honra que o palco do Namorar Portugal recebe Lúcia Moniz. ‘Multifacetada e talentosa’ são as palavras que melhor descrevem a carreira da atriz e cantora, que pela primeira vez traz o seu talento à gala Namorar Portugal. A doçura da voz e do sorriso vão inebriar o público deste evento tão especial.

Performances artísticas: Hélder Reis

O carismático comunicador da RTP1 vem a Vila verde mostrar outra das suas paixões, um hobi que já revela contornos sérios e o reconhecimento público. Numa parceria com a excelência da Academia de Música de Vila Verde, Hélder Reis vai mostrar que o talento também está presente na sua voz, através do canto, um momento que vai ser replicado na noite seguinte, no Concerto de Gala na Quinta da Aldeia, às 21:30 de 15 de fevereiro.

Performances artísticas: talentos de Vila Verde

O espetáculo este ano visa também mostrar o melhor que se faz em Vila verde em dança e Música. Para além do momento memorável que se espera que seja o ‘dueto’ entre a Academia de Música de Vila verde e Hélder Reis, este ano também sobem ao palco, um dos melhores pares de dançarinos nacionais: Raquel Soares e Pedro Antunes. Certos nas competições Nacionais de Dança Desportiva - Taça de Portugal e Circuito Nacional, estes jovens da Apolo de Vila Verde vão espalhar sensualidade e perfeição técnica, provando o porquê das suas convocações pela Federação Portuguesa, para representar Portugal em competições no estrangeiro.

A estes junta-se a performance do Grupo Folclórico de Vila Verde, que representa a união entre a tradição e a modernidade, através da reconstrução histórica e do simbolismo do Lenço de Namorados na cultura minhota, em particular a de Vila Verde.

Estilistas Convidados

Nuno Gama

Apesar de ter nascido em Azeitão, Nuno Gama fez quase toda a sua carreira no norte de Portugal. A região que mais o inspira é mesmo o Minho, tendo levado por diversas vezes símbolos da etnografia minhota, como o lenço das lavradeiras, para as mais importantes passerelles nacionais e estrangeiras, aplicado ao vestuário… masculino! A sua marca é também um símbolo de portugalidade e um dos mais antigos ‘amigos’ da gala Namorar Portugal. Uma presença incontornável de um dos maiores talentos do design de moda nacional e que vai prestigiar o Namorar Portugal com o desfile de duas criações para homem.

Nuno Baltazar

Jovem criador nacional nascido em Lisboa, fez-se designer de moda com a licenciatura na CITEX, no Porto. Aos 38 anos é um dos estilistas mais adorados pelas estrelas mediáticas nacionais, de onde se destaca a apresentadora Catarina Furtado e a fadista Mafalda Arnault. A sua carreira ganhou um brilho suplementar desde que se lançou a solo, após ter trabalhado anos com Paulo Cravo. O seu estilo é reconhecidamente sofisticado, elegante e feminino. Nuno Baltazar repete a experiência Namorar Portugal e em 2014 vai brindar os presentes com um coordenado feminino.

Fernando Nunes

Discreto porém conceituado e de créditos firmados, o estilista português, Fernando Nunes tornou-se mais conhecido quando, em 2007, assumiu-se responsável pela coleção masculina da marca de estilo britânico, Lion of Porches. Fernando Nunes é ainda designer sénior das marcas Helvética e Dom Coletto. Pelo quarto ano consecutivo integra o corpo de jurados do Concurso Internacional de Criadores de Moda ‘Lenços de Namorados: Escritas de Amor. Na passerele do Namorar Portugal vai exibir todo o seu talento e sofisticação com uma criação feminina e outra masculina.

Elsa Barreto

Radicada em Braga de onde é natural, Elsa Barreto tem sabido impor e consolidar o seu talento no mundo da moda sem ter que estar em Lisboa ou no Porto. Com 25 anos de percurso na moda nacional, as duas criações vibrantes e femininas têm sido uma escolha de personalidades mediáticas como Cláudia Jacques, Liliana Santos, Cláudia Borges, Rita Andrade, Vanessa Oliveira, Iva Domingues, entre muitas outras. O vestido que a apresentadora da gala, Sofia Fernandes, vai usar no evento é de sua autoria.

XI Concurso Internacional de Criadores de Moda

Concorrentes

Cento e dezoito coordenados foram inscritos no XI Concurso Internacional de Criadores de Moda, sendo que este número revela outro recorde ao nível das participações individuais: 24. Outro dos destaques vai para a participação de 10 escolas e entidades coletivas, duas delas espanholas (de Santiago de Compostela e de Bilbao). As restantes vêm do norte e centro do país, incluindo uma de Lisboa.

INEDI Design School, EASD Mestre Mateo, ATAHCA, Escola Secundária Artística António Arroio, Escola de Moda do Porto, Escola Profissional de Felgueiras, ETG Barcelos, CENATEX, Escola de Moda de Lisboa e Esprominho, são os 10 coletivos representados no concurso.

A esmagadora maioria dos participantes apostou em criações para o público feminino, mas também serão desfilados quatro coordenados para criança e dois para homem, caso estejam entre os cerca de uma centena de coordenados que vão desfilar no concurso.

Júri

A escolha dos vencedores do concurso é uma decisão tomada durante o decorrer do evento, tendo em conta a criatividade e técnica na composição dos coordenados, seguindo como premissa o tema do concurso. Para tal, todos os anos são convidados a assumir esse papel, figuras de relevo na moda e do design em Portugal. Este ano, o XI Concurso Internacional de Criadores de Moda ‘Lenços de Namorados: Escritas de Amor’ tem a honra de poder contar com…

•       Eduarda Abbondanza, Presidente da Moda Lisboa

•      José Manuel Castro, Presidente do Conselho de Administração MODATEX•       Fernando Nunes, professor de design de moda no CITEM, responsável pelos cursos na EMP e designer sénior das marcas Helvética, D. Colleto e Lion of Porches

•       Maria Graça Guedes integra o grupo de criação do curso de doutoramento em Design de Moda, em parceria com a Universidade da Beira Interior, e é mentora científica em diversos projetos de I&D em empresas.

•       Joana Cunha, Diretora do curso de 1º ciclo em Design e Marketing de Moda desde 2013 e investigadora do Centro de Ciência e Tecnologia Têxtil da Universidade do Minho desde 1996.

•       Carla Rendeiro, consultora especialista em tendências e inovação de produto para mercados internacionais e co-fundadora do mestrado em Design e Branding de Moda do IADE e UBI (Universidade da Beira Interior)

Prémios

Seis prémios serão atribuídos neste concurso, por mecenas que acreditam no valor deste desafio para a evolução da moda e da cultura em Portugal.

•       1º PRÉMIO, 800,00, atribuído pela Camara Municipal de Vila Verde.

•       2º PREMIO, 400,00, atribuído pela Caixa Agrícola de Vila Verde

•       3º PREMIO, 250,00, atribuído pela ACB

•       PRÉMIO JOVEM REVELAÇÃO-250,00, atribuído pelo IPDJ

•       PRÉMIO PÚBLICO, 250,00, atribuído pelo DVMGROUP

•       PRÉMIO IMPACTO VISUAL, 250,00, atribuído pela FOTOFELICIDADE

•       PRÉMIO BMCar, um Voucher Surpresa, atribuído pela BMCar

A gala Namorar Portugal insere-se na programação Fevereiro, Mês do Romance, que integra o projeto ‘Centro de Dinamização Artesanal - Aliança Artesanal’, aprovado pelo EEC Provere Minho IN, do Programa Operacional Regional do Norte (ON2), Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, com um investimento de 663.028,80 e comparticipado a 80 por cento.

GALIZA: HISTORIADOR DIONÍSIO PEREIRA APRESENTA HOJE EM PONTE VEDRA LIVRO QUE ANALISA A PERSEGUIÇÃO AOS EMIGRADOS PORTUGUESES NA GALIZA

Lançamento de “Emigrantes, exilados e perseguidos. A comunidade portuguesa na Galiza (1890-1940)” de Dionísio Pereira em Ponte Vedra

Através Editora, da Associaçom Galega da Língua, apresenta o livro "Emigrantes, exilados e perseguidos. A comunidade portuguesa na Galiza (1890-1940)" de Dionísio Pereira, quinta-feira, 13 de fevereiro, às 20h30 na Galeria Sargadelos (Rua Oliva, 22). Intervirão o autor e Juan Soto, membro de “Sempre con Vós. Cidadanía pola Verdade”, entidade organizadora do ato.

Emigrantes, exilados e perseguidos. A comunidade portuguesa na Galiza (1890-1940) é o título da última publicação da Através Editora, carimbo editorial da AGAL, um trabalho de história transnacional que visa aprofundar na recuperação da memória coletiva entre ambos os países. Dionísio Pereira, historiador e economista, é o autor deste ensaio que mostra os efeitos da perseguição política perpetrada pelos franquistas, depois do golpe do 36, contra cidadãos de origem portuguesa residentes ou exilados na Galiza.

Uma pesquisa histórica centrada nas décadas anteriores a julho de 1936 que identifica o coletivo português como uma coletividade integrada secularmente na sociedade galega. A descoberta da sua importância naquele contexto repressivo permitem uma nova abordagem da sua presença como corrente migratória, do seu grau de integração laboral e social e também avançar na caracterização das perseguições perpetradas pelos golpistas. O autor procura, desde finais do século XIX, como é a sua incorporação ao mercado de trabalho e como se produz a progressiva integração de multidão de trabalhadores de além Minho nas organizações operárias galaicas, mesmo a nível de dirigentes, como prólogo das perseguições de que foram alvo após o golpe militar de 1936.

A conivência do regime de Oliveira Salazar com o golpe contra a República espanhola é bem historiada: desde a participação da coluna de voluntários dos “Viriatos” à expulsão de fugidos e extradição de perseguidos a território rebelde. Porém, a presença portuguesa do ponto de vista das vítimas está pouco documentada e analisada. Trata-se de um assunto muito significativo, quase desconhecido como fenómeno coletivo, que permite nesta altura formular várias perguntas: a perseguição sofreram-na enquanto portugueses ou enquanto cidadãos ou habitantes do território espanhol? Por que foi obscurecida na memória e na história? A invisibilidade deste coletivo reflete a integração ou a ocultação deliberada?

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Dionísio Pereira (Corunha, 1953) é licenciado em Ciências Económicas pela Universidade de Santiago de Compostela (USC). Investigador especializado na história dos movimentos sociais na Galiza contemporânea; entre 2006 e 2013 participou no projeto de pesquisa interuniversitária “Nomes e Voces”, encabeçado pela USC. Nos últimos tempos também trabalhou no campo da história e da cultura marítima da Galiza.

Entre outros livros, tem publicado: A CNT en Galicia (1922-1936), 1994;Sindicalistas e rebeldes, 1998; Imaxes da fatiga: Crónica gráfica do traballo na Galiza, 1999; O patrimonio marítimo de Galicia, 2000 (1ª Ed.), 2003 (2ª Ed.);Foulas e ronseis (Retrincos para un tratado do mar dos galegos), 2005; Loita de clases e represión franquista no mar (1864-1939), 2011; e José Pasín Romero: Memoria do proletariado militante de Compostela, 2012. Com Eliseo Fernández é autor de O Anarquismo na Galiza. Apuntes para unha enciclopedia (1870-1970), 2004; e O Movemento libertario en Galiza (1936-1976), 2006.

Fonte: https://www.facebook.com/AtravesEditora