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A freguesia de Padornelo vai no próximo dia 28 de julho proceder à recriação da antiga feira local, desaparecida em meados do século passado. Trata-se de um mercado que remonta ao século XVIII cuja realiza-se ainda se conserva na memória das gentes de Paredes de Coura. A iniciativa é da Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Padornelo.
28 de julho de 2012
Largo da Feira – Padornelo – Paredes de Coura
Organização da Associação Cultural Recreativa e Desportiva de Padornelo
Resenha histórica
Em tempos idos, realizava-se quinzenalmente uma feira, afamada, na nossa freguesia de Padornelo, mais concretamente no lugar dos Tojais, nos largos que circundam o imponente templo do Senhor Ecce Homo
Há ainda quem se lembre da Feira, extinta na década de 50 do século passado, mas ninguém se recorda da sua criação, pois remonta aos finais do século XVIII, em pleno reinado de D. Maria I.
Do início, sabemos que partiu da iniciativa do pároco António Pedro Alves, entre outros, para angariação de fundos para a construção da capela do Senhor Ecce Homo.
Em 23-1-1897, por determinação municipal transferiu-se para os sábados, os mercados quinzenais de Paredes e Padornelo.
Do fim, temos, entre outras explicações, a crença popular de que a feira terá sido arruinada pela construção da estrada, principalmente por ela ter “cortado” o adro da Igreja Matriz.
O que podemos ver na recriação da feira
- Feira de gado
Vacas, cavalos, cabras, ovelhas, porcos
- Feira de cereais
Milho, trigo, centeio, feijão, erva da semente e outros produtos do campo, tais como batatas, limões, fruta, flores, e animais de pequeno porte (frangos, galinhas, coelhos, patos)
- Feira das mulheres
Roupa, calçado, acessórios, tapetes, toalhas
- Venda de ferramentas
- Venda de peixe e carne
- Venda da famosa padeca de Padornelo e broa caseira
- Tasco
- Comidas e bebidas regionais, com possibilidade de almoço no recinto
- Recriação de ofícios antigos
Sapateiro, ferreiro, barbeiro, engraxador, aguadeiro, ferrador
Toda a beleza e riqueza histórica do espaço envolvente à Capela do Senhor Ecce Homo
Alguns dos locais mais emblemáticos serão limpos e outros serão sinalizados, para conhecimento do público
EXPOSIÇÃO
A decorrer no Centro de Dia de Padornelo, esta exposição apresentará material de arquivo relacionado com a Feira de Padornelo, assim como alguns testemunhos de quem dela se recorda. Estará aberta durante todo o dia.
PROGRAMA
08:00 h — Abertura da feira
09:00 h — Arruada com o Grupo de Bombos “Amigos da Farra”, de Padornelo
09:30 h — Proclamação oficial da Feira de Padornelo
11:00 h — Rusga de concertinas
12:00 h — Comes e bebes na Feira
14:00 h — Rusga infantil
15:00 h — Arruada com o grupo “Amigos da Farra” de Padornelo
Fonte: http://paredesdecoura.blogs.sapo.pt
Na sessão de 12 de março de 1959 da VII Legislatura da Assembleia Nacional, o deputado Júlio Evangelista interveio no âmbito do debate na generalidade da proposta de lei relativa ao fomento piscícola nas águas interiores do país, ilustrando as suas palavras com imagens metafóricas comparando o espírito migratório do minhoto e do galego ao do salmão… A sessão foi presidida por Albino dos Reis Júnior e secretariada por José Paulo Rodrigues e o próprio Júlio Evangelista.
Júlio Alberto da Costa Evangelista de seu nome completo, era natural de Valença. Advogado de profissão, era jornalista e escritor, tendo colaborado com o Prof. Marcello Caetano. Era Subdiretor do jornal diário “A Voz”, de orientação católica conservadora. Foi Vogal da Comissão Distrital de Viana do Castelo da União Nacional; Vogal da Junta Central da Legião Portuguesa; Funcionário do Secretariado Nacional da Informação (SNI); Chefe da Secção de Etnografia, Teatro e Música do SNI em 1956 e Inspetor Nacional da Mocidade Portuguesa em 1959. Foi por cinco vezes eleito deputado à Assembleia Nacional pelo círculo de Viana do Castelo, tendo integrado a Comissão de Educação Nacional, Cultura Popular e Interesses Espirituais e Morais, a Comissão do Ultramar e a Comissão dos Negócios Estrangeiros.
Transcrevem-se algumas passagens mais significativas da sua intervenção, respeitando-se a grafia da época.
O Sr. Júlio Evangelista: - Sr. Presidente: ao contrário do que perfeitamente calharia &o nosso ilustre colega Cerveira Pinto, nestes assuntos de fomento piscícola e de pesca não poderei dizer que esteja como peixe na água. Todavia, o problema reveste-se do maior interesse nacional e justo é que sobre ele nos debrucemos - no mais vivo desejo de colaborar para uma solução que urge, a bem do País.
Por outro lado, sendo eu Deputado eleito por uma região na qual se encontra um dos mais notáveis, se não o mais notável, dos rios portugueses, sob o aspecto piscícola - refiro-me ao rio Minho -, essa mesma circunstância impõe-me que levante a minha voz nesta Assembleia acerca de alguns problemas que afectam
esse prodigioso curso de água, rio salmoneiro de condições verdadeiramente excepcionais.
O fomento piscícola - está dito e redito - reveste-se de um triplo interesse: económico, desportivo e turístico. Sob o aspecto económico, é de acentuar que o repovoamento dos cursos de água, a conservação e a defesa das espécies se traduzem num importantíssimo aumento da riqueza nacional.
Por outro lado, os rios úberes, ictiològicamente ricos, são motivo de interesse e atracção para a prática desse desporto saudável e apaixonante que é a pesca. Mas há um terceiro aspecto - o turístico - que parece sobrelevar todos os outros, dado o incremento espantoso que vem tomando e as grandes somas de divisas que movimenta. O turismo é uma fonte de riqueza e a pesca desportiva é hoje, por seu turno, um dos 'mais pujantes motivos de atracção turística em todo o mundo.
A produção piscícola possui, pois, um duplo carácter como origem de riqueza: o imediato, que se traduz em contribuição para o abastecimento público de alimentos; e um outro, indirecto, que provém da corrente turístico-desportiva que a prática da pesca envolve. (…)
Sr. Presidente: as disposições da presente proposta de lei não se aplicarão ao caso especial do rio Minho, o qual aguarda há muito que olhem com o interesse devido para o manancial de peixe que nas suas águas vive e pelas suas águas se dispersa ubèrrimamente.
Rio salmoneiro por excelência, o único rio salmoneiro que possuímos, rico, aliás, em tantas espécies ictiológicas, bem dele se pode dizer -empregando a imagem do poeta- que é uma veia da terra, veia por onde corre a própria vida de tantas populações ribeirinhas, que vão buscar às suas águas o alimento que a terra, pobre, nem sempre lhes dá com igual prodigalidade.
Ali se agacham, nas margens desse rio, algumas aldeias de pescadores profissionais, pois a profissão de pescador é centenária no rio Minho. E o rio nem por isso se nega ao trabalho e à pobreza dessa gente, pois desentranha-se, de ano para ano, em peixe abundantíssimo, multiplica-se em regalos, do seu ventre líquido vão saindo o alimento, a vida -e às vezes também a morte- da gente ribeirinha.
Príncipe dos rios portugueses, pelo sen leito vão descendo para a grande aventura do seu ciclo biológico os príncipes do rio -os salmões-, que vêm do Cantábrico como uma mensagem que as serras de neve quisessem enviar às profundezas do oceano. Mas o salmão volta, quando já adulto e vigoroso, aos seus lugares de infância.
Fiel, sem um engano, como se o instinto lhe servisse do bússola prodigiosa, regressa pelo mesmo caminho que anos antes, quando moço, o levara para o mar, a léguas e léguas de distancia.
Não há obstáculos que o detenham, não há cansaço que o domine. Sobe, talvez trazido pela saudade e pelo amor, para u aventura nupcial que desta vez o espera.
Também a nossa gente - a gente do Minho e da Galiza- abala jovem por esse mundo fora à busca de melhor sorte e de melhores dias. A paisagem é acanhada de mais para o seu sonho e a terra, embora linda e feiticeira, é pobre, torturantemente pobre.
Emigra a nossa gente, e o seu destino tem algo do mesmo fatalismo que obriga o príncipe do seu rio a voltar um dia aos lugares de infância. E para que todo estivesse certo neste paralelismo singular, até o próprio rio, como a gente e como o príncipe dos seus peixes, quer morrer na terra onde nasceu, pois nascendo nos Cantábricos, lá no extremo Galiza, vem morrer ainda na Galiza, entre La Guardiã e Caminha...
E encerremos por aqui este lírico parêntese.
Sr. Presidente: o problema do salmão no rio Minho é fundamentalmente um problema de repovoamento, de fiscalização e de regulamentação. Diz-se que está em declínio ou em vias de se extinguir; no entanto, as estatísticas registam uma média de 250 salmões por ano; desde 1900 até ao presente. E enquanto em 1949 se registaram 55 salmões pescados no rio Minho, esse número sobe para 200 em 1950, baixa para 54 em 1952, subindo novamente para 200 em 1953 e 450 em 1954. O grande ano foi o de 1932, em que se registaram mais de 1000! Todavia, a linha média é decrescente, e são inteiramente justificados os receios e os alarmes que já nesta Camará se fizeram ouvir.
Urge regulamentar as práticas da pesca, fiscalizar energicamente e recorrer ao repovoamento e aos meios artificiais de reprodução. Não somos um país tão abastado que possa desperdiçar uma riqueza de tal ordem.
Cumpre-me gostosamente registar aqui uma palavra de louvor ao Ministério da Marinha, que de há anos a esta parte tem dedicado aos problemas daquele rio um cuidado muito especial.
Vozes: - Muito bem!
O Orador:- O Regulamento Internacional da Pesca no Rio Minho está aprovado desde Março do ano passado pela Comissão Internacional de Limites entre Portugal e Espanha.
No entanto, já vai decorrido um ano sem que tenha sido publicado. Prevê a criação de uma Comissão Permanente Internacional do Rio Minho, que importa pôr em actividade quanto antes.
Era preciso buscar uma solução de compromisso entre o desejo de preservar os salmonídeos e a necessidade de conservar u maioria dos pescadores o direito ao exercício da sua profissão, embora de forma mais comedida e fiscalizada.
Foi essa a orientação seguida no Regulamento Internacional aprovado o ano passado e que foi, afinal, o resultado de sucessivas e trabalhosas reuniões, desde 1952 a esta parte, entre delegados portugueses e espanhóis, capitães de portos, técnicos de hidrobiologia, etc.
Dando a minha concordância u proposta de lei em discussão, permito-me, todavia, apelar para o Governo, designadamente para o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, no sentido de se acelerar a publicação do Regulamento Internacional da Pesca no Rio Minho, aprovado pela Comissão Internacional de Limites entre Portugal e Espanha.
Tenho dito.
O Grupo Anaquiños da Terra é um agrupamento folclórico constituído no seio da Xuventude de Galiza e que visa recrear e divulgar os usos e costumes das gentes galegas na região de Lisboa. Como o próprio Grupo refere no seu site oficial, “Os “Anaquiños da Terra” acaban por ser o principal vehículo de expresión da tradición galega. O seu nome é indicativo dese papel: significa: “pedaciños da nosa terra”.
A descrição do seu folclore é feita pelo próprio Grupo Anaquiños da Terra: “Os cantares son esencialmente femininos, os instrumentos, entre os cuais destacan as pandeiretas, as cunchas, como as utilizadas polos peregrinos a Santiago de Compostela, as piñas, o tambor, o bombo, o pandeiro, a zanfona (instrumento de cordas medieval) e a gaita, entre outros.
Na danza tradicional galega, onde destaca especialmente a muiñeira, a xota e a pandeirada, características dos bailes tradicionais, tamén existen danzas asociadas a eventos específicos, como son: a danza de maio, a danza dos paos ou a danza da regueifa, típica de bodas. Existe tamén outro tipo de danza máis recente produto de interaccións con outras tradicións, normalmente traídas por emigrantes galegos, como son: a polca, o valse galego ou a mazurca.
Os traxes dos “Anaquiños da Terra” son típicos de Galicia, de varias rexións e con diversas aplicacións”.
A Xuventude de Galiza – Centro Galego de Lisboa foi fundada em 10 de Novembro de 1908, precisamente num período marcante do associativismo popular caracterizado pelo surgimento de numerosas associações, incluindo os primeiros grémios regionalistas, posteriormente designados por casas regionais.
As afinidades étnicas, históricas e culturais que nos ligam à Galiza e ao povo galego não nos podiam deixar indiferentes à sua presença nomeadamente em Lisboa onde a colaboração entre minhotos e galegos deveria, em nosso entender, ser mais estreita.
A presença de galegos entre nós remonta aos primórdios da Reconquista e da formação da nacionalidade. Porém, o fenómeno da imigração galega entendida enquanto tal teve o seu começo a partir do século XVII, facto a que não é certamente alheia a situação política da época caracterizada pela dominação filipina. Vinham sobretudo para a lides dos campos, ocupar-se em trabalhos sazonais, procurando obter o indispensável para regressarem às origens e providenciarem o sustento da família. Mas também havia os que se estabeleciam nas cidades, nomeadamente em Lisboa, dedicando-se às mais variadas profissões e ofícios.
Por essa altura, no alto de uma colina do sítio de Alcântara já se encontrava construída a Capela de Santo Amaro que viria a tornar-se o local mais concorrido dos galegos que viviam em Lisboa, tornando-se palco de festas e romarias em homenagem àquele que se tornara o seu padroeiro nesta cidade. Com efeito, a pequena ermida foi erguida na sequência de uma promessa feita por frades da Ordem de Cristo que, numa viagem de regresso de Roma, a nau em que vinham foi acometida de temporal no mar e, perante o receio de naufrágio, prometeram construir uma capela no local onde aportassem sãos e salvos.
De traça renascentista, a ermida apresenta forma circular e é rodeada por um átrio. A capela original foi construída em 1549 e constitui, muito provavelmente, a actual sacristia. A Capela de Santo Amaro está classificada como Monumento Nacional por Decreto de 16 de Julho de 1910.
Com o tempo, a presença de galegos foi crescendo em número, tendo passado a concentrar-se preferencialmente nas cidades de Lisboa e Porto. Por altura da “Guerra das Laranjas” ocorrida em 1801, altura em que perdemos Olivença, chegou a ser aventada a possibilidade da sua expulsão a qual, proposta que contou com a oposição do Intendente da Polícia porque tal resultaria em deixar de ter “quem servisse as cidades de Lisboa e Porto”. Acredita-se, porém, que em consequência do crescimento económico verificado a partir da segunda metade do século XIX, a comunidade galega tenha atingido perto de trinta mil indivíduos, a maioria dos quais a viver em Lisboa.
Como costuma dizer-se, os galegos eram então pau para toda a obra. Havia entre eles taberneiros e carvoeiros, moços de fretes e hospedeiros. Eça de Queirós, na sua obra “Os Maias”, faz-lhes frequentes alusões, confundindo-os embora com espanhóis. Porém, é a profissão de aguadeiro que mais o identifica e fica associado na vida lisboeta. Com a sua indumentária característica e a respectiva chapa de identificação municipal no boné, o aguadeiro galego percorria a cidade vendendo a água em barris. E era vê-los a abastecer-se nos chafarizes e fontes do Aqueduto das Águas Livres, nas bicas que lhes estavam reservadas pelo município a fim de evitar as brigas que frequentemente ocorriam. De referir que, até ao início do século XX, a maioria da população lisboeta era forçada a recorrer aos fontenários uma vez que poucas eram as habitações que dispunham de água canalizada. Os aguadeiros organizavam-se em companhias e, uma vez que tinham a primazia do abastecimento de água, eram ainda obrigados a participar no combate aos incêndios.
Outra das actividades pela qual ficaram particularmente conhecidos consistiu na venda dos palitos fosfóricos, então feitos de enxofre que tinham de ser mergulhados num pequeno frasco de ácido sulfúrico. Dada a sua utilização demorada e ainda pouco prática, os palitos fosfóricos ficaram então conhecidos por “espera-galego”, criando-se desse modo uma imagem que passou a conotar de forma algo injusta os próprios galegos, sugerindo tratarem-se de mandriões. Porém, a colónia galega não se ocupava apenas das profissões mais labregas, por assim dizer humildes, mas destacava-se em todas as áreas sociais, muitas das quais de grande relevo, tendo nomeadamente eleito vereadores para a edilidade lisboeta como sucedeu com o escritor Carlos Selvagem. É, aliás, no início do século que surge na zona da Graça, em Lisboa, por iniciativa de um empresário galego, um bairro para os trabalhadores da sua fábrica que desperta ainda grande curiosidade devido à simbologia ali sempre presente – o Bairro Estrela d’Ouro.
Todos os anos, por ocasião do dia que é consagrado a Santo Amaro e que ocorre em meados do mês de Janeiro, uma autêntica multidão acorria à Romaria de Santo Amaro para festejar o seu padroeiro. Rezam as crónicas da época que, em redor da capela, era um ver de gaitas-de-foles e pandeiretas e um nunca mais acabar de xotas e muiñeiras, carballesas e foliadas. Contudo, esta festa foi perdendo o seu fulgor e deixou de realizar-se. A própria capela veio a encontrar-se ao abandono, chegando uma das suas dependências a ser utilizada como armazém de carvão.
Entretanto, em 1908, os galegos que vivem em Lisboa constituíram a sua própria associação – a Xuventude de Galicia (Centro Galego de Lisboa). E, em meados do século passado, passaram a celebrar o dia 25 de Julho em homenagem a S. Tiago, Padroeiro da Galiza. E, para o festejar, escolhiam então uma velha capelinha actualmente em ruína, situada no Alto da Boa Viagem, junto ao farol do Esteiro, em Caxias, e para lá acorriam juntamente com os minhotos, o mesmo é dizer os “galegos d’aquém Minho”. Mas, à semelhança do que antes sucedera com a Romaria de Santo Amaro, também esta acabou votada ao esquecimento e deixou de ser celebrada. Também, há pouco mais de meio século, criaram o grupo “Os Anaquinos da Terra” que procura manter e divulgar as tradições folclóricas das gentes da Galiza.
Em virtude da sua identidade cultural e sobretudo linguística, a comunidade galega encontra-se presentemente integrada na sociedade portuguesa a tal ponto que não se faz notar pela forma de estar ou de se exprimir. Pese embora os acontecimentos históricos terem determinado a separação política de um povo que possui raízes comuns, portugueses e galegos continuam irmanados do mesmo sentimento que os une e do supremo ideal de virem ainda um dia a construir uma só nação. Como disse Ramón Cabanillas, no seu poema “Saúdo aos escolares Lusitanos”:
Irmáns no sentimento saudoso!
Mocedade da pátria portuguesa!
Este homilde fogar galego é voso.
É voso este casal,
onde vive a soñar, orante, acesa,
a alma da Galiza e Portugal!
GOMES, Carlos. http://www.folclore-online.com