MUSEU DO TRAJE DE VIANA DO CASTELO: O MUSEU COMO FORMA DE CONHECER O TERRITÓRIO CONCELHIO
Museu Agro Marítimo de Carreço. Visita de professores das escolas do concelho, vendo-se as fotografias de António Silva, dos anos 1950-60.
Dr. João Alpuim Botelho
Director do Museu do Traje de Viana do Castelo
O Museu do Traje tem por missão cumprir as funções museológicas de recolher, preservar, estudar/produzir informação e comunicar/divulgar que estão consignadas na Lei Quadros dos museus, aplicadas ao seu objecto de estudo: os modos de vida tradicional e a identidade cultural alto minhota. Sendo o traje popular rural feminino, usado nas aldeias em redor da cidade de Viana do Castelo, habitualmente conhecido como “Traje à Vianesa” ou “à Lavradeira” o elemento mais conhecido e celebrado da etnografia minhota, foi o motivo para a atribuição do nome a este Museu.
Por Traje à vianesa entendemos o O Traje usado pelas raparigas das aldeias ao redor de Viana do Castelo até meados do século XX, conhecido como traje à vianesa ou à lavradeira, tem um ousado colorido e uma enorme profusão de elementos decorativos que lhe conferem um aspecto exuberante. Estas características tornam-no único no panorama da indumentária popular em Portugal, sendo facilmente reconhecido e identificado com a região de origem.
Esta foi a principal razão de o Traje se transformar num símbolo da identidade local.
O primeiro impacto do traje é de espanto pela sua beleza, mas não podemos esquecer que está integrado num contexto sócio cultural em que faz sentido: uma economia próxima da auto suficiência, que recorria a trabalhos recíprocos, colectivos e gratuitos, com uma forte carga lúdica e de sociabilidade integrada.
Este contexto é uma chave fundamental para compreendermos este traje e o relacionarmos com o seu ambiente: muitas vezes a mesma rapariga que cultivou o linho (e criou as ovelhas que deram a lã), foi quem o fiou e teceu e depois executou as peças de roupa que tingiu e decorou com bordados e outras aplicações. E não seria raro que fosse essa mesma rapariga a usar o traje, adaptando-o aos ritmos e momentos da vida rural de trabalho quotidiano, dos momentos de descanso, nomeadamente o dominical, e de festa, onde a rapariga se mostra orgulhosamente no seu esplendor.
Foi neste contexto que o traje evoluiu e desenvolveu as características que o individualizam e é por esta razão que é entendido como um espelho de um modo de vida tradicional e da identidade alto minhota.
O traje é o mais relevante e reconhecido elemento da cultura alto minhota, por isso a designação de Museu do Traje homenageia-o como símbolo de identidade, mas não esquece todo o seu enquadramento sócio cultural na vida rural tradicional, bem como a sua projecção nos nossos dias e as pistas que permitem pensar o seu futuro.
O Museu assume assim um papel que é tanto mais importante quanto o Traje é a verdadeira imagem institucional da cidade e está sempre presente na sua divulgação e da região e, naturalmente, não é possível nos nossos dias, encontrá-lo no seu “ambiente natural” (excepto em situações especiais, como festas, romarias e festivais de folclore).
Este é um Museu jovem, criado em 1997, mas que atingiu a sua maioridade em 2004, quando foi certificado pela Rede Portuguesa de Museus.
Museu Agro Marítimo de Carreço. Recriação de uma cozinha tradicional, realizada por Amadeu Costa, em 1985.
O Museu e o Território Desenvolvimento de um discurso museológico
O Museu encara o Traje como uma janela para a região, para o estudo e a compreensão dos seus modos de vida tradicionais, constituindo-se como um “vasto álbum da região” para usar a expressão de Abel Viana usou num artigo no jornal Notícias de Viana em 18 de Agosto de 1930, reforçando uma ideia que Cláudio Basto escrevera dois anos antes: “ [O Museu deveria ter um programa] verdadeiramente regional [onde] se reflectisse, deliciosamente, a história, a actividade a vida do povo desta laboriosa, colorida e poética região” (1928: 158).
Mas a etnografia e a identidade de uma região não se resumem a uma forma de vestir, por muito especial que seja. Assim, numa altura em que se falava na necessidade de criação do museu, Benjamim Pereira referiu-se ao assunto, afastando-se de formas estreitas e folcloristas de encarar o papel do Museu, retomando e actualizando a herança de Cláudio Basto: “ [Cláudio Basto no seu livro “Traje à vianesa”] liberta-se de uma visão particularista e folclorística e considera o traje como um elemento a integrar num complexo mais amplo, isto é, coloca-se numa perspectiva cultural de conteúdo etnológico.
Seduzidos certamente pela beleza do traje festivo e cerimonial desta região, várias pessoas têm animado um movimento em torno da criação, hoje ainda, de um Museu do Traje Regional. Parece-nos porém que um tal projecto não deve ser viabilizado, dadas as extremas limitações que encerra. Qualquer discurso museológico ou acções culturais a desenvolver numa instituição deste género, ficam condicionadas à manipulação dum único elemento, descontextualizado e, consequentemente, redutor e inexpressivo. A verdadeira personalidade e significado do traje só se alcança através da sua projecção integradora na cultura geral da região. Considerá-lo independentemente dessas coordenadas é correr o risco de não compreender toda a riqueza dos seus significados.” (1989: 11).
É aqui frisada uma ideia que o autor já antes apresentara, num texto significativamente intitulado “Para a defesa e valorização do património etno-museológico do Alto Minho”: “Nunca entendemos as motivações que levaram à defesa da criação em Viana do Castelo de um Museu do Trajo Regional. O trajo faz parte desse complexo global e por isso ele ganhará certamente muito maior sentido quando contextualizado e enquadrado em conjunto com os demais elementos. O traje especifico desta região feito em grande medida nos teares caseiros e modelado por sistema acentuadamente autárcico, não deve ser reduzido ao paradigma do trajo à vianesa ou trajo à lavradeira, embora seja seguramente um dos expoentes mais altos do traje tradicional português. Sem dúvida esse trajo festivo regala, nas diferentes cambiantes locais, uma estética seguríssima e esplendorosa. Mas é bom não esquecer, no extremo oposto, as formas arcaicas de branqueta, dos sargaceiros do Litoral, entre os rios Lima e Ave, feita de burel branco, que sugere o saio romano, ou a capucha de serra nortenha, de burel castanho, semelhante ao cucullus igualmente dos romanos; e entre esses pólos extremos, uma variada gama de trajos, funcionalmente bem caracterizados” (1987: 48).
Para isto propunha o modelo de Museu ao Ar Livre, onde poderiam ser preservados os testemunhos materiais no seu local de origem “segundo métodos científicos, muito estritos, todo esse corpus material da cultura, na multiplicidade das suas formas e funções e na totalidade dos seus aspectos mais significantes. (…)
Este projecto poderia desenvolver-se em duas vertentes: uma unidade central – o verdadeiro núcleo, um Museu Regional – visando representar a cultura da região numa perspectiva globalizante e integrativa percorrida pelas diferentes matizes (…) a que se juntam unidades temáticas expressivas, avulsas, mantidas no seu contexto ecológico” (idem: 46,48), propondo as seguintes unidades temáticas: I. Arquitectura; II. Tecnologia tradicional (Sistemas de moagem, serrações hidráulicas, lagares de azeite; engenhos de linho); III. Actividades agro-marítimas; IV. Tecnologia agrícola; V. Actividades artesanais.
O modelo proposto é diferente do de Museu ao Ar Livre desenvolvido nos países nórdicos, onde se criaram parques para onde se deslocou o corpus material de cultura, reconstruindo ambientes, casas e outros elementos, que assim ficavam reunidos num espaço controlado e visitável com facilidade. Esta solução tem uma diferença essencial, uma vez que procura “valorizar e manter in loco esse património” (idem, p.48), não promovendo a deslocação do património, mas promovendo a sua manutenção no local de origem.
Desta forma o que se perde na facilidade da visita, ganha-se na riqueza do contexto e na genuinidade do ambiente, promovendo ainda o património como parceiro de desenvolvimento local.
São longas as citações mas justificam-se porque ilustram as linhas orientadoras do percurso feito para libertar o Museu do seu edifício (com uma arquitectura tão marcada, com um espaço limitado, instalado no local mais central de uma cidade) para partir se aproximar do seu território de actuação.
A intenção de dar um cariz etnográfico, que, na linha do que atrás vimos, fizesse o enquadramento do Traje à Vianesa, desde o início visto como o principal motivo do museu,
A fórmula encontrada e assumida como instrumento de política cultural municipal foi a de criar núcleos, desenvolvendo assim um Museu Polinucleado, com uma estrutura territorialmente descentralizada, que adopta variadas formas de protecção e comunicação patrimoniais.
Desta forma o Museu aproxima-se do modelo “Um Museu constituído por uma sede e por uma ou mais extensões museológicas correspondentes a núcleos ou pólos estabelecidos em locais fisicamente autónomos da sede, com características patrimoniais, colecções e actividade diversas, mas com uma ligação institucional e orgânica de dependência do núcleo-sede” (Clara Camacho), acrescentando que este conceito não é identificável com um Museu de pequena dimensão
Museu Agro Marítimo de Carreço. Visita de professores das escolas do concelho
Os Núcleos Museológicos como forma de política cultural integrada.
Foi portanto com esta base que o Museu do Traje desenvolveu um conjunto de recuperação de elementos patrimoniais in-situ, como forma de melhor conhecer e comunicar os modos de vida tradicionais que lhe estão subjacentes.
Estes núcleos nasceram sempre de um encontro de vontades entre uma instituição local (Junta de Freguesia, Associação Cultural, Rancho Folclórico ou outra) que, pretendendo recuperar ou valorizar um elemento patrimonial, recorreu ao apoio – financeiro e técnico - da Câmara Municipal.
A prestação deste apoio, ao assumir a forma de constituição de um núcleo museológico, pode ser integrada na política cultural municipal (em vez de se esvair em pequenos apoios soltos e inconsequentes), até porque a criação do núcleo museológico implica uma co-responsabilização que garante a continuidade no tempo do investimento.
É importante notar que cada um destes protocolos define uma relação específica, não havendo uma matriz única. Desta forma é possível negociar em cada caso concreto as condições e os objectivos de cada núcleo.
Moinhos de Água da Montaria
Respondendo a uma proposta da Associação Cultural, Desportiva e Recreativa Montariense, este projecto promoveu a inventariação dos 42 moinhos existentesem São Lourençoda Montaria, promovendo a recuperação de 14.
Nesta freguesia serrana os moinhos são da tipologia rodízio simples e têm um sistema de propriedade partilhada por “herdeiros”, ou seja, a propriedade, não sendo comunitária, é de várias famílias.
Depois da recuperação, a posse dos moinhos manteve-se com o seu donos originais, sem outra obrigação que uma declaração de intenções de serem usados e de permitir visitas aos interessados.
Graças a este regime de propriedade, a recuperação destes moinhos abrange cerca de 80% da população da freguesia.
Este núcleo permite visitar os moinhos através de percursos pedestres que atravessam diversas paisagens que esta zona da Serra d’Arga tem para oferecer, surpreendendo os trabalhos agrícolas de acordo com a época do ano.
Em 2010 foi inaugurada a sede do Núcleo, no largo da Igreja da Montaria, que serve de ponto de partida para a realização de outros estudos e eventos.
Moinhos de água da Montaria. A senhora Etelvina a moer no Moinho de Baixo (Costa)
Moinhos de água da Montaria. Moinhos da Costa
Moinhos de Vento de Montedor (Carreço)
Este núcleo foi criado como forma de enquadrar a recuperação de um moinho de vento de velas trapezoidais de madeira, que foi o último em funcionamento em Portugal.
Acompanhando esta recuperação foi criado, no edifício de um outro moinho (de velas de pano), um centro de interpretação com informações sobre os moinhos e a região.
Também neste caso foram preparados percursos ambientais e patrimoniais que percorrem os mais significativos espaços naturais da freguesia.
Neste caso a entidade local foi o Grupo Folclórico Danças e Cantares de Carreço que se responsabiliza pelas visitas e animação do espaço, uma vez que, com marcação, podem ainda ser provados produtos locais e assistir a uma actuação folclórica.
Museu do Pão de Outeiro
Situado numa escola primária desactivada, adquirida pela Junta de Freguesia, este núcleo expõe o resultado de uma recolha de todas as alfaias agrícolas do ciclo do milho e do pão, desde o preparar de terra, semear e colher, aos trabalhos na eira de limpeza e armazenamento do cereal.
No núcleo foi montado um forno de lenha onde, por marcação, é cozida broa, que se pode provar acompanhando o mel produzido nas encostas destas serras.
Este núcleo inclui uma azenha “copeira” em funcionamento.
Museu do Pão de Outeiro. O senhor José a fazer o bolo para uma visita escolar
Museu do Pão de Outeiro. Azenha copeira do Maral, onde o milho é moído para fazer a broa.
Museu do Pão de Outeiro. Dona Lurdes a fazer uma visita guiada a uma escola
Museu Agro-Marítimo de Carreço
Quando em 1985 foi construída a nova sede da Junta de Freguesia, uma das salas foi pensada para receber exposições, onde Amadeu Costa fez a recriação de ambientes tradicionais: a sala, o quarto e a cozinha.
Na altura foi feita uma exposição fruto de uma recolha de peças, que nunca foi desfeita, mas também não teve nunca o necessário tratamento museológico, pelo que se foi transformando num armazém desarrumado e, como tal, estava encerrada ao público.
Com este espólio foi possível criar um discurso expositivo sobre as tradições de cultivo da terra que, nesta freguesia, estão intimamente ligadas às actividades marítimas, como a apanha do sargaço, a pesca e a recolecção de moluscos. Este núcleo foi organizado com o apoio de Benjamim Pereira, natural de Carreço e profundo conhecedor da sua terra
Foi ainda possível recuperar e apresentar uma colecção de fotografias dos anos 1950 e 60, da autoria do carrecense António Silva.
Moinhos de Vento de Montedor – Carreço. Senhor Eugénio Laginha a mostrar aos alunos a farinha, dentro do moinho do Marinheiro
Moinhos de Vento de Montedor – Carreço. Senhor Eugénio a montar as pás de madeira nas velas do moinho.
Moinhos de Vento de Montedor – Carreço. Moinho com as velas montadas
Museu do Sargaço de Castelo de Neiva
A tradição da apanha de sargaço (algas marinhas) para fertilizar o solo foi uma actividade tradicional fundamental para a agricultura das terras junto ao mar.
Apesar de essa prática hoje ter caído em desuso, ficaram os saberes, os artefactos e os trajes (a branqueta) a lembrar esses tempos, e que são mostrados neste núcleo.
Mas este espaço aborda também as enormes potencialidades das algas das nossas costas, com aplicações na medicina, na cosmética e também na gastronomia. O facto de grande parte destas algas ser comestível – e saborosas, além de muito saudáveis - faz com que integre já as ementas de vários restaurantes, dando um especial sabor aos mais requintados pratos.
Este núcleo foi feito em colaboração com a Junta de Freguesia de Castelo de Neiva e com os dois grupos folclóricos locais: o GRECANE e o Grupo Etnográfico.
Museu do Sargaço – Castelo de Neiva. Uma das últimas sargaceiras a usar o redanho na colheita de algas (foto de 2001)
Palheiros de sargaço, da Senhora Céu Arezes
Museu do Sargaço – Castelo de Neiva. Interior do museu, com uma jangada e um palheiro de algas
Museu do Sargaço – Castelo de Neiva. Interior do Museu, com um palheiro de algas e a branqueta.
Actividades dos núcleos:
A preparação de cada um destes núcleos foi objecto de um estudo que foi editado sob a forma de brochuras de divulgação.
A existência dos núcleos permitiu ainda a realização de vários artigos em revistas e apresentação em conferências e em diversas aulas em universidades (Porto, Minho e Politécnico de Viana).
Foi ainda graças ao conhecimento do terreno facultado pelos núcleos que se realizaram três vídeos documentais:
“O Fole” (Carlos Viana – Ao Norte Áudio Visuais),em São Lourençoda Montaria, sobre a confecção do saco de pele de cabrito com que o milho era transportado para o moinho, recuperando este saber já em desaparecimento;
“Milho à Terra” (Carlos Viana – Ao Norte Áudio Visuais) em Outeiro, acompanhando o ciclo anual dos trabalho do milho, usando a última parelha de bois de trabalho da freguesia de Outeiro;
“O Ciclo do Linho. Da sementeira à espadelagem” sobre a produção artesanal desta planta e sua transformação em têxtil (imagem: Foto Joca; montagem Pedro Duarte; consultor de montagem e textos Benjamim Pereira; Pós Produção: Laranja Azul) também em Outeiro.
Criação e marcação de 10 percursos temáticos nas freguesias;
Recuperação de 15 moinhos de água e um de vento;
Duas campanhas de recolha de peças, resultando em centenas de objectos.
Recuperação e divulgação de um espólio fotográfico com cerca de 50 anos sobre Carreço, de António Silva
Criação de sabonetes de sargaço, com algas apanhadas pela senhora Maria Emília Arezes.
Desenvolvimento de workshops, show-cookings e provas de algas e gastronomia, nomeadamente com o professor Leonel Pereira (Departamento de Biologia da Univ. Coimbra), O chef Rui Paula, e a participação com o restaurante O Augusto, na Conferência Internacional de Vida Marinha, organizada no Jardim Zoológico de Lisboa.
Em cerca de 10 anos estes núcleos foram visitados por mais de 50 mil pessoas, na sua grande maioria escolares, que assim tomaram conhecimento in loco com as actividades e tecnologias agrícolas tradicionais, mas também muitos turistas foram atraídos pela possibilidade de participar nas experiências genuínas e únicas que os Núcleos Museológicos proporcionam.
Conclusão
A rede de cinco núcleos museológicos do Museu do Traje abrange quatro freguesias e conta com parcerias efectuadas com três Juntas de Freguesia, uma Associação Cultural e três Rancho Folclórico, ocupando uma escola primária desactivada, vários moinhos de vento e água, duas sedes de Junta.
Não tendo uma geometria fixa, a rede de núcleos tem a vantagem de se poder continuar a expandir com outras parcerias, pensadas especialmente para cada caso, que alargarão a área geográfica e temática da actuação do Museu.
Esta forma de intervenção permite uma aproximação ao território, promovendo um melhor estudo, conhecimento e divulgação da etnografia local.
Esta rede de núcleos dedicados à Etnografia complementa-se com outra dedicada à Arqueologia, ligada ao Museu de Arte e Arqueologia / Gabinete de Arqueologia, que pode ser visitada em Viana (Casa dos Nichos e Capela das Almas), Geraz do Lima (Igreja) e Castelo de Neiva.
É, portanto, uma forma de exercício de uma política cultural municipal consequente, que envolve e co-responsabiliza a população local na defesa do se património, promovendo a sua auto estima e contribuindo para o seu desenvolvimento.