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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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PONTE DE LIMA ACOLHE GALA DE ABERTURA DO VALE DO LIMA - REGIÃO EUROPEIA DA GASTRONOMIA E VINHO 2025

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A Gala de abertura da Região Europeia da Gastronomia e Vinho 2025 será realizada no dia 8 de março, às 21h30, no Pavilhão de Feiras e Exposições – Expolima, em Ponte de Lima, marcando o início de um ciclo de celebrações e atividades que destacarão as riquezas culturais, gastronómicas e vitivinícolas da região.

Os Municípios de Arcos de Valdevez, Ponte da Barca, Ponte de Lima e Viana do Castelo foram recentemente reconhecidos como Região Europeia da Gastronomia e Vinho 2025. Este prestigiado reconhecimento celebra a excelência da gastronomia local e dos Vinhos Verdes, com um foco especial na casta Loureiro, um dos produtos endógenos mais emblemáticos da região. O objetivo principal é promover o turismo enogastronómico e a valorização do património cultural dessa área.

O projeto procura impulsionar a produção de Vinhos Verdes, fortalecer a identidade gastronómica local e fomentar o turismo sustentável. Além disso, promove a economia circular, incentivando a colaboração entre as comunidades e os diversos atores locais, e ainda estimula o intercâmbio de saberes entre profissionais do setor agroalimentar, da restauração e de outros segmentos estratégicos.

A marca “Loureiro do Vale do Lima”, criada para destacar a qualidade dos Vinhos Verdes da sub-região do Lima, reflete o compromisso da região com a valorização de seus produtos endógenos. Este esforço é complementado pela promoção da gastronomia regional, um elemento chave para a dinamização da economia local e atração de turistas e investimentos.

Reconhecido como um destino turístico de excelência, o Vale do Lima combina tradição e inovação, oferecendo uma experiência única que junta cultura, gastronomia de alta qualidade e práticas sustentáveis. Esta iniciativa consolida o Vale do Lima como centros de referência em turismo e enogastronomia, impulsionando o desenvolvimento sustentável e a fixação de comunidades na região.

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O CONTO DE SANTO AMARO – DA QUESTÃO DA PROCURA DA ILHA PARADISÍACA À QUESTÃO DA DIÁSPORA DOS GALEGOS DE LISBOA – ARTIGO DE MARIA DOVIGO

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Gravura Vista de Santo Amaro e perspetiva do lugar de Belém, Pieter van den Berge, 1694 - 1737. Prospectus Portus, et Templorum Bethlemi, et S. Amati

A história que vem a seguir é, como os contos tradicionais descritos por Vladimir Propp, um conto de carência e procura de objetos mágicos e cúmplices. Muitos galegos convivem, com esta sensação de que nos falta algo e que precisamos de sair dos nossos espaços matriciais para ganhar esse objeto mágico que nos liberte e nos mostre o caminho da renovação. A minha carência era não ter chaves para interpretar nem molde para registar e transmitir, uma luta contra a fragmentação do conhecimento e a sua hierarquia, a visão da minha herança, a terra e a história da Galiza, como imenso espelho fragmentado. A minha falta era a demanda de um sentido para a minha história e a de todos. Ou se calhar também era o cansaço de um método obcecado com o documento e a bibliografia, entre escolástico e servidor do poder político centralista a mediatizar qualquer ideia de verdade independente, da contínua reinterpretação das fontes secundárias ou do seu submetimento à construção dum poder temporal representado no estado. Assim que parti, como aqueles monges pioneiros que se embarcavam sem rumo definido à partida, deixando que a providência lhes marcasse o destino, aventuras que semearam de cenóbios as ilhas e os ilhéus do litoral galego. O Algarve, o antigo reino ao sul de Portugal, foi a minha ilha ao acaso.

E foi lá, cercada por círculos de incomunicação com uma sociedade, uma história e uma terra com a que não encontrava mediação, sem encontrar caminho de volta à minha sociedade matricial, privada de contexto histórico, quer de origem, quer de acolhimento, de instituição à que me sujeitar, mas com a pungente necessidade de que a minha própria vida, o meu caminho, o meu desvio, fizesse sentido, que tive de recriar a minha linguagem, os meus referentes culturais, o dote narrativo, a arca simbólica que sentia era a minha única e preciosa bagagem de caminhante. Sem necessidade de negociar com uma sociedade que deixara de ser a minha, nem com o meu momento histórico, nem com qualquer ideia de identidade para além da minha própria individual, nem sentindo que a minha pesquisa tivesse de ser para me garantir o sucesso profissional numa instituição académica, comecei anos de leituras, reflexão e recriação do acervo cultural galego. Uma espécie de abstração das circunstâncias espácio-temporais. Ou de suspensão no tempo. Pois tal é a perceção espácio-temporal que lhe é dada a quem se desloca a terra alheia.

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Relevo na porta da Capela de Santo Amaro na freguesia de Alcântara em Lisboa. Fotografia de Maria Dovigo

Foi assim que comecei a interessar-me paralelamente pelos relatos das viagens, em especial pelas viagens que descreviam a demanda do paraíso, e também pela dispersão histórica dos galegos, entendida como emigração ou como diáspora. Por pura necessidade vital fui descobrindo as narrativas sobre procura de ilhas, sobre a peregrinação e a busca do centro, e mais especificamente na nossa tradição galega, a viagem de Trezenzónio pela terra devastada e a descoberta do espelho que refletia a ilha do paraíso, a história de São Ero e o pássaro, que me deixou essa obsessão pelo paraíso como melodia, as saudades de Tramunda, galega cativa na corte do califa de Córdova, as peregrinações a Compostela e a todos os santuários, especialmente aos litorais, os espaços das margens nos que eu própria cresci e que com chaves anímicas me descobriam novas relações. Em todos os testemunhos descobri marcas deixadas no tempo como sinal de um significado, duma procura de sentido ligada a uma matriz narrativa que desejamos renovada em nós. Também me fui documentando sobre as comunidades galegas na diáspora, sobre a sua Galiza utópica em terra alheia, a relação dos exilados com a Galiza territorial, as suas publicações, as suas agrupações, e as muitas histórias individuais de exilados e emigrantes, expatriados todos, com os que não foi difícil me identificar. E a minha experiência vital foi-me mostrando a íntima ligação entre as duas vias, a mítica e a histórica, a renovação do sentido do movimento do homem no espaço, a continuidade de significado que liga a peregrinação à emigração, a nossa capacidade de ver a continuidade entre o movimento, o trânsito, a viagem, a migração, a peregrinagem, a peregrinação, e, finalmente, a descoberta. Foi assim que descobri a vivência da identidade como identificação e foi assim que o movimento me fez sentido, pois é por esse alheamento ou pela suspensão da continuidade do real que o outro, o longínquo no tempo e no espaço, deixou de estar fora e passou a fazer parte da minha própria memória.

Sendo o meu percurso, porque assim o quero e assim me faz sentido, uma procura na materialidade da transmissão da nossa memória narrativa, dei entre as minhas pesquisas bibliográficas sobre viagens míticas e viagens contemporâneas com uma edição moderna de um manuscrito procedente de Alcobaça conhecido como “Conto de Amaro”. Corunhesa como sou, o nome de Amaro é-me familiar. Foi junto à praia com o nome do santo onde os meus paisanos construíram a cidade dos seus mortos quando o a Real Pragmática de 3 de abril de 1787 do rei Carlos III proibiu a construção de cemitérios dentro das cidades e os enterramentos dentro das igrejas, separando com tão cívica medida a paróquia dos vivos e dos mortos. Sei do espalhamento do topónimo não só pela Galiza e Portugal, mas um pouco por todo o mundo. Tinha vaga memória da Estoria do bendito San Amaro que foi chamado no mundo o Cabaleiro de Arentéi que Ramóm Cabanilhas publicou em 1925, onde se contava a expiação de um cavaleiro que tinha cometido um horrendo crime. Mas desconhecia a existência do manuscrito, conservado até há pouco na Torre do Tombo de Lisboa, que narra a penosa viagem de um cavaleiro à procura da ilha do paraíso. Desconhecia também que santo Amaro era santo associado aos galegos em Lisboa e pode ser que noutros locais de Portugal. Existe na cidade uma capela com esta advocação que a tradição oral relaciona com um grupo de franciscanos galegos que de caminho para missões se teria posto sob a proteção do santo para se salvar dum naufrágio certo quando passavam ao largo das costas de Lisboa. Tal cena aparece reproduzida num dos painéis de azulejos da capela. É conhecido que a que foi em tempos extensa colónia galega de Lisboa celebrava à volta desta capela uma romaria anual no dia do santo, 15 de janeiro, até 1911. O que resulta significativo para o caso é que a associação de santo Amaro com os galegos em Lisboa é fundamentalmente uma tradição oral. Na minha vontade por reconstruir uma história documental desta associação encontrei insistentemente a interpretação da ausência da prova para a lenda dos franciscanos galegos, uma história que nos reportaria ao século XVI, o tempo de construção da capela. Assim o podemos ler nos painéis explicativos que na atualidade dão entrada à igreja. Já no caso do Conto de Amaro2, interessei-me por pesquisar a bibliografia interpretativa, que se referia a ele como “enigma no âmbito da literatura medieval”. Fácil tirar duma primeira leitura a impressão da sua semelhança com os “imramna” e em concreto  com a viagem de são Barandão, difícil descobrir a genealogia do manuscrito e as suas fontes inventivas. Este conto de Amaro é um manuscrito único que ocupa os fólios 111r-123v da Collecção Mystica de Frei Hilario da Lourinhãa, Monge Cisterciense de Alcobaça, composta por um conjunto de textos de caráter hagiográfico e devocional. E, no meio deste labirinto interpretativo, a subsistência da minha identificação com essa história de errância, contínua superação do obstáculo e desejo de ilha, encontrando sincronias e, sobretudo, cura para a minha própria história de vida sem mapa.

NOTA

1 Excerto da comunicação apresentada nas III Jornadas das Letras Galego-Portuguesas celebradas em Pitões das Júnias-Montalegre entre 30 de maio e 1 de junho de 2014.

2Segundo o professor Aires Nascimento o Conto de Amaro que aqui se meniona “é testemunhado por manuscrito único, Lisboa, BN, Alc. 462 / CCLXVI, conhecido sob a denominação tardia de Collecção Mystica de Frei Hilario da Lourinhãa, Monge Cisterciense de Alcobaça. Ocupa aí osfls. 111r-123v".  "Esta compilação, até há pouco no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT, Liv. 2274), e actualmente integrada no Fundo Alcobacense da Biblioteca Nacional de Lisboa, compõe-se de um conjunto de textos de carácter hagiográfico e devocionais".

BIBLIOGRAFIA

Barbosa, J.M., Palomera, R. e Goris, J.M. (Eds.) (2015). Atas das Jornadas das Letras Galego-Portuguesas. 2012-2014. Sociedade Antropolóxica Galega.

Cabanillas R. (1925). Estoria do Bendito San Amaro que foi chamado O Cabaleiro de Arentei. Editorial Lar.

Nascimento, A. A. (Ed.). (1998). Navegação de S. Brandão nas fontes portuguesas medievais (RC). Edições Colibri.

VIANA DO CASTELO INAUGURA INVESTIMENTO DE SANEAMENTO NO VALOR DE 4.1 MILHÕES DE EUROS NA UNIÃO DE FREGUESIAS DE CARDIELOS E SERRELEIS

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O Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, Luís Nobre, descerrou hoje a placa que assinala a entrada em funcionamento da primeira fase da rede de saneamento, uma infraestrutura que vai permitir a cobertura de 45 por cento das habitações daquelas freguesias. Na sua intervenção, o autarca aproveitou para realçar que o investimento em abastecimento de água e saneamento, totalmente suportado pela autarquia, nunca foi maior e, entre obras lançada e em concurso, o último mandato representa 14,6 milhões de euros de investimento direto da autarquia.

A empreitada foi considerada pelo presidente da União de Freguesias, João Silva, como “importantíssima” para aquelas freguesias junto ao rio Lima. Com quatro ramais principais e uma estação de bombagem, vai servir 443 das 976 casas registadas, cobrindo 45 por cento das freguesias. A primeira fase, hoje inaugurada simbolicamente, será agora seguida de uma segunda fase com ramais secundários, e na sua intervenção, o presidente da União de Freguesias lembrou ainda os principais investimentos realizados recentemente na freguesia de Cardielos, como a Casa Mortuária, o campo relvado, a pavimentação e alargamento de ruas, a rede de águas pluviais e a ponte que está a ser construída que integrará a ecovia Lanheses-Viana.

Para Luís Nobre, este é “um dia importantíssimo” porque se trata “de uma área fulcral para o desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida das freguesias”. De acordo com o autarca, “nunca houve, num só mandato, tanto investimento direto em saneamento e abastecimento de água, ultrapassando os 14,6 milhões de euros no total”.

Tendo como objetivo atingir os cem por cento de cobertura em água e saneamento e numa altura em que se passou dos 77 por cento para os 85 por cento e estão em concurso diversas empreitadas para “melhorar os indicadores de desenvolvimento do concelho”, Luís Nobre sublinhou que “este é um esforço enorme que estamos a fazer em todo o concelho e esta freguesia recebe 10 por cento deste mesmo investimento.

De lembrar que ainda esta semana foi aprovada a abertura de concurso público por um valor global de mais de 3,2 milhões de euros para a ampliação, por lotes, das redes de abastecimento de água e saneamento de quatro freguesias do concelho. No âmbito da candidatura ao Norte 2030 – Ciclo Urbano da Água em Baixa, para ampliação de redes de água e saneamento, desenvolveu-se o projeto de execução para a Ampliação da Rede de Drenagem de Águas Residuais em Alvarães e Vila Fria (Lote 1), Ampliação da Rede de Drenagem de Águas Residuais em Castelo do Neiva (Lote 2) e Ampliação da Rede de Abastecimento de Água em Carreço (Lote 3).

A construção de infraestruturas de abastecimento de água e drenagem de águas residuais são uma competência da Câmara Municipal, na promoção da qualidade de vida dos seus munícipes.

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PS-VILA VERDE: FILIPE SILVA QUER CRIAR PARQUE INDUSTRIAL NA RIBEIRA DO NEIVA PARA GERAR EMPREGO, RIQUEZA E COMBATER A DESERTIFICAÇÃO

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“Criar emprego e riqueza é a única forma de fixar pessoas e combater a desertificação. E é por isso que é fundamental, é urgente, avançar com a construção de um Parque Industrial na Ribeira do Neiva”, afirmou Filipe Silva.

O candidato do PS à Câmara Municipal de Vila Verde sublinha a importância de criar empregos que permitam reter no concelho os nossos jovens talentos, bem como atrair novas pessoas e investimentos que estimulem a economia.

“Vinte e oito anos depois, a Ribeira do Neiva continua sem investimento e os nossos jovens continuam a abandonar o concelho e o país à procura das oportunidades que lhes continuam a ser negadas na terra onde nasceram”, refere o jovem candidato.

Criar riqueza e crescimento económico

A criação de empregos vai certamente gerar riqueza e estimular o comércio local, impulsionando também novas oportunidades de negócio. “Criar empregos que almoçam nos restaurantes da Ribeira do Neiva, frequentam os cafés da Ribeira do Neiva, abastecem na Ribeira do Neiva...”, reforça Filipe Silva.

Ribeira do Neiva tem condições ideais

A proximidade ao nó de acesso à autoestrada é uma enorme mais-valia e um forte incentivo para atrair investimento e empresas. A existência de terrenos disponíveis para o efeito torna o processo mais rápido e prático do que muitos querem fazer parecer.

“As condições estão criadas, haja vontade política!”, exclama Filipe Silva, rematando que “é preciso renascer a Ribeira do Neiva”.

FEIRA DO FUMEIRO REGRESSA A PONTE DA BARCA

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Ponte da Barca prepara-se para acolher, de 28 de fevereiro a 2 de março, mais uma edição da Feira do Fumeiro, um evento que enaltece as tradições, os sabores e a autenticidade. A Praça da República será o palco desta celebração, oferecendo uma experiência onde gastronomia, cultura e artesanato se unem.

A programação reserva momentos de animação com a atuação de grupos folclóricos locais, o grupo Raízes e a banda H1, do ex-guarda-redes do FC Porto, Helton.

Os visitantes terão a oportunidade de degustar uma seleção de produtos tradicionais de excelência, numa montra que espelha o melhor da gastronomia regional. Para complementar esta experiência sensorial, os vinhos de Ponte da Barca estarão em destaque, garantindo uma harmonização perfeita para os apreciadores da enogastronomia. A diversidade cultural e patrimonial da região será ainda realçada com artesanato local, refletindo a riqueza das tradições manuais.

O Presidente da Câmara Municipal de Ponte da Barca, Augusto Marinho, realça o impacto significativo da Feira do Fumeiro na valorização das tradições e a promoção dos produtos e produtores de Ponte da Barca.

PONTE DA BARCA FESTEJA O CARNAVAL

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Ponte da Barca prepara-se para um Carnaval de alegria, tradição e animação

Ponte da Barca prepara-se para celebrar o Carnaval com um programa repleto de alegria, tradição e animação. Na segunda-feira, 3 de março, a Praça da República será o cenário de um Baile e Concurso de Máscaras. A noite será animada ao som de Roconorte, garantindo uma festa repleta de ritmo. O Concurso de Máscaras, um dos momentos mais aguardados da celebração, proporcionará aos participantes a oportunidade de expressar a sua criatividade e originalidade, contribuindo para a riqueza e diversidade da festividade.

No entanto, a animação carnavalesca começa já no domingo, 2 de março, com o desfile de Carnaval que se realizará a partir das 16h00. Organizado pela Associação AMA Vade São Tomé, em colaboração com diversas associações concelhias, o desfile percorrerá as ruas de Ponte da Barca, proporcionando uma tarde de boa disposição e cor, reunindo tanto a população local como os visitantes para uma celebração comunitária do espírito carnavalesco.

Em Lindoso, a celebração do "Pai Velho", uma das tradições mais antigas e representativas do país, organizado pela Associação Os Amigos de Lindoso, também integra as festividades. Nos dias 2 e 4 de março, conhecidos como "Domingo Gordo" (10h30) e Terça-feira de Carnaval (13h00), o busto de madeira do Pai Velho será transportado entre os espigueiros e a eira comunitária, com o Castelo Medieval como pano de fundo, criando um ambiente único e emblemático. O ponto alto da festa ocorrerá na noite de terça-feira, 4 de março, a partir das 23h30, com o velório do Pai Velho, seguido pela queima do busto e a leitura do seu testamento. Este ritual simbólico marca o encerramento das festividades e celebra a chegada da primavera, simbolizando a renovação e a esperança.

GRUPOS DE TEATRO AMADOR DE PONTE DE LIMA LEVAM À CENA PEÇA QUE ASSINALA OS 900 ANOS DO FORAL

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Aos que Habitam Sob Este Céu – 9 Séculos do que Somos

Comemorações dos 900 Anos do Foral de Ponte de Lima 1125-2025

Nos dias 4 e 7 de março de 2025, às 21h30, o Município de Ponte de Lima apresenta no Teatro Diogo Bernardes uma obra inédita e em estreia o espetáculo de teatro "Aos que Habitam Sob Este Céu – 9 Séculos do que Somos", criação de Diana Sá e Gonçalo Fonseca, com a participação dos Grupos de Teatro de Amadores de Ponte de Lima, integrado nas comemorações dos 900 Anos do Foral de Ponte de Lima.

Nove séculos passados desde a entrega do Foral que determinou os contornos da Vila de Ponte e que permanecem até hoje. Chegou o momento de celebrar. Mas queremos celebrar mais do que fronteiras. Festejamos sobretudo as pessoas que nasceram, que viveram e vivem neste território. Neste espectáculo fazemos uma retrospectiva histórica que nos relembra de onde viemos, mas principalmente, que nos espelha o presente e nos aponta o futuro. Um grupo de actores e actrizes sobem a palco para contar a história da sua terra, demonstrar o orgulho e o prazer de ser Limiano. Com a seriedade e pompa que requer o momento, em palco vemos representações arrebatadoras e rigorosas que nos dão a conhecer figuras e personalidades que fazem parte da nossa memória colectiva, e que nos conduzem por séculos de história e estórias. Mas nem só de momentos épicos vive o teatro, nem as pessoas, e por isso mesmo neste mesmo palco, espreitamos a vida fora de cena dos nossos actores e actrizes, que generosamente partilham tempo e talento, mas que fora de cena, se demonstram seres imperfeitos, frágeis e de uma comicidade que todos nos conseguimos rever. Misturamos os heróis e heroínas da nossa História, com seus gestos grandiosos, com os dos heróis e heroínas do dia-a-dia, que depois de uma jornada de trabalho se disponibilizam para vir fazer teatro, fazer rir, chorar e pensar. E que com feitos menos marcantes que os Reis e Rainhas e Bispos e Arcebispos, conseguem tocar em cada um de nós, e nos dias bons, até deixar a sua marca também.

Uma Criação com os Grupos de Teatro de Amadores de Ponte de Lima.

Bilhetes disponíveis em: https://teatrodiogobernardes.bol.pt.

Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 258 900 414 ou pelo e-mail teatrodb@cm-pontedelima.pt.

PAREDES DE COURA: FILHAS DE BERNARDINO MACHADO TRAJADAS DE LAVRADEIRA MINHOTA

No rescaldo dos festejos do Entrudo de 1914, publicou a revista Ilustração Portugueza, na sua edição de 9 de março daquele ano, uma interessante fotografia que se reproduz acompanhada com a respetiva legenda.

As srªs D. Maria Francisco Machado, D. Jeronima Rosa Machado, D. Joaquina Mariana Machado, D. Elvira Severina Machado e as meninas Joana Maria Machado e Sofia Alexandrina Machado, filhas do sr. dr. Bernardino Machado, vestidas á moda do Minho – (Cliché Vasques)