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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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MORGADO DE COVAS NA “TRIBUNA DA TAUROMAQUIA IBÉRICA”

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Apuntes) Sobre "Morgado de Covas", el famoso cavaleiro tauromáquico del Alto Minho

En una conversación de hace unos días con un afamado taurino portugués, salía a colación un afamado cavaleiro de la zona del Alto Minho portugués. Afamado porque aunque toreó en su muy lejano tiempo en varias zonas de Portugal (tomó la alternativa en Lisboa, a principios del siglo XX) e incluso alguna vez toreó en España, la realidad es que donde tenía una legión de seguidores detrás, era en el Minho y especialmente el Alto Minho; de Viana do Castelo a Valença do Minho, pasando por Vila Nova de Cerveira, su tierra natal, y Ponte de Lima -donde se casó-, no se hablaba otra cosa que de sus hazañas taurinas en su tiempo.

Francisco de Lima da Costa Barreira, natural de Covas, Vila Nova de Cerveira, filho de Manuel Domingos da Costa Barreira e de D. Rosa Franco Lima (ele da Casa do Cruzeiro, em Sopo, e ela da Casa do Engenho, ambas também da referida vila) cavaleiro tauromáquico e que, feito profissional, toureou por diferentes vezes com D. Telmo de Menezes Montenegro, da Casa de Romarigães, Paredes de Coura, outra figura quase lendária do Alto Minho.

O "Morgado de Covas", como era conhecido aquele que no dizer do saudoso historiador vianense Dr. Francisco Cirne de Castro (in “Roteiro de Viana”, Ano II, Agosto de 1960. Edição de Camilo Pastori), farpeava como ninguém, em selim raso, nasceu em 1876 e casou em 1904, com a senhora D. Maria das Dores de Barros Mimoso de Alpuim, da Casa da Seara, Ponte de Lima.

Contaba Carlos Gomes, en su dinámico "Blogue do  Minho" : Nas touradas em Viana, contrariando a praxe, não oferecia, como os demais cavaleiros, os seus primeiros ferros ao Inteligente ou à Suprema Autoridade, mas sim ao grande aficionado vianense Rodolfo Vieitas, e, postando-se na sua frente, de cabeça descoberta, (conforme no-lo transmite o cronista vianense, já no outro mundo, Arnaldo Passos, no artigo “Touros e Touradas”, publicado no “Serão”) exclamava :

- “Ao Exmo Senhor Rodolfo Vieitas, amante do toureio e meu protector, ofereço esta sorte como prova de muita gratidão”

Fartos aplausos do público sublinhavam o gesto!

O seu segundo ferro oferecia-o aos “Rapazes do Taurino” (leia-se Sócios do Viana Taurino Clube) que se apinhavam num sector da bancada do sol.

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"O biografado, Francisco de Lima da Costa Barreira, que tanto se distinguiu na “Arte de Marialva” – melhor identificareis se referenciado por Morgado de Covas.

Esse homem franzino, com “raça”, tornou-se figura de invulgar destaque nas touradas da dita Romaria da Senhora d’Agonia – em que, com seus desplantes suicidas, punha as bancadas em pé no mais rubro delírio".

COSTA, Amadeu. O Morgado de Covas – saudoso morador da Seara. Anunciador das Feiras Novas, nº 11, Ponte de Lima,1994

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(Fuentes :

Carlos Gomes, Blogue do Minho.

"Arquivos de Alto Minho", biblioteca particular de Emídio Franco.

COSTA, Amadeu. O Morgado de Covas – saudoso morador da Seara. Anunciador das Feiras Novas, nº 8, Ponte de Lima,1991)

PONTE DE LIMA RECEBE TOURADA À PORTUGUESA NO PRÓXIMO DIA 10 DE SETEMBRO – FOTO DE CARLOS VIEIRA

Toiros a 10 de setembro em Ponte de Lima, por ocasião das Feiras Novas 2023!

Ponte de Lima volta a receber uma corrida de toiros, por ocasião das Feiras Novas. A notícia está a ser avançada pela edição online https://tauronews.com/

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De acordo com aquela edição dedicada à tauromaquia, o evento “realiza-se no dia 10 de setembro, pelas 18h uma corrida de toiros à portuguesa em Ponte de Lima por ocasião das Feiras Novas 2023”

“Em praça irão estar os cavaleiros Filipe Gonçalves e João Moura Caetano e a cavaleira Mara Pimenta” acrescenta a https://tauronews.com/

A tauronews.com. avança ainda que “Pegam os Forcados Amadores do Ribatejo, do Montijo e Académicos de Coimbra. Lidam-se toiros da Ganadaria Santos Silva”

VIEIRA DO MINHO REALIZA CHEGAS DE BOIS

Chegas de Bois, este domingo, no Parque dos Moinhos

A Câmara Municipal de Vieira do Minho lembra que, este domingo, dia 25 de junho, vão ser retomadas as chegas de bois, no Parque dos Moinhos, no âmbito das atividades mensais.

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Esta iniciativa que é promovida pelo Município, em colaboração com a Cooperativa Agrícola vai decorrer pelas 15h00 e atrair para o concelho centenas de aficionados.

De salientar, ainda que a realização das chegas de bois ajuda a revitalizar a raça barrosã e constitui um importante apoio para a criação de raças autóctones.

A chega de bois é uma luta entre dois bois de criadores diferentes que se realiza ao ar livre.

As chegas de bois são uma tradição que vai perdurando entre as gentes da região e vão realizar-se mensalmente no Parque dos Moinhos.

PONTE DE LIMA RECEBE TOURADA À PORTUGUESA – FOTOS DE CARLOS VIEIRA

Toiros a 10 de setembro em Ponte de Lima, por ocasião das Feiras Novas 2023!

Ponte de Lima volta a receber uma corrida de toiros, por ocasião das Feiras Novas. A notícia está a ser avançada pela edição online https://tauronews.com/

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De acordo com aquela edição dedicada à tauromaquia, o evento “realiza-se no dia 10 de setembro, pelas 18h uma corrida de toiros à portuguesa em Ponte de Lima por ocasião das Feiras Novas 2023”

“Em praça irão estar os cavaleiros Filipe Gonçalves e João Moura Caetano e a cavaleira Mara Pimenta” acrescenta a https://tauronews.com/

A tauronews.com. avança ainda que “Pegam os Forcados Amadores do Ribatejo, do Montijo e Académicos de Coimbra. Lidam-se toiros da Ganadaria Santos Silva”

Fonte: Ponte de Lima / Notícias

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VACA DAS CORDAS CORRE EM PONTE DE LIMA NO PRÓXIMO DIA 7 DE JUNHO

Ponte de Lima revive no próximo dia 7 de Junho uma das suas tradições mais genuínas: a corrida da Vaca das Cordas. Ao começo da tarde, a vaca preta é presa ao gradeamento da igreja Matriz. Depois, dá três voltas em torno da igreja e é levada para o areal. O povo apinha-se no Largo de Camões e na ponte para ver os mais ousados correrem à frente da vaca que, por vezes é boi…

Vaca das Cordas

Existe deste tempos remotos na vila de Ponte de Lima o peculiar costume de, anualmente na véspera do dia de Corpo de Deus, correr uma vaca preta presa e conduzida pelos ministros da função que assim procedem com o auxílio de três longas cordas. Esse divertimento cuja verdadeira origem se desconhece mas que ainda se mantém e parece ganhar ainda mais popularidade, atraindo à terra numerosos forasteiros, era outrora executada por dois moleiros que a isso eram obrigados sob pena de prisão, conforme determinavam as posturas municipais. Muitos desses moleiros eram oriundos da Freguesia de Rebordões-Santa Maria, localidade que possuía numerosos moinhos e que, com a sua decadência, os moleiros da terra emigraram para o Brasil, fixando-se muitos em Goiás.

Ao começo da tarde, uma vaca preta é presa ao gradeamento da igreja Matriz, aí permanecendo exposta à mercê do povo que outrora, num hábito que com o decorrer do tempo se foi perdendo, por entre aguilhoadas e gritaria procurava embravecer o animal a fim de que ele pudesse proporcionar melhor espectáculo. Invariavelmente, às dezoito horas, lá aparecem os executantes da corrida que, após enlaçarem as cordas nos chifres da vaca, desprendem-na das grades e dão com ela três voltas em pesado trote em redor da igreja após o que a conduzem para a Praça de Camões e finalmente para o extenso areal junto ao rio Lima. E, por entre enorme correria e apupos do povo, alguns recebem a investida do animal aguilhoado e embravecido ou são enredados nas cordas, enquanto as janelas apinham-se de gente entusiasmada com o espectáculo a que assiste.

Quando soam as trindades, o espectáculo termina e dá lugar aos preparativos dos festejos que vão ocorrer no dia seguinte. As gentes limianas decoram as ruas com um tapete florido feito de pétalas e serrinha por onde a procissão do Corpo de Deus irá passar.

Com atrás se disse, desconhecem-se as verdadeiras origens deste costume antiquíssimo. Contudo, uma tela de Goya que se encontra exposta no Museu do Prado, em Madrid, leva-nos a acreditar que o mesmo era mantido noutras regiões da Península Ibérica. De igual modo, a tradicional corrida à corda que se realiza nos Açores sugere-nos ter este costume sido levado para aquelas ilhas pelos colonos que as povoaram a partir do continente.

Em meados do século dezanove, o cronista pontelimense Miguel dos Reys Lemos arriscou uma opinião baseada na mitologia, a qual publicou nos "Anais Municipais de Ponte de Lima" e que pelo seu interesse a seguir reproduzimos:

"Segundo a mitologia, Io, filha do Rei Inaco e de Ismene - por Formosa e meiga - veio a ser requestada por Júpiter. Juno, irmã e mulher deste apaixonado pai dos deuses, que lia no coração e pensamentos do sublime adúltero e velava de contínuo sobre tudo quanto ele meditava e fazia, resolvera perseguir e desfazer-se da comborça que lhe trazia a cabeça numa dobadoura.

Ele, para salvar da vigilância uxória a sua apaixonada, metamorfoseou-a em vaca: - mas Juno, sabendo-o, mandou do céu à terra um moscardo ou tavão, incumbido de aferroar incessantemente a infeliz Io, feita vaca e de forçá-la a não ter quietação e vaguear por toda a parte.

Io, assim perseguida e em tão desesperada situação, atravessou o Mediterrâneo e penetrou no Egito: aí, restituída por Júpiter à forma natural e primitiva, houve deste um filho, que se chamou Epafo e, seguidamente, o privilégio da imortalidade e Osiris por marido, que veio ter adoração sob o nome de Ápis.

Os egípcios levantaram altares a Io com o nome de Isis e sacrificavam-lhe um pato por intermédio de seus sacerdotes e sacerdotizas: e parece natural que, não desprezando o facto da metamorfose, exibissem nas solenidades da sua predilecta divindade, como seu símbolo, uma vaca aguilhoada e errante, corrida enfim.

Afigura-se-nos que sim e, portanto, que a corrida da vaca, a vaca das cordas, especialmente quanto à primeira parte, as três voltas à roda da Igreja Matriz, seria uma relíquia dos usos da religião egípcia, como o boi bento, na procissão de Corpus-Christi, é representativo do deus Osiris ou Ápis, da mesma religião. E esta foi introduzida com todos os seus símbolos na península hispânica pelos fenícios, aceite pelos romanos que a dominaram, seguida pelos suevos e tolerada pelos cristãos em alguns usos, para não irem de encontro, em absoluto, às enraizadas crenças e costumes populares.

É que essa Ísis, a vaca de Júpiter, a deusa da fecundidade, teve culto especial precisamente na região calaico-bracarense, na área de Entro Douro e Minho; no Convento Bracaraugustano, ou Relação Jurídica dos Bracaraugustanos (povos particulares de Braga), de que era uma pequeníssima dependência administrativo-judicial o distrito dos límicos, prova-o o cipo encravado na face externa dos fundos da vetusta e venerada Sé Arquiepiscopal, - cipo que a seguirtranscrevemos inteirado, conforme a interpretação que em parte, nos ensinou e em parte nos aceitou o eruditíssimo professor do Liceu, Dr. Pereira Caldas:

ISID · AVG · SACRVM LVCRETIAFIDASACERD · PERP · P ROM · ET · AVG

CONVENTVVSBRACARAVG · D ·

INTERPRETAÇÃO

ISIDI AUGUSTAE SACRUM; LUCRETIA FIDA SACERDOS PERPETUA POPULI ROMANI ET AUGUSTI, CONVENTUUS BRACARAUGUSTANORUM DICAT

TRADUÇÃO

"SENDO LUCRÉCIA FIDA SACERDOTISA PERPÉTUA DO POVO ROMANO E DE AUGUSTO, O CONVENTO DOS BRACARAUGUSTIANOS DEDICA A ISIS AUGUSTA (OU: À DEUSA ISIS) ESTE MONUMENTO SAGRADO"

Acredita-se porém que, no local onde se ergue a igreja matriz de Ponte de Lima existiu outrora um templo pagão onde se prestava culto a uma divindade sob a forma de uma vaca representada num retábulo, o qual era trazido para o exterior e efectuava as referidas voltas ao templo. Em todo o caso e atendendo à elevada importância deste animal na economia doméstica de uma região tão propícia à sua criação em virtude dos seus pastos verdejantes, é perfeitamente natural que a vaca tenha aqui sido venerada como símbolo de fertilidade e de abundância e, desse modo, sido prestado-lhe o devido culto. Não é completamente injustificada a frequente representação deste animal nomeadamente no artesanato da região minhota, ao qual a barrista barcelense lhe deu cores e vivacidade que o ajudaram a tornar-se famoso em todo o mundo.

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LEMOS, Miguel Roque dos Reis - A corrida da Vaca das Cordas em Ponte de Lima. In Almanaque Ilustrado "O Comércio do Lima". Ponte de Lima: [s.n.]. N.º 2 (1908), p. 153-158. (Fonte: Arquivo Municipal de Ponte de Lima)

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CONDE D’AURORA - A tradição Taurofila do Lima. In Almanaque Ilustrado "O Comércio do Lima". Ponte de Lima: [s.n.]. N.º 5 (1923), p. 140-151. (Fonte: Arquivo Municipal de Ponte de Lima)

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umpre-se hoje, dia 15 de junho, a tradição da corrida de touros à corda na véspera do Corpo de Deus, cuja primeira referência documentada existente no Arquivo Municipal de Ponte de Lima, data de 1537. (Fonte: Arquivo Municipal de Ponte de Lima)

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ANTIGA ARENA DE VIANA DO CASTELO RECONVERTIDA EM COMPLEXO DESPORTIVO EM JULHO

A reconversão da antiga praça de touros de Viana do Castelo em complexo desportivo deverá estar pronta em julho, de acordo com a proposta de trabalhos complementares, de mais de 169 mil euros, aprovada esta terça-feira pelo executivo municipal.

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A proposta do departamento de obras da autarquia, que propõe a prorrogação do prazo de conclusão da empreitada para 30 de julho, justifica a medida com a necessidade de “realização de trabalhos complementares, resultantes de circunstâncias imprevistas”.

No total, o valor dos trabalhos complementares é de 169.845,96 euros.

A proposta, apresentada pelo presidente da câmara, Luís Nobre, refere que os trabalhos a mais são justificados por situações que não estavam previstas, apontando, entre outros, “o aparecimento de fissuras na fachada do imóvel”.

A medida foi aprovada pela maioria PS, os votos contra do PSD e a abstenção da CDU.

O vereador do PSD, Eduardo Teixeira, considerou o valor dos trabalhos suplementares “elevado” e acrescentou que o partido “não pode concordar, nesta fase de dificuldade económica, com gastar mais 200 mil euros em trabalhos mais”.

O vereador do CDS-PP, Hugo Meira, que substituiu Ilda Araújo Novo, disse “não entender a constante de inclusão de trabalhos a mais e um aumento de custos” das empreitadas.

A reconversão da antiga praça de touros da capital do Alto Minho foi iniciada em março de 2021, por 3,7 milhões de euros.

O projeto visa a transformação da antiga arena, com uma área de 3.800 metros quadrados e cerca de 65 metros de diâmetro, em 'campus' desportivo.

A nova estrutura multifunções servirá o desporto e os jovens do concelho, apta para a prática de várias modalidades em simultâneo, como ginástica, esgrima, patinagem artística, hóquei em patins e basquetebol.

A futura Praça Viana será gerida pela Escola Desportiva de Viana (EDV), em regime de comodato, assinado na quarta-feira entre a autarquia e a coletividade.

A reconversão da antiga praça de touros, desativada desde 2009, ano em que cidade se declarou anti-touradas, está integrada no Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU), candidatado a fundos comunitários do Portugal 2020.

A obra tem sido contestada, nos tribunais, pela Federação Portuguesa de Tauromaquia (Pro Toiro) para “obrigar” o município a responder “pelas ilegalidades na demolição da praça de toiros”.

Fonte: Porto Canal/Agências