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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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CANONIZAÇÃO DO BEATO FRANCISCO PACHECO, MOTIVA REUNIÃO EM PONTE DE LIMA

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  • Crónica de Tito de Morais

A canonização do Beato Francisco Pacheco, natural de Ponte de Lima e queimado na fogueira em Nagasáqui em 20 de Junho de 1626, será motivo para um encontro em Ponte de Lima no verão próximo, confirmou em Roma fonte ligada ao processo.
O ilustre Limiano é um dos 205 mártires do Japão, os quais deram a vida pela Fé durante dezena e meia de anos (1617-1632), um período temível para expandir o cristianismo, nos poderes de Hidetada (1579-1632) e Iemitsu Tokugawa (1604-1651), em Nagasáki e Tóquio. O grupo martirizado era composto por 166 cristãos leigos, na sua maior parte nipónicos e 39 sacerdotes; destes, treze eram jesuítas, doze dominicanos, oito franciscanos, cinco agostinhos e um único diocesano japonês. Os nove missionários portugueses, jesuítas, beatificados pelo Papa Pio IX em 7 de Julho 1867, são seguintes: João Baptista Machado, sacerdote, dos Açores, Angra do Heroísmo, morto por degolação na cidade de Omura, a 22 de Maio de 1617; Ambrósio Fernandes, irmão jesuíta, de Xisto ou Sisto, Porto, falecido vítima dos maus tratos na cadeia de Omura a 7 de Janeiro de 1620; Francisco Pacheco, sacerdote, de Ponte do Lima, queimado vivo na fogueira em Nagasáki, a 20 de Junho de 1626. A sua festa ocorre a 20 de Junho, e tem uma Memória na Diocese de Viana e também Memória Facultativa na Companhia de Jesus; Diogo de Carvalho, sacerdote, de Coimbra, falecido após colocado num tanque gelado em Xendai, a 22 de Fevereiro de 1624; Miguel de Carvalho, sacerdote, de Braga, queimado vivo em Omura, a 25 de Agosto de 1624; a sua festa litúrgica a 25 de Agosto, será este ano solenizada na Sé de Braga, por ocasião dos quatrocentos anos do seu martírio, de acordo com informação obtida em Roma. O beato bracarense tem uma Memória Facultativa na Arquidiocese de Braga e outra na Companhia de Jesus; acrescentem-se o agostinho português Beato Vicente Carvalho também referido como Vicente de Santo António, nascido em Albufeira, Algarve e com sofrimento similar ao beato Pacheco, isto é queimado vivo em Nagasáki, em 3 de Setembro de 1623; e mais Domingos Jorge, um cristão leigo, natural de Vermoim da Maia (Porto), também morto no suplício de fogueira em Nagasáki, a 18 de Novembro de 1619. O portuense era consorciado com uma japonesa, que fôra baptizada com o nome de Isabel Fernandes, e pais dum filho de quatro anos chamado Inácio. A esposa e a criança foram executados posteriormente, no dia 10 de Novembro 1622, por decapitação.
Postuladorr da Causa entre os participantes
Um dos participantes na cerimónia a realizar em Ponte de Lima, será o Postulador da Causa de canonização do beato Pacheco, residente em Lisboa. O Padre João Caniço, até há alguns meses pároco do Lumiar, com quem reunimos recentemente para balanço de actividades e proposta de outras, realçou passos positivos para a pretensão, os quais comunicou a seu superior e a Roma.
Por outro lado, o representante do Dicastério (organismo que compõe o governo da Igreja Católica ou Vaticano), realçou-nos hoje, que analisando bem, “estamos perante uma renovação de processo, e não um novo, pois ele foi aberto há mais de 150 anos, aquando da beatificação “de Pacheco e companheiros, pelo Papa Pio IX em 1867. Por outro lado, há a salientar que se tratam de mártires, e o importante é “que haja devoção, de que Ponte de Lima é um bom exemplo, pois tem-no incentivado nos últimos tempos com esse grupo de apoio”, a nível local e internacional.
Recorde-se, que anteriormente ás acções desenvolvidas pelo Clube de Gastronomia de Ponte de Lima, há a destacar a colocação da imagem do beato Pacheco na Matriz de Ponte de Lima em 1938, e dedicar-lhe a antiga capela do Santíssimo Sacramento em 1965, além da identificação do local de nascimento, a Quinta de Barros na Correlhã, pelo arquitecto João Abreu e Lima.
Entretanto, tivemos também conhecimento, que serão apresentadas na reunião de Ponte de Lima outras acções promocionais do culto do mártir Limarense, a comunicar a Roma até Junho próximo.

PONTE DE LIMA É CAPITAL DOS CANTARES AO DESAFIO

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Ontem foi dia de cantares ao desafio no Largo de Camões, em Ponte de Lima, inserido no Fim de Semana Gastronómico do Bacalhau de Cebolada.

Remontam muito provavelmente à Idade Média os tradicionais cantares ao desafio tão caraterísticos do Minho, filiando-se porventura nos cantares trovadorescos e principalmente nas cantigas de escárnio e maldizer da época, a um tempo em que o falar do povo não se distinguia ainda nas duas margens do rio Minho – Galiza e Portugal – e a Língua portuguesa florescia graças a um extraordinário movimento cultural a que certamente não era alheio as peregrinações a Santiago de Compostela e a tradição da poesia trovadoresca provençal que os peregrinos transportavam consigo pelo caminho que atravessava os Pirenéus. Estava então Portugal a dar os primeiros passos na sua formação como nação independente, fazendo tentativas várias para que também a Galiza o acompanhasse nesse projeto.

Aos cantares ao desafio, também conhecidos entre nós como desgarradas, chamam os galegos de regueifas, fato a que não é alheia o velho costume de, em ocasião de romaria, se consumir um pão doce em forma de rosca, com farinha de boa qualidade, também utilizado em ocasiões de boda. As migrações internas e sobretudo as vias de comunicação levaram esta especialidade gastronómica a outras regiões do país, adquirindo novas formas e denominações como fogaça e bolo-de-arco, sendo nalguns sítios se popularizado como “pão espanhol” numa clara alusão às suas origens minhotas e galegas.

À semelhança dos cantares ao desafio, a regueifa galega constitui uma cantiga improvisada na qual duas ou mais pessoas seguem um cantar ao despique sobre um tema determinado ou simplesmente tratando de saber qual deles logra obter o maior aplauso do público. A relação com o pão que na realidade dá o nome a esta forma de expressão musical reside na competição havida entre regueifeiros durante uma boda, cujo vencedor era distinguido pela noiva que lhe entregava a regueifa e dava a honra de reparti-la entre rapazes e raparigas solteiras presentes na festa. Com o decorrer do tempo, o costume vulgarizou-se e a designação de regueifa passou a denominar o cantar ao desafio mesmo fora da ocasião de uma boda, com ou sem o pão.

Tal como a regueifa feita de açúcar, ovos, manteiga e canela é apreciada noutras regiões do país e passou a marcar presença em ocasiões festivas, também o costume dos cantares ao desafio se propagaram por outras paragens, naturalmente adaptados às idiossincrasias de cada povo, como sucede com os repentistas no Brasil e na Colômbia e os desafios entre payadores na Argentina e no Uruguai. Em Portugal, a forma de cantar ao desafio adaptou-se ao fado sob a forma de desgarrada e encontramo-lo nos cantos das décimas do Alentejo e nos poetas repentistas algarvios.

Em consequência do abandono do mundo rural e das suas tradições em face do crescimento urbano e da perda do uso da língua galega, o género musical da regueifa tem vindo a cair em desuso na Galiza á semelhança de outras manifestações da cultura tradicional galega. Porém, os cantares ao desafio têm vindo a adquirir crescente notoriedade no nosso país graças sobretudo a exímios cantadores e tocadores de concertina, constituindo uma das principais atrações de muitas festas e romarias que competem entre si a sua preferência e fazendo dela uma das tradições mais apreciadas das nossas gentes.

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PONTE DE LIMA: FRANCISCO ABREU DE LIMA, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO DOS BOMBEIROS, PEDIU EM 1921 AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA DESISTÊNCIA DA RENÚNCIA AO CARGO

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Telegrama de Francisco Abreu de Lima, Presidente da Associação de Bombeiros Voluntários de Ponte de Lima, para o Presidente da República, António José de Almeida, pedindo desistência da renúncia ao cargo, em nome do interesse nacional. Datado de 29 de Outubro de 1921.

Fonte: Museu da Presidência da República

PARTIDO REPUBLICANO EVOLUCIONISTA PRETENDEU CANDIDATAR A DEPUTADO O DR. ALVES DOS SANTOS PELO CÍRCULO DE CABO VERDE EM 1915

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Carta de Joaquim de Saint Maurice para o Presidente da Junta Central do Partido Republicano Evolucionista, António José de Almeida, comunicando recepção de telegrama informando da indigitação do candidato às eleições seguintes pelo círculo de Cabo Verde, Augusto Joaquim Alves dos Santos, professor da Universidade de Coimbra. Datada de 26 de Junho de 1915.

Recorde-se que o Dr. Alves dos Santos foi um ilustre limiano, nascido na Freguesia de Santa Maria da Cabração.

Fonte: Museu da Presidência da República

CÂMARA MUNICIPAL DE COIMBRA PROPÔS AO PRESIDENTE DA REPÚBLICA EM 1922 A ATRIBUIÇÃO DE CONDECORAÇÃO AO DR. AUGUSTO JOAQUIM ALVES DOS SANTOS

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Nota [para o Presidente da República, António José de Almeida,] indicando os nomes de diversos possíveis condecorados com ordens honoríficas. Mencionando os nomes de João Duarte de Oliveira, Augusto Joaquim Alves dos Santos, Manuel Luís Coelho da Silva, Alberto Homem Pinto da Costa Cabral, Francisco da Cunha Matos, Manuel da Silva Gaio e Manuel Mário de Figueiredo Temido. Datada de 1922

Recorde-se que o Dr. Alves dos Santos foi um ilustre limiano, nascido na Freguesia de Santa Maria da Cabração e veio a ser Presidente da Câmara Municipal de Coimbra entre outros cargos que exerceu.

Fonte: Museu da Presidência da República

MUSEU DO BRINQUEDO PORTUGUÊS PROMOVE TARDE DE JOGOS DE TABULEIRO

O Município de Ponte de Lima vai acolher uma sessão dedicada a jogos de tabuleiro no Museu do Brinquedo Português, estando de portas abertas para os amantes deste tipo de jogos, destinada a maiores de 6 anos.

Intitulada “Jogos no Museu”, esta iniciativa decorrerá no sábado, dia 23 de março, das 15h00 às 17h00, visando o fomento do convívio, da aprendizagem e de conhecimento de forma lúdica. Serão dispostos vários tipos de jogos de tabuleiro para grupos, para famílias ou para amigos, de todas as idades, onde a finalidade é relembrar a relevância dos jogos em família ou em grupo e também a confraternização, o entretenimento e a partilha intergeracional.

Trata-se de uma ação desenvolvida no âmbito do projeto de estágio do curso Técnico de Turismo, da Escola Secundária de Monserrate, em colaboração com o Município de Ponte de Lima.

O evento terá também a colaboração da associação vianense ArtMatriz, entidade responsável pelo desenvolvimento e promoção de encontros de jogos de tabuleiro.

A participação nesta ação é gratuita e de entrada livre, mas requere inscrição prévia através do email mbp.geral@museuspontedelima.com ou pelo telefone 258 240 210.

Inscrevam-se, participem e divirtam-se!

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PONTE DE LIMA REALIZA EXPOCANINAS

Inscrições para Expo Caninas 2024 até início de abril / 20 e 21 de abril | Ponte de Lima

Ponte de Lima promove mais uma edição da Expo Canina, nos dias 20 e 21 de abril, no Pavilhão de Feiras e Exposições – Expolima.

As inscrições para as Expo Caninas de 2024 estão a decorrer entre março e abril, um prestigiado certame que anualmente conta com a presença de inúmeras raças de cães que procuram ser campeões de Portugal e campeões internacionais. Os boletins de inscrição podem ser acedidos através do www.cpc.pt e devem ser devidamente preenchidos, assinados e acompanhados do respetivo pagamento e entregues através do email shows@cpc.pt ou na morada da sede ou delegação do norte do CPC. Os prazos de inscrição na primeira fase é até 27 de março, na segunda fase até 4 de abril, e a terceira e última até 10 de abril.

As Expo Caninas 2024 são regidas pelos regulamentos da Féfération Cynologique Internationale (FIC) e do Clube Português de Canicultura, e estão abertas aos exemplares de todas as raças e variedades oficialmente reconhecidas, registados em Livros de Origens ou com Registos Iniciais emitidos por organismos reconhecidos pela FCI.

O Município de Ponte de Lima acolhe a Expo Caninas no fim de semana de 20 e 21 de abril, no Pavilhão de Feiras e Exposições. Este evento, organizado pelo Município de Ponte de Lima com o apoio do Clube Português de Canicultura, engloba a VI Expo Internacional e a VII Expo Nacional.

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