Álvaro de Castro e Sousa Correia Feijó (Viana do Castelo, 5 de Junho de 1916 - Coimbra, 9 de Março de 1941) foi um poeta português. Faleceu de cancro quando ainda não completara os vinte e cinco anos de idade.
Filho de Rui de Menezes de Castro Feijó e de D.Maria Luisa Malheiro de Faria e Távora Abreu e Lima, fez os estudos secundários no colégio dos jesuítas de La Guardia, na vizinha Galiza, inscrevendo-se seguidamente na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra. Influenciado pela obra de seu tio-avô António Feijó (1859-1917), introdutor e cultor exímio do "Parnasianismo " francês no nosso país, surgem os "Primeiros Versos" de Álvaro Feijó que, segundo os críticos, constituem a manifestação de um talento poético embrionário. Poemas de adolescência centram-se na subjectividade do "eu" e nos temas do amor, reeditando a tensão entre o amor espiritual e carnal, o cerne temático da lírica de Camões, mas com um pendor tendencial para o amor petrarquista. Por outro lado, o poeta tenta a definição do próprio caminho poético, denunciando a sua crise de identidade, dividido entre a sua condição de aristocrata e as exigências da transformação social: "calcorreei a estrada, encadernado/ de senhor feudal".
Os seus versos são publicados em revistas como Sol Nascente, O Diabo, Altitude e Seara Nova e, postumamente, no Novo Cancioneiro. Companheiro no exercício poético de Políbio Gomes dos Santos, Joaquim Namorado, José João Cochofel e Carlos de Oliveira, formado nos princípios da escola neo-realista, a sua poesia sofre a trágica influência da guerra civil de Espanha, entre 1936-1939, e da segunda Grande Guerra.
Corsário (1940), o único livro que publicou em vida, é o apelo fundamental à reforma da sociedade e da justiça social e ao esvaziamento dos conteúdos religiosos, substituídos por temas laicos. O poema "Prece" sintetiza os vectores temáticos de cariz neo-realista: "Ó senhora da noite!/ tu que cobres/ pés descalços e corpos mal vestidos./ Ó senhora da noite!/ tu que apagas/ a luz febril dos olhos que têm fome". No "Diário de Bordo", que ficou incompleto devido à doença implacável, assistimos a uma nova estratégia temática: são versos de sarcasmo feroz dirigidos à própria classe aristocrata, ridicularizada nos seu actos de mundanidade frívola, numa ironia ao nível queirosiano. Mas é no âmbito da temática religiosa que a poesia de Álvaro Feijó atinge uma perfeição notável de fundo e de forma, como no poema "Senhora da Apresentação", que constitui uma súmula dos vectores temáticos do neo-realismo: "O dossel a espuma./ O altar as vagas/ - e que altar enorme! - / Entre círios de estrelas, / Nossa Senhora da Apresentação/ e Justificação/ - a Fom
O Viana Taurino Clube tem encontro marcado com a música e a poesia no próximo dia 15 de Março, pelas 21 horas, nas suas instalações na Praça da República, bem no coração de Viana do Castelo.
A tertúlia será animada pelo fado de Coimbra com Ricardo Barbosa e Carlos Bexiga Filipe na guitarra Portuguesa e Quim Peralta na Viola. As estrofes, os sonetos, os versos e as rimas farão o gáudio de todos os presentes. Um momento cultural a não perder!
Rosalía de Castro é justamente considerada a fundadora da moderna literatura galega ou seja, o movimento cultural do rexurdimento que está na origem do nacionalismo galego. A poetisa nasceu em Santiago de Compostela, em 23 de fevereiro de 1837, e faleceu em Padrón, em 15 de julho de 1885.
Escrita em galego e castelhano, a sua poesia inspira-se na lírica popular trovadoresca, tendo publicado em galego “Cantares Gallegos” e “Folhas Novas” e, em castelhano, “En las Orillas del Sar”. A Galiza celebra o Dia das Letras Galegas em 17 de Maio, invocando a edição de “Cantares Gallegos”,a sua primeira obra em galego.
Neste dia 7 de Fevereiro, evocamos a figura da maior poetisa fafense de todos os tempos, Soledade Summavielle, a propósito do seu falecimento, já lá vão 24 anos.
Soledade Summavielle Soares nasceu em Fafe, em 7 de Dezembro de 1907 e faleceu na capital portuguesa, no dia 7 de Fevereiro de 2000. É um nome cimeiro da literatura fafense, com expressão nacional, já que viveu grande parte da sua vida em Lisboa.
Uma existência longa dedicada inteiramente à arte, esta a de Soledade: foi cantora e ceramista, mas seria na poesia que mais se salientaria a sua actividade artística.
A sua faceta de cantora lírica é porventura a menos conhecida, conquanto tenha atingido nela elevada notoriedade. Lembremos que Soledade cantou no Teatro-Cinema de Fafe e em locais de culto da época: no Teatro S. João do Porto, no Casino da Póvoa de Varzim, no Salão Nobre do Orfeão do Porto e no Teatro Nacional de S. Carlos, em Lisboa. Colaborou em diversos concertos do pianista-compositor Thomaz de Lima, em Serões de Outono na ex-Emissora Nacional, ao lado do pianista Sequeira Costa e em recitais de música portuguesa na Radiodifusão francesa, em Paris.
Atraída ainda pelas artes plásticas, a notável e saudosa artista fafense foi aluna do pintor Marques de Oliveira, tendo-se dedicado particularmente à cerâmica.
Simultaneamente, revelou-se como poetisa, a partir dos anos 60, publicando uma dezena de obras que a singularizam como uma das vozes mais fortes e sentimentais da poesia portuguesa.
Publicou o seu primeiro livro, Sol Nocturno, em 1963. Seguiram-se Tumulto (1966), Âmago (1967), Canto Incerto (1969, Prémio da Academia de Ciências de Lisboa), Búzio (1971), Sagitário (1973), Tempo Inviolado (1977), Movimento de Asas (1984) e Escrínio (1987). Em 1988, reuniu toda a sua obra poética no volume 25 Anos de Poesia. Em 1991, publicou aquela que seria a sua última obra poética vinda a público, com o título Jardim Secreto.
Tem poemas em diversas antologias, designadamente, as colectâneas 800 Anos de Poesia Portuguesa (1973), Poetas de Fafe (1985) e Olhares (1997). Além disso, deixou colaboração dispersa por vários jornais e revistas (entre os quais, diversas publicações da sua terra natal), salientando-se a que prestou ao “Suplemento Literário” do Diário de Notícias, de que foi directora a poetisa e sua amiga Natércia Freire.
Em prosa, publicou as obras para crianças O Pirilampo do Bairro (1972) e Brisa – História de uma Andorinha (1979). Traduziu A Estrela do fundo dos Mares, de Jacques Chabar, A Princesa da Lua, de Patrick Saint Lambert e A Estrela de Carlina, de Dielette.
O Cenáculo Artístico e Literário “Tábua Rasa” distinguiu-a, em 21 de Janeiro de 1971, com um jantar de homenagem a que se associaram figuras altamente representativas das artes e das letras nacionais, como eram os casos de Hernâni Cidade, Natália Correia, Natércia Freire e João Maia, entre outros.
Analisaram e enalteceram a sua poesia figuras maiores da literatura nacional, como Jacinto do Prado Coelho, João Gaspar Simões, Hernâni Cidade, Luís Forjaz Trigueiros, Natércia Freire, António Quadros, João de Araújo Correia, Guedes de Amorim e Amândio César, entre outros.
Soledade Summavielle foi co-fundadora do Núcleo de Artes e Letras de Fafe, em 1990. Por isso, esta associação cultural lhe prestou várias homenagens após o seu falecimento além de ter instituído há mais de uma década o Prémio de Poesia Soledade Summavielle, em sua memória, que teve já três edições, e que inclui um premio pecuniário e a edição da obra premiada.
Para dar a conhecer a sua vida e obra o Núcleo de Artes e Letras de Fafe editou em Dezembro a obra "Soledade Summavielle - Obra Completa".
A obra inclui uma introdução inicial que sintetiza a vida e obra artística da poetisa, reproduzindo os dez livros de poesia publicados por Soledade Summavielle ao longo da sua vida literária, entre 1963 e 1991, num total de 314 poemas, a que se acrescentam mais 5 poemas publicados em jornais e coletâneas do Núcleo de Artes e Letras de Fafe. Acrescentam-se nove textos em prosa, que alargam a dimensão do labor literário de Soledade Summavielle, para campos diferentes do exercício da poesia.
São cerca de 500 páginas, em louvor da decana dos poetas fafenses.
Este livro, que cremos representar um notável contributo para o conhecimento, valorização e divulgação da vida e sobretudo da obra de Soledade Summavielle, tem em seu propósito constituir uma homenagem ao nome maior das letras fafenses e do mesmo passo fixar o seu nome luminoso no património imaterial do concelho e do país!
Soledade Summavielle na década de 30 do século XX
Soledade cantou o Minho e a sua terra natal, Fafe, que nunca esqueceu e a que regressava regularmente, para temporadas na sua casa de família.
Um dos poemas mais emblemáticos da excelsa poetisa fafense tem o título
BIOGRAFIA
Sou Poetisa. Por força do destino
E porque foi no Minho que nasci.
Gerei-me entre giestas, rosmaninho,
Bebi nas suas fontes, recolhi
Na íris dos meus olhos, o fulgor,
Da paisagem mais verde que já vi.
Este meu jeito de cantar, ficou-me
Dos pássaros cantores que lá ouvi.
Povo do meu País: levai meus Poemas.
Apertai-os nas rudes mãos calosas.
Ungi-os do perfume acre da terra,
Mais denso que o das rosas.
Lede-os ao sol, aos campos, às colinas.
Decorai-os depois, naturalmente,
E bebei-lhes o amor da vossa sede.
Sofrei também, sofrei fraternalmente,
O travo do amargor das minhas queixas,
Os sonhos que sonhei e não vivi.
Beijai-me neles, que me exaltareis.
Foi para todos vós que os escrevi.
Poetisa fafense irrenegável, cantou a sua terra, como ninguém, com vários textos e poemas, entre os quais o seguinte:
FAFE
Embandeiro em arco as verdes áleas
Da terra onde nasci, para a cantar.
Ternura de pensar-te berço quente,
De embalar.
Raiz daquela árvore fragrante
De que um dia flori, de onde me vem
Uma saudade doce e comovida –
Minha Mãe.
Sob a polpa macia dos teus dedos
Me ressoam acordes de cetim...
Terra ondulante, um dia serás leve,
Sobre mim.
Soledade Summavielle está justamente perenizada na toponímia da sua cidade natal desde 2021.
Passam precisamente 90 anos sobre a data de falecimento de João Verde – o poeta monçanense que dedicou muitos dos seus versos à irmanação do Minho e Galiza.
João Verde, pseudónimo de José Rodrigues Vale, poeta maior das letras monçanenses, nasceu a 2 de novembro de 1866, no Largo da Palma, e faleceu a 7 de fevereiro de 1934, na “Casa do Arco”, Rua Conselheiro Adriano Machado, conhecida localmente como Rua Direita.
Exercendo como secretário da Câmara Municipal de Monção, desde 22 de julho de 1891 até à data do seu falecimento, a vida literária de João Verde distribuiu-se pela criação poética em verso e em prosa e pelo jornalismo, publicando textos seus nos jornais “Aurora do Lima”, “A Terra Minhota”, “Alto Minho”, “Monsanense” e “Independente”. Em 1901, funda “O Regional” (1901 – 1918).João Verde estreou-se na poesia com a publicação de “Musa Minhota”, 1887, seguindo-se “N`Aldeia”, 1890. A sua obra mais conhecida, “Ares da Raia”, foi impressa em Vigo e lançada em 1902. A tiragem foi de 700 exemplares, 500 para Portugal e 200 para a Galiza. Por incluir dois poemas em galego, João Verde foi inscrito, mais tarde, na catedrática Santiago de Compostela como o XV poeta galego.
A memória de João Verde está viva na memória de todos os monçanenses através das reedições em poesia e prosa das suas obras, do busto em bronze e mural com o poema “Vendo-os assim tão pertinho”, na Avenida General Humberto Delgado, conhecida como Avenida dos Néris, do nome atribuído à principal sala de espetáculos de Monção, Cine Teatro João Verde, bem como na designação da ponte internacional entre Monção e Salvaterra de Miño: Ponte Internacional João Verde/Amador Saavedra. Na publicação “João Verde: Vida e Obra”, 1961, Gentil de Valadares referiu-se ao poeta desta forma: “O nome de João Verde – nome que consubstancia o português de lei, o regionalista fervoroso, o poeta d`a Galiza e mail`o Minho, o funcionário por excelência serviçal, o cidadão amigo do semelhante -, brilhará em letras de oiro, com incontestável direito, legitimamente, no pergaminho monçanense. Quanto dariam outras terras por ter o amor de tal filho!”
Fonte: Câmara Municipal de Monção
São da sua lavra estes versos:
“Vendo-os assim tão pertinho,
A Galiza mail'o o Minho
São como dois namorados
Que o rio traz separados
Quasi desde o nascimento.
Deixalos, pois, namorar
Já que os pais para casar
Lhes não dão consentimento.”
Na outra margem do rio Minho – da vizinha e irmã Galiza – replicou o poeta galego Amador Saavedra que respondeu nos seguintes termos:
“Se pudermos dar crédito à fama, este túmulo conserva os restos de Sebastião,
Morto nas plagas africanas
Mas não digas que é falsa a opinião dos que acreditam que ele ainda é vivo,
Porque a glória lhe assegura a imortalidade”
D. Sebastião nasceu em 1554, há precisamente 467 anos, no dia 20 de Janeiro de 1554. E, quando morreu?
O seu tio, Filipe II de Espanha, chamou a si a organização das exéquias fúnebres que foram grandiosas como convinha e ordenou ao poeta Diogo Bernardes que produzisse o epitáfio que se encontra inscrito no seu túmulo. E, desse modo a seu ver, ficava legitimada perante o povo português a sua pretensão ao trono de Portugal.
“Mas não digas que é falsa a opinião dos que acreditam que ele ainda é vivo” – disse o poeta!
O seu nome está ainda ligado à cidade do Porto onde nasceu, a Lisboa onde exerceu a sua atividade profissional e à Amadora onde viveu e concretizou muitas das suas realizações cívicas. Teve limianos como antepassados e algumas das suas descendentes nasceram em Ponte de Lima onde aliás também viveu.
A Lisboa onde trabalhou e fundou a editora “Guimarães, Libânio e Cª” que viria mais tarde a adoptar a denominação de Guimarães Editores, atualmente pertencente ao grupo Leya. A Ponte de Lima à qual dedicou grande parte dos seus versos e também alguns dos seus romances, para além da sua enorme ligação familiar do qual foi inclusive Administrador do Concelho. E ainda à cidade da Amadora onde viveu e deixou importante obra cívica da qual salientamos a criação da Liga dos Melhoramentos da Amadora, responsável pela instituição da Escola Alexandre Herculano.
O nome de Delfim Guimarães encontra-se consagrado na toponímia de Lisboa, de Ponte de Lima e também da cidade da Amadora onde, aliás, dá o nome ao jardim que constitui a sua sala de visitas e aí tem erigido um busto. Apenas o Porto, cidade onde nasceu, não lhe prestou até ao momento a devida homenagem. A efeméride que este ano se assinala constitui uma excelente oportunidade para conhecer a vida e a obra deste escritor.
“Delfim Guimarães. O Poeta da Amadora” é o título da melhor biografia até ao momento produzida acerca da vida e obra do poeta e escritor Delfim Guimarães. Da autoria de Lopes Vieira, o livro é uma edição da Câmara Municipal da Amadora, publicado em 1989 e encontra-se actualmente esgotado. A passagem dos 150 anos sobre a data do seu nascimento justificaria seguramente uma segunda edição desta obra.
Neste livro, o autor traça de uma forma admirável o perfil do escritor Delfim Guimarães, acrescentando à sua biografia a sua obra literária e a sua intervenção cívica, não apenas no domínio profissional como ainda como cidadão interventivo na sua época que deixou uma obra cujos frutos continuam a ser colhidos pelas actuais gerações. Referimo-nos principalmente à sua acção política e cívica naquela localidade que viria a ser o actual Concelho da Amadora, nomeadamente através da criação da Liga de Melhoramentos que, entre outras iniciativas, foi responsável pela fundação das Escolas Alexandre Herculano.
Lopes Vieira convida-nos a uma digressão através da obra literária do escritor Delfim Guimarães, apresentando-nos muitos dos seus poemas, grande parte dos quais dedicados ao Ponte de Lima, facto que por si só justificaria o seu reconhecimento como “O Poeta de Ponte de Lima” – se foi na Amadora que ele viveu grande parte da sua vida e pelo seu progresso social se bateu, não restam dúvidas de que foi a Ponte de Lima que dedicou os seus versos!
Rua Delfim de Brito Guimarães (Lisboa)
Poeta 1872 - 1933
Freguesia(s): Campolide
Início do Arruamento: Rua Basílio Teles
Fim do Arruamento: Rua José Malhoa
Data de Deliberação Camarária: 08/02/1995
Data do Edital: 17/02/1995
Data do Edital do Governo Civil:
Data do Edital do Governo Civil:
Designação(ões) Anterior(es): Troço da Rua A à Avenida José Malhoa, compreendido entre a Rua Basílio Teles e a Avenida José Malhoa.
Historial: “Aos vinte e três dias do mês de Setembro de mil novecentos e noventa e quatro pelas dezasseis horas, numa das salas dos Paços do Concelho, reuniu a Comissão Municipal de Toponímia (...) Seguiu-se a leitura de uma carta da casa do Concelho de Ponte Lima, solicitando que o nome do poeta Delfim Guimarães, seja atribuído a uma rua de Campolide, situada nas imediações da sede da referida Instituição.
A Comissão emitiu parecer favorável, designando para o efeito o troço da Rua A à Avenida José Malhoa, compreendido entre a Rua Basílio Teles e a Avenida José Malhoa que, assim, passará a denominar-se: Rua Delfim De Brito Guimarães/Poeta/1872 – 1933”.
Delfim de Brito Guimarães nasceu no Porto em 4 de Agosto de 1872 e faleceu na Amadora, em 6 de Julho de 1933. De filiação republicana e maçónica, estudioso das Letras Portuguesas, cavaleiro apaixonado pela Menina e Moça de Bernardim Ribeiro, em querelas com Teófilo Braga ou em franca e admirativa correspondência com D. Carolina Michaëlis de Vasconcelos, conforme transcreveu no seu «Arquivo Literário». A sua paixão romântica pela política (União Republicana), levou-o às polémicas sobre as cores e os símbolos da bandeira nacional. Em 1889, veio para Lisboa e com apenas dezanove anos começou a trabalhar como guarda-livros no Século, onde passou a administrador. Ali permaneceu por dez anos mas foi obrigado
a retirar-se, pois a Administração não via com bons olhos a sua actividade literária. Fundou e consolidou uma importante Casa Editora – a Guimarães Editores, que ainda hoje existe na Rua da Misericórdia. Através desta editora, trouxe ao nosso conhecimento, autores estrangeiros notáveis em cuidadas traduções. Poeta, novelista, crítico, erudito, dramaturgo, investigador literário, Delfim de Brito Guimarães prestou valiosos serviços às letras portuguesas. Iniciou a sua carreira de escritor em 1893 com Alma Dorida, um livro de poemas escritos em prosa, dedicado à sua mãe. Nesse mesmo ano escreveu também Lisboa Negra, versos que dedicou à Capital, revelando a sua difícil adaptação a esta cidade. Confidências, um novo livro de poemas, é publicado em 1894 e, no ano seguinte, sai um livro de «orações», em verso, intitulado Evangelho. Em 1902, escreve uma comédia denominada Juramento Sagrado e neste mesmo ano, escreve um poema inspirado em ambientes medievais e de cariz romântico, chamado A Virgem do Castelo. No ano em que abre a Livraria, em 1903, publicou Outonais, obra em poesia dedicada ao amor e, em 1916, durante a Grande Guerra, por publicou uma colectânea de poemas de diversas métricas e estilos, intitulada A Alma Portuguesa. Deixou um património editorial inestimável, quer pelo fundo editorial acumulado, quer pelos serviços que prestou à cultura portuguesa.
A imagem mostra os descendentes do escritor Delfim Guimarães por ocasião da atribuição do seu nome a uma artéria de Lisboa.
Delfim Guimarães nasceu em Santo Ildefonso, no Porto e viveu grande parte da sua vida na Amadora, nos arredores de Lisboa, onde teve grande intervenção cívica e política. Porém, as suas raízes familiares encontram-se em Ponte de Lima, terra em relação à qual consagrou muitos dos seus poemas.
Em Lisboa fundou em 1899 a editora “Guimarães, Libânio e Cª”, actualmente conhecida como Guimarães Editores.
Na Amadora onde viveu e veio a falecer, em 6 de Julho de 1933, foi o grande impulsionador da Liga dos Melhoramentos da Amadora e das escolas Alexandre Herculano. Esta cidade consagrou-lhe um jardim em pleno centro, atribuindo-lhe o seu nome e aí descerrando o busto cuja imagem junto se reproduz. Autêntica sala de visitas da Amadora onde se realizam os principais eventos culturais, o Parque Delfim Guimarães foi inaugurado em 1937 pelo então Presidente da República, General Óscar Carmona.
Delfim de Brito Monteiro Guimarães (Porto, 4 de Agosto de 1872 - Amadora, 6 de Julho de 1933) foi um poeta, ensaísta, bibliófilo e tradutor português.
Trabalhou na área comercial onde desempenhou funções de contabilista e de administrador de diversas empresas, mas ficou conhecido pela sua produção literária, nomeadamente poesia, ensaio, conto, teatro e história, tendo sido fundador da editora «Guimarães, Libânio e C.ª» em 1899, atualmente conhecida como Guimarães Editores.
Tem colaboração em publicações periódicas, como é o caso das revistasBranco e Negro(1896-1898),Ave Azul(1899-1900),A Sátira(1911),Atlântida(1915-1920) e naRevista de turismoiniciada em 1916.
Foi iniciado na Maçonaria na Loja O Futuro, em Lisboa, com o nome simbólico de Bakunine.
A 17 de maio de 1919, foi agraciado com o grau de Comendador da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada.
Fonte: Wikipédia
Exemplar com dedicatória oferecido ao jornalista Rocha Martins, aqui tratado por “ilustre camarada”, em 5 de Abril de 1921.
“Á Memória de Herculano” é o título de um poema de cariz patriótico da autoria do escritor e poeta Delfim Guimarães, publicado em 1910, por ocasião da “celebração do centenário do nascimento do egrégio historiador português” ocorrida em 28 de março daquele ano, e editado pela Livraria Editora Guimarães & Cª, editora fundada pelo próprio autor.
Com vasta obra literária, o escritor Delfim Guimarães nasceu no Porto em 4 de agosto de 1872, encontrando-se também ligado a Ponte de Lima, terra à qual dedicou a maioria dos seus versos e ainda á cidade da Amadora onde viveu e veio a falecer em 6 de julho de 1933.
O livro cuja imagem reproduz foi pelo autor oferecido a Henrique Marques, na dedicatória tratado como “bom amigo e camarada”.
“Asas de Portugal” é o título de um poema de cariz patriótico da autoria do escritor e poeta Delfim Guimarães, publicado em 1922, por ocasião da primeira travessia aérea do Atlântico Sul levada a cabo por Gago Coutinho e Sacadura Cabral, no contexto das comemorações do primeiro centenário da independência do Brasil.
O poema foi escrito na Amadora, terra com grandes tradições aeronáuticas, e editado pela Livraria Editora Guimarães & Cª, editora fundada pelo próprio autor.
Com vasta obra literária, o escritor Delfim Guimarães nasceu no Porto em 4 de agosto de 1872, encontrando-se também ligado a Ponte de Lima, terra à qual dedicou a maioria dos seus versos e ainda á cidade da Amadora onde viveu e veio a falecer em 6 de julho de 1933.
O livro cuja imagem reproduz foi pelo autor oferecido à Redação do jornal Diário de Notícias.
O Parque Delfim Guimarães situa-se no centro da Amadora, na zona mais antiga da cidade, entre a Avenida Elias Garcia e a linha de caminho de ferro que, desde finais do século XIX, contribuiu decisivamente para a expansão do primitivo aglomerado urbano designado como Porcalhota.
Correspondendo ao mais antigo e emblemático espaço verde do concelho, construído na década de 30 do século XX, por iniciativa da então estrutura municipal sediada em Oeiras foi primeiro apelidado de Jardim-Parque da Amadora, ocupando os terrenos agrícolas situados nas imediações do bairro Santos Mattos, primeiro conjunto habitacional da cidade.
O espaço integrado no Parque organiza-se a partir de uma pérgola central, dotada de fonte e bancos em redor. A partir deste espaço definem-se caminhos sinuosos, pontuados por canteiros de roseiras e herbáceas. O jardim possui, igualmente, alguns elementos importantes para a história local como o busto do poeta Delfim Guimarães que deu o nome ao espaço e que se encontra implantado numa rotunda intermédia assim como algumas lápides comemorativas de efemérides locais.
Inicialmente o parque integrou um tradicional espaço com areia balouços e escorregas, conjunto que, depois de ter sido reformulado, se transformou num moderno parque infantil obedecendo às novas normas de segurança. Igualmente numa intervenção mais recente foi criada uma "zona de estadia formal", dotada de bancos e cadeiras.
História
O Parque Delfim Guimarães deve o seu nome ao poeta que viveu e faleceu na cidade (1872-1933) tendo contribuído para esta iniciativa o tenente Cândido Pinheiro, vereador da Câmara de Oeiras, residente na então freguesia da Amadora. O conjunto ajardinado foi inaugurado a 27 de Junho de 1937, na presença do Presidente da República, General Óscar Carmona, escassos dias depois de a Amadora ter sido elevada à categoria de vila. Em 1997 o jardim foi sujeito a obras de reconversão a cargo da Arquiteta Paisagista Patrícia França, tendo estas sido parcialmente concluídas em 2002. Em 2015 o espaço foi novamente objeto de uma intervenção, apostando-se desta vez numa poda algo radical das árvores existentes, intervenção esta com impactos negativos no valor paisagístico do conjunto, tendo sido reduzidas as áreas de sombra e a bela mancha verde que caraterizava o local. De notar que este é um dos poucos espaços verdes existentes na zona central da cidade tão intensamente urbanizada, algo que hoje se sabe ser indispensável para a melhoria da qualidade de vida da população.
Paulo Fernandes/IPPAR/2007. Atualizada por Maria Ramalho/DGPC/2015.
Portugal assinala no próximo ano 500 anos sobre a data de nascimento do seu maior poeta – Luís Vaz de Camões – que representa também um elo de ligação à nação irmã da Galiza.
Luís Vaz de Camões, o poeta que Portugal celebra no próximo ano 500 anos sobre a sua data de nascimento, tinha raízes familiares galegas. Os seus ancestrais eram oriundos da Galiza, próximo do Cabo Finisterra.
O autor de “Os Lusíadas” descendia, pela via paterna, de Vasco Pires de Camões, trovador galego que se transferiu para Portugal em 1370. Entre os seus antepassados conta-se Antão Vaz de Camões, filho do trovador Vasco Pires de Camões, o qual veio a casar com D. Guiomar da Gama, fidalga aparentada do grande navegador Vasco da Gama. Deles descendem Simão Vaz de Camões que serviu na Marinha Real e fez comércio na Guiné e na Índia e Bento Vaz de Camões que ingressou no Mosteiro de Santa Cruz dos Agostinhos.
Simão Vaz de Camões casou com D. Ana Sá de Macedo de cuja ligação nasceu Luís Vaz de Camões. Desconhece-se em rigor a data e o local do seu nascimento, presumindo-se que tenha sido em Lisboa, em 1524. As suas ligações à região de Santarém provêm do lado materno.
Sexta, de música e poesia o Taurino espera a presença dos amantes da escrita, da música e da poesia. Sexta-feira, 15 de Dezembro, entre as 12 e as 21 horas.
Obra completa de Soledade Summavielle apresentada em 7 de Dezembro na Biblioteca Municipal
O Núcleo de Artes e Letras de Fafe promove a apresentação do livro "Soledade Summavielle - Obra completa (poesia e prosa)", edição do NALF, com recolha, introdução e notas de Artur Ferreira Coimbra, na próxima quinta-feira, dia 7 de Dezembro, pelas 21h30, na Biblioteca Municipal de Fafe.
A anteceder, regista-se a abertura da exposição "Fios de Poesia", sobre Soledade e um momento musical a cargo da Academia de Música José Atalaya.
A apresentação da obra completa de Soledade, um projecto acalentado pelo Núcleo de Artes e Letras de Fafe há alguns anos, surge a propósito da data do nascimento da poetisa maior do universo fafense. Soledade Summavielle nasceu em 7 de Dezembro de 1907, há 116 anos e faleceu em 7 de Fevereiro de 2000, aos 92 anos.
Data redonda é também a evocação dos 60 anos sobre a publicação do seu primeiro livro de poesia, "Sol Nocturno", em 1963.
A longa existência de Soledade foi dedicada inteiramente à arte: foi cantora lírica, tendo actuado em grandes palcos nacionais, e também ceramista, mas seria na poesia que mais se salientaria a sua actividade artística.
É dos poetas fafenses a única que atingiu verdadeira expressão nacional, em resultado da qualidade da sua obra poética que se dispersa por cerca de três décadas e uma dezena de obras publicadas que a singularizam como uma das vozes mais fortes, únicas, autênticas e emotivas da poesia portuguesa.
Analisaram e enalteceram a sua poesia figuras cimeiras da literatura nacional, como Jacinto do Prado Coelho, João Gaspar Simões, Domingos Monteiro, Hernâni Cidade, Natércia Freire, Ferreira de Castro, António Gedeão, Ana Hatherly, Lauro António, Urbano Tavares Rodrigues ou João de Araújo Correia, entre muitas outras.
A obra agora publicada inclui uma introdução inicial que sintetiza a vida e obra artística de Soledade, reproduzindo os dez livros de poesia publicados por Soledade Summavielle ao longo da sua vida literária, entre 1963 e 1991, num total de 314 poemas, a que se acrescentam mais 5 poemas publicados em jornais e coletâneas do Núcleo de Artes e Letras de Fafe.
Acrescentam-se nove textos em prosa, que alargam a dimensão do labor literário de Soledade Summavielle, para campos diferentes do exercício da poesia.
São cerca de 500 páginas, em louvor da decana dos poetas fafenses.
Este livro, que cremos representar um notável contributo para o conhecimento, valorização e divulgação da vida e sobretudo da obra de Soledade Summavielle, tem em seu propósito constituir uma homenagem ao nome maior das letras fafenses e do mesmo passo fixar o seu nome luminoso no património imaterial do concelho e do país!
Além da apresentação da obra que sintetiza toda a vida literária da poetisa, serão lidos poemas de Soledade Summavielle!!!
[Neste dia (1 de dezembro) há 79 anos nasceu, na vila de Ponte de Lima, Amândio Sousa Dantas]
Andada a Amândio Sousa Dantas
Nasceu, e cresceu,
encantado pelo rio
nele fez o seu caminho
nem torneiras, nem barragens…
água, talvez genuína,
revolta, paisagem,
uma simples pedra
a ornar a passagem.
José Sousa Vieira (Dissipações)
AMÂNDIO SOUSA DANTAS (1944-2022)
Nasceu na rua Vasco da Gama (Arrabalde), na vila de Ponte de Lima, a 1 de Dezembro de 1944. De seu nome completo, Amândio de Sousa Pereira Dantas começou a publicar poesia nas páginas do semanário Cardeal Saraiva, de Ponte de Lima, como a. dantas, em 1971 (também nesse ano, e no mesmo jornal, surge poesia satírica, assinada por ERA DANTES que, em rigor, desconhecemos se é da sua autoria). Em 1972 divulga ainda como a. dantas e Sousa Dantas que mantém até o ano seguinte aquando na sua emigração para a Alemanha. Então, de lá, e sempre para o mesmo periódico, do que conhecemos, envia poemas subscritos por Amândio Sousa Dantas, estabilizando assim a sua assinatura poética.
No ano do seu regresso definitivo (em fins de 1984) a prosa (publicista, cronista, crítico literário) aparece na sua produção divulgada em Portugal. No Cardeal Saraiva, n.º 3081, de 14 de Setembro de 1984, é incluído o texto “Teatro Diogo Bernardes: Hoje é Armazém em Ponte de Lima!”, como A. Dantas (talvez o primeiro de muitos que foi escrevendo durante cerca de 38 anos).
Entretanto, no ano anterior (1983), ainda a viver e a trabalhar na Alemanha, é editado o seu primeiro livro de poemas: Sentimento da Ausência, com o patrocínio do departamento Cultural da cidade de Osnabrück. Bilingue, a tradução para alemão é da responsabilidade de Margit Scharfe Poças. É o início de um importante número de títulos, o último dos quais O Silêncio das Nuvens, de 2019, e todos listados abaixo.
Essa sua inicial obra mereceu significativo interesse no seu país de acolhimento, sendo o primeiro estrangeiro a participar em “Literatura pelo Telefone”, iniciativa cultural da cidade de Osnabrück. Também o canal televisivo ZDF, no programa “Vizinhos da Europa”, emitiu um espaço de 10 minutos dedicado à obra do poeta.
Em Portugal o despertar para a importância deste autor foi crescendo em função das edições e activando a atenção, entre outros, de Daniel Lacerda, Pedro Alvim, Luís Fagundes Duarte, Luciano Caetano Rosa, Paulo Brito e Abreu, Fernando Morais, José Cândido Oliveira Martins, Porfírio Pereira da Silva, Fernando Melim, Cláudio Lima, seu irmão Luís Dantas.
Em resumo, Daniel Lacerda (Latitudes, n.º 7, Dez/1999 – Jan. 2000) escreveu que “Amândio Sousa Dantas afirma-se hoje como uma voz poética original e de autêntico temperamento”, e J. Cândido Martins (O Anunciador das Feiras Novas, 2002), ”a poesia de Amândio Dantas evoca-nos uma longa tradição, sobre a forma de canto órfico, grito de denúncia, verbo incontido, indomado, incómodo, expressão primitiva e hodierna dos mais fundos anseios do ser humano…”
- Livros de poesia de autoria de Amândio Sousa Dantas
ano Título Prefácio
1983 SENTIMENTO DA AUSÊNCIA Margret Poggemeier
1985 POEMAS DA IMIGRAÇÃO -
1987 NA CIDADE ESTRANGEIRA -
1991 EMIGRAR NA PRIMAVERA -
1994 PERFEITO CHÃO DE VOAR José Sousa Vieira
1997 SOMBRAS E RAMOS SOBRE O PEITO -
1998 INFINITA É TODA A NASCENTE -
2000 HÁ UMA ETERNA LIBERDADE Paulo Brito e Abreu
2001 O INSTANTE É A TUA FACE NO POEMA Daniel Lacerda
2003 POUSADO NO SILÊNCIO -
2006 NO OMBRO O ORVALHO -
2010 POEMAS DA EMIGRAÇÃO Daniel Lacerda
2010 ALTO AMOR EM ALTO RIO -
2011 POEMA SEM FIM Amândio Sousa Dantas
2012 SENTIMENTO DO POEMA -
2019 O SILÊNCIO DAS NUVENS Fernando Pereira (Director Jornal Alto Minho)
- Participa, pelo menos, nas seguintes Obras Colectivas:
1985 - A Emigração na Literatura Portuguesa: uma colectânea de Textos - A. M. Pires Cabral
1989 – A Diáspora em Letra Viva: 100 artistas lavram a punho a marcha das suas criações
- Participa em numerosas obras tituladas por outros autores.
- Escreve Prefácio para:
2003 – Viagem Oculto, Meireles, Fátima
- Colabora:
nas Revistas:
Peregrinação - Revista das Artes e Letras de expressão emigrante
Anschlage: Kunst und Kultur
Latitudes – Cahiers Lusophones
Limiana - Revista de Informação, Cultura e Turismo
O Anunciador das Feiras Novas
Entre outros, nos Jornais (poesia e prosa):
Cardeal Saraiva
Aurora do Lima
Foz do Lima
Alto Minho
- A sua criação poética é utilizada em trabalhos académicos, como:
2016, Maria Leonor Nunes Raposo do Cabo Pita (Mestrado em Estudos de Língua Portuguesa): Literatura e emigração: olhares cruzados (Nita Clímaco, Assis Esperança, Olga Gonçalves e Amândio Sousa Dantas) – Estudo comparatista para utilização desta temática no Ensino Secundário.
Vida profissional (em Ponte de Lima e Alemanha):
Profissionalmente, antes do sua vida militar (esteve na guerra, na Guiné, de 1966 a 1968), trabalhou em alfaiataria; depois e antes de emigrar, nos serviços florestais; na Alemanha, entre outras ocupações, foi operário fabril; regressado a Portugal, em diversas actividades, entre elas alfaiataria.
Na sua actividade social e política recordamos:
- Em 1972 participou na comissão que Bernardo Vilas Boas criou para organizar a vinda, ao Teatro Diogo Bernardes a 8 de Dezembro, do Grupo de Teatro do Atlético Clube de Campolide, com a peça A Vida do grande D. Quixote de La Mancha e do gordo Sancho Pança.
- Em 1973, em Junho, convidado por Carlos Novo (um dos fundadores do Partido criado na Alemanha em 19 de Abril desse ano), adere ao Partido Socialista.
- Em 1976, terá sido um dos fundadores dos Trabalhadores Portugueses da Cidade de Osnabruck, cuja finalidade era a divulgação e a defesa da Língua Portuguesa (não temos dados documentais).
- Durante o biénio de 1979/80 foi dirigente associativo do Centro Português de Osnabrück.
- Em 1985, é eleito nas eleições para as autarquias locais desse ano (15 de Dezembro) e representa a APU (Aliança Povo Unido- coligação do Partido Comunista Português, MDP/CDE e PEV - Partido Ecologista os Verdes) na Assembleia de Freguesia de Ponte de Lima (mandato 1985-1989).
- Em 1986, é um dos pioneiros da Rádio local em Ponte de Lima.
- Em 1993, é um dos principais contestatários à prevista localização de Matadouro Regional do Alto-Minho, em Padreiro, Arcos de Valdevez, muito perto das margens do rio Lima.
- Em 1994, é o principal impulsionador e um dos fundadores, em Ponte do Lima, da MOLIMA (Movimento para a Defesa do Rio Lima). Nesta associação vem a desempenhar vários cargos dirigentes, sendo presidente da direcção muitos anos.
Deixou-nos a 22 de Dezembro de 2022. Respeitando a sua vontade, a sua sobrinha Ana Catarina doou a sua biblioteca particular (3194 monografias, 184 periódicos e 222 outros) à Biblioteca Municipal de Ponte de Lima.¨
Livro de poesia “Paleta de Sonhos” de Adriana Figueiredo, apresentado na Biblioteca Municipal
Decorreu, no passado dia 11 de novembro na Biblioteca Municipal Tomaz de Figueiredo, a sessão de apresentação do primeiro livro da autora Adriana Figueiredo “Paleta de Sonhos”.
O livro, constitui uma seleção de poemas que a autora tem escrito ao longo dos anos, e com especial incidência nos anos da pandemia.
Na sessão estiveram presentes em representação da autarquia, Nuno Soares, Chefe de Divisão de Desenvolvimento Sociocultural e três amigos de longa data da autora, os docentes Gabriela Menezes, Lúcia Ribeiro e Renato Ferreira. A este último coube a responsabilidade de apresentar a autora e o livro, escrutinando nos poemas contidos no livro as mensagens profundas que perduram para lá de uma primeira leitura: “a mensagem que está em cada poema vai além do que à primeira vista nos é apresentado, pela sua extrema sensibilidade e ternura”.
A autora consegue prender o leitor através das viagens que pinta com tonalidades diversas que fazem deste, um livro perfeito para conhecer o seu mundo interior.
Adriana Figueiredo é natural de Peso da Régua, cresceu na cidade da Maia onde viveu até iniciar o percurso profissional. Tendo como Formação o Curso de Pintura pela Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis do Porto, e frequência de Mestrado em Educação Artística da Escola Superior de Educação de Viana do Castelo, dedicou a vida ao ensino sendo Professora de Educação Visual em várias Escolas.
No entanto sempre teve como duas grandes paixões a pintura e a escrita em forma de poesia. Embora o seu percurso profissional fosse dedicado ao ensino, que abraçou com entusiasmo, sempre usou a escrita como forma de refúgio para guardar todas as emoções (e batalhas) que a vida se lhe foi deparando.