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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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PAREDES DE COURA SENSIBILIZA COMUNIDADE ESCOLAR PARA A PROTEÇÃO CIVIL

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Paredes de Coura assinalou o Dia da Proteção Civil com ações de sensibilização junto da comunidade escolar, sobre a importância e o papel dos agentes de proteção civil na salvaguarda da vida humana, da propriedade e do património cultural e ambiental, face à ocorrência de acidentes graves e catástrofes.

“A Proteção Civil e os seus diversos agentes têm uma importância fulcral na salvaguarda do bem-estar das populações numa sociedade de riscos como a contemporânea”, explicou Vitor Paulo Pereira, presidente da Câmara de Paredes de Coura, admitindo que, “no entanto, nem sempre há reconhecimento público do seu papel e, sobretudo, não há uma ideia generalizada de que todos os cidadãos são agentes de proteção civil”.

Com esta ação, dirigida ao público escolar, o Município procurou “explicar às crianças que o sistema da proteção civil visível, que envolve entidades como os Bombeiros Voluntários, a GNR e o INEM, está dependente de um alerta que é dado por um cidadão anónimo e que é verdadeiramente o que pode fazer a diferença”.

Por sua vez, Marco Domingues, do Comando Sub-Regional do Alto Minho, sugeriu que “num paradigma de sociedade de risco em que se vive, a segurança da população depende da informação e sensibilização relativa a comportamentos considerados como referência no seu quotidiano, levada a cabo essencialmente pelos Agentes de Proteção Civil”, acrescentando que “devem cada vez mais serem valorizados os eventos e ações que visam a divulgação de esclarecimentos de medidas de autoproteção em caso de ocorrência de acidentes ou catástrofes”.

Para o comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil, “é uma necessidade premente preparar a população face aos riscos e cenários que possam ocorrer”, defendendo a necessidade de “direcionar as crianças, jovens e adultos numa educação para o risco, através de campanhas de sensibilização e de exposições de meios dos diversos agentes, que proporcionam uma cultura de segurança, alertando para a promoção de atitudes e comportamentos adequados em caso de emergência”.

É neste âmbito que esta ação de sensibilização do Dia da Proteção Civil “permite uma interatividade mais direta”, como reconhece Marco Domingues, para quem “a envolvência da população com os meios operacionais dos diversos agentes de proteção civil torna-se um meio de comunicação de excelência, devido ao contato direto com os intervenientes das diversas entidades”.

Nesta iniciativa que decorreu no Largo Visconde de Moselos, em frente à Câmara Municipal, com a demonstração das viaturas e meios e interação com o público e a comunidade escolar -- Jardins de Infância, turmas do ensino básico e secundário do Agrupamento de Escola de Paredes de Coura, bem como da EPRAMI–Escola Profissional do Alto Minho Interior --, participaram a GNR, os Bombeiros Voluntários de Paredes de Coura e as duas equipas de sapadores florestais que atuam no território do concelho.

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PAREDES DE COURA: VIRA FEST REÚNE ESCOLAS E PROJETOS DE EDUCAÇÃO MUSICAL DE PORTUGAL E GALIZA

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23 e 24 março | Paredes de Coura

O Vira Fest marca de novo encontro em Paredes de Coura no fim de semana de 23 e 24 de março, promovendo mais uma vez o intercâmbio entre alunos, professores, profissionais da música e comunidade em geral, reunindo escolas e projetos de educação musical de Portugal e Galiza num programa que inclui conversas, showcases e concertos.

Promovido pela Associação Cultural Rock’n’Cave conjuntamente com o Município de Paredes de Coura, o Vira Fest procura ser um espaço de troca de experiências e boas práticas de educação musical, onde também se reflete sobre os diferentes percursos que a música tem para oferecer aos jovens e à comunidade. 

Tendo por referência a Escola de Rock, como escola anfitriã, a edição deste ano do Vira Fest conta com os contributos do Serviço Educativo da Casa da Música -- programa pioneiro no que diz respeito à capacitação de artistas para trabalho em comunidades e criação coletiva --, Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo (ESMAE-Politécnico do Porto), a SonDeSeu – Orquestra Folk de Galicia/ETRAD e a Academia de Artes de Chaves, com o projeto de cruzamento disciplinar Os Caminhos da Cultura.

Para além dos showcases, com o objetivo de mostrar a diversidade de metodologias, abordagens e percursos que a música oferece, há ensaios abertos com a Escola de Rock e a Academia de Música de Castelo de Paiva, Xapas Sessions -- no espaço Xapas Lounge, com concertos de combos provenientes da RockSchool Porto e da Academia Valentim de Carvalho (Porto) --, bem como concertos com a participação de grupos formados em escolas dedicadas a géneros musicais variados, como A Casa do Rock Santiago de Compostela, o Conservatório de Música Calouste Gulbenkian de Braga e Escola Estúdio de Pejão.

O Vira Fest encerra em formato big band com o concerto da Escola de Rock de Paredes de Coura com a Academia de Música de Castelo de Paiva.

PROGRAMA: https://escoladorock.paredesdecoura.pt/vira-fest-2024-programa

a entrada é livre em todas as atividades, sujeita à lotação dos espaços

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PAREDES DE COURA MARCA ENCONTRO COM A CIÊNCIA

um olhar a partir da tecnologia

III Encontro com Ciência – A Terra no Universo e nós na Terra

15 e 16 março | Centro Cultural

A ‘Física das partículas e a sua simbiose com o progresso da informática e dos materiais do CERN’, por Ana Peixoto, da Organização Europeia para a Investigação Nuclear e investigadora da Universidade de Seattle, Washington, ‘Humanizar o conhecimento: afinal, o que significa traduzir a ciência com o coração?’, por Elizabete Fernandes, do Laboratório Internacional Ibérico de Nanotecnologia, e ‘James Webb Telescop: uma nova janela para o Universo – sessão de observação noturna’, com Filipe Pires, do Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço, da Universidade do Porto, são algumas das comunicações/intervenções na edição deste ano do Encontro com Ciência – A Terra no Universo e nós na Terra, subordinado ao tema… um olhar a partir da tecnologia, e que decorre a 15 e 16 de março, em Paredes de Coura.

Organizado pelo Agrupamento de Escolas em parceria com o Município de Paredes de Coura, este III Encontro com Ciência – A Terra no Universo e nós na Terra contempla também uma mesa-redonda, no sábado, sob a forma de uma conversa científica entre especialistas, com Tiago Brandão Rodrigues (ex-Ministro da Educação), Pedro Cunha (Diretor-Geral de Educação), Pedro Latoeiro (fundador da ONG ‘Center for Cooperation in Cyberspace’) e Nuno Fonseca (Agência para a Integração, Migração e Asilo).

A sexta-feira do III Encontro com Ciência destina-se a escolas e à comunidade em geral e, decorrerá, sob a forma seminários em simultâneo, com exposições interativas de realidade virtual e aumentada, robótica e tecnologia. As escolas que nos visitem podem ainda participar em oficinas relacionadas com tecnologia a realizar no Espaço Maker (Construção de uma Lanterna Planetária) e no Espaço Lego (Brincar com a Inércia).  Decorrerão ainda oficinas paralelas sobre Introdução à Programação e Robótica. À noite decorrerá a Observação Noturna enquadrada cientificamente por especialistas.

O Encontro com Ciência conta com o apoio do CENFIPE - Centro de Formação das Escolas do Alto Lima e Paredes de Coura, bem como com o apoio dos parceiros institucionais do Clube Ciência Viva na Escola S.O.S. Terra (Centro de Investigação em Astronomia/Astrofísica da Universidade do Porto; Escola de Ciências da Universidade do Minho, Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo, Cento Ciência Viva de Braga, Sill Robotics, Lda e fábrica de vacinas - Zendal Portugal).

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PAREDES DE COURA: “MÃE” EVOCA DIA INTERNACIONAL DAS MULHERES – PEÇA DE TEATRO COM TESTEMUNHOS DE MULHERES COURENSES

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sex_8 mar_21h30 - Centro Cultural

O Dia Internacional das Mulheres é já esta sexta-feira, 8 de março, e Paredes de Coura evoca esta data oficialmente reconhecida pela Assembleia Geral das Nações Unidas com a peça de teatro ‘Mãe’, pela companhia Mochos no Telhado, no Centro Cultural, pelas 21h30.

Assinada pela dramaturga Sofia Moura, ‘Mãe’ conta com os testemunhos de mulheres courenses e de outras geografias envolvidas nesta coprodução (Teatro Viriato, 23 Milhas, Teatro Diogo Bernardes, Cine-teatro João Verde, Centro Cultural de Paredes de Coura, Teatro Ribeiro Conceição e Centro Cultural de Carregal do Sal), mas acima de tudo… “esse invisível que sustenta o mundo”.

SINOPSE

Abrimos a palavra Mãe para ver o que tem dentro. Que mães habitam este mundo global e acelerado? Como expressar o constante confronto entre o amor e o sacrifício, entre a mãe que se é e a mãe que se quer ser ou que querem que seja? Ser mãe é mesmo a melhor coisa do mundo? Este é um trabalho que se debruça sobre o processo de contínua transformação, transição e descoberta que é o ‘maternar’.

A dramaturgia nasce de um processo de entrevistas a mulheres de diferentes países, culturas, idades e vivências, na sua relação com a maternidade, complementada por um estudo de referências que passam pelo poema, pelo texto afetivo e literário.  

Ficha Artística:

Criação e Interpretação: Ana Vargas, Joana Gomes Martins e Sofia Moura

Apoio à Criação: Joana Pupo e Pepa Macua

Dramaturgia*: Sofia Moura

Apoio à Dramaturgia: Lígia Soares

Cenografia e Figurinos: Inês de Carvalho

Desenho de Luz: Mafalda Oliveira

Música: Ana Bento Apoio

Técnico de Luz: Sara Nogueira

Construção de Cenografia: FP Solutions Lda

Confeção de Figurinos: Modista Lurdes

Design, Fotografia e Vídeo: Luís Belo

Direção Executiva: Dennis Xavier

Produção Executiva: Clara Spormann e Rui Macário Ribeiro

Produção: Mochos no Telhado– Estrutura com Direção Artística de Dennis Xavier e Sofia Moura

Apoio: República Portuguesa– Ministério da Cultura | DGARTES– Direção-Geral das Artes

Coprodução: Teatro Viriato, 23 Milhas, Teatro Diogo Bernardes, Cine-teatro João Verde, Centro Cultural de Paredes de Coura, Teatro Ribeiro Conceição e Centro Cultural de Carregal do Sal

Parceiro: Município de Viseu

*Combreves excertos de textos de Susana Moreira Marques, Maria do Rosário Pedreira, Sylvia Plath, Máximo Gorki, Ingmar Bergman, Hélène Delforge e Clarissa Pinkola Estés.

Agradecimentos: Umbigo Consciente- Enfermeira Filó, Iara Lugatte, Júlia Carvalho

Um agradecimento especial a todas as mulheres que partilharam connosco os seus testemunhos: Alexandrina Dantas, Ana Pinto, Ana Seia de Matos, Analia Romero, Andreia Dias, Anja Spormann, Anne Sophie Rafeiro, Cândida Rocha, Carolina Ferreira, Catarina Grangeia, Catarina Mano, Cátia Sousa, Cecília Ferreira, Daniela Santo, Dorisa Rebelo, Élia Cavaz, Emília Martins, Érica Villas, Fernanda Martins, Filipa Veiga, Florbela Soeiro, Graça Magalhães, Jenevieve Phillipson, Joana Rodrigues, Júlia Cavaz, Lídia Oliveira, Liliana Macário, Magda Viegas, Maria Cascais, Maria Celeste, Maria Inês Santos, Marta Espírito Santo, Megan Hanley, Mirele Alexandre, Nayola Freitas, Noémia Ribau, Olinda Rafeiro, Paula Carvalho, Paula Santos, Rafaela Figueiredo, Rita Rodrigues, Rosa Tavares, Rosana Baena, Salomé Miguel, Sandra Leal, Sandra Silva, Sofia Mendonça, Sónia Barbosa, Susana Sousa, Tânia Afonso

Mochos no Telhado

A Mochos no Telhado é uma estrutura artística, fundada e dirigida por Dennis Xavier e Sofia Moura, em 2019. Dedica-se à investigação, criação e programação no domínio das artes performativas, o que deriva da vontade de iniciar um caminho próprio, com uma identidade pronunciada, modelada, por um lado, por apelos e inquietações próprias e, por outro, pelo cruzamento com diferentes artistas convidados a integrar as suas criações.

A Mochos no Telhado conta com um percurso denotado com ações e iniciativas de Intervenção Educativa e no amplo espectro das Ações Estratégicas de Mediação, sendo que ao nível das criações próprias se podem destacar "Kamarád" (2021), “A História das Coisas" (2023) e, mais recentemente, "Mãe" (2024). É igualmente responsável pela organização do Festival-No Fio da Palavra, que terá a sua 4ª Edição em 2024.

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‘Os Inseparáveis’

O fim de semana em Paredes de Coura também contempla o cinema de animação com ‘Os Inseparáveis’, dirigido por Jérémie Degruson, com projeções no Centro Cultural, sábado e domingo, pelas 15h00 e 21h30.

Há um pequeno teatro onde, assim que as cortinas se fecham, as marionetas ganham vida. Ali, estas personagens têm as suas quezílias, os seus próprios sonhos e até projetos para o futuro. Farto de representar os clássicos sem nunca sentir a verdadeira adrenalina, Don, uma marioneta inspirada em Don Quixote, decide deixar o teatro, viver aventuras reais e perseguir os seus próprios moinhos de vento. É assim que o seu caminho se cruza com o de DJ Doggy Dog, um cão de peluche recentemente abandonado, que também tem muitas metas por cumprir. Os dois tornam-se amigos inseparáveis, descobrindo a alegria de viver apaixonadamente o dia-a-dia na frenética cidade de Nova Iorque, onde pretendem combater o crime e socorrer todos os que se encontrarem em perigo.

Título original: The Inseparables
Género: Animação
Realização: Jérémie Degruson
Atores: Danny Fehsenfeld (Voz) , Olivier Paris (Voz) , Monica Young (Voz) , Art Brown (Voz)
Duração (minutos): 90
Classificação: 06 anos

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PAREDES DE COURA ASSINALA DIA INTERNACIONAL DA MULHER EVOCADO COM A PEÇA MÃE E COM TESTEMUNHOS DE MULHERES COURENSES

8 mar_21h30 | CENTRO CULTURAL

A 8 de março, dia em que se evoca o Dia Internacional da Mulher, o Centro Cultural de Paredes de Coura recebe a ‘Mãe’, pela companhia Mochos no Telhado. Mais que a obra intemporal de Máximo Gorki ou as amarguras do cineasta Ingmar Bergman, esta ‘Mãe’ pela companhia Mochos no Telhado traz também os testemunhos de mulheres courenses e de outras geografias envolvidas nesta coprodução, mas acima de tudo “esse invisível que sustenta o mundo”.

Para melhor perceber esta ‘Mãe’, uma coprodução do Teatro Viriato, 23 Milhas, Teatro Diogo Bernardes, Cine-teatro João Verde, Centro Cultural de Paredes de Coura, Teatro Ribeiro Conceição e Centro Cultural de Carregal do Sal, nada como as palavras da dramaturga Sofia Moura, que com Dennis Xavier respondem pela Direção Artística da companhia Mochos no Telhado.

“Esta é a história de uma mãe. É a história de uma mulher que é mãe. Esta mulher não é só mãe. Esta mulher não é mãe. Esta mãe nem sempre é uma mulher. Nesta mãe cabem todas as mães, todos os filhos e filhas. Os que ainda estão aqui e os que já partiram. Esta é a primeira mãe: Deusa-mãe, Ishtar, criadora de povos. Esta mãe sou eu.

O tempo é contínuo. O tempo é uma mulher de adaptabilidade evolutiva. Engorda e emagrece de acordo com o espírito de quem o vive, mas nunca para. Quando nasci, o tempo já estava em marcha. Quando antes de mim nasceram as minhas mães, também começaram a viver in medias res. A primeira mãe de todas não foi a primeira mãe. Herdámo-nos umas às outras. Estamos umas dentro das outras.

Esta mãe é exatamente o ponto intermédio entre a sua mãe e o seu filho ou a sua filha. Lembra-se ainda da sua avó. Ela dialoga com o passado e projeta o futuro, é nova para uns, velha para outros. É um ponto na linha do tempo, ponto final, ponto e vírgula, três pontinhos. É ela própria a linha, uma linha que ramifica e multiplica. Somos o fio condutor que atravessa milhões de anos.

Isto não é nada de novo. Esta história não é nova. Já existem mães desde o início da vida, já se fizeram milhares de espetáculos e obras de arte sobre a maternidade. Ao mesmo tempo, isto é completamente novo. É inaugural de cada vez que acontece. É abismal. É motivo para celebração e fascínio, é intrigante e misterioso. Não nos habituámos ainda à maravilha do nascer, tal como não nos habituámos à dureza do morrer.

Falámos com cinquenta mulheres sobre o que é isto de ser mãe. Não estávamos à espera de uma resposta, de uma certeza ou uma verdade categórica. Mas entre todas estas conversas, houve alguma coisa muito concreta, certamente inominável, que se partilhou, que se experienciou e que se reconheceu na outra.

Enquanto escrevo, uma grávida, já mãe, está sentada à minha frente, com o seu filho pequeno ao lado. Depois deste trabalho, não será mais possível olhar para ela sem a empatia que nos une, sem imaginar o cenário invisível que a rodeia, o invisível que acontece no interior do seu corpo e mente. Os gestos para com o filho que brinca com um carrinho, o olhar atento, presente e ausente, dentro e fora, as advertências carinhosas, a eterna paciência. Ela também sustenta este mundo. Ela é uma desconhecida que carrega o futuro. Ela é linda e jovem. Está em silêncio porque ninguém lhe pediu para falar. Fala com as mãos que rodam o anel no dedo. Parece calma, serena.

Um especial obrigada a todas as mulheres que partilharam connosco esse invisível que sustenta o mundo”. [Sofia Moura]

SINOPSE

Abrimos a palavra Mãe para ver o que tem dentro. Que mães habitam este mundo global e acelerado? Como expressar o constante confronto entre o amor e o sacrifício, entre a mãe que se é e a mãe que se quer ser ou que querem que seja? Ser mãe é mesmo a melhor coisa do mundo? Este é um trabalho que se debruça sobre o processo de contínua transformação, transição e descoberta que é o ‘maternar’.

A dramaturgia nasce de um processo de entrevistas a mulheres de diferentes países, culturas, idades e vivências, na sua relação com a maternidade, complementada por um estudo de referências que passam pelo poema, pelo texto afetivo e literário. 

Mochos no Telhado

A Mochos no Telhado é uma estrutura artística, fundada e dirigida por Dennis Xavier e Sofia Moura, em 2019. Dedica-se à investigação, criação e programação no domínio das artes performativas, o que deriva da vontade de iniciar um caminho próprio, com uma identidade pronunciada, modelada, por um lado, por apelos e inquietações próprias e, por outro, pelo cruzamento com diferentes artistas convidados a integrar as suas criações.

A Mochos no Telhado conta com um percurso denotado com ações e iniciativas de Intervenção Educativa e no amplo espectro das Ações Estratégicas de Mediação, sendo que ao nível das criações próprias se podem destacar "Kamarád" (2021), “A História das Coisas" (2023) e, mais recentemente, "Mãe" (2024). É igualmente responsável pela organização do Festival-No Fio da Palavra, que terá a sua 4ª Edição em 2024.

Ficha Artística:

Criação e Interpretação: Ana Vargas, Joana Gomes Martins e Sofia Moura

Apoio à Criação: Joana Pupo e Pepa Macua

Dramaturgia*: Sofia Moura

Apoio à Dramaturgia: Lígia Soares

Cenografia e Figurinos: Inês de Carvalho

Desenho de Luz: Mafalda Oliveira

Música: Ana Bento Apoio

Técnico de Luz: Sara Nogueira

Construção de Cenografia: FP Solutions Lda

Confeção de Figurinos: Modista Lurdes

Design, Fotografia e Vídeo: Luís Belo

Direção Executiva: Dennis Xavier

Produção Executiva: Clara Spormann e Rui Macário Ribeiro

Produção: Mochos no Telhado– Estrutura com Direção Artística de Dennis Xavier e Sofia Moura

Apoio: República Portuguesa– Ministério da Cultura | DGARTES– Direção-Geral das Artes

Coprodução: Teatro Viriato, 23 Milhas, Teatro Diogo Bernardes, Cine-teatro João Verde, Centro Cultural de Paredes de Coura, Teatro Ribeiro Conceição e Centro Cultural de Carregal do Sal

Parceiro: Município de Viseu

*Combreves excertos de textos de Susana Moreira Marques, Maria do Rosário Pedreira, Sylvia Plath, Máximo Gorki, Ingmar Bergman, Hélène Delforge e Clarissa Pinkola Estés.

Agradecimentos: Umbigo Consciente- Enfermeira Filó, Iara Lugatte, Júlia Carvalho

Um agradecimento especial a todas as mulheres que partilharam connosco os seus testemunhos: Alexandrina Dantas, Ana Pinto, Ana Seia de Matos, Analia Romero, Andreia Dias, Anja Spormann, Anne Sophie Rafeiro, Cândida Rocha, Carolina Ferreira, Catarina Grangeia, Catarina Mano, Cátia Sousa, Cecília Ferreira, Daniela Santo, Dorisa Rebelo, Élia Cavaz, Emília Martins, Érica Villas, Fernanda Martins, Filipa Veiga, Florbela Soeiro, Graça Magalhães, Jenevieve Phillipson, Joana Rodrigues, Júlia Cavaz, Lídia Oliveira, Liliana Macário, Magda Viegas, Maria Cascais, Maria Celeste, Maria Inês Santos, Marta Espírito Santo, Megan Hanley, Mirele Alexandre, Nayola Freitas, Noémia Ribau, Olinda Rafeiro, Paula Carvalho, Paula Santos, Rafaela Figueiredo, Rita Rodrigues, Rosa Tavares, Rosana Baena, Salomé Miguel, Sandra Leal, Sandra Silva, Sofia Mendonça, Sónia Barbosa, Susana Sousa, Tânia Afonso

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PAREDES DE COURA: COMÉDIAS DO MINHO APRESENTA “QUIMERAS E ODISSEIAS”

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“AFINAL, SOMOS TODOS CRIATURAS EXTRAORDINÁRIAS, NÃO SOMOS?” – IGOR GANDRA CONDUZ AS COMÉDIAS DO MINHO E O TEATRO DE FERRO

NUMA ODISSEIA PELO VALE DO MINHO.

De 29 de fevereiro a 7 de abril, “Quimeras e Odisseias” estará em itinerância pelos concelhos de Paredes de Coura (29 de fevereiro a 3 de março), Vila Nova de Cerveira (6 a 9 de março), Melgaço (14 a 17 de março), Monção (21 a 24 de março) e Valença (4 a 7 de abril). Nesta nova criação, que marca o reencontro entre as Comédias do Minho e o Teatro de Ferro, o encenador Igor Gandra propõe uma experiência que cruza os universos do teatro, do cinema e da literatura.

Partindo de um dispositivo de filmagem e projeção em tempo real, estas “Quimeras e Odisseias” convidam o público para uma jornada que oscila entre o estranho e o familiar. Esta quimera, ou esta odisseia, é feita de livros, vozes, corpos, câmaras, projetores, pequenos cenários e figuras animadas, mas sobretudo de muita imaginação – essa arte antiga e sempre nova de criar imagens.

Igor Gandra, encenador do espetáculo e diretor artístico do Teatro de Ferro, descreve o que acontece em palco: “É um espetáculo em que utilizamos uma série de maquetes de pequenos espaços, que são filmados e projetados em tempo real. E é aí que a ação acontece – em convívio com quatro histórias que são contadas pelos atores das Comédias do Minho. São quatro pessoas que viajam num comboio cujo destino não conhecemos. Viajam sozinhas e cada uma delas traz um livro que está a ler. São passageiros de uma viagem, ou de uma espécie de odisseia, que é também a odisseia da descoberta de outros mundos a partir da leitura e da criação de imagens.”

As quatro histórias contadas neste espetáculo levam-nos aos universos literários de J. G. Ballard, Manuel Raposo, Homero e Jorge Luís Borges. A dramaturgia é assumida pelo coletivo e interpretada por Cheila Pereira, Luís Filipe Silva, Rui Mendonça e Sara Costa.

Igor Gandra explicita a opção de colocar histórias e autores tão diversos em justaposição: “A expectativa de um mundo novo e exótico, o grande mistério do Outro ou os projetos coloniais, passados e presentes, são linhas que unem estes textos tão distintos.”

As maquetes que compõem a cenografia foram idealizadas por Eduardo Mendes e Igor Gandra. Existem como um dispositivo exposto em palco - pronto para ser operado, manipulado e filmado pelos atores. Da realização, coreografada em tempo real, resultam as imagens projetadas na tela. O trabalho videográfico ficou a cargo de LoTA Gandra. A sonoplastia do Teatro de Ferro e o desenho de luz de Vasco Ferreira foram pensados para potenciar a experiência imersiva do espectador

Igor Gandra remata dizendo que “aos poucos vamos descobrindo que estamos a viajar juntos – estamos todos a bordo. Afinal somos todos criaturas extraordinárias, não somos?”

Fotos de Cena ©Patrick Esteves

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PAREDES DE COURA EXIBE “VIDAS PASSADAS” + “A CORÇA”

O fim de semana em Paredes de Coura completa-se com cinema – ‘Vidas Passadas’, da canadiana Celine Song – e o espetáculo multidisciplinar para famílias ‘A Corça’.

‘Vidas Passadas’, com projeções sábado e domingo, às 15h00 e 21h30, é uma reflexão semi-autobiográfica sobre o amor e o destino, estreada no Festival de Cinema de Sundance e nomeado para os Óscares de melhor filme e argumento original.

Por sua vez, o espetáculo multidisciplinar ‘A Corça’ tem lugar na tarde de domingo, a partir das 15h30, no Quartel das Artes (sede das Comédias do Minho), e traz um ser mágico, a filha de um rei que se transforma num animal com a dimensão certa para atravessar a orla espinhosa do bosque e trazer aos humanos o poder e a sabedoria do mundo vegetal. É ela que nos vai ensinar a regenerar o solo e a guardar no seu interior as sementes do futuro.

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PAREDES DE COURA: COMÉDIAS DO MINHO APRESENTA “QUIMÉRAS E ODISSEIAS”

Ainda antes, já a partir desta quinta-feira, 29 de fevereiro, as Comédias do Minho vão percorrer algumas aldeias do concelho de Paredes de Coura para levar o espetáculo ‘Quimeras e Odisseias’. Nesta nova criação, que marca também o reencontro entre as Comédias do Minho e o Teatro de Ferro, embarcam numa experiência que cruza o universo do teatro, do cinema e da literatura.
Partindo de um dispositivo de filmagem e projeção em tempo real, estas Quimeras e Odisseias convidam o público para uma jornada que percorrerá experiências e lugares muito diferentes, estranhos e familiares. Esta quimera - ou esta odisseia, se preferirem - será feita de livros, vozes, corpos, câmaras, projetores, pequenos cenários e figuras animadas, mas sobretudo de muita imaginação – essa arte antiga e sempre nova de criar imagens.

29 FEV • 21h00 - Junta de Freguesia de Bico

1 MAR • 21h30 - Centro Cultural de Paredes de Coura

2 MAR • 21h00  - Junta de Freguesia de Linhares

3 MAR • 16h00  - Antiga Escola Primária de Agualonga

Entrada livre limitada à lotação da sala

Ficha artística

Encenação Igor Gandra

Interpretação Cheila Pereira, Luís Filipe Silva, Rui Mendonça e Sara Costa

Cenografia e adereços Igor Gandra e Eduardo Mendes

Vídeo LoTA Gandra

Sonoplastia Teatro de Ferro

Acompanhamento (manipulação e movimento) Carla Veloso

Desenho de luz Vasco Ferreira e Teatro de Ferro

Oficina de construção Eduardo Mendes, Carla Veloso, Catarina Chora, Mariana Lamego

Cocriação e Coprodução Comédias do Minho e Teatro de Ferro

O Teatro de Ferro é uma estrutura financiada pela República Portuguesa / Cultura, Direção-Geral das Artes

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PAREDES DE COURA REALIZA FEIRA DE TROCA DE SEMENTES

2 março | Casa do Conhecimento - Escola Secundária

A Feira de Troca de Sementes regressa este sábado, 2 de março, distribuída pela Casa do Conhecimento e Escola Secundária de Paredes de Coura, numa iniciativa promovida Associação Quinta das Águias em parceria com o Município e o Agrupamento de Escolas, tendo como propósito consciencializar os mais jovens sobre a importância da preservação da biodiversidade e do nosso património genético para as presentes e futuras gerações.

A iniciativa arranca às 10h00, na Casa do Conhecimento, com Vera Roquete a explicar a ‘Utilização de ervas espontânea no quotidiano’, seguido da ‘Atividade de identificação e confeção’. Após o almoço, já na Escola Secundária de Paredes de Coura, decorre a Feira de Troca de Sementes, a partir das 14h00.

A Feira de Troca de Sementes, já na sua 10ª edição, tem como objetivo proporcionar o encontro e convívio entre pessoas que valorizam as sementes e plantas locais e que ativamente contribuem para a sua preservação, face ao perigo de extinção provocado pela concorrência de variedades híbridas e transgénicas, que prejudicam o equilíbrio dos nossos ecossistemas.

Sabiam que perdemos 94% de sementes de vegetais no século XX

das 544 variedades de couve, restam vinte e oito

das 158 variedades de couve-flor, restam nove

das 55 variedades de couve-rábano, restam três

das 34 variedades de alcachofra, restam duas

das 288 variedades de beterraba, restam dezassete

90 por centro das espécies de pepino estão perdidas

A diversidade dos stocks de sementes está tão ameaçada como o panda, a águia-real ou o urso polar

A preservação das sementes autóctones assume assim uma importância vital, uma vez que são cada vez mais raras, sendo progressivamente substituídas por sementes comerciais, que são as mesmas em todo o mundo, enquanto as sementes locais se foram adaptando durante muitas gerações às condições de solo e clima específicas da sua região de origem.

A Troca de Sementes vai proporcionar às pessoas o acesso às sementes originais que as poderão cultivar para sua própria utilização e para as manter vivas. Os interessados poderão encontrar nesta feira sementes raras e autóctones, que têm vindo a ser passadas de geração em geração ao longo do tempo.

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ESCOLA DO ROCK PAREDES DE COURA ARRANCA CELEBRAÇÃO DOS 10 ANOS EM CASTELO DE PAIVA

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A celebrar 10 anos, a Escola do Rock Paredes de Coura promove já este fim de semana em Castelo de Paiva, últimos sábado e domingo de fevereiro, uma residência de intercâmbio entre alunos da Escola do Rock e da Academia de Música local. Esta é a primeira das iniciativas de um programa alargado com que se pretende celebrar o 10º aniversário da Escola do Rock, contemplando também o Vira Fest, em finais de março em Coura, bem como nova residência de intercâmbio com jovens músicos do Município da Figueira da Foz, nas férias da Páscoa.

Esta primeira paragem do ano em Castelo de Paiva, para uma residência de intercâmbio nos dias 24 e 25 de fevereiro entre alunos da Escola do Rock e o Coro de alunos do 8º e 9º ano e a Orquestra Ligeira, finaliza num concerto final conjunto no domingo, 25 de fevereiro, às 18h00, no Auditório Municipal de Castelos de Paiva. Esta residência é a primeira de várias atividades no âmbito do PAMPA - Plano de Amplificação Musical e Cultural para Castelo de Paiva, novo projeto da Associação Cultural Rock’n’Cave, que também tem sido responsável pela coprodução da Escola do Rock.

Vira Fest e Figueira da Foz

Em março, a Escola do Rock volta a virar festival nos dias 23 e 24, em Paredes de Coura. O Vira Fest é um evento que pretende proporcionar a troca de conhecimentos e experiências entre alunos e professores de várias escolas de música e projetos de educação artística não-formal. Acontece desde 2018 em várias localidades, com atividades diversas como conversas sobre boas práticas no ensino da música e percursos profissionais nesta área, showcases, concertos e jam sessions. Todas as atividades (talks, concertos, jams, entre outros) são abertas ao público em geral.

As férias da Páscoa estão reservadas para uma residência de intercâmbio com jovens músicos do Município da Figueira da Foz, entre os dias 25 a 28 de março. À semelhança de outras residências de intercâmbio, esta será mais um momento de partilha de conhecimentos entre alunos e formadores da Escola do Rock e participantes locais. O concerto final será no dia 28 de março, às 21h30, numa das melhores salas de espetáculo de Portugal, o Centro de Artes e Espetáculos da Figueira da Foz, que tem um palco com excelentes dimensões para acolher este género de atuações em formato big band.

A Escola do Rock Paredes de Coura é um projeto educativo promovido pelo Município de Paredes de Coura, tendo ao longo dos seus 10 anos de existência acolhido mais de 500 alunos nas suas residências intensivas, concertos e tours. Esta escola com um modelo inovador pretende, desde a sua fundação, proporcionar uma experiência completa de aprendizagem musical aos participantes, democratizando o acesso a grandes palcos e a novos formatos de ensino.

A Escola do Rock tem a colaboração da Associação Cultural Rock’n’Cave, na coprodução, e do Space Ensemble, que tem sido responsável pela direção artística e programa de formação das várias atividades. Algumas das atividades mencionadas são apoiadas pela Direção-Geral das Artes no âmbito da Rede de Teatros e Cineteatros Portugueses e do programa Arte e Coesão Territorial.

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