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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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EM TORNO DA MOBILIDADE – UM LIVRO DE MARIA BEATRIZ ROCHA-TRINDADE

  • Crónica de Daniel Bastos

No decurso das últimas décadas o estudo sobre o fenómeno migratório tem sido profusamente enriquecido com um conjunto diversificado de atividades e trabalhos que têm dado um importante contributo para o conhecimento da emigração portuguesa.

Autora de uma vasta bibliografia sobre matérias relacionadas com as migrações, onde se destacam, entre outros, os livros Sociologia das Migrações (1995), Migrações - Permanência e Diversidade (2009), A Serra e a Cidade - O Triângulo Dourado do Regionalismo (2009) ou Das Migrações às Interculturalidades (2014). E colaboradora habitual de revistas científicas internacionais neste domínio, Maria Beatriz Rocha-Trindade, nascida em Faro, e Doutorada pela Universidade de Paris V (Sorbonne) e Agregada pela Universidade Nova de Lisboa (FCSH), é uma das cientistas sociais que mais tem contribuído para o conhecimento da emigração portuguesa.

Professora Catedrática Aposentada na Universidade Aberta, foi responsável pela fundação nos inícios dos anos 90, nesta instituição de ensino superior público, do Centro de Estudos das Migrações e das Relações Interculturais (CEMRI). Um centro pioneiro na área das Migrações e Relações Interculturais, que conta atualmente com mais de meia centena de investigadores, e que tem dinamizado ao longo dos últimos anos uma intensa pesquisa interdisciplinar e formação avançada na área das migrações e das relações interculturais em contexto nacional e internacional.

O pioneirismo da insigne académica e investigadora está igualmente expresso na introdução em Portugal do ensino da sociologia das migrações, primeiro na Universidade Católica, no curso de Teologia, em 1994, e dois anos depois, na Universidade Aberta, a nível de licenciatura e de mestrado. Membro de diversas organizações científicas portuguesas e estrangeiras, designadamente da Comissão Científica da Cátedra UNESCO sobre Migrações, da Universidade de Santiago de Compostela, do Museu das Migrações e das Comunidades, criado em 2001 por deliberação do Município de Fafe, e da Comissão Científica do Centro de Estudos de História do Atlântico/CEHA, a Professora Maria Beatriz Rocha-Trindade, coordena presentemente a Comissão de Migrações da Sociedade de Geografia de Lisboa.

O percurso de vida singular e o trabalho académico laborioso da Professora Catedrática Maria Beatriz Rocha-Trindade, Titular da Ordem Nacional do Mérito, de França, com o grau de Cavaleiro, da Medalha de Mérito do Município de Fafe, da Medalha de Ouro do Município do Fundão e da Grã-Cruz da Ordem da Instrução Pública, de Portugal, estão sublimemente sintetizados nas palavras do geógrafo Jorge Malheiros: “a investigação em migrações em Portugal não seria a mesma coisa sem a Professora Maria Beatriz Rocha-Trindade”.

Genuína fonte de inspiração, e com uma capacidade inesgotável de investigação assente num modelo de partilha de conhecimento e de trabalho em rede, a Professora Maria Beatriz Rocha-Trindade presenteou-nos, no início deste ano, com um novo e relevante livro, intitulado Em Torno da Mobilidade – Provérbios, expressões e frases consagradas.

A sua obra mais recente, uma publicação bilingue (português e inglês), profusamente ilustrada, com chancela das edições Almaletra, desponta no âmbito de palestras apresentadas nos dezassete colóquios internacionais que tiveram lugar em Tavira sobre o tema dos Provérbios. Sendo constituída por oito capítulos: “Potencialidades simbólicas da imagem no quadro do percurso migratório”; “Nós e os outros. Preconceitos e estereótipos”; “Árvore das patacas – Origem da expressão”; “Migrações portuguesas – a utilização da simbologia tradicional na captação de poupanças”; “Os provérbios na atividade comercial”, “Sonhos de pedra e cal, espaços e tempos” e “Homenagear quem parte”.

Como confluem Domingo Gonzalez Lopo, Professor da Universidade de Santigo de Compostela, e Rui Soares, Presidente da Associação Internacional de Paremiologia, prefaciadores do livro, Em Torno da Mobilidade reforça o conhecimento sobre as perspetivas que caracterizam um dos mais importantes fenómenos sociais, presente ao longo de toda a História de Portugal – as migrações. 

De facto, com o livro Em Torno da Mobilidade – Provérbios, expressões idiomáticas e frases consagradas, descobrimos, aprendemos, ficamos a conhecer porque utilizamos certas palavras, expressões, na linguagem corrente, mas também símbolos e uma cultura que é necessário preservar e divulgar. Expressões como “Árvore das Patacas”, que nos remete para a árvore de origem asiática que foi trazida para o ocidente, e que designa tanto na vertente popular como vertente literária o enriquecimento rápido e sem esforço.  

Conta-se que o imperador D. Pedro I, por brincadeira, escondia moedas (patacas) nas flores desta árvore de origem asiática no Brasil. Com o tempo as flores fechavam-se, mantendo a moeda dentro do fruto, depois o soberano pegava num desses frutos, abria-o diante de todos, dizendo que no Brasil o dinheiro nascia até em árvores. A utilização desta expressão no contexto migratório de Portugal para o Brasil, identifica simbolicamente a riqueza almejada.

Ou símbolos expressivos como “as malas”, que ilustram a capa do livro, e que como refere a autora ao longo dos vários ciclos migratórios “mudaram de configuração e, embora diferentes, continuam a assegurar a ligação simbólica que sempre tiveram com a mobilidade. É o caso paradigmático da “mala de cartão”, símbolo da emigração “a salto” dos anos 60, celebremente cantada por Linda de Suza.

Neste sentido, o livro Em Torno da Mobilidade é um novo e relevante contributo para o conhecimento da emigração lusa, destinando-se a educadores, professores, entidades públicas e privadas, em suma, ao público em geral que valoriza e reconhece o papel preponderante da Diáspora na projeção de Portugal no mundo.

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BRAGA ASSINALA O 25 DE ABRIL COM EXPOSIÇÃO E APRESENTAÇÃO DE LIVRO DA AUTORIA DO FOTÓGRAFO ALFREDO CUNHA

Apresentação do livro e inauguração da exposição “25 de Abril de 1974, Quinta-Feira” de Alfredo Cunha. Amanhã, Sábado, 9 de Março, pelas 15h00, na Galeria do Paço, em Braga

O Município de Braga promove a apresentação do livro “25 de Abril de 1974, Quinta-Feira”, seguido da inauguração da exposição de Alfredo Cunha, que se realizam amanhã, Sábado, 9 de Março, pelas 15h00, na Galeria do Paço da Universidade do Minho, sita no Largo do Paço.

A sessão conta com as presenças do presidente da Câmara Municipal de Braga, Ricardo Rio, do reitor da Universidade do Minho, Rui Vieira de Castro e do fotografo Alfredo Cunha.

A iniciativa insere-se nas comemorações dos 50 anos do 25 de Abril de 1974, promovidas pelo Município de Braga.

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SÃO PAULO ABRE LANÇAMENTO DO LIVRO “FESTAS D’AGONIA” NO BRASIL COM DESTAQUE PARA LUSO-BRASILIDADE

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O jornalista luso-brasileiro Ígor Lopes abriu a agenda de apresentação, no Brasil, do seu livro “Festas d’Agonia – Viana do Castelo, para brasileiros e Lusodescendentes” no dia 28/02, na biblioteca Ricardo Severo da Casa de Portugal de São Paulo.

Estiveram presentes na mesa de abertura o cônsul-geral de Portugal em São Paulo, António Pedro Rodrigues da Silva, o presidente do Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado de São Paulo, Antero Pereira, o presidente em exercício da Casa de Portugal de São Paulo, Renato Afonso, além do escritor Ígor Lopes.

As autoridades presentes foram unânimes em elogiar a qualidade do trabalho desenvolvido pelo jornalista neste livro-reportagem, que reúne relatos, entrevistas e sentimentos de diversos participantes dessa que é a principal romaria de Portugal, e segundo o autor, o que traduz também um pouco da cultura portuguesa e costumes que podem ser encontrados nas casas de cada luso-brasileiro.

Para ele, o primeiro dia de lançamento foi “formidável”. “Foi um pontapé inicial de muita qualidade, fui muito bem recebido pela Casa de Portugal de São Paulo, queria deixar também um agradecimento ao Instituto Olhar da Língua Portuguesa no Mundo, ao Consulado Geral de Portugal em São Paulo, a Sociedade Brasileira Heráldica e Humanística, e a todas as entidades que apoiaram essa iniciativa, e também aos folcloristas que estiveram presentes, tanto da Casa do Minho, como da Casa de Portugal e da Casa dos Poveiros”.

À nossa reportagem, Ígor Lopes ainda falou da importância de temas que conectam as comunidades portuguesas no mundo. “Quem sai ganhando com isso é a nossa diáspora, além de ser um livro importante em minha carreira”.

Durante a conversa, Ígor Lopes falou sobre a sua tese de doutoramento na Universidade da Beira Interior em Portugal, em que defende a existência de uma cultura própria de luso-brasilidade. Essa mistura do ser brasileiro e português pode ser tema de uma próxima obra do escritor, que já lançou seis livros, sempre abordando uma temática lusa.

Como “filho da diáspora” e trabalhando entre Brasil e Portugal, o jornalista defende uma forma de sentir única. “Nós vivemos num limbo sentimental, quando estamos em Portugal sentimos que nos falta um pouco do Brasil, quando estamos no Brasil sentimos que vivemos a alma portuguesa. Nós vivemos numa agenda próxima dessa pluralidade. Quando eu falo em luso-brasilidade não falo só do sentimento mas daquilo que a gente vive, geralmente temos aptidões específicas musicais muito em resultado dessa nossa interação, de trabalho, de gosto literário, de gosto gastronômico, muito baseado nesse sentimento de luso-brasilidade” diz ele citando que os jornais da diáspora auxiliam nesse sentimento, assim como as instituições que servem como “embaixadas” e conectam os dois países.

“Esse sentimento na minha opinião, nasce connosco, não é só construído, é fruto dessa diáspora que acaba surgindo nos países de acolhimento, no caso Brasil e Portugal, desses que emigraram”.

Agenda

Além deste evento em São Paulo, o livro foi apresentado também durante o tradicional Almoço das Quintas, no dia 29 no restaurante Marques da Casa de Portugal SP, antes de seguir para o Rio, com grande expectativa.

“Eu quero reunir maior público possível nos eventos para que a gente comece novas discussões das necessidades nas comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo, e que a gente consiga mobilizar gerações mais novas, e tocar em temas profundos com gerações mais antigas” disse Igor.

A digressão pelo Brasil conta com apresentações ainda na Casa do Minho do Rio de Janeiro, no dia 02 de março; no Palácio São Clemente – Consulado-Geral de Portugal no Rio de Janeiro, dia 06 de março; na Embaixada de Portugal em Brasília, no dia 13 de março; na Casa de Portugal de Montevideu, no dia 30 de março, Ponta Del Leste no dia 31, e por fim, em Florianópolis, no dia 4 de abril, numa data extra.

O livro, cuja primeira edição foi apoiada pela Câmara Municipal de Viana do Castelo, em Portugal, explica a simbologia e os objetivos de cada ponto da programação desta Festa, enaltece a vertente religiosa em torno de Nossa Senhora da Agonia e de animação dos dias de celebração e dá voz a quem está conectado aos bastidores desta iniciativa que conta com a presença de milhares de visitantes. São também mostrados o trabalho em prol da sustentabilidade e a visão dos seus gestores para o futuro, além de decifrar os principais cantos e recantos desta cidade tão “charmosa” dona de um centro histórico rico em detalhes e com uma grande proximidade emocional ao Rio Lima.

Como adquirir a obra

O livro “Festas D’Agonia – Viana do Castelo – Para brasileiros e lusodescendentes” pode ser encomendado pelo e-mail do autor: igor.lopes@agenciaincomparaveis.com ou através das redes sociais @ÍgorLopes. A obra é enviada para todos os países.

TERRAS DE BOURO: CLÉRIGO RICARDO ESTEVES APRESENTOU DOIS LIVROS NA VILA DO GERÊS A 26 DE JANEIRO

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Respondendo ao convite da ACRDE Lírios do Gerês e do Município de Terras de Bouro, o Sr. Padre Ricardo Esteves deslocou-se à vila do Gerês, no dia 26 de janeiro, onde perante uma plateia entusiasmada, se mostrou visivelmente agradado com a calorosa receção no nosso concelho, e procedeu à apresentação dos seus dois livros “Reflexões Diárias” e “Viver a Vida na Hora da Morte”.

A sessão foi abrilhantada pelos alunos da Escola de Música de Terras de Bouro, nesta que foi uma noite intimista de reflexão e comunhão de todos os presentes na relação com o autor das obras, o Sr. Padre Ricardo Esteves.

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“O NOSSO OLHAR SOBRE AS LAGOAS DE BERTIANDOS E S. PEDRO DE ARCOS” DE JOSÉ ERNESTO COSTA ESTÁ EM DESTAQUE NO CENTRO DE INTERPRETAÇÃO DO TERRITÓRIO EM PONTE DE LIMA

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“Nos lagos e lagoas reina uma contínua interação entre a matéria inorgânica, os vegetais e as algas produtoras de substâncias nutritivas, os animais herbívoros e carnívoros e os microrganismos que decompõem as substâncias inorgânicas. Os seres vivos de uma região formam juntamente com o ambiente que os rodeia, um conjunto natural que é o ecossistema. As lagoas de Bertiandos e São Pedro de Arcos não fogem à regra, constituindo uma razoável área de paisagem protegida, importante para a conservação da biodiversidade.

José Ernesto Costa, seu filho Délio e o amigo Varela, resolveram e bem, fazer várias incursões às lagoas, envolvendo-se de alma e coração naquele ambiente aprazível e incomparável. De máquina de tirar retratos a tiracolo, pronta a disparar a qualquer momento, lá foram, várias vezes, palmilhando o terreno, fruindo a paisagem e durante os períodos de silêncio, com respiros lentos e profundos, proporcionar aos pulmões o conforto de um ar despoluído e vivificante.

As máquinas lá foram disparando, colhendo imagens da abundante fauna e flora que coabitam naquele magnífico e matizado cenário que a natureza moldou.

Desde os guarda-rios, coelhos e gatos-bravos, pombos, esquilos, garças e pica-paus, cobras de água, sapos, mochos, carriças, ouriços-cacheiros, lagartos, corsos e javalis, lontras, cegonhas, trutas-mariscas, girinos, libelinhas, heras onde os melros e outros pássaros constroem os ninhos, salgueiros, videiras morangas, flores de mel, eucaliptos, troncos envelhecidos, juncais, etc. etc.

Ali se ouve o coaxo das rãs, o fretenido de grilos e cigarras, o arrulho das rolas quebrando o silêncio no tempo de cada estação, se sente uma brisa odorosa soprando os ramos mais tenros, provocando um cântico que entra pelos sentidos, o rumorejo das águas, os melodiosos gorjeios da passarada, as flores e seus odores, os cheiros bravios, dádivas de uma natureza harmoniosa e justa. Um autêntico paraíso, cenário de muitos cambiantes onde se desfruta uma deliciosa serenidade.

Ponte de Lima "pequena Atenas, muito rica no seu vasto património, possuidora de sortilégio raro", tem a seus pés, as lagoas de Bertiandos e São Pedro de Arcos, prenhes de uma beleza que atrai o olhar e enche o coração de quem as visita.

O trabalho realizado através das imagens captadas, potencia a divulgação do espaço singular das lagoas e sensibiliza os cidadãos para um novo despertar no encontro daquele paradisíaco recanto. Uma riqueza cuja qualidade ambiental se deve estimular e ajudar na promoção daquele património natural, dado o grande potencial que congrega para o desenvolvimento da atividade turística. Um património natural que nos enche a todos de um enorme orgulho.”

Fernando Aldeia (Fonte: Arquivo Municipal de Ponte de Lima)

Boteca - Lagoas

Com excelente apresentação gráfica, trata-se de uma edição de autor em forma de álbum fotográfico que conduz o leitor através de magníficas imagens pelos recantos paradisíacos das lagoas de Bertiandos e S. Pedro de Arcos, em Ponte de Lima, sem dispensar as descrições que são feitas em jeito poético da sua fauna e vegetação natural, surpreendendo-nos aqui e acolá com instantâneos maravilhosos e sensibilizando-nos para a necessidade de preservar o valioso tesouro que representa este extraordinário património paisagístico da nossa região. Se dúvidas ainda subsistissem acerca da localização de Parnaso aonde os poetas vão beber a sua inspiração, nas margens do lendário Lethes, as mesmas dissipar-se-iam perante este cenário divinal que José Ernesto Costa nos desvenda na obra que acaba de publicar.

José Ernesto Costa não é um novato nestas lides. Com colaboração literária e fotográfica dispersa em diversos jornais e revistas, nomeadamente nas áreas de poesia e crítica literária, e ainda uma atividade empenhada no associativismo regionalista minhoto em Lisboa, “Boteca” – cognome pelo qual é conhecido e tratado com amizade – tem já uma apreciável obra publicada em livro: “Poemas da Terra e do Lima”, “Cheia do Rio Lima” que constitui um excelente registo foto-histórico de um dos fenómenos naturais que mais tem marcado a região limiana e a vida das suas gentes ao longo dos séculos e três volumes das “Crónicas de um outro tempo” e “Ginkgo Biloba”.

Toda a sua obra tem revelado uma vontade sincera de exaltação da terra limiana, a Pátria dos Límicos, solenemente cantada por Bernardes e Feijó, com as suas lendas e heróis, onde a nobreza corre nas veias do seu povo simples e laborioso – terra querida desta Pátria que amamos e que tem em José Ernesto Costa um dos seus maiores cronistas!

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MUNICÍPIO DE CAMINHA PROMOVEU A APRESENTAÇÃO DO LIVRO “INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA DA ARQUITETURA PORTUGUESA”

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A Biblioteca Municipal de Caminha acolheu a apresentação do livro “Introdução ao Estudo da História da Arquitetura Portuguesa”, de Alexandre Alves Costa.

A sessão contou com a presença do autor, foi apresentada por Eduardo Jorge Fernandes e moderada por Fontaínhas Fernandes. O presidente da Câmara de Caminha, Rui Lages, também esteve presente.

A iniciativa foi organizada pela Câmara Municipal e Amigos da Rede de Bibliotecas de Caminha.

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CAMINHA: ALEXANDRE ALVES COSTA APRESENTA O LIVRO “INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA HISTÓRIA DA ARQUITETURA PORTUGUESA”

A Câmara Municipal de Caminha e os Amigos da Rede de Bibliotecas de Caminha apresentam o livro “Introdução ao Estudo da História da Arquitetura Portuguesa”, de Alexandre Alves Costa, que terá lugar amanhã, sábado, dia 27 de janeiro, pelas 17H00, na Biblioteca Municipal de Caminha. A sessão conta com a presença do autor e a apresentação está a cargo de Eduardo Jorge Fernandes e será moderada por Fontaínhas Fernandes.

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VIANA DO CASTELO: HISTORIADOR RODRIGO VAZ PUBLICA LIVRO SOBRE O MOSTEIRO BENEDITINO DE SÃO ROMÃO DO NEIVA

«O historiador Rodrigo Vaz vai lançar, no domingo [dia 28 de Janeiro], um livro sobre o mosteiro beneditino em São Romão de Neiva, Viana do Castelo, cuja fundação remonta ao século XI, para salvaguardar a história do monumento, a ameaçar a ruína.

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“O mosteiro, infelizmente, encontra-se em avançado de degradação e mais dia, menos dia, se nada for feito, vamos acabar por perder o mosteiro. O objetivo foi catalogar tudo o que temos e tentar compilar neste livro para que um dia mais tarde não tenhamos perdido tudo”, afirmou o historiador Rodrigo Vaz.

Classificado como imóvel de interesse público pela Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) desde 1980, o mosteiro, com cerca de 1.190 metros quadrados (m2) de área coberta, mais de 40% dos quais em ruína, e cerca de 6.000 m2 de terreno, tem vestígios históricos que atiram a sua origem para 1087, antes da fundação de Portugal, mas encontra-se "em avançado estado de degradação", ao lado da igreja e do cemitério de São Romão do Neiva.

Em 1916/1917, o mosteiro foi comprado por Manuel Gomes da Costa Castanho. Castanho emigrou "pobre" de Vila Nova de Anha e regressou "rico" do Brasil. Comprou, "em leilão, por 33 contos [cerca de 165 euros]”, uma verdadeira fortuna na altura, o ‘pack' completo que incluía o mosteiro, a igreja, hoje administrada pela diocese de Viana do Castelo, e o cemitério, entretanto entregue à Junta de Freguesia de São Romão do Neiva, na margem esquerda do rio Lima. Atualmente, vivem no mosteiro dois dos 12 herdeiros de Manuel Gomes da Costa Castanho.

Contactado pela agência Lusa, a propósito do lançamento da obra "Um mosteiro em terras de Neiva", encomendado em 2021 pela Câmara de Viana do Castelo, o historiador, natural de Viana do Castelo, defendeu que o mosteiro devia ser classificado como Monumento Nacional, por “ao longo da sua história ter recebido visitas de importantes personalidades da história portuguesa”.

“D. Afonso Henriques deu-lhe doações (…) O filho de D. Afonso Henriques, D. Sancho I dá-lhe doações. O Frei Bartolomeu dos Mártires esteve neste mosteiro e reformulou-o. Frei Jerónimo Baía, poeta barroco, morreu no mosteiro e, possivelmente, está sepultado no mosteiro. É um mosteiro tão pequenino, comparado com o de Tibães [Braga], a casa mãe dos beneditinos em Portugal, mas que teve uma importância fulcral no desenvolvimento da história local que muita gente não tem essa noção”, especificou.

Nos três anos de recolha de informação, no arquivo distrital de Braga, Rodrigo Vaz percebeu que “a degradação acompanha toda a história do mosteiro”, mas o que mais gostou de encontrar foram algumas curiosidades. Por exemplo, a documentação que refere que os monges apenas comiam peixe, proveniente da freguesia vizinha de Castelo de Neiva, terra de pescadores.

Uma outra curiosidade que adora contar é que, no século XVI, entre 1564/65, o mosteiro foi visitado foi um frade espanhol que encontrou "os frades a viverem com os seus filhos e amantes". "Vai expulsar os frades todos, vai reformular a ordem, mandar cercar o mosteiro e pôr frades novos”, contou.

O historiador defende que “todo o complexo monástico deve ser salvo” da ruína e alvo de investigação arqueológica face à "riqueza da história que encerra".

“Esperemos que no século XXI alguém o faça. Em 1960/1961 a abóbada da igreja caiu. Se tivesse acontecido durante a missa metade da população de São Romão do Neiva tinha falecido”, disse.

Rodrigo Vaz defende que, após a recuperação, deve ser pensado um projeto “grande” para o imóvel, colocando-o ao serviço da população do concelho. Apontou como exemplos a criação de uma incubadora de empresas, face à proximidade da zona industrial de Neiva, um polo do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (IPVC) ou um albergue para os peregrinos de Santiago de Compostela, na Galiza.»

Fonte: Secretariado Nacional dos Bens Culturais da Igreja

AMARES APRESENTA LIVRO “SÁ DE MIRANDA E A HISTÓRIA LITERÁRIA”

O Município de Amares e a Direção do Centro de Estudos Mirandinos apresentam o livro "Sá de Miranda e a História Literária", em sessão que se realizará no próximo dia 25 de janeiro, pelas 17h00, na Biblioteca Municipal Francisco de Sá de Miranda. A apresentação da obra está a cargo de Sérgio Guimarães de Sousa, Diretor do Centro de Estudos Mirandinos.

"Sá de Miranda e a História Literária" é o segundo volume da coleção “Estudos Mirandinos”, que visa promover e divulgar a investigação em torno da figura e da obra de Francisco de Sá de Miranda, aprofundando, com isso, a compreensão do lugar canónico do poeta na história da literatura portuguesa.

No seguimento da sessão será realizada a tomada de posse dos membros da Direção do Centro de Estudos Mirandinos para o próximo quadriénio 2024-2027.

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APRESENTAÇÃO DO LIVRO DE LUÍS PAULO RODRIGUES SOBRE “A ELÉCTRICA” ENCHEU A BIBLIOTECA DE FAMALICÃO

“A Eléctrica chega aos 100 anos de existência com a mesma vontade de fazer e de inovar com que começou em 1924.” Esta foi uma das mensagens que o consultor de comunicação Luís Paulo Rodrigues, autor do livro “Cem Anos de Superação – A Eléctrica (1924-2024)”, partilhou com a audiência que encheu o renovado auditório da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, em Vila  Nova de Famalicão, na sessão de apresentação de uma obra que relata a história centenária do universo empresarial criado por António Dias da Costa na primeira metade do século XX.

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Ladeado pelo CEO de A Eléctrica, Carlos Correia, e pelo vereador da Economia e do Empreendedorismo, Augusto Lima, o autor do livro tinha na plateia um conjunto de personalidades famalicenses em que se destacavam o antigo presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Armindo Costa, o provedor da Santa Casa da Misericórdia, Rui Maia, entre outras figuras do mundo associativo, da cultura, do mundo empresarial e da política local.

A sessão decorreu ao fim da tarde de 14 de dezembro, um dia depois de uma pré-apresentação, em ambiente intimista, para trabalhadores, fornecedores, clientes e familiares do fundador da empresa, que também encheu o bar Bar Kasa Al Arabiya, a funcionar no espaço que foi o primeiro escritório da empresa que, como explicou Carlos Correia, CEO de “A Eléctrica”, “foi onde tudo começou”. Os dois eventos foram presenciados por cerca de 150 pessoas.

“Cem anos é um marco importante e uma idade que poucas empresas atingiram. Por isso este livro aborda tempos remotos que é raro um livro sobre uma empresa descrever”, afirmou Carlos Correia, para salientar a importância da obra. Ao mesmo tempo, frisou que as suas expectativas em relação ao livro, “que eram elevadas, foram superadas”“Isso deve-se essencialmente ao empenho, dedicação e capacidade de investigação e de escrita do Luis Paulo Rodrigues, que criou um livro que considero excelente”, considerou.

O vereador Augusto Lima elogiou “um livro que vai perpetuar a memória” e agradeceu à gerência de A Eléctrica “o arrojo” e “o empreendedorismo de lançar este livro, que nos orgulha e que é muito bem-vindo à nossa biblioteca”.

“Está aqui uma sala cheia, que é um excelente exemplo daquilo que nós queremos para esta biblioteca. Sempre estivemos disponíveis para apoiar a edição deste livro, que retrata não só uma empresa de Famalicão, mas que retrata empreendedores e trabalhadores de Famalicão. A Eléctrica é um excelente exemplo da caracterização das atividades económicas do concelho”, afirmou o vereador da Economia e do Empreendedorismo, em representação do presidente da Câmara Municipal, Mário Passos.

“UM GIGANTE ADORMECIDO”

“Podemos dizer que estamos perante um gigante adormecido que, a qualquer momento, pode agarrar a vanguarda da inovação tecnológica e contribuir ainda mais para acrescentar valor à economia nacional”, acrescentou Luís Paulo Rodrigues sobre o presente e o futuro da empresa, explicando que os últimos anos de A Eléctrica foram “de transformação”, que tornou a sua estrutura “mais enxuta e o negócio mais focado” na indústria metalomecânica. E lembrou que “A Eléctrica”, que atualmente aposta nas indústrias aeronáutica, automóvel e eólica, “recebe prémios de inovação e é reconhecida por ser financeiramente sólida e eficiente”.

“O património imobiliário criado por António Dias da Costa continua a ser praticamente o mesmo, sendo hoje muito mais valorizado. A Eléctrica, que há 100 anos foi importante no desenvolvimento da vila de Famalicão, em especial para rasgar a avenida que liga o centro da cidade à estação ferroviária, continua hoje a ter uma palavra muito importante a dizer no processo de consolidação urbana do perímetro da cidade, que será um dos grandes desafios dos próximos anos”, sublinhou Luís Paulo Rodrigues, referindo-se ao facto de A Eléctrica, ser proprietária de uma extensa área de 15 mil metros quadrados de terreno no centro da cidade, além de possuir edifícios históricos, entre os quais a antiga sede da empresa e o extinto Restaurante Íris.

Luís Paulo Rodrigues salientou que “A Eléctrica”, com este livro, “fixa o seu caminho e o seu legado na memória dos tempos”, fazendo chegar a todos “uma história rica e multifacetada que transformou Famalicão e a vida de milhares de famalicenses e levou a vários continentes a nossa capacidade de fazer e de inovar”.

Tendo enumerado diversas curiosidades constante no livro sobre a vida de António Dias da Costa, um empresário que viveu entre 1888 e 1970, Luís Paulo Rodrigues destacou ainda a perpetuidade de “A Eléctrica”, uma empresa que sobreviveu ao seu fundador, que considerou ter sido “um empreendedor com visão e amigo da comunidade”.

O início do fornecimento de eletricidade na vila, a estação de serviço e o restaurante Íris, o comércio multifacetado, o conglomerado de negócios, e a paixão de António Dias da Costa pelo automobilismo são alguns dos vários assuntos evocados no livro, assim como o papel do seu filho Manuel João Dias da Costa – que chegou a ser presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão –, na consolidação da marca “A Eléctrica” na indústria metalomecânica.

O livro “Cem Anos de Superação – A Eléctrica (1924-2024)” está à venda na Livraria Fontenova, na Rua de Luís de Camões, no quiosque Pipe´s Bazar, na Avenida 25 de Abril, e nos escritórios de “A Eléctrica”.

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ENCERRAMENTO DA FEIRA DO LIVRO DE PONTE DABARCA CELEBROU CULTURA, EDUCAÇÃO E ANIMAÇÃO

A Feira do Livro de Ponte da Barca encerrou ontem, após cinco dias repletos de cultura, educação e diversão para toda a família. Apesar da chuva que se fazia sentir lá fora, o calor humano e a alegria marcaram o encerramento desta edição, que se revelou um sucesso.

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Destaque para as Festas de Natal dos alunos do Agrupamento de Escolas de Ponte da Barca que com danças e músicas natalícias, alegraram o recinto da festa, enchendo-o de cor, amor e amizade, proporcionando um momento encantador para todos os presentes.

O evento também contou com a apresentação do livro "De Mãos Dadas com a Segurança" pelo Piloto de Rally, Renato Pita. Os participantes tiveram a oportunidade de conhecer mais sobre a obra, interagir com o autor e apreciar o carro de Rally exposto no recinto da Feira do Livro.

Outro momento marcante foi o workshop "Aprender a Fazer Papel", conduzido pelos utentes da APPACDP - delegação de Ponte da Barca. Esta atividade não apenas demonstrou a habilidade artística dos participantes, mas também promoveu a inclusão e a valorização de talentos locais.

Durante os cinco dias da feira, diversas atividades enriqueceram a programação. Prémios de leitura, experiências de robótica, sessões de conto ou yoga, houve também apresentações de livros como, "Problemas Trombudos" de Xana Teixeira e da sua filha, com ilustrações do artista Paulo Martinez, a “Paleta de Sonhos", de Adriana Figueiredo, o "Triângulo Retângulo", de José Tinoco Carm, e o livro "As Viagens de Nina", de Marisa Cambão.

"As Viagens de Nina" destacou-se por abordar temas importantes relacionados com a saúde das crianças, sensibilizando para a redução do consumo de sal e a promoção de uma alimentação saudável, tendo sido oferecidas durante a apresentação, 100 vasos com plantas aromáticas.

A Feira do Livro ficou marcada pela colaborações entre diferentes entidades e a participação de diferentes gerações, proporcionando um ambiente único de partilha cultural.

Com a variedade de atividades, a Feira do Livro de Ponte da Barca consolidou-se como um evento que vai além da comercialização de livros, promovendo a cultura, a educação e o convívio.

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LIVRO “CEM ANOS DE SUPERAÇÃO” QUE CONTA A HISTÓRIA CENTENÁRIA DE “A ELÉCTRICA” É APRESENTADO QUINTA-FEIRA EM FAMALICÃO

A Gerência de “A Eléctrica” e o autor Luís Paulo Rodrigues apresentam o livro “Cem Anos de Superação – A Eléctrica (1924-2024)”, que terá lugar na Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, em Vila Nova de Famalicão, na próxima quinta-feira, 14, pelas 18h00.

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O novo livro do consultor de comunicação Luís Paulo Rodrigues dá a conhecer as vicissitudes de “A Eléctrica”, uma marca histórica no comércio e na indústria de Vila Nova de Famalicão, que ainda hoje é proprietária de um vasto património imobiliário no centro da cidade e continua ativa e inovadora na indústria metalomecânica.

Fundada por António Dias da Costa, em 16 de fevereiro de 1924, “A Eléctrica”, que começou por ser distribuidora de eletricidade na vila famalicense e freguesias envolventes, foi um conglomerado de vários negócios, desde a distribuição de eletricidade à venda de material elétrico, passando pela comercialização de automóveis e camiões, materiais de serralharia para construção civil e elevadores para automóveis, pela distribuição de materiais de construção, gás e combustíveis, pela reparação de automóveis, pela restauração, entre outros negócios.

Na década de 1960, “A Eléctrica” criou uma unidade metalomecânica para produzir uma série de equipamentos, designadamente bombas centrífugas e máquinas e ferramentas para a indústria, produtos que levaram a empresa a servir o mercado português, nomeadamente na indústria automóvel e na indústria da cortiça, seguindo depois um processo de internacionalização em vários países de diversos continentes.

Nos últimos anos, “A Eléctrica” assumiu uma aposta estratégica na produção de instalações de pintura para peças metálicas ou plásticas das indústrias aeronáutica, automóvel e eólica, administrando, ao mesmo tempo, o seu património imobiliário.

O livro de Luís Paulo Rodrigues descreve a história da empresa, enquadra grande parte da evolução económica, política e social de Famalicão, desde finais do século XIX até à atualidade, e traça o percurso de António Dias da Costa, que iniciou a sua atividade profissional na lendária “A Boa Reguladora” e foi um pioneiro do automobilismo em Portugal.

A história de “A Eléctrica” é uma evocação da energia visionária do seu fundador, da sua família e dos milhares de colaboradores que trabalharam nas empresas do grupo ao longo de um século, onde se inclui a mítica Estação de Serviço Íris, com o seu famoso e requintado restaurante, por onde passaram homens da política, da cultura e dos negócios de Portugal e do mundo. “Estamos perante um documento fundamental para compreender o desenvolvimento de Vila Nova de Famalicão e preservar a memória coletiva local, sendo, por isso, uma obra de inegável interesse público”, considera Luís Paulo Rodrigues.

“Os 100 anos de história demonstram que a principal força da ‘Eléctrica’ está nas pessoas que serviram e servem a empresa com uma cultura muito especial, a chamada ‘cultura AE’, como designamos internamente, um conceito inerente à responsabilidade de se fazer parte de uma empresa que possui um estatuto e uma reputação de seriedade, honestidade e profissionalismo que nunca pode ser beliscada”, afirma Carlos Correia, CEO da empresa e neto do fundador, António Dias da Costa.

Segundo Carlos Correia, a edição de um livro que retratasse a história da empresa “tem o objetivo de fixar as histórias do passado, para que não se perdessem na névoa dos tempos”. “Apesar de eu trabalhar na ‘Eléctrica’ há quase um quarto de século e achar que conheço bem a empresa, com a leitura deste livro, descobri muitas histórias, factos e informações que desconhecia. Tal sucede pelo notável e aturado trabalho de investigação que foi desenvolvido pelo autor da obra”, reconhece Carlos Correia, que assina o prefácio.

Além da apresentação na biblioteca municipal, agendada para quinta-feira, dia 14h00, às 18h00, o livro “Cem Anos de Superação – A Eléctrica (1924-2024)” terá uma pré-apresentação para trabalhadores, fornecedores, clientes e familiares do fundador da empresa, esta quarta-feira, dia 13, às 18h00, no Bar Kasa Al Arabiya (antiga sede de A Eléctrica), no nº 131 da Rua de Adriano Pinto Basto, em Vila Nova de Famalicão.

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MUNICÍPIO DE ESPOSENDE REEDITA MAIS DUAS OBRAS DO ESCRITOR MANUEL DE BOAVENTURA

“Histórias Contadas à Lareira” e “Zé do Telhado no Minho”

Em sessão realizada na Biblioteca Municipal Manuel de Boaventura, o Município de Esposende procedeu, hoje, à apresentação de mais dois livros de Manuel de Boaventura (1885-1973), dando continuidade à reedição das suas obras, especialmente a que se refere aos seus contos e romances.

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“Histórias Contadas à Lareira” e “Zé do Telhado no Minho” juntam-se, assim, às obras “O Solar dos Vermelhos” (2017), “Crimes dum Usurário” (2018), “No Presídio” (2019), “Contos do Minho” (2020), “Novos Contos do Minho” (2022) e “Lapinhas do Natal” (2022). São já oito volumes, prevendo-se a reedição, no próximo ano, de mais títulos, nomeadamente “Marrucho Mentideiro” e “Timóteo o Penitente” (num único volume), bem como “Ânsia de Perfeição” e “Contos Imperfeitos”. A coleção terminará com o lançamento, em 2025, de “Vocabulário Minhoto”, que, não sendo de natureza romanesca, reúne os termos populares em forma de dicionário, usados pelas gentes do Minho.

O Município de Esposende prossegue, assim, o compromisso de preservar e divulgar para memória futura o património identitário da sua região, referiu o Presidente da Câmara Municipal, Benjamim Pereira, sublinhando que “Manuel de Boaventura foi o nosso escritor, o que serviu de coletor da voz do povo, em particular o de Esposende”.

O autarca lembrou que, no sentido de homenagear esta “figura incontornável”, o Município concebeu e implementou, em 2016, um projeto de divulgação da sua vida e obra, do qual faz parte a atribuição do Prémio Literário com o seu nome. Referiu, a propósito, que na 4.ª edição, ocorrida recentemente, concorreram mais de 200 obras, e que o Prémio foi entregue a dois autores, um deles de nacionalidade brasileira, internacionalizando, mais uma vez, o Prémio, e levando longe o nome do escritor e do território concelhio. Referiu também a aquisição da Casa Manuel de Boaventura, em Palmeira de Faro, para transformação em Casa-Museu, um projeto exigente que, preconiza Benjamim Pereira, “será como uma porta do tempo para a época e as vivências de Manuel de Boaventura”.

Assumiu que “cabe ao Município a grande responsabilidade da valorização das nossas tradições e da transmissão desse legado às gerações vindouras”, reconhecendo que esse investimento representa um esforço a nível financeiro e que se enquadra numa estratégia cultural bastante ampla e abrangente. Referiu, a propósito, a animação natalícia que o Município está a desenvolver, com o intuito de envolver a comunidade nesta quadra especial. “Temos uma dinâmica cultural sem precedentes”, afirmou Benjamim Pereira.

Concluiu, reiterando o compromisso de, neste mandato, concluir a reedição das obras de contos e romances de Manuel de Boaventura e agradeceu o trabalho de Sérgio Guimarães de Sousa, responsável pela introdução, fixação de texto e notas destas obras.

Sérgio Guimarães de Sousa fez a apresentação das obras “Histórias Contadas à Lareira” e “Zé do Telhado no Minho”, através de um breve resumo do conteúdo de cada uma delas, despertando o interesse para a sua leitura. Agradeceu à Câmara Municipal o “esforço notável” que tem feito na reedição das obras de Manuel de Boaventura e louvou esta ação, notando que contribui para evitar que o património literário que faz a história da região se perca. Enalteceu, por outro lado, a instituição do Prémio Literário Manuel de Boaventura e a aquisição da Casa do escritor, expressando a expetativa de que o projeto possa ir além de Casa-Museu e contemple também um Centro de Estudos. Concluiu, vincando a “sensibilidade cultural da autarquia”.

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