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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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VIANA DO CASTELO: TRAJE DE FESTA DA RIBEIRA

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Os Trajes Regionais de Viana do Castelo, sobretudo envergados durante os quadros da Romaria d’Agonia, há mais de um século que fazem parte da história e dão cor à nossa festa.

O Traje de Festa da Ribeira da cidade de Viana do Castelo, local de particular devoção a Nossa Senhora d’Agonia, podem ser vistos nos atos e procissões religiosas, assim como no Desfile da Mordomia, na Festa do Traje e Cortejo Etnográfico.

Assim, em dias de grande festa, as mulheres da Ribeira, usavam uma saia de fazenda lisa, aos quadrados e até em xadrez; uma blusa de chita, crepe, ou popelina, um avental de fazenda elegantemente bordado a “rechelieu”, um lenço de lã estampado e um par de chinelas lisas. Os trajes masculinos, na sua simplicidade, possuíam um par de calças de fazenda, uma camisa aos quadrados e uma boina.

Traje de Festa da Ribeira: Bairro da Ribeira pela U.F. Santa Maria Maior, Monserrate e Meadela.

Fonte: Romaria  d’Agonia

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A SERRAÇÃO DA VELHA ANUNCIA A PRIMAVERA

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Sob uma forma mais ou menos cristianizada, os povos modernos preservam tradições cujas origens pagãs atestam a sua antiguidade. São disso exemplo as festas equinociais que anunciam a chegada da Primavera como sucede com o Entrudo e a Páscoa, as fogueiras de São João que celebram o solstício do Verão e ainda as saturnais romanas que foram substituídas pela quadra natalícia. De igual modo, também a Serração da Velha continua a ser celebrada, ainda que por vezes sob a forma cristianizada da "Queima do Judas".

Através do rito, o ser humano participa na ação criadora dos deuses. Através da Serração da Velha - ritual que invariavelmente tem lugar na quarta-feira da terceira semana da Quaresma - mais não se pretende do que celebrar o renascimento da Natureza e a expulsão dos demónios do Inverno, nomeadamente através de manifestações ruidosas como a utilização de sarroncas, zaquelitraques e outros instrumentos musicais. Ao invés do cristianismo, a crença antiga unia a vida à morte num ciclo de perpetuo renascimento, tal como ao inverno sucede a Primavera. O cristianismo haveria de fazer coincidir a Ressurreição do Senhor com a celebração da Primavera, tal como à data em que ocorriam as saturnais romanas e entre os povos mais antigos tinham lugar os cultos de adoração ao Sol foi atribuído o nascimento de Jesus, sem que no entanto exista qualquer comprovação bíblica.

Nesta quadra, o ovo pascal assume um particular significado por aquilo que simboliza. Tal como o coelho, o ovo representa a fertilidade e o nascimento de uma vida, razão pela qual ele aparece com frequência nos tradicionais folares ou sob a forma de chocolate. Ainda atualmente, é habitual os camponeses da Alemanha enterrarem ovos nos solos agrícolas convencidos de que tal rito é propiciador à fertilidade dos campos. É que os rituais antigos se encontram intimamente ligados ao ciclo de vida dos vegetais.

Apesar de tratarem-se de diferentes versões de uma mesma celebração, os ritos da Serração da Velha e da Queima do Judas apresentam extraordinárias semelhanças, a mais importante das quais constitui a leitura do respetivo testamento que, em ambos os casos, é invariavelmente utilizado como arma de crítica social aceite por todos. Localidades existem em que esta função se apresenta sob a forma e designação de "pulhas". Tal como o jejum observado por cristãos durante a Quaresma e pelos muçulmanos no Ramadão pretende purificar o corpo e a alma do indivíduo, a crítica subjacente ao "Testamento" lido na Queima do Judas ou na Serração da Velha procura corrigir certos defeitos conhecidos entre a comunidade.

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ESTÁ A CHEGAR A “SERRAÇÃO DA VELHA”!

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A festa está na moda. Graças a ela, cada um sente que está entre todos e ao mesmo tempo, reconstituindo a sua identidade ameaçada pela vida séria, quotidiana e regrada do mundo social. Por outro lado, há quem defenda o seu aspecto subversivo. Ela seria uma reação mais profunda da gente oprimida, à qual é recusado um lugar legítimo na sociedade. Deste ponto de vista, a festa significaria a irrupção das trevas no mundo luminoso da lei e da ordem.

Os estudos históricos não vêm demonstrando, contudo, que o dia seguinte das festas seja aquele de uma nova ordem social. No passado, as classes sociais dominantes utilizavam os transbordamentos da festa como remédio preventivo contra os males da revolta. Na época da escravidão, por exemplo, promoviam-se batuques e lundus. Mas o que se via, na maior parte das vezes, não eram apenas explosões de espontaneidade e transgressão. Nas festas de nítido caráter popular, percebia-se uma vontade consciente, uma organização minuciosa, uma extrema codificação de discursos, gestos e seqüências rituais. Nada era improvisado!

Vamos falar de uma festividade com essas características. Trata-se da “Serração da Velha. Mas o que é, exatamente a “Serração da Velha”? A cerimônia caricata de serrar a velha realizava-se durante a Quaresma. Os dias, variavam, vindo até o sábado de Aleluia: “Um grupo de foliões serrava uma tábua, aos gritos estridentes e prantos intermináveis, fingindo serrar uma velha que, representada, ou não por algum dos vadios da banda, lamentava-se num berreiro ensurdecedor: “Serra a velha! Serra a velha”! E a velha gritando, gritando. Por vezes ocorria essa comédia diante da residência de pessoas idosas e o grupo era repelido a baldes d’água e mesmo tiros de espingarda ou pistola. Noutras ocasiões mediante acordo prévio, os foliões recebiam bolos e bebidas, para a refeição ao amanhecer, porque a serração era durante a noite, para tornar mais sinistro o espetáculo. Vez por outra a Serração da Velha era feita fora da Quaresma e com intenção política, demonstração de desagrado, à porta de um chefe decaído ou derrotado nas eleições. Na década de 1860-1870, a Serração da Velha foi desaparecendo depois de ter chegado ao Brasil, vinda de Portugal, no século XVIII, conta o antropólogo Luís da Câmara Cascudo.

Um resquício deste tipo de comemoração encontra-se no código de posturas da Vila Imperial de Papari, hoje Nísia Floresta, de 1897, em que se proibia o “brinquedo do cerramento de Velhos” com multa de 5$000 réis ao infrator. O historiador Luís Edmundo descreveu fotograficamente  uma Serração da Velha na capital da Colônia, o Rio de Janeiro. Com muitos versos e em meio a um “berreiro indômito e infernal”, celebravam-na em época típica para o folguedo:

“Serre-se a velha

Força no serrote

Serre-se a velha

Dentro do pipote”

Os conjuntos pitorescos de foliões – segundo o mesmo Luís Edmundo – sempre variavam na sua apresentação, luxuosa ou modesta, de acordo com as posses de seus organizadores. Serrava-se a velha ricamente vestida com casaca de chamalote e luvas compridas, sob pálios de seda ou de damasco, ao som de filarmônicas elegantes. Ou na indumentária esfarrapada dos pobrezinhos com dois ou três instrumentos, substituindo o andor e pálios por um simples estrado onde se punha solenemente o barril, prisão onde a velha era encerrada. Os préstitos eram grandes. Reuniam cerca de 150 pessoas, armadas de paus e bandeiras. Na frente, vinha a serra carregada em triunfo, seguida da barrica e de burros enfeitados com flores, sobre os quais montavam a Velha e seu viúvo, sempre fingindo chorar. Fechava o séquito um “tribunal de justiça”, composto por juiz, carrasco e escrivão,  que lia em voz alta para o povo a sentença a ser cumprida.

Mas quem é a Velha? Certamente, uma representação da morte. Uma das várias que, no passado, à época da Quaresma, percorriam as ruas. Às vezes, a Velha corria empunhando uma foice e revidando a pancadaria dos rapazes que a perseguiam cantando “Oh Morte! Oh piela, tira a chicha da panela!”. Outras, ela acompanhava a procissão das Cinzas. A Velha personificava a Quaresma e Gil Vicente, em sua obra Triunfo de Inverno, representou o inverno como a Velha perseguida por Maio, o moço jovem, o verão. E quanto à função simbólica da Serração da Velha? Câmara Cascudo explica  que tradicionalmente a Velha é uma entidade maléfica ou grotesca, intervindo nas estórias com a função de perturbar a felicidade ou dificultar a conquista de alguma coisa. Como permanência das tradições européias, misteriosa e cheia de poder, ela simboliza a morte, as trevas,  a fome. Com o crescimento urbano, o aumento de violência e das dificuldades de sobrevivência, os jovens “botavam para fora” seus problemas na Serração da Velha. Barulhos, gritaria e ritos aí cuidadosamente representados – o julgamento, testamento e morte da Velha – ajudavam na catarse. Numa batalha simbólica contra a morte, eles celebravam o fim do inverno (em fevereiro, no hemisfério norte), o final da Quaresma e da esterilidade dos campos, homenageando a chegada do verão e da fecundidade, enfim, o poder da juventude. A inversão carnavalesca da poderosa morte, personificada numa frágil Velha serrada, era também uma forma de meditar sobre a passagem do tempo, o envelhecimento e a morte – coisa que hoje, evitamos fazer.

Fonte: https://historiahoje.com/

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QUEM ERAM AS “FAFEIRAS” DA GAFANHA DA NAZARÉ – MOÇAS DE FAFE QUE ÍAM TRABALHAR NA SECA DO BACALHAU?

Tal como o nome indica, as “fafeiras” eram moças do concelho de Fafe que migravam sazonalmente para a Gafanha da Nazaré, a fim de trabalharem na seca do bacalhau. A sua presença naquela freguesia do concelho de Ílhavo deixou marcas indeléveis na cultura local, mormente no seu folclore. A esse respeito e acerca das suas lides e modos de vida, transcrevemos a crónica de Gaspar Albino que é divulgada pelo Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré.

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FAFEIRAS – POR GASPAR ALBINO

Era às segundas-feiras. Logo pela manhã, dirigia-me aos correios de Aveiro em busca do sempre desejado telegrama com notícias de bordo do navio, nos mares da Terra Nova.

E era com sofreguidão que regressava ao Largo do Rossio, ao escritório da empresa, para abrir o cofre em busca da cifra que me permitia descodificar o seu conteúdo. Quase todo ele incompreensível para quem não tivesse a chave.

Ficava-se a saber do tempo que tinha feito, dos pesqueiros que o barco tinha frequentado, da saúde e da doença da tripulação, das avarias e, finalmente, a quantidade de bacalhau capturado na semana com aproximada definição dos tamanhos do peixe embarcado no porão.

Os momentos que se seguiam eram comandados pela informação que chegara: alegria pela fartura; tristeza, pela míngua. Às vezes, euforia pelas somas de bons parciais; outras, a tristeza e a dúvida que as brisas (ventos fortes, em linguagem marinheira) alimentavam de maus augúrios quanto ao resultado final da safra.

Tudo isto, entretanto, era guardado com um certo secretismo, conferindo ao ritual das segundas-feiras uma atmosfera singular que, hoje, decorridos que são tantos anos, ainda recordo com emoção.

A nova safra da pesca iniciava-se sempre ainda com o bacalhau da campanha anterior em mãos.

E era certo e sabido que ninguém me largava, ao sábado, quando me deslocava à seca na Gafanha para fazer o pagamento ao pessoal.

Começava pela ti Maria Rita (como a recordo no seu corpanzil de mulherona nos seus quarenta e tais anos que não passavam pela cara de menina que, no fundo, sempre foi) com o seu "então, que tal vamos de escama?"

E, depois, era o senhor Manuel Vareta, o carpinteiro, que, mal me pressentia, lá saltava do sobrado até ao pequeno escritório, onde eu me ia desfazendo dos envelopes das semanadas das mulheres. Os nossos olhares já continham, também eles, um código. As mais das vezes, nem trocávamos palavra sobre a pesca, mas o sorriso, ou o encolher de ombros com que ele ficava para o fim do pagamento ao pessoal, era a garantia da mensagem transmitida e bem compreendida.

Legenda da foto: Perspectiva aérea das secas da Cale da Vila com os seus estendais de peixe. Em primeiro plano a "Seca do Milena", hoje à espera de ser convertida em pólo do Museu Marítimo de Ílhavo.

O Zé Catarino, o ajudante de carpinteiro, nesta questão das capturas, vinha sempre também ajudar à missa e conforme a reacção do chefe, assim era o bulir da enchó que nunca largava.

A Fátima, a filha do guarda, o Ti Augusto, era mais afoita nos seus assumidos dezoito anos que o título de segunda encarregada não conseguia disfarçar.

E lá escorregava eu com a informação que mais tranquilizasse as fafeiras que, respondendo ao seu número na folha de férias, lá se chegavam ao postigo para receberem o soldo que guardavam, de pronto, no seio, por botão entreaberto da blusa.

É que da forma como estivesse a correr a viagem muito dependia o regresso às suas terras, lá para o Minho, para Fafe e seus arredores, onde as famílias as aguardavam para as vindimas e os namorados para aprazar casamento.

Ainda sou do tempo em que o sol mandava no trabalho das secas.

Desarreigadas da sua terra, das suas famílias, as fafeiras constituíam o grosso do pessoal que nelas trabalhava.

Na seca de Lavadores, na Barra, até dispunham dum dormitório. Mas a maior parte das moças que trabalhava nas secas da Cale da Vila vivia em grupos, em acomodações disseminadas pelo povoado, paredes meias com as famílias locais e com estas muito intimamente ligadas.

A forma como se instalavam e viviam na Gafanha, longe da sua terra, fazia com que se estabelecesse uma relação muito forte com a encarregada da sua seca.

É que, pelas décadas de 50 e de 60, também neste sector, havia uma grande fidelidade à empresa de pesca em que cada grupo trabalhava. Um grupo de jovens mulheres, quase todas solteiras e casadoiras, que se comportava de forma coesa, como se de uma irmandade se tratasse, e aceitando, de forma natural, a liderança de uma colega mais experimentada nestas andanças do trabalho nas secas.

Era com esta chefe pacificamente aceite que a encarregada tudo tratava.

Eu conto.

Mal se adivinhava o final da viagem, com o carregamento de peixe a propiciar o regresso do barco, a encarregada do secadouro, trabalhadora permanente, começava a preparar tudo para a nova safra. E lá telefonava para a chefe do grupo, lá para a sua aldeia fafense, para que o grupo se prevenisse. Os carpinteiros já andavam às voltas com as "lambretas" e os carros de mão que tinham de estar reconstruídos, afinados e lubrificados. Mas para cortar a relva, reparar as mesas de secagem, lavar e pintar com cal e metabissulfito de sódio os armazéns de peixe verde, de peixe em mãos, e de peixe seco, já era necessária a primeira leva de mulheres.

E logo que chegavam se ficava a saber quem tinha casado e, por isso, permanecia na sua terra. As neófitas já tinham metido a sua "cunha" para preencher as vagas no grupo.

Era vê-las com os seus ademanes minhotos, com o seu tagarelar exuberante, com o seu praguedo nortenho tão natural.

Sentia-se que a nova safreira vivia a sua deslocação para a Gafanha como se fosse para uma festa.

Festa que, pelo que lhes tinha sido contado pelas mais batidas, sabiam ser de não horários, de muito suor, de muito esforço, mas também de agradáveis sestas quando o tempo o permitia, tudo à mistura com os seus descantes minhotos que ritmavam tanto o trabalho como o descanso.

No dia da chegada do barco, tudo aparecia vestido como se fosse para romaria.

E as fafeiras misturavam-se com as famílias da tripulação, quase deixando transparecer a mesma ânsia de quem aguarda por longos meses o reencontro de entes queridos.

O "spring" era lançado para terra e o ti Vareta mais o Zé Catarino já sabiam que fazer. Nó hábil e rápido no moitão e o barco, lentamente, aproximava-se do trapicho.

Ao longo do cais, que o guarda-fiscal não deixava que se aproximassem, as fafeiras não perdiam pitada. Especialmente as "caloiras".

A encarregada, a Ti Maria Rita, essa já não era, ao fim de tantos anos de experiência, para essas andanças. Aguardava no seu tugúrio, a que pomposamente chamava de escritório, que o contra-mestre lá fosse combinar o início da descarga.

Quantas mulheres para o porão, quantas para o convés e ao trapicho, quantas aos carros, quantas para as pilhas, quem ficava à balança, enfim: o princípio do rodopio comandado pelo bacalhau, rei e senhor.

Não era trabalho fácil este, o da descarga.

Mas a verdade é que estas mulheres do coração do Minho revelavam um espírito de corpo, de inter-ajuda, verdadeiramente excepcional.

Um dia, logo nos princípios de responsável, verificou-se que o ritmo de descarga tinha abrandado.

E o contra-mestre, velho amigo, aconselhou-me que fosse ao porão, pois era lá que estava a causa.

Lá desci de gatas, que a altura até ao convés era pouca, e lá andavam elas a atirar o peixe para a dala estendida.

Vi que não dava para mais. Mas mesmo assim lá gritei: "Amiguinhas! Só vamos sair daqui quando estiverem pesados "tantos" quintais!"

E lá do escuro, bem do extremo do porão, uma voz que nunca identifiquei saiu-se com esta que nunca mais esqueci:

"Ai o estupor do homem! Se nos chama a nós de amigas, que há-de chamar à mulher?".

Para não me verem rir, corri a subir para o convés, deixando-as no seu ritmo marcado pelas suas cantigas.

Não sei como, mas a verdade é que à hora prevista, da balança vieram-me dizer que os quintais previstos para o dia de descarga tinham sido ultrapassados.

Ainda havia peixe no porão e já se começava a lavar nas pias.

Os tempos eram de dinheiro magro e havia que começar a secar, para se começar a realizar fundos.

E apesar de o trabalho, por vezes, se iniciar às seis da manhã, a verdade é que, se o tempo o justificava, se fazia serão, a lavar nos tanques, a separar e a enfardar, por noite dentro.

O espírito da "fafeira" era esse mesmo.

O que interessava era juntar o melhor pé-de-meia possível no decurso da safra para o enxoval que todas sonhavam rico de promessas de casório futuro.

Safra que não rendesse mais um cordão de ouro não era safra nem era nada.

As horas extra eram sempre desejadas e o castigo do corpo – diziam elas – afastava vícios.

Para moças que sempre tinham vivido o campo, era de espantar como, num ápice, se adaptavam ao novo meio, às novas gentes, às novas práticas do seu trabalho.

As expressões mais cerradas do seu novo oficio eram aprendidas e usadas como de nascença.

O "tratamento" do bacalhau "seleco", que aparecia sempre que os cascos de madeira dos barcos deixavam entrar água no porão e o seu esgoto se não fazia convenientemente, para elas era canja. O lavar e salgar de novo afastava os fumos de cheiros doentios e o bacalhau ressuscitava nas mesas, como se nada se tivesse passado.

Fazer a cosmética ao "rouge" e ao "empoado" para elas era brinquedo. Pincel na mão, peixe na mesa, caldo de metabissulfito e lá se ia o vermelho ao fim de algumas horas de sol.

Escova bem esfregada na carne do bacalhau e lá desaparecia o acastanhado do pó que atirava para sortido de segunda o peixe mais especial, o grado.

Fadas de milagres, estas fafeiras.

Sentia-se que o bacalhau era a sua razão de ser e que a seca era a sua casa. O convívio que se estabelecia no trabalho era encarado como sucedâneo da família que se tinha deixado lá para o norte.

Durante todo o santo dia cantavam. Normalmente, era quando se lavava peixe que as cantigas brilhavam mais.

À solista, que sempre havia, respondia o coro. Canções de trabalho do Minho, próprias do amanho dos campos, mas que a inventiva adaptava às tarefas da seca.

E à merenda, quando se sabia que o peixe só seria recolhido lá mais para tarde, às cantigas juntava-se o bailarico dumas com outras.

Era certo e sabido. Ao fim de pouco tempo, as que não tinham deixado namoro na terra arranjavam derriço gafanhão.

E era vê-los, aos moços, ao portão, à hora do despegar, à espera da fafeira apetecida, namorada de outras falas, de outros lados.

Quando se desenhava o fim da safra, todo o mundo começava a sonhar com a festa: era o jantar da seca, para algumas com a presença do namorado e o bailarico que entrava pela noite dentro.

E depois era a despedida até que houvesse notícia de novo carregamento a chegar ao cais.

Mas quantas daquelas moças não ficaram por cá, enriquecendo, com os seus costumes, a sua cozinha, os seus cantares, as suas danças, os hábitos das nossas Gafanhas?

A conclusões bem seguras nesta matéria já terá chegado, de há muito, o Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré no seu cuidadoso levantamento das riquezas culturais da sua terra.

E por certo que só esta interpenetração de danças e cantares do Minho – mais precisamente da região de Fafe – daria para um trabalho de grande fôlego etnográfico.

Haja quem o queira fazer.

A todos nos enriqueceria.

Fonte: Grupo Etnográfico da Gafanha da Nazaré

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PONTE DE LIMA EXPÕE TAMANCOS TRADICIONAIS

Artesão Joaquim Cerqueira da Silva

O Centro de Interpretação do Território (CIT) – espaço cultural afeto ao Município de Ponte de Lima e baluarte da identidade cultural da região – vai lançar no último trimestre de 2023 um novo ciclo expositivo inteiramente dedicado às artes e ofícios existentes no concelho limarense, no passado e no presente. A primeira edição da série de mostras, com inauguração agendada para 30 de novembro, às 17h00, incidirá sobre o calçado de pau regional que durante décadas serviu as comunidades rurais. O evento contará com a atuação das Cantadeiras de Vitorino dos Piães.

Patente ao público na sala principal do CIT até 31 de março de 2024, a exibição intitulada "Artes da Terra | Tamancaria tradicional" pretende divulgar um mester ancestral, fortemente associado ao meio rural e ao folclore, aqui representado pelo último artesão em atividade no território de Ponte de Lima.

Terça-feira a domingo das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 18h00

Centro de Interpretação do Território

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PORQUE EXIBEM AS MINHOTAS O OURO DE FORMA TÃO EXUBERANTE?

É frequente algumas pessoas de diferentes regiões do país, ligadas ao meio folclórico, questionarem-se acerca da exuberante exibição do ouro em terras minhotas, lembrando as dificuldades com que o povo outrora vivia.

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A atracção das nossas gentes por esse metal tão bonito quanto precioso remete-se aos confins da nossa História, ao tempo em que as nossas mulheres se adornavam com torques e braceletes que inspiram a moderna ourivesaria minhota. Os próprios romanos chegaram a explorar as abundantes jazidas existentes na nossa região. Contudo, a importância do ouro na tradição minhota possui uma exlicação bem mais recente!

No meio rural, aliás à semelhança do meio urbano, existiam várias classes sociais de camponeses (na cidade, de burgueses!) ou seja, havia desde os mais abastados até àqueles quem praticamente nem propriedade para cultivar possuíam, sendo por isso forçados a trabalhar ao jornal por conta de outrem.

Na região de Entre-o-Douro e Minho, muitos camponeses foram obrigados a emigrar para o Brasil para escapar à miséria que então assolava os campos. Não raras as vezes escapavam clandestinamente escondidos nos porões dos navios que partiam de Viana do Castelo ou outros portos.

Porém, muitos deles regressaram ricos, construíram os seus solares e casas apalaçadas, as chamadas as casas dos brasileiros, sobretudo ao longo do litoral minhoto. Eram os “brasileiros de torna-viagem”.

Do seu bolso ajudaram a construir escolas, beneficiaram igrejas e de um modo geral contribuíram para o progresso das suas terras de origem. Mas também não esqueceram as suas afilhadas, oferecendo-lhes geralmente um rico dote em oiro para que também elas viessem a conseguir um bom casamento... é isso que em grande medida explica uma exibição mais exuberante do ouro nesta região em contraste com outras regiões do país!

Em relação à exuberância, tal constitui um traço do carácter minhoto que define bem a sua personalidade. Longe da monotonia de outras terras, o minhoto vive desde que nasceu rodeado de uma paisagem alegre e deslumbrante onde a grandeza das montanhas contrasta com a doçura verdejante das suas veigas. Por isso, ele é jovial e alegre. E, todos os momentos da vida, incluindo os mais difíceis, enfrenta-os com um sorriso nos lábios. O trabalho, a religião e a própria gastronomia são vividos em festa! A sua enorme paixão pelo fogo-de-artifício e a forma como decora os arcos de romaria são disso um exemplo… como poderia ser de outro modo o seu gosto pela ourivesaria?

Foi também esta procura pelos objectos de adorno em ouro que permitiu o desenvolvimento da ourivesaria sobretudo em Gondomar e Póvoa de Lanhoso, fazendo desta arte um dos ex-líbris de Portugal mundialmente reconhecido.

Foto: José Carlos R. Vieira

RUSGA DE S. VICENTE DE BRAGA REALIZA 2º ENCONTRO DE AMANTES DEA FOTOGRAFIA

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2ª edição do "Registo Fotográfico - continuam abertas inscrições

Eis mais uma iniciativa com a chancela da Rusga de S. Vicente de Braga - Grupo Etnográfico do Baixo Minho.

No âmbito da iniciativa "A Rusga desce ao Terreiro" - Magusto anual Rusgueiro, aberto à comunidade bracarense e a quem nos visita, turistas e não só -, vai esta Rusga levar a efeito o 2º encontro dos amantes da fotografia (profissionais e/ou amadores), cujo objetivo visa; recolher e/ou captar os melhores momentos desta atividade comunitária para 'memória futura', e ainda, divulgar e promover o evento, dentro e fora de portas.

Todos os meios, canais de comunicação e divulgação, tornam-se nos dias de hoje, imprescindíveis para a difusão da nossa cultura popular de tradição. Há que saber deles usufruir e rentabilizá-los. De referir a propósito que, a iniciativa "A Rusga desce ao Terreiro (da Torre de Menagem)", vai já na sua 12ª edição, sendo já uma referência das atividades culturais públicas, realizadas em pleno casco urbano bracarense, Este ano será no dia 12, domingo, a partir das 15h00, no já mencionado, Terreiro da Torre de Menagem, do lado da igreja dos Terceiros.

Se está interessado em participar, inscreva-se até ao dia 10, do próximo mês de novembro, através do email:<rusgasv@gmail.com> ou do Tlm: 961203178

O repto está lançado. Se gosta de fazer bons registos fotográficos, "A Rusga desce ao Terreiro", proporciona momentos e ambientes únicos, de pura magia fotográfica e de sã convivialidade.

Inscreva-se já.

E, Siga a Rusga.

Sem mais, renovando os votos iniciais, 

Creiam-nos ao dispor.

P'la Direção

O Presidente 

José Pinto

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RUSGA DE S. VICENTE DE BRAGA – GRUPO ETNOGRÁFICO DO BAIXO MINHO – PROMOVE 2ª EDIÇÃO DO “REGISTO FOTOGRÁFICO – A RUSGA DESCE AO TERREIRO”

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Eis mais uma iniciativa com a chancela da Rusga de S. Vicente de Braga - Grupo Etnográfico do Baixo Minho.

No âmbito da iniciativa "A Rusga desce ao Terreiro" - Magusto anual Rusgueiro, aberto à comunidade bracarense e a quem nos visita, turistas e não só -, vai esta Rusga levar a efeito o 2º encontro dos amantes da fotografia (profissionais e/ou amadores), cujo objetivo visa; recolher e/ou captar os melhores momentos desta atividade comunitária para 'memória futura', e ainda, divulgar e promover o evento, dentro e fora de portas.

Todos os meios, canais de comunicação e divulgação, tornam-se nos dias de hoje, imprescindíveis para a difusão da nossa cultura popular de tradição. Há que saber deles usufruir e rentabilizá-los. De referir a propósito que, a iniciativa "A Rusga desce ao Terreiro (da Torre de Menagem)", vai já na sua 12ª edição, sendo já uma referência das atividades culturais públicas, realizadas em pleno casco urbano bracarense, Este ano será no dia 12, domingo, a partir das 15h30, no já mencionado, Terreiro da Torre de Menagem, do lado da igreja dos Terceiros.

Se está interessado em participar, inscreva-se até ao dia 10, do próximo mês de novembro, através do email:<rusgasv@gmail.com> ou do Tlm: 961203178

O repto está lançado. Se gosta de fazer bons registos fotográficos, "A Rusga desce ao Terreiro", proporciona momentos e ambientes únicos, de pura magia fotográfica e de sã convivialidade.

Inscreva-se já.

E, Siga a Rusga.

Sem mais, renovando os votos iniciais, 

Creiam-nos ao dispor.

P'la Direção

O Presidente 

José Pinto

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BORDADO DE VIANA DO CASTELO EM EXPOSIÇÃO NA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Entre hoje e sexta-feira, o Bordado de Viana do Castelo está exposto na Assembleia da República, integrando uma exposição de produtos tradicionais. São 22 as produções certificadas em Portugal continental que estão presentes nesta mostra organizada a convite do deputado Carlos Brás, pela A.Certifica, o único organismo de certificação das produções artesanais.

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Nesta mostra participam artesãos que representam todos os produtos certificados de Norte a sul do País: Lenços de Namorados do Minho, Olaria, Figurado de Barcelos, Bordado de Crivo São Miguel da Carreira, Bordado de Guimarães, Bordado de Viana do castelo, Junça da Beselga – Penedono, Bordado de Tibaldinho – Mangualde, Barro Preto de Olho Marinho – Vila Nova de Poiares, Louça Preta de Molelos – Tondela, Bonecos de Estremoz, Bordado de Castelo Branco, Viola Beiroa, Viola Braguesa, Junco de Forjães – Esposende, Camisola Poveira, Cantarinhas dos Namorados – Guimarães, Filigrana de Portugal.

As mulheres de Viana do Castelo ao longo dos anos embelezaram as suas toalhas e outros panos usados em momentos festivos com bordados de grande beleza. A inspiração destes bordados vem dos elementos naturais, com diversas flores estilizadas e elementos vegetais, como são as silvas e as hastes. Desta forma, a exuberância da natureza era transportada para dentro de casa.

Como forma de proteger a qualidade do trabalho das bordadeiras, a Câmara Municipal de Viana do Castelo certificou a marca “Bordado de Viana do Castelo” e, hoje em dia, apenas os produtos certificados podem garantir um produto genuíno.

Recorde-se que foi em 25 de agosto de 2005 que a Câmara Municipal apresentou ao INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial o pedido de registo da Indicação Geográfica “Bordado de Viana do Castelo”. Trata-se de uma marca composta por símbolo e denominação aprovados em sede da Comissão de Acompanhamento do projeto “Bordados de Viana, Património Vianense”. Em 2012, foi aprovada a certificação do Bordado de Viana do Castelo, que se tornou, assim, o quinto produto artesanal, em todo o continente, a ser certificado. Foi em agosto desse mesmo ano que os primeiros bordados já certificados começaram a ser comercializados.

A exposição está de todos os produtos certificados está, pois, patente até sexta-feira no Palácio de São Bento, em Lisboa, edifício que foi sede do Parlamento de Portugal de 1834 até 1976, altura em que passou a sede da Assembleia da República.

FESTA DO PÃO EM ESPOSENDE MOSTRA TRADIÇÕES EM TORNO DO CICLO DO PÃO

De 5 a 8 de outubro, o Campo de S. Miguel, em Marinhas, acolhe a 14.ª Festa do Pão, evento que reúne as associações na ruralidade do final de setembro, marcado pelas vindimas e pelas colheitas.

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Este evento, coorganizado pela Junta da União das Freguesias de Esposende, Marinhas e Gandra e pelo Município de Esposende, insere-se no Plano de Ação para a Sustentabilidade, Crescimento e Competitividade do Turismo em Esposende – 2023_2027, decorrendo no âmbito do ESlocal, “Programa de Incentivo à Produção e Consumo dos Produtos de Endógenos: Produtos de Esposende”.

Na Festa do Pão serão recriados os tempos passados, com desfolhadas a preencher os serões, na esperança de encontrar o milho-rei, seguindo-se o malho das espigas, as rusgas ao som das tocatas dos grupos folclóricos e os cantares ao desafio.

Durante quatro dias, as associações da freguesia de Marinhas darão a conhecer, e a provar, o que de bom há na cozinha tradicional portuguesa, em especial a ancestral arte de confecionar pão de milho.

Recriam-se momentos de antigamente, onde a agricultura determinava a vida quotidiana e assegurava o sustento das famílias, estando esta atividade umbilicalmente ligada a uma das profissões mais emblemáticas de Marinhas: As moleiras.

As moleiras percorriam a freguesia com as suas mulas, recolhendo o milho na casa dos lavradores que transportavam para a Abelheira, para ser moído nas azenhas ou nos moinhos, milho esse que era devolvido ao lavrador sob a forma de farinha, mediante o pagamento de uma maquia (percentagem de farinha que era o lucro das moleiras).

No lugar da Abelheira, onde o Município de Esposende procedeu à recuperação de três moinhos de vento e, recentemente, adquiriu o quarto, projetando para breve a sua requalificação, assim como outras ações que permitirão concretizar o Parque Temático dos Moinhos de Vento da Abelheira.

Na Festa do Pão celebra-se o ciclo do pão. Mãos experimentadas criam com arte e sabedoria pão e deliciosos bolos de carne e de sardinha para saborear.

A abertura do evento acontece no feriado de 5 de outubro, às 15h30, no dia 6, sexta-feira, estará de portas abertas das 19h00 à 1h00, nos dias 7 e 8, sábado e domingo, abre às 11h30, sendo que no sábado encerra à 1h00 e no domingo, às 22h00. No primeiro dia sobe a palco Joana D’Arc e no dia seguinte é a vez da Banda: SIGA A FARRA, ambos a partir das 22h00. No sábado, às 21h30 há Desfolhada e Malhada na eira, seguindo-se às 23h00, a atuação de Zé Manel MUSIC BOX.

No último dia, a animação decorre a partir das 15h30, com concertinas, seguindo-se o Festival de folclore com os Ranchos: Rancho Folclórico de Rio Tinto; Ronda de Vila Chã e Grupo Associativo de Divulgação Tradicional de Forjães. A encerrar há Desgarrada, com Tatty e João Oliveira.

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ETNOGRÁPHICA “VAI ANDAR” ÀS “VOLTAS DO LINHO” EM GONDIFELOS

A tradição popular e tradicional são a base de “Etnográphica: As Voltas do Linho”, iniciativa municipal que envolve cantares, ateliers, ensaios abertos, desfile de bombos, exposição, entre outras atividades dedicadas à etnografia, e acontece de 7 a 15 de outubro, no Salão Paroquial de Gondifelos.

A iniciativa inicia com a inauguração da exposição itinerante “Etnográphica: As Voltas do Linho”, sobre o trabalho do linho, pelas 18h00, patente até dia 15 de outubro. Segue-se “Cantares do Linho”, pelas 18h30, com a presença Grupo Folclórico Santa Leocádia de Fradelos e Rancho Folclórico da Associação Cultural de Gondifelos.
Até dia 15, haverá um programa de animação popular em torno da temática do linho, com a participação de vários grupos folclóricos do concelho entre outros intervenientes artísticos e musicais convidados para o efeito. Serão ainda desenvolvidas atividades pedagógicas em torno do tema, dirigidas ao público infantojuvenil e público em geral.

A entrada é gratuita em todas as atividades.

Refira-se que “ETNOGRÁPHICA” é um projeto desenvolvido pelo Município de Vila Nova de Famalicão dedicado à tradição popular e música tradicional, no sentido de preservar e difundir estas sonoridades e práticas, envolvendo, de igual forma, coletividades famalicenses que já se dedicam à preservação e difusão da memória etnográfica.

A programação completa do “Etnográphica: As Voltas do Linho” encontra-se disponível em www.famalicao.pt/etnographica-2023---as-voltas-do-linho.

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VILA PRAIA DE ÂNCORA: TERMINARAM ONTEM AS FESTAS DE NOSSA SENHORA DA BONANÇA – PADROEIRA DOS HOMENS DO MAR

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Terminaram ontem as Festas em Honra de Nossa Senhora da Bonança em Vila Praia de Âncora. Com um vasto programa, um dos pontos altos das festividades foi o Cortejo Etnográfico da Festa de Nossa Senhora da Bonança 2023 “Sabores e Labores Tradicionais”, que animou as ruas da vila no sábado, da parte da tarde. Recordámos ainda que o Município está a dedicar o mês de setembro às Tradições e à Cultura Popular.

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