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BLOGUE DO MINHO

Espaço de informação e divulgação da História, Arte, Cultura, Usos e Costumes das gentes do Minho e Galiza

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VIANA DO CASTELO: CENTRO DE ESTUDOS REGIONAIS DEBATE “O FUTURO DA AGRICULTURA E DO MUNDO RURAL NO ALTO MINHO

No próximo dia 7 de março realiza-se a conferência “Agricultura e Mundo Rural no Alto Minho – para onde vamos?”, por Nuno Vieira e Brito, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, às 17.15 horas. Trata-se da terceira conferência do XIII Ciclo de Estudos “Terra”, iniciativa organizada pelo Centro de Estudos Regionais

Na sessão anterior do Ciclo de Estudos, realizada no dia 22 de fevereiro, a geóloga Raquel Alves apresentou uma comunicação sobre as minas e os recursos minerais da Serra d’Arga, dando nota da sua riqueza patrimonial, sustentada em várias fontes e evidências. Recuperando e atualizando parte da sua investigação, a conferencista referiu-se, entre outros aspetos, aos espaços mineiros abandonados e à história da mineração na Serra, fundamentalmente, durante os séculos XIX e XX. Foi mais um excelente momento de divulgação de conhecimento científico e de reflexão sobre o desenvolvimento local e regional.

Nuno Vieira e Brito é Doutor em Ciências Veterinárias, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – Ciências Animais e Veterinárias e Mestre em Produção Animal, pelo International Center for Advanced Mediterranean Agronomic Studies. Licenciado em Medicina Veterinária, pela Escola Superior de Medicina Veterinária da Universidade Técnica Lisboa, é atualmente Professor Catedrático do Instituto Universitário das Ciências da Saúde e Professor Coordenador da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima. Exerceu as funções de Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, em 2015, e publicou diversos livros e artigos científicos em revistas da especialidade.

O programa do XIII Ciclo de Estudos prevê a concretização de mais uma conferência no mês de março, no dia 14.

As sessões estão abertas à participação de todo o público.

A direção do Centro de Estudos Regionais

VIANA DO CASTELO: BLOCO DE ESQUERDA DEFENDE JUSTA REMUNERAÇÃO AOS PEQUENOS AGRICULTORES

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As candidatas do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral de Viana do Castelo, Adriana Temporão e Edite Costa, estiveram reunidas, na tarde de segunda-feira, com a Associação para a Cooperação entre Baldios (ACEB), para perceber as dificuldades enfrentadas pelos mesmos.

Durante a reunião, foi referida a falta de preços justos garantidos à produção que levam a que a atividade seja pouco atrativa para jovens, como um dos constrangimentos que os baldios enfrentam nos dias de hoje. Outra das barreiras que a ACEB descreveu foi a perda de gente nas áreas adjacentes aos territórios baldios, o que leva a uma dificuldade em constituir legalmente os Órgãos Sociais do Baldio.

No final da reunião, Adriana Temporão defendeu que é necessário capacitar e valorizar os baldios e avançar com um modelo sustentável e biodiverso de floresta, priorizando espécies autóctones e promovendo a gestão associativa da floresta.

A cabeça de lista destacou ainda que deve ser criado um mecanismo de justa remuneração aos pequenos agricultores bem como o pagamento por serviços ao ecossistema, para remunerar os pequenos proprietários florestais e os pequenos agricultores pela promoção da biodiversidade e pelas estruturas de prevenção dos incêndios rurais.

BRAGA: CDU RECLAMA NOVA POLÍTICA PARA DEFENDER O MUNDO RURAL

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A 1ª candidata da CDU pelo Círculo de Braga, Sandra Cardoso, esteve em Terras do Bouro, em contacto com a população e comerciantes.

A delegação da CDU defendeu o mundo rural e a pequena e média agricultura através de uma política diferente da atual. Uma política que assuma como central a defesa da produção nacional e defina a agricultura familiar como pilar essencial para concretizar esse objectivo.

Sandra Cardoso lembrou que “o défice da balança agro-alimentar continua em valores inaceitáveis, estimando-se cerca 3000 milhões de euros. Ao contrário das teses que nos dizem que o país é pobrezinho, que não pode produzir o que é preciso para alimentar o povo português, a vida vem provando que, com as políticas adequadas, é possível produzir mais e substituir importações por produção nacional”.

A CDU reclama uma política que, entre outras, garanta o escoamento da produção a preços justos, a começar pela aquisição por parte dos serviços do Estado, como cantinas escolares por exemplo.Os produtos nacionais e a promoção dos mercados locais de circuitos curtos são medidas de apoio à agricultura familiar com a implementação prática do seu Estatuto, no plano fiscal e no apoio a investimentos; assim como a redução dos custos de produção – combustíveis,pesticidas, sementes, adubos, defendendo o direito ao livre uso das sementes, rejeitando a sua privatização.

Urge também combater a ditadura dos gigantes da grande distribuição e a fiscalizar as importações. “Continuamos a assistir a juras de amor eterno por parte da grande distribuição à produção nacional, mas basta entrar num grande supermercado para ver que assim não é” rematou Sandra Cardoso.

Uma política que não é só necessária mas é urgente e também possível, com o reforço da CDU nas próximas eleições.

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PONTE DE LIMA REALIZA FEIRA 100% AGROLIMIANO

IX Feira 100% Agrolimiano | 23 a 25 de fevereiro | Ponte de Lima

O Município de Ponte de Lima promove mais uma Feira 100% Agrolimiano no fim-de-semana de 23 a 25 de fevereiro, no Pavilhão de Feiras e Exposições.

O objetivo deste evento é mostrar, divulgar e promover o que de melhor se produz no setor agroalimentar em Ponte de Lima, sendo esta uma das áreas que mais se tem desenvolvido nos últimos anos, devido a uma maior valorização por parte dos empresários nos recursos endógenos, criando assim novos postos de trabalho e surgindo novos negócios, com produtos inovadores e de excelente qualidade.

Durante estes três dias serão apresentados e expostos vários produtos produzidos ou transformados no concelho, como mel, sidra, vinho verde, enchidos e fumados, fruta, hortícolas, cogumelos, carne, leite, entre outros produtos limianos, mas também animais criados no concelho limiano.

Com um programa abrangente que inclui animação musical, workshops e seminários, dirigido não só a profissionais, mas também ao público em geral, a IX Feira 100% Agrolimiano pretende atrair profissionais, distribuidores, empresários e consumidores para a excelência do mundo rural de Ponte de Lima.

Confira o programa:

sexta, 23 de fevereiro

18h00 Abertura da Feira 100% Agrolimiano – Visita Oficial

18h00 Apresentação do Curso de Manejadores Preparadores de Bovinos – EPPL

19h00 Prova de Vinhos Verdes e Produtos Regionais

22h00 Animação Musical “Siga a Farra”

sábado, 24 de fevereiro

8h00-12h00 Feirão Agrícola

10h00 Abertura da Feira

10h00 Arruada – Grupo de Cantares de Santa Comba*

10h00 Workshop “O Garrano e o Traje Português” (Inscrição Obrigatória) – ACERG

11h00 Animação “Agostinho e Felicidade”

11h30 Sessão de Esclarecimento – “Gestão de Efluentes Pecuários” Eng.ª Manuela Melo CCDR-N

14h00 Centro Histório “Banda às Riscas”*

14h30 Seminário – “Economia Circular e Valorização da Fileira da Carne de Bovino ESA-IPVC (programa próprio)

15h00 IV Agrojogos Limianos – EPPL

17h00 Prova de Vinhos Verdes e Produtos Regionais

17h00 Animação “Agostinho e Felicidade”

18h00 II Encontro de Produtores do Mercado Agrolimiano – MPL

22h00 Animação Musical “OMIRI”

domingo, 25 de fevereiro

10h00 Abertura da Feira

10h00 Arruada – Grupo de Bombos de Cepões*

12h00 Showcooking “Os Sabores do Mercado Agrolimiano”

14h00 Escadaria Pavilhão de Feiras e Exposições – Banda do Galo

15h00 Animação “Agostinho e Felicidade”

15h00 Prova de Vinhos Verdes e Produtos Regionais

16h00 Animação Musical “Augusto Canário”

20h00 Encerramento

*Programa sujeito às condições climatéricas

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AGRICULTORES DO NORTE SAEM À RUA AMANHÃ EM VALENÇA

Mais de meia centena de agricultores já confirmou presença (com e sem veículo agrícola ou pesado de mercadorias) para a ação que irá decorrer amanhã a partir das 7h30 entre a rotunda de São Pedro da Torre e o Albergue de São Teotónio, em Valença.

A iniciativa do Movimento dos Agricultores do Norte, que representa “agricultores, empresários agrícolas e cidadãos”, pretende sensibilizar a sociedade e o poder político “para o atual panorama dramático do setor agrícola no Norte de Portugal”, definem, em comunicado.

Assim, amanhã (dia 6 de Fevereiro), em simultâneo com outras ações de protesto desenvolvidas do lado espanhol da fronteira pela Agrupacion Nacional de Agricultores y Ganaderos del Sector Primario, as ações terão início às 7h30 e compreendem duas marchas lentas de veículos a ocorrer em simultâneo:

Uma de veículos pesados entre a rotunda de São Pedro da Torre, na E.N. 13, pela Via Rápida até à rotunda do Albergue de São Teotónio e regresso à rotunda de São Pedro da Torre, novamente pela via rápida;

Outra de veículos ligeiros e tratores, entre a rotunda de São Pedro da Torre, pela E.N. 13, até à rotunda do Albergue de São Teotónio e regresso à rotunda de São Pedro da Torre, novamente pela E.N. 13, sendo que os tratores fazem a volta de regresso a partir da rotunda que dá acesso à zona industrial de Gandra.

Fonte: Voz de Melgaço / Foto: Miguel P. Silva / Expresso

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VIANA DO CASTELO: PRÓXIMA CONFERÊNCIA DO XIII CICLO DE ESTUDOS “TERRA” DISCUTE O FUTURO DA AGRICULTURA E DO MUNDO RURAL

No próximo dia 8 de fevereiro tem lugar a segunda conferência do Ciclo de Estudos “Terra”, iniciativa do Centro de Estudos Regionais. O conferencista, Nuno Vieira e Brito, apresenta a comunicação “Agricultura e Mundo Rural no Alto Minho – para onde vamos?”, na Sala Couto Viana da Biblioteca Municipal de Viana do Castelo, às 17.15 horas.

A conferência inaugural da 13ª edição do Ciclo de Estudos realizou-se no passado dia 25 janeiro com uma interpelante comunicação de Ricardo Carvalhido sobre a importância geológica do território concelhio de Viana do Castelo e a pertinência da sua elevação a território UNESCO Geoparque. O público presente, cerca de meia centena de pessoas, teve a oportunidade de enriquecer o seu conhecimento sobre a riqueza patrimonial conservada nas rochas e, de um modo geral, na paisagem, realizando um percurso fascinante pela história da Terra.

O programa do XIII Ciclo de Estudos prevê a concretização, até março de 2024, de um conjunto de conferências sobre diversos assuntos relacionados com a temática da “Terra”, considerando a participação de diferentes investigadores e áreas disciplinares.       

Nuno Vieira e Brito, conferencista convidado para a sessão a realizar no dia 8 de fevereiro, é Doutor em Ciências Veterinárias, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro – Ciências Animais e Veterinárias e Mestre em Produção Animal, pelo International Center for Advanced Mediterranean Agronomic Studies. Licenciado em Medicina Veterinária, pela Escola Superior de Medicina Veterinária da Universidade Técnica Lisboa, é atualmente Professor Catedrático do Instituto Universitário das Ciências da Saúde e Professor Coordenador da Escola Superior Agrária de Ponte de Lima. Exerceu as funções de Secretário de Estado da Alimentação e Investigação Agroalimentar, em 2015, e publicou diversos livros e artigos científicos em revistas da especialidade.

O Ciclo de Estudos é uma organização do Centro de Estudos Regionais, sob a coordenação de José Carlos Loureiro, e as sessões estão abertas à participação de todo o público.

A direção do Centro de Estudos Regionais

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PONTE DE LIMA: DEPUTADO REIS FARIA FALOU EM 1962 NA ASSEMBLEIA NACIONAL ACERCA DO EMPARCELAMENTO AGRÍCOLA DE ESTORÃOS

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O Sr. Reis Faria: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: ao falar nesta Assembleia pela primeira vez, vão para V. Exa., Sr. Presidente, as minhas primeiras palavras, palavras de admiração, de respeito, de muita consideração.

Desde muito novo me habituei a ouvir falar de V. Exa., sempre no plano dos homens excepcionais, das inteligências privilegiadas que conduziam o País e que, quer na Universidade de Coimbra, como ilustre professor, quer nos Ministérios, onde V. Exa. deixou a marca da sua inteligência e do seu trabalho, quer nesta Assembleia, onde através de tantas legislaturas a opinião de V. Exa. foi sempre acatada, estimada e onde por vezes as circunstâncias mais delicadas ou mais difíceis foram dominadas por V. Exa. com utilidade, fulgor e brilho invulgares, sempre se afirmou V. Exa. um dos melhores valores positivos que, vindos desde a primeira hora, construíram o Portugal de hoje.

Faltam-me qualidades e mérito para que o meu elogio algum valor tenha para V. Exa., mas a sinceridade da sua expressão e o desejo que tinha de poder dirigir a V. Exa. Esta minha saudação emprestam-lhe um valor que as palavras não alcançam.

Espero que no decorrer desta legislatura, a que os meus conterrâneos me trouxeram e em que procurarei trabalhar para de certo modo corresponder ao mandato que me confiaram, possa afirmar a V. Exa. todo o meu desejo da maior e mais leal colaboração.

A todos os meus colegas nesta Assembleia desejo apresentar igualmente as minhas saudações da mais franca e leal camaradagem.

Sr. Presidente: quase mal parece que venha pronunciar-me sobre assunto que tão arredio está da minha formação profissional e para o qual não me sinto determinado senão pelo mandato que me foi conferido e que me envolveu num conjunto de circunstâncias tais que me levaram a dizer algumas palavras também sobre a proposta de lei do emparcelamento da propriedade rústica.

E precisamente em Viana do Castelo, nas freguesias de Estorãos, Moreira de Lima e S. Pedro de Arcos, do concelho de Ponte de Lima, que está em estudo e em vias de realização o primeiro emparcelamento da propriedade rústica efectuado no País.

Ligado no distrito como estou, não podia, pois, por esse motivo, deixar de apreciar a proposta de lei agora em discussão.

Não o vou fazer como técnico, que não sou, mas apenas no plano geral de ideias, de vantagens, de incidências económicas ou de potencialidades de progresso.

Numa afirmação a priori quero dizer que vejo nesta proposta de lei as maiores possibilidades de progresso da nossa agricultura e que, mesmo quando alguma das suas disposições nos pareça discutível com a nenhuma experiência que há, só a sua aplicação prática lhe poderá vir a trazer mais tarde a conveniente ou eficaz correcção.

Contudo, impressiona-me extraordinariamente, através dos dados que tão amável como abundantemente me foram fornecidos por S. Exa. o Secretário de Estado da Agricultura, pela Junta de Colonização Interna e por alguns outros dados que pude colher, que noutros países mais avançados do que o nosso só se tenha começado a fazer emparcelamento quando a produtividade e a rentabilidade da agricultura já tinham alcançado níveis de que nós ainda hoje estamos muito e muito afastados.

Lançou-se mão do emparcelamento por ser nesses países praticamente a única, forma de alcançar resultados ainda superiores aos já normalmente então atingidos.

Isto é: o emparcelamento é um meio, não é um fim, e até a pequena ou muito pequena lavoura pode ser altamente produtiva, pelo menos em relação à nossa, sem se fazer emparcelamento. É claro que, feito este, ainda melhorará.

(…) No ainda recente contacto que tivemos com os agricultores de Estorãos, onde se está a realizar o primeiro emparcelamento do País, foi-nos imediatamente apontado, na leva de entusiasmo e esperança desse povo pelo emparcelamento, que de tão bom grado aceitou, mercê não tanto da sua compreensão do problema, como muito mais da paciente, esclarecida e diplomática acção, chamemos-lhe assim, dos técnicos que estão realizando aquela obra, foi-nos apontado, a título de exemplo e de esperança, um resultado obtido num campo, aliás ainda não emparcelado, mas já cultivado sob a orientação desses técnicos e em que normalmente se obtinha uma média de sete rasas de milho: este ano, sem ser ano excepcional, mas mercê da técnica, tinham-se obtido 50 alqueires, isto é, um rendimento sete vezes superior.

Também me foi feita lia altura uma, outra afirmação, que pode constituir, até certo ponto, o reverso da medalha.

Pensam os lavradores de Estorãos que, no futuro, mercê do emparcelamento e das novas técnicas, 80 por cento do milho produzido não é necessário para o consumo local e poderá ser vendido, enquanto hoje não chegam a produzir o milho necessário para o seu consumo.

Perante esta mudança de situação e a seguir-se e confirmar-se tão brilhante exemplo, é evidente que o milho passaria a sobrar largamente no Norte do País; o seu preço aviltar-se-á e poderá atingir níveis tão baixos que a sua cultura, mesmo em alta produtividade, volta a ser deficitária.

Poderão, é certo, as propriedades emparceladas suportar esse aviltamento de preço por unia exploração mais racional, mais económica e de mais alta produtividade, mas nesse momento os outros pequenos proprietários não emparcelados ou tecnicamente mais atrasados nas regiões vizinhas estarão já a atingir níveis de miséria. Novos problemas, a que urgirá dar novas soluções.

Parece-me preferível começar desde já a encarar o problema em toda a sua verdadeira extensão e a procurar prever antes de ter de remediar.

O emparcelamento é uma solução cora e vai trazer ao Estado novos e avultados encargos. Se dele se tinir toda a sua rentabilidade potencial, pagará largamente o esforço desenvolvido; se, porém, se deixar entregue a si próprio, em tentativas mais ou menos demoradas e esporádicas, pode-se cair no erro de a sua rentabilidade não justificar o investimento.

Na sua primeira fase o em parcelamento pouco pode aumentar u produtividade: é apenas uma modificação horizontal de estruturas em que há umas áreas agora perdidas, com divisórias a aproveitar, e uma mecanização a utilizar. Se a actuação dos técnicos se limitar a isso, duvidamos de que o esforço a realizar seja rentável; porém, como no caso já citado de Estorãos, esperamos que o simples contacto com os técnicos e os seus conselhos produza resultados bastante mais brilhantes, mas para isso é indispensável que para além do simples emparcelamento se queira e possa fazer um melhor ordenamento agrícola, arranjo ou planificação das áreas emparceladas.

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O deputado Alberto dos Reis Faria era natural de Celorico da Beira. Licenciado em Engenharia Civil, entre outros cargos foi Administrador da Hidro-Eléctrica do Coura, e Governador Civil de Viana do Castelo

PÓVOA DE LANHOSO INCENTIVA INSTITUIÇÕES A CULTIVAREM NAS HORTAS COMUNITÁRIAS

Dinamizado pela Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso, o projeto das Hortas Comunitárias desafiou particulares e entidades a cultivarem os terrenos existentes na envolvente do Centro de Interpretação do Carvalho de Calvos (CICC). E o Centro Social e Paroquial de Monsul, uma IPSS local, através dos utentes seniores da resposta de apoio domiciliário, aceitou o repto.

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Uma vez por semana, utentes, colaboradoras e uma voluntária da instituição passam o dia no CICC e a manhã é reservada ao fabrico da leira que lhes está atribuída. Ali, cultivam e colhem o que a época do ano lhes dita: penca, curgete, espinafre, batata doce, alho-francês, pimento… Produtos agrícolas que são depois utilizados pela instituição na confeção das refeições que serve. 

Para estas pessoas seniores, a quinta-feira é o dia mais aguardado, e, por parte da equipa municipal ligada a este projeto, a ambição é de que o entusiasmo deste grupo pulverize outras instituições. “Que venham experimentar e comprovar o benefício que podem retirar, para os seus utentes, com esta atividade, que é realizada com tranquilidade, serenidade, de uma forma terapêutica, num espaço maravilhoso como é este parque, com ambiente agradável e com todo o nosso apoio”, desafia a Técnica do Município, Vanessa Barros, responsável pela dinamização, no terreno, do projeto das Hortas Comunitárias. “É muito gratificante ver esta IPSS a trabalhar tão bem, ver esta alegria, este entusiasmo”, destaca ainda.

Pretende-se, portanto, que a partilha da experiência por parte do Centro Social e Paroquial de Monsul inspire outras entidades a aceitarem o mesmo desafio. A Câmara Municipal da Póvoa de Lanhoso cede, gratuitamente, a particulares e entidades Povoenses, os talhões para cultivo e ainda presta todo o tipo de apoio técnico e outro que seja necessário (instrumentos, formação, fornecimento de água, transporte).

A Diretora Técnica do Centro Social e Paroquial de Monsul, Eugénia Fernandes, acompanha semanalmente o grupo de cerca de 20 pessoas e testemunha o empenho com que estes utentes da valência de apoio domiciliário se entregam a esta atividade, que estimula vertentes tão importantes nestas idades, como a autonomia, a motricidade, a capacidade cognitiva, a saúde física e mental, o convívio e combate o isolamento. Ao mesmo tempo que promove o regresso ao contacto com a terra, com os trabalhos agrícolas que estas pessoas tão bem conhecem, fomentando, por isso, a partilha de conhecimentos.

“É uma mais-valia estarmos aqui, gostamos muito. Entusiasma-nos”, revela Eugénia Fernandes, que destaca a importância das parcerias e das sinergias na comunidade, nomeadamente com a Câmara Municipal e a Junta de Freguesia, para que seja possível proporcionar experiências felizes aos utentes.  “Enquanto instituição, também pretendíamos ter um projeto em que o grupo tivesse objetivos comuns. Isto facilitou muito, porque eles vêm em união para aqui e gostam todos de dar o seu contributo. Entendem todos muito de agricultura, tiveram ou ainda têm o seu quintal em casa, sabem quando é que se deve cultivar o quê e depois contribuem para a nossa instituição”, refere ainda esta responsável.

Aos 87 anos, Violanta Gonçalves, mostra-se contente com esta experiência. “É um convívio que fazemos. É bom. Parece que dá saúde à gente”, relata, sorrindo. “A quinta-feira é o nosso ‘dia santo’, é o nosso dia de sair, e o meu marido também está sempre a perguntar ‘Amanhã, vamos lá?’”, confidencia.  Com 83 anos, Aurora Vieira, também revela o seu contentamento. “Quem tiver oportunidade, deve aproveitar, porque isto faz bem. A pessoa anda distraída e vai fazendo o que pode e o que gosta”, refere. Estas pessoas seniores também são acompanhadas por colaboradoras da instituição e pela voluntária, Luísa Ferreira, de 60 anos. Há quem considere que é esta é a principal incentivadora do grupo. Não deixa faltar ninguém, porque sabe que vai fazer bem. “Eles estão sempre preparados para vir, ansiosos que chegue o dia da atividade”, refere, revelando que o ideal seria que a quinta-feira em que há Hortas Comunitárias começasse mais cedo. Por todos os motivos e mais algum.

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VIANA DO CASTELO: MINISTRA DA AGRICULTURA E ALIMENTAÇÃO FOI ENTRONIZADA CONFRADE DE HONRA PELA CONFRARIA NACIONAL DO LEITE

A Ministra da Agricultura e Alimentação, Maria do Céu Antunes foi ontem recebida em Viana do Castelo, pelo Presidente Luís Nobre. Além da análise sobre o desenvolvimento local da agricultura e das pescas, houve ainda a oportunidade de ficar a conhecer alguns projetos que a autarquia está a implementar.

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A Ministra Maria do Céu Antunes participou também no XI Capítulo de Entronização da Confraria Nacional do Leite onde foi entronizada Confrade de Honra.

Na ocasião afirmou que “é um “prazer poder, convosco, promover, dinamizar e valorizar a excelência do nosso leite”. Acrescentou ainda “é essencial darmos continuidade ao trabalho colaborativo que temos desenvolvido, tendo sempre em vista o reforço de uma cadeia mais justa e sustentável, com rendimentos justos aos produtores e preços justos aos consumidores, promotora de uma verdadeira coesão socioeconómica”. “Este é um produto essencial a uma alimentação saudável e equilibrada e ao desenvolvimento coeso e sustentável dos territórios, o qual faz parte dos nossos hábitos e memórias”.

Fonte: Ministério da Agricultura e Alimentação

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PONTE DA BARCA: CONSELHO MUNICIPAL DA JUVENTUDE DEBATEU O FUTURO E OPORTUNIDADES DOS JOVENS NA AGRICULTURA

O Futuro e Oportunidades dos Jovens na Agricultura foi o destaque que esteve em cima da mesa na última reunião do Conselho Municipal da Juventude (CMJ), que decorreu na sede de Freguesia de Vade São, com a colaboração da Associação de Moradores de Vade São Tomé.

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Presidida pelo autarca de Ponte da Barca, Augusto Marinho, juntamente com o Vereador da Juventude, José Alfredo Oliveira, além dos representantes de várias associações do concelho, a sessão teve como oradores convidados Firmino Cordeiro, Diretor Geral da Associação dos Jovens Agricultores de Portugal), e Luís Amorim, jovem Engenheiro Agrónomo natural e residente na freguesia de Bravães com atividade profissional no setor agrícola, que muito enriqueceram esta sessão ao trazerem um maior conhecimento da temática, testemunhos pessoais e experiências práticas.

A importância da agricultura e os desafios significativos que os jovens agricultores enfrentam nos dias de hoje foi então o foco da reunião, envolvendo uma abordagem a tópicos como os apoios e fundos disponíveis para os jovens e as oportunidades de candidatura a esses recursos.

Para o Presidente da Câmara, o debate em torno desta temática “enfatiza a importância da agricultura como setor económico na região, e o seu papel na sustentabilidade e no desenvolvimento local dadas as características do concelho de Ponte da Barca onde a atividade tem significativa expressão”.

Augusto Marinho considerou ainda que “a discussão sobre os desafios que os jovens agricultores enfrentam reflete a realidade de muitas regiões onde a agricultura está a envelhecer e a necessidade de atrair uma nova geração para o setor.”

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MINISTRA DA AGRICULTURA VAI ÀS FEIRAS NOVAS DE PONTE DE LIMA

A Ministra da Agricultura é a convidada, do município de Ponte de Lima, para participar na edição deste ano das Festas do Concelho, soube O Analista junto de fonte oficial.

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A titular da pasta do mundo rural, Maria do Céu Antunes, visita as Feiras Novas no fim de semana, especialmente no Sábado, 9 de Setembro, para assistir de tarde, ao Cortejo Etnográfico na tribuna instalada na Avenida António Feijó. O autarca anfitrião, Vasco Ferraz e seus pares, acompanham a governante durante a sua estada, cujo programa inclui visitas a locais da programação festiva e um momento para conhecer a gastronomia local, pois o repasto oficial incluirá produtos regionais.

Para além do chefe da edilidade, também o Presidente da Direção das Feiras Novas, vereador Gonçalo Rodrigues, presentearão a ilustre visitante à romaria minhota com lembranças alusivas ás tradições limianas.

Fonte: Tito de Morais / https://analista.pt/